“O corpo não é apenas um deslocamento em tempo e espaço, este é muito mais do que apenas um movimento em existência, mas um projeto a caminho de sua transcendência”.
Márcio Riscik, 2007 
O corpo não realiza apenas ações físicas. Em relação às ações de um animal irracional estas são movidas por motilidade, trata-se de instintos os quais alimentam e mantém apenas sua sobrevivência. A cada ação de animal racional (ser humano) este possui mobilidade, é alimentado pela percepção a qual promove assim sua interação com os outros seres. Diante de sua percepção a ação do corpo depende de uma apreensão de conhecimentos os quais expressão em sentidos seus movimentos. No inicio de toda esta discussão a Motricidade Humana não pode ser vista apenas com um olhar superficial, pois o corpo e o movimento de um animal racional (ser humano) busca em seu movimento uma ação à transcendência para que o mesmo alcance sua superação.

                A ótica da Motricidade requer que percebamos este movimento em totalidade para o desenvolvimento dos seres humanos, o qual possa ser amplo em todas as fases de sua vida. Nessa perspectiva é imprescindível o ideal de corpo e seu movimento como estado de um projeto em construção consciente de ser e mover-se no mundo, para as exigências que norteiam sue deslocamento em tempo e espaço. 

               Com o desenvolvimento das novas formas de progresso cientifico a sociedade contemporânea passou a fragmentar suas ações e percepções de projeto humano. Diante disso, o processo de uma nova percepção de ser encontra-se fragmentada, dualística e cartesiana alienando-o a passividade e submissão. Sendo assim em qualquer dimensão de movimento corporal, este deve atentar-se para as mudanças que o transformam em busca de sua humanização, pois a ciência da Motricidade Humana é um projeto que se movimenta e vive por se movimentar.