Não existem calmarias
Pois por mais que as ondas te pareçam calmas
No seu âmago te serão bravias

Há pessoas que parecem calmas ao primeiro olhar
Mas que examinadas à fundo são muralhas prestes a desmoronar
Não existem calmarias
Desconfie do seu próximo quando ao teu lado sempre sorria
Pois não há ninguém que seja calmo em tempos de pura agonia

Assim como a tristeza passa, assim também passa a alegria
Somos compelidos dia a dia a viver ocultando nossa hipocrisia

Ocultamos nossa emoção
Colocamos a cada dia mais lava nesse nosso vulcão
Somos o motivo do mal que enxergamos em muitos nessa nação
Não aprendemos a enxergar que o mal que vemos nos outros
É o mal que em nós também está

Refletimos nos outros os sentimentos com a qual não conseguimos lidar
Se os teus olhos forem maus, enxergarás o mal em todo lugar
Porém se os teus olhos forem repletos de amor
Enxergarás a alegria onde outros olhos enxergaram rancor