Muitos são os indicadores que alertam que o planeta pode estar à beira de uma grande crise. A economia global está a um passo de entrar em choque completo, principalmente, devido ao aumento dos preços dos alimentos, que vai ameaçar irremediavelmente as nações mais pobres e ao desemprego dos jovens.
Segundo dados recentes do índice dos preços alimentares do Banco Mundial, apontam para uma subida de 36% dos preços dos bens alimentares. É cada vez maior a pressão sobre os mais pobres, sendo a situação cruel e persistente no tempo. Mais de 44 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza no ano último ano e mais 34 milhões poderão seguir esse caminho, ou seja, passarem a viver com menos de 1,25 dólares por dia.
Outro indicador determinante é o desemprego entre os jovens em todo o Mundo. Este foi um factor agravante dos protestos no Médio Oriente e norte de África. A retoma económica que se fala não consegue criar empregos suficientes, existindo um risco real, para que o desemprego se transforme numa sentença perpétua para os jovens. O Mundo está perante a possibilidade de ter uma geração perdida.
Assistimos todos os dias à falência de empresas, fabricas que fecham as suas portas. Os desempregados ficam sem expectativas de encontrar trabalho futuro, a depressão e o desalento generalizam-se. O trabalho representa um papel fundamental na afirmação social e realização pessoal. É através do salário que as pessoas conseguem aceder a bens e organizar a sua vivência em sociedade. Podemos estar a um passo do retrocesso civilizacional e do recuo da dignidade humana, tudo em nome dos interesses, daqueles que controlam o capital financeiro.

Fonte do artigo: http://www.mundocontramao.com