“MUDANÇAS NO CENÁRIO ECONÔMICO – MAIO 2009”

 

Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo

 

         A economia brasileira em maio começa com diminuição gradativa de juros, o mercado financeiro ficou competitivo e há indicadores que mostram diminuição do custo total cobrado por algumas instituições de crédito para pessoa física e jurídica. O motivo desta queda são as diminuições da Taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), o aquecimento do mercado interno, a estabilidade econômica, a divulgação no site do Banco Central das taxas cobradas pelo sistema financeiro, a disposição do governo de buscar alternativas para diminuir o spread bancário.

         Avaliando o cenário brasileiro. O COPOM – Comitê de Política Monetária, em sua última reunião do dia 29/04/2009, diminuiu a taxa SELIC para 10,25%, no dia 30/04 a Taxa SELIC Diária estava em 10,16 %. A diminuição em 1% foi aprovada por unanimidade sem viés pelo comitê.

        Vale a pena conferir os principais índices cobrados pelas empresas financeiras, no site do Banco Central do Brasil, http://www.bcb.gov.br/?TXJUROS, desde que o governo brasileiro começou a veicular os índices deste ano, verificou-se quedas significativas praticados pelo mercado.

         Nos dias 4 a 6 de maio receberemos a visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros do Nepal, o Sr. Upendra Yadav, para assinatura de acordo de cooperação técnica entre o dois países. Fonte: Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

         Passamos a ser observados como um forte parceiro comercial no mercado internacional. A vinda do ex-Presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, entre os dias 3 a 5 maio, com encontros em São Paulo, com o Governador José Serra  e o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso e em Brasília, com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, além de almoço de trabalho no Palácio Itamaraty com o Ministro Celso Amorim, informações fornecidas pelo Ministério das Relações Exteriores.

          A taxa de juros cobrados pelos bancos das montadoras para compra de veículos está mais atrativo que os bancos privados. A consulta pode ser feita no seguinte site: http://www.bcb.gov.br/fis/taxas/htms/tx012040.asp

          A dívida externa total do Brasil no mês de março era de US$ 192,6 bilhões, houve uma diminuição de US$ 3,2 bilhões em comparação ao mês de fevereiro.

          A investida do Banco do Brasil no setor varejista para crédito ao consumo final da linha branca, geladeiras, máquinas de lavar roupas e fogões, provocará uma injeção de vendas nos dias das mães. O governo precisa lembrar do direito econômico e da igualdade de condições de mercado, preocupando-se um pouco mais com a questão dos incentivos e a renúncia fiscal, visto que, há setores beneficiados e outros não.   

         Este mês ocorrerão as possíveis alterações na caderneta de poupança, mas um fato é esperado, a queda dos rendimentos deste tipo de aplicação e a restrição para altas aplicações, evitando migrações de investidores.

         Aumento das vendas de imóveis, atrelada à diminuição do IPI dos materiais de construção, além do aumento de oferta de produtos financeiros imobiliários, movimenta o seguimento.

         Começa nas Prefeituras espalhadas pelo o país, o cadastramento do Programa Minha Casa, Minha Vida, em que o governo aposta como uma das ferramentas para impulsionar o desenvolvimento econômico de 2009.

         Visitas do Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad no dia 06 de maio e do presidente do Paraguai Fernando Lugo, no dia 07, ambos em Brasília, vão agitar o cenário político, mas a busca por novos parceiros e alianças econômicas está presente nesta agenda.

         A Petrobrás está procurando sócios para exploração do potássio, na Amazônia.

         Diminuição das vendas de máquinas e equipamentos agrava o fluxo financeiro das empresas do setor e podem provocar novas demissões. Outros cortes podem ocorrer nas mineradoras e no setor aeronáutico provocado pela queda de receitas. Novas vagas de emprego surgem nos setores de TI, construção civil, varejo, serviços, etc.