Dois homens num bar conversam sobre mulheres, sendo que um deles se julga "sabedor" da arte da conquista. E entre cervejas e olhares em busca da preza o conhecedor de mulher vai aconselhando o amigo. Amigo esse que se diz tímido e sem a malandragem necessária para ganhar uma mulher.
- Etevaldo, pra ganhar uma mulher o cara tem que primeiro saber chegar nela.
- Como assim? Eu tenho que chegar como, José?
- Aprenda com o mestre! Você tem que se mostrar firme e decidido, mulher gosta de homem forte.
- Mas eu nunca malhei, sou magro que dá dó, se eu tirar a camisa ela pode até tocar violão nas minhas costelas.
- Tudo bem, mas eu não quis dizer forte nesse sentido! Você tem que ser gentil e gracioso, elogiá-la e falar coisas bonitas.
- Como, se eu nunca fui à escola? Eu não sei usar palavras bem feitas e só sei falar, "tas afim"?
- A fim de quê, cara pálida?
- A fim de ter um lance!
- Se você falar de cara isso pra uma mulher ela vai te esbofetear.
- Então eu sou um fracasso com mulher!
- Jamais fale isso! Vira essa boca pra lá. Você é homem e pegador. Não esqueça!
A conversa vai rolando e os conselhos de José são ouvidos atentamente por Etevaldo. Em meio a muita cerveja e a certeza de que aquela noite o amigo tímido conseguiria agarrar a preza mulher, José estava confiante em Etevaldo. De repente aparece uma mulher linda, senta a mesa e pede uma bebida. José então olha para aquela mulher exuberante e solteira e dá seu último conselho ao amigo.
- Etevaldo, ta vendo aquela mulher que chegou agora, ela está pronta para ser abatida por você. Seu pegador!
- Mas como eu vou até lá?
- Vou te falar a última coisa, mulher gosta do que sai da boca do homem, entendeu?
- Entendi!
Etevaldo então se levanta e vai até a mesa da sua provável preza, para em frente a ela e como quem não sabe o que falar abre a boca e arranca o pivô e o oferece. Etevaldo na realidade fez o que José havia lhe aconselhado. Mulher gosta do que sai da boca de um homem, mas da dele só podia sair aquele pivô.