O curso de Publicidade e Propaganda foi o terceiro curso mais concorrido na Fuvest 2013, é o terceiro mercado que mais criou vagas de emprego entre 2009 a 2012 no Brasil, representou 3,15% do PIB nacional em 2010. Devido à importância que esta profissão tem no mercado brasileiro, são escassos os estudos de carreira do publicitário, principalmente quando temos dados como o de somente 10% dos profissionais que atuam em agências de propaganda possuírem idade acima de 34 anos e um turn over de 27,9%. Devido a estes dados, este estudo visa entender os motivos que levam o profissional de agência de propaganda a sair do mercado, assim como contribuir para estudos de
melhorias nas estruturas das agências e ampliar os estudos na área da carreira publicitária. O estudo foi descritivo e exploratório a partir de uma pesquisa qualitativa e quantitativa que contou com a participação de 24 pessoas – sendo todos ex- profissionais de agências de propaganda. Utilizou-se um questionário on-line para a coleta de dados, com perguntas abertas, fechadas e de múltipla
escolha, e foi incluído o inventário Ancoras de Carreira. Para a análise de resultados, utilizou-se a estatística descritiva para analisar o perfil da amostra e a análise de conteúdo para as respostas das perguntas qualitativas (questões
abertas). Observou-se através que a amostra foi formada por 13 mulheres e 11 homens, com idades entre 24 e 56 anos, sendo em sua maioria casados e sem filhos, e, quando atuavam em agências, trabalhavam em sua maioria nas áreas
de Atendimento, Criação e Mídia. Viu-se que os questionamentos sobre suas carreiras iniciaram entre 23 e 31 anos, devido a falta de qualidade de vida (impactando, principalmente, na vida familiar), frustração com o resultado final de seus esforços (muita pressão para pouco resultado) e/ou a falta de autonomia. Vindo a assumirem hobbies como uma nova carreira ou, utilizando-se de seu networking, para uma nova carreira em outro mercado, sendo que a maioria não retornaria a trabalhar no mercado de agências. Com relação ao resultado do inventário Ancoras de Carreira, viu-se uma predominância das âncoras de Autonomia e Qualidade de Vida, o que reforçou os resultados obtidos no questionário.