Mudanças nos sistemas de educação e nos sistemas de formação em função da Cibercultura

Para queseja possível enumerar algumas mudanças necessárias, vamos retomar a idéia que dá suporte ao desenvolvimento tecnológico, ou que podemos dizer, muito contribuiu para queo tema cibercultura esteja tão amplamente discutido atualmente. Estamos falando de Globalização, que segundo IANNI (2000, p.207)

A globalização do mundo expressa um novo ciclo de expansão do capitalismo, como modo de produção e processo civilizatório de alcance mundial. Um processo de amplas proporções, envolvendo nações e nacionalidades, regimes políticos e projetos nacionais, grupos e classes sociais, economias e sociedades, culturas e civilizações. Assinala a emergência da sociedade global como uma totalidade abrangente, complexa e contraditória. Uma realidade ainda pouco conhecida, desafiando práticas e ideais, situações consolidadas e interpretações sedimentadas, formas de pensamento e vôos da imaginação.

Para usar a terminologia adequada vamos fazer um link, com o termo sociedadeGlobal, usando como aporte teórico as palavras de IANNI (2000, p.18) em:

Está articulada por emissões, ondas, mensagens, signos, símbolos, redes e alianças que tecem os lugares e as atividades, os campos e as cidades, as diferenças, a s nações e as nacionalidade. Esses são os meios pelos quais sedesterritorializam mercados, tecnologias, capitais mercadorias, idéias, decisões, práticas, expectativas e ilusões.

Convém examinarmos a situação do Brasil no que se refere, num contexto geral, ao número de usuários da internet:

Disponível em: < www .Portalensinando.com.br >

Partindo destas exposições um elemento a ser considerado com certeza passa pela inclusão/exclusão e alfabetização digital. Considerando dados a seguir que descrevem as dificuldades de acesso a internet no Brasil, temos que:

Disponível em: < www .Portalensinando.com.br >


Assim, nesta Era da Informação, podemos e devemos considerar a Educação como o elemento chave deste processo, para tal, precisamos capacitar os elementos que construirão segundo Pierre Lévy, estas redes, dando significado as árvores do conhecimento. Tais elementos do processo, são nossos professores. Precisamos possibilitar, legislar no que for possível para que tenham acesso as múltiplas tecnologias e possam acessá-las com eficiência norteando assim qualitativamente a todos estes meios que se colocam a disposiçãonesta era . Estes profissionais como coloca o autor citado, tornam-se ineficazes se não buscarem uma formação continuada como um ponto de atualização, tão necessários a esta nova geração de saberes.

Este novo profissional precisa compreender a tecnologia como uma aliada no processo educativo, para tal precisa saber lidar, por exemplo, com temas atuais tais como:

  • Recursos didáticos envolvendo objetos de aprendizagem;
  • Second life, uma possibilidade de aprendizagem;
  • Web Question, o que poderíamos chamar de um simulador de possibilidades;

Assim, me parecem prerrogativas, a inclusão digital da população bem como a alfabetização digital dos professores inclusos no processo ao qualdesejamospertencer denominado cibercultura.

Com certeza, começaria por ai, mas não adotariaum planejamento fechado, pois isto não se adapta mais ao momento atual. Porém creio que uma rede ajudaria muito a compreender como fazer.

Vamos tentarimaginá-la?

Será que alguém tem uma idéia que não possa ser substituída, para nortear estes caminhos, ou será que estamos diante de múltiplas possibilidades que vão muito além de prováveis simulações?