Este processo em que o conhecimento, através de seu referencial teórico, dos fatores que levam a motivação, ao mesmo tempo possibilitam o conhecimento da origem da desmotivação e a verificação do professor e da família neste processo.

Partindo do pressuposto de que a curiosidade é um elemento fundamental do processo de ensino-aprendizagem, ao ser despertado ela contribui para a motivação dos alunos na busca dos conhecimentos. A presente pesquisa procurou identificar nos métodos e experiências de professores sobre como é possível motivar os alunos no processo de ensino-aprendizagem. Os resultados obtidos mostram que muitos recursos facilitadores do ensino-aprendizagem faltam à escola, mas que, na percepção dos professores, apesar desta falta, as condições motivadoras na sala de aula dependem menos disto, e mais da contribuição do professor para despertar o interesse dos alunos, já que, além do valor motivador que o conteúdo em si pode e deve ter, o contexto de ensino-aprendizagem é influenciado por muitos fatores, onde os sujeitos destacam fatores afetivos vigentes na relação professor-aluno, tais como: a disponibilidade do professor para o aluno; o respeito e afeto presentes na relação, bem como, a capacidade do docente de ser acolhedor e positivo.

 A relevância destes aspectos afetivos, não implica em desconhecer a contribuição de aspectos técnicos, tais como: a clareza na exposição dos conteúdos, a organização e relevância do conteúdo, entre outros a considerar. Nota-se que o contato com os professores em seu contexto de trabalho contribui para a formação dos que buscam o sucesso na escola, e no meio social, bem como, que a formação destes alunos deve incluir outros aspectos que não só os técnicos como tem acontecido em geral.

A motivação para aprender está envolvida em múltiplos fatores, que se implicam mutuamente e que embora possamos analisá-los separadamente, fazem parte de um todo que depende, quer na sua natureza, quer na sua qualidade, de uma série de condições dentro e fora da escola. Os métodos utilizados pelos professores em sala de aula para que alcance os objetivos da disciplina, muitas vezes eles não são eficazes, isso mostra que mesmo tendo o professor domínio total do conteúdo da disciplina ele está condicionado a estrutura organizada a qual leciona.

A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos emocionais, sociais, educacionais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações.

O processo de organização das informações e de integração do material à estrutura social e educacional é o que os educadores denominam aprendizagem, é necessário refletir que cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias perceptivas que mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu modo, jeito, estilo e ritmo.

A motivação pode ainda ser aprendida como um processo ou como um produto. Quando nos referimos ao otimismo de uma acumulação de teorias, idéias e conceitos, a motivação surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa.

No nível social podemos considerar a aprendizagem como um dos pólos do par ensino-aprendizagem, cuja síntese constitui o processo educativo. Tal processo compreende todos os comportamentos dedicados à transmissão da aprendizagem, inclusive os objetivados como instituições que, especificam e promovem a educação. Com isso entende-se que o desenvolvimento do individuo é um processo que se dá de fora para dentro, sendo que o meio influência a motivação do aluno no processo de ensino-aprendizagem.

Pode-se afirmar que a aprendizagem acontece por um processo natural embutido de afetividade, relação e motivação. Assim, para aprender é imprescindível "poder" fazê-lo, o que faz referência às capacidades, aos conhecimentos, às estratégias e às destrezas necessárias, para isso é necessário "querer" fazê-lo, ter a disposição, a intenção e a motivação suficientes.  Para ter bons resultados escolares os alunos necessitam de colocar tanta voluntariedade como habilidade, o que conduz à necessidade de integrar tanto os aspectos psicológicos, como os motivacionais.

A motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, principalmente, seus professores e colegas. Nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento. A motivação é um fator que deve ser questionado no contexto da educação tendo grande importância na análise do processo educativo.

A motivação apresenta-se como o aspecto dinâmico da ação: é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que o leva a iniciar uma ação, a orientá-la em função de certos objetivos, a decidir a sua persecução e o seu termo. A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação.

Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. A motivação está também incluída o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objeto de satisfação. Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades.

Ao sentir-se motivado o individuo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto, que a preocupação do ensino tem sido a de criar condições tais, que o aluno "fique a fim" de aprender.  Diante desse contexto percebe-se que a motivação deve ser considerada pelos professores de forma cuidadosa, procurando mobilizar as capacidades e potencialidades dos alunos a este nível.

Torna-se tarefa primordial do professor identificar e aproveitar aquilo que atrai a criança, aquilo do que ela gosta como modo de privilegiar seus interesses. Motivar passa a ser, também, um trabalho de atrair, encantar, prender a atenção, seduzir o aluno, utilizando o que a criança gosta de fazer como forma de engajá-la no ensino.  Propiciar a descoberta. O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir e desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de saber, de querer saber sempre.

Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode ser desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo incentivo á observação da realidade próxima ao aluno – sua vida cotidiana os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. Essas observações sistematizadas vão gerar duvidas (por que as coisas são como são?) e aí é preciso investigar, descobrir. Falar ao sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceis, que geram fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse. O aluno não "fica a fim". Compreender a utilidade do que se está aprendendo é também fundamental. Não é difícil para o professor estar sempre retomando em suas aulas a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o aluno. Somos sempre "a fim" de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida.

O papel do professor em sala como instrumento motivacional deve ele ressaltar a importância da disciplina na formação acadêmica, bem como na sua vida profissional estimulando o aprendizado diante de suas futura perspectiva de vida.

O professor deve descobrir estratégias, recurso para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação, assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do aluno.

É através do comportamento motivacional que as atitudes do aluno pode ser positiva quando leva o aluno a estudar, tendo em vista o significado da matéria; ou negativa, quando leva o aluno a estudar por meio de ameaças, repreensões, castigos.

Este trabalho busca mostrar as diversas formas de ensino construtivo, na ordem motivacional do aluno, buscando orientar de uma forma que o mesmo enxergue as dificuldades compreendidas no cotidiano, sempre objetivando soluções práticas e dinâmicas de acordo com seu meio social educacional. Neste sentido almejo aqui mostrar que o professor deve propiciar ao aluno oportunidades para que esse seja induzido a um esforço intencional, visando resultados esperados e compreendidos, porque Não haveria aprendizagem sem motivação. Um aluno está motivado quando sente necessidade de aprender o que está sendo tratado. Por meio dessa necessidade, o aluno se dedica às tarefas inerentes até se sentir satisfeito.

Apesar de desenvolver seu conteúdo de forma organizada, exigir avaliação dos conteúdos correspondente aos que foram trabalhados em sala de aula existe grande desmotivação dos alunos, muitas vezes causadas por fatores que necessitam que um acompanhamento intensivo para detectar as falhas existentes neste processo. Sabemos que há diversas possibilidades de aprendizagem, ou seja, há diversos fatores que nos leva a aprender um comportamento que anteriormente não apresentávamos um crescimento físico, descobertas, tentativas e erros, ensino, etc.

As bases motivacionais direcionam o aluno, professor e família na escola, para que sejam para todos integrados na educação, e que nela todos estes grupos possam formar valores, atitudes favoráveis à sua cidadania e domine competências para o mundo do trabalho e da vida social. São as mudanças educacionais que são imprescindíveis para o desenvolvimento dos aspectos perceptivos, afetivos e sociais dos alunos.

Nesta perspectiva, o momento atual caracteriza-se como desafiador. Não se pode pensar em uma escola que discrimina e exclui, é requerida uma escola que valoriza e respeita as diferenças, dos que tem uma motivação e dos desmotivados oportunizando a aprendizagem a todos os alunos, de forma que busque metodologias para a motivação de todo o grupo que faz a educação tanto quanto educador e educando. A escola tem o papel de preparar os alunos, enquanto sujeitos coletivos e singulares, dispostos a percorrer os caminhos em sua vida social, educacional, profissional e familiar.

As formas de discussão apresentadas pelos professores seguem uma seqüência lógica, munidas de técnicas desenvolvidas pra facilitar a aprendizagem propiciando a participação dos alunos em sala de aula. O que ainda não é necessário para tornar as aulas mais dinâmicas e motivantes.

As relações dos professores mostram civilidade e respeito, ultrapassando a própria disponibilidade a ponto de atender os anseios e tirar duvidas dos alunos em horário que não seja no horário de aula.

Os professores ao desempenharem as suas funções profissionais, deparam-se também eles com fatores motivacionais que condicionam o comportamento e a produtividade.