MULHER DO SÉCULO 21

Inicialmente a figura feminina “Mulher”, sempre foi de obediência para seus pais e posteriormente ao esposo e muita omissão, onde suas vontades e desejos nunca eram levado em conta, ocasionado a dependência total, mas essa situação hoje está bem diferente, com as conquistas no mercado de trabalho, com a independência financeira, realizações profissionais e pessoais, mudaram este cenário. O presente e o futuro das mulheres do século 21 são traçados por elas mesmas, em geral agindo sozinhas.

 Podemos afirmar que as mudanças ocorreram de forma lenta e gradativa, mas o importante é que ocorreram, e que ainda tem muito para acontecer e conquistar. É comprovado cientificamente que as mulher não são menos capaz que os homens, possuindo a mesma capacidade de aprender e produzir. Muitos dos obstáculos já forma enfrentados e superados, obstáculos estes que foram impostos pela nossa sociedade.

A luta é pela igualdade de direitos, e podemos dizer que um dos maiores direitos conquistados nos últimos anos e a Lei Maria da Penha. E voltando a direitos trabalhistas ganhamos também 2 meses a mais para Licença Maternidade que era de 4 meses e agora passou ser 6 meses, mas ainda assim não deixamos de ser o sexo “frágil”

O que podemos dizer em pleno século 21 sobre as mulheres? Que conseguiram mostrar-se perante a sociedade e que é capaz de exercer as mesmas atividades que os homens? Que conseguiram evidencia o quando suas atividades domésticas se tornam invisíveis, sendo tratada como mera obrigação?

Além das muitas responsabilidades, visando sempre a independência e luta pelos direitos iguais, muitos já conquistados, existem muitos afazeres e obrigações. Além do trabalho remunerado que em média é de  36,5 horas semanais, fazendo dupla ou tripla, jornada de trabalho, inclui-se neste caso os afazeres domésticos, que em média é de 30,3 horas semanais,  tais como: levar filhos a escola, ajudá-los nos deveres, fazer compras, lavar, passar, arrumar casa, fazer as refeições e ainda tem que sobrar um tempinho para cuidar da vida conjugal.

Amenizar esta questão não é uma tarefa fácil, a solução mais almejada por todas as mulheres é além de ter um homem ao seu lado, que tenha também um parceiro para dividir suas preocupações da vida profissional e também as tarefas do dia a dia. O que podemos esperar como melhoria para um dia tão corrido e cheio de obrigações? A flexibilidade no horário de trabalho?. Pode ser, mas o que poderia resolve, seria uma cumplicidade maior, envolvendo todos nas obrigações e deveres, sendo assim podemos crer que tudo fluiria melhor, principalmente em não cansar uma pessoa só.

Com tudo isto sabemos que o aumento do número de chefes de família mulheres, não altera os valores familiares tradicionais. Não tenhamos a ilusão de que as responsabilidades domésticas serão transferidas para os homens. Já sabemos que temos a maior jornada de trabalho comparada com os homens, que estamos sobrecarregada, mas nós mulheres sabemos que delegar funções e esperar acontecer não faz parte do nosso feitio, tem que participar de uma forma ou de outra, executando ou averiguando o serviço executado, podemos dizer que mulher é perfeccionista.

Segundo pesquisa do IPEA o retrato da mulher “moderna” é dividir-se entre o trabalho e os cuidados com a casa e com um agravante de ganhar menos do que os homens.

Ainda de acordo com o IPEA as mulheres que chefiam suas casas e famílias, sendo principal responsável pelo sustento de seus lares aumentaram nos últimos anos, em geral são mulheres solteiras, separadas, e normalmente tem filhos, mas também tem as solteiras sem filhos, que optaram por sua independência e tendo sua liberdade e responsabilidade, abdicando de morar com seus pais, tendo como objetivo a ascensão profissional e as realizações pessoais.

Com relação ao nível de escolaridade, as mulheres estão se superando, mostra pesquisas já realizadas que estudaram mais anos que os homens, inclusive as mulheres que chefia suas casas estão apontadas com a escolaridade mais alta. Para os pesquisadores, os dados significam que a educação não interfere nas sua obrigações ao contrário as motiva.

Mesmo assim, acredito que o grande desafio das mulheres é ser mulher. Mulher que chora, rir, brinca, fica triste, magoa, enfurece, e mesmo assim é ser a Mulher na essência, ser aquela que dá a vida, que cuida da vida, que luta pela vida. Na competição por direitos iguais, as vemos colocando-se, muitas vezes, como rivais dos homens, como aquelas que disputam, da mesma forma, os espaços antes ocupados por eles. É claro que precisamos trabalhar e ter nossas conquistas, mas isto pode ocasionar solidão, por isto as mulheres precisam dosar tudo na medida certa, para não frustrar-se.

Não importa o que falam de nós mulheres, importa apenas que somos mulheres é que sem nós nada acontece, na verdade sem nós nada continua!