A educação no Brasil já passou por varias mudanças, mas nenhuma foi suficiente  para obter o sucesso pleno. Acabar com a marginalidade dentro e fora das unidades escolares brasileiras é ainda um desafio em aberto, que tem um grande caminho para ser percorrido.

As mudanças começaram no  século XIX, que tinha  o foco  o professor, o centro das atenções, um educador só de conteúdos, regido por regras e repetitivo. Essa metodologia chamava “Escola Tradicional” que funcionava com a “Pedagogia Tradicional”.

Mudaram então para o foco no aluno, que passaria ser o centro das atenções, através da pesquisa, mais dinâmico. Esse é o novo modelo que passa a se chamar de “ Nova Escola” que careou a “Nova Pedagogia”. O problema não mudou, ainda, aumentando a defasagem de conteúdos dos alunos e a marginalidades. Nesse marco histórico da educação, passa a se ter “anormais  psíquicas” que limitam ser classificados como  “marginalidades”, que são os casos de Ansiedade de Separação na Infância, os Transtornos Obsessivo-Compulsivos, o Autismo Infantil, a Deficiência Mental, Déficit de Atenção.

Como não funcionou a mudança, mudaram mais uma vez, com foco no professor e aluno, usando um termo que é muito conhecido hoje o “ensino-aprendizagem”, que vem abordando nos conteúdos  as habilidades e competências. Cria ai uma relação de Professor-Aluno, um vínculo para chegar ao sucesso da tal sonhada educação de qualidade. Chama se  “Escola Nova Popular” com a “Nova Pedagogia Tecnista”. Mais uma vez fracassou, não acabou com a marginalidade que ate hoje é o problema da educação brasileira.

Hoje, os alunos não respeita mais as unidades de educação, a falta de respeito com os professores chegou ao extremo, caso de calamidade pública, virou problema social do país. Se é um problema social? Sim. Por que? Os alunos reproduzem que a sociedade sofre, nesse contexto capitalista que o ser humano é submetido.

A educação passou por várias mudanças e nenhuma ate hoje, não obteve sucesso. Nenhuma da três estruturas acabaram com o problema da educação “em si” a  “marginalidade”. Criou-se ate uma “educação compensatória” que não é uma teoria educacional, mas, que vem para sobrepor certas necessidades como saúde e nutrição, emocionais, cognitivas, motoras, linguísticas e ate familiares.

Se a família, os responsáveis pelas crianças e adolescentes que estão nas escolas tem culpa nesse fracasso que a educação vive hoje?

Sim. Vamos reviver o passado, fazer uma seguinte comparação: Antigamente quando se fazia as refeições, o melhor pedaço da carne era do pai, o chefe da família, os filhos só podiam se servir depois dele. Hoje é completamente diferente, quem se serve primeiro é o filho, e o melhor pedaço da carne é dele. Hoje os filhos dominam os seus pais, falam de igual para igual, perderam o significado da palavra “respeito”. A escola ensina, mais não tem o papel de dar educação e princípios básicos.

A escola é uma unidade transformadora, onde transforma ou qualifica o individuo para a sociedade. Onde pode se obter uma igualdade social. Escola é uma passagem da desigualdade à igualdade, uma “Democracia”. Democracia é uma conquista, não um dado. Esse significado o aluno não conhece ou ignora. A educação é equalizadora, em uma  direção de uma sociedade em que esteja superado o problema  da “divisão do saber”.

Portanto, para que haja uma melhoria na direção da educação, os primeiros passos seriam os valores e princípios dos alunos que aparentemente sumiram, como: respeito, compreensão, saber a hora de falar, saber escutar, cumprir regras, ou seja, ter comportamentos adequados para uma sala de aula.

Palavra Chave: Qualidade; Educação; Mudanças.

SAVIANE, Dermeval. Escola e Democracia. 36 ed. Revista – Campinas, SP: Autores Associados, 2003.