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Nós lemos em I Cor 1.26,27 o seguinte:

 

Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;

pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;”

 

A expressão “as coisas loucas” foi traduzida da palavra grega, morós, usada por Paulo no original grego, no gênero neutro, a qual significa néscio, insensato, tolo ou estulto. Significado este, que encontramos nos demais textos do Novo Testamento que utilizam a referida palavra.

Como a referência “as coisas loucas” está em contraposição à citação “os sábios”, então teríamos uma melhor tradução com “Deus escolheu os insensatos, ou tolos, do mundo, para envergonhar os sábios”. 

Não era efetivamente a coisas inanimadas que o apóstolo estava se referindo, mas a pessoas.

O que se pode inferir do contexto imediato desta afirmação de I Cor 1.27, no versículo que lhe é imediatamente anterior, a saber, o 26, no qual Paulo diz o seguinte, se referindo a pessoas e não a coisas:

“26  Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;”

  

 Mas Deus pode escolher e amar pessoas insensatas?

Sim. Deus pode amar o insensato e não a sua insensatez.

Os crentes estão também sujeitos a serem insensatos, ou seja, a não terem discernimento, não como um atributo permanente, mas por lapsos avulsos de bom senso.

Assim, podemos que há na  própria igreja de Cristo pessoas mais ou menos insensatas, que podem estar ou não se deixando conduzir por Deus a serem cada vez mais sentas segundo a Sua santa vontade.

Se isto não fosse verdade, Paulo jamais teria chamado os crentes gálatas de insensatos.    

E também nunca teria proferido as seguintes palavras de I Cor 1.26, 27 do nosso texto.

 

Quando diz, fechando a seção de I Cor 1.26,27,  no versículo 30, :

“mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação e redenção, o apóstolo está confirmando a sua afirmação anterior, de  que apesar de os crentes serem as coisas fracas, e tolas e insensatas, que o tradutor chama de loucas, Deus os escolheu para serem Seus filhos, porque fez de Jesus Cristo a sabedoria, a justiça, a santificação e a redenção deles.

 

Pr Silvio Dutra