MONOPÓLIO DO FUTURO

                                                                                                  

                                  

 Umma ala cristã vaticina a existência de um domínio político-religioso, o qual  governará o mundo num futuro não muito remoto. Essa forma de governo, segundo essa corrente, será formada por uma confederação de nações, a exemplo do Mercado Comum Europeu, tendo como titular um elemento dotado de características disitntas, que serão as marcas registradas de seu governo. Todas as nações que não fizerem parte desse aglomerado sofrerão sérias restrições em todos os aspectos, principalmente no que tange aos valores comerciais. A propósito desse “proto-facto”, há realmente uma profecia apocalíptica nesses moldes, baseada na qual a corrente religiosa estabeleceu seus parâmetros. Consta como conteúdo principal dessa profecia um aspecto muito interessante: ninguém poderá vender ou comprar se não tiver um sinal da organização afixado numa parte visível do corpo. Uma espécie de selo fornecido somente aos que são submissos aos “caprichos” desse tipo de governo. Daí nossa prédica como segue. 

            A opinião pública tem acompanhado com profundo interesse o desenrolar dos acontecimentos relativos à seqüência genética e a problemática em torno da transgenia. Esses aspectos têm ocupado os meios de comunicações, inclusive leis que esperam sejam aprovadas no Congresso Nacional. Chamou-nos a atenção, uma reportagem televisiva canadense, cujo tema diz respeito ao monopólio que as ricas empresas estão colocando como ápice da questão. Uma delas– citada na reportagem – que elabora as sementes geneticamente modificadas, chega a estabelece restrição ao aproveitamento para outras safras de sementes originárias de seu trabalho genético. Assim, os agricultores que se servem de seus produtos, vêem-se na contingência de não poderem aproveitar o poder germinativo das sementes para futuras plantações. Até uma espécie de polícia foi organizada pela própria empresa, visando o cumprimento de suas determinações. Outra mega empresa, desta vez no ramo da genética humana e medicamentos – de origem francesa – impõe o mesmo regime aos seus produtos. Seguindo a linha monopolizante, no Brasil um caso envolvendo multinacionais foi o âmago da questão quanto aos medicamentos genéricos, cujas patentes oficiais não poderiam ser quebradas. Nesse caso, a fabricação de medicamento pelos laboratórios brasileiros esbarrou na principal meta das multinacionais: colocar ambições comerciais acima do bem comum.

            Com os dados relevantes sobre o que vem acontecendo no plano internacional, não se pode fechar os olhos ante a monopolização, a qual estão sujeitos os mais variados setores das atividades humanas. O surgimento de “trustes” comerciais, ainda com pálidas  demonstrações, aponta para uma realidade que começou a despontar com as uniões políticas entre as nações. Depois do Mercado Comum Europeu; da ALCA; da Liga  Àrabe de Nações, sem esquecer o pretendido Mercosul,  espera-se uma reviravolta em todos os âmbitos neste planeta. A submissão, sem dúvida, aos mega-organismos detentores de patentes e assimilados, provavelmente será um fato concreto. Quem quiser comprar ou vender terá que se submeter aos ditames das ordens empresariais.

            No que tange aos meios tecnológicos, estes serão a polícia futurista que se encarregará de zelar pelo cumprimento das imposições dos “trustes”. Há quem diga que em nosso tempo já existem minúsculos “chips” que são implantados sob a pele, os quais trazem a identidade completa do indivíduo. Para saber as características de cada um, basta aplicar um leitor ótico sobre o local onde se localiza o componente e pronto: a ficha do indivíduo aparece como num passe de mágica. Indo mais longe, satélites espiões povoam o globo numa varredura intensa. Ninguém escapará à sanha do fator tecnológico.

            Realidade, ou meras especulações, o fato é que existem correntes mercantilistas, assim como religiosas, que parecem pintar um quadro dantesco do futuro. Com efeito, se levarmos em conta que os escritos sacros predisseram muito do que vem acontecendo, não se pode fechar os olhos a certos aspectos do nosso dia a dia. Descartando uma boa parcela dessas “profecias”, há que se levar em conta a veracidade de fatos que, coincidência ou não, tiveram seu cumprimento ao longo dos séculos. No que tange ao lado mercantilista, depoimentos fidedignos dão conta de valores que destoam da costumeira ordem natural das coisas. O mesmo ocorrendo no aspecto religioso. Enquanto uma mega organização na China vence – após três anos de insistência – um casal de velhinhos que não se dispuseram a vender seu imóvel para a empreiteira, as megas organizações eclesiásticas arrebatam milhões com seus evangelhos fáceis, sem que a mensagem central do puro evangelho seja priorizada. Quer num aspecto, quer no outro, a verdade é que “Sempre há algo de podre no reino da Dinamarca”. Uma figura, claro!

            Aproveitando referências aos possíveis acontecimentos que provavelmente se desencadearão sobre o planeta no futuro, muitos aspectos da atualidade nos chamam a atenção. No setor agropecuário – concordando com alusões acerca do comportamento comercial – o que se vê são modificações gigantescas no campo da genética agro-pastoril. As plantações de milho, por exemplo, são um paradoxo ao sistema e tipos de plantas do passado. Pés de milhos há que não passam de um metro e meio, quase completamente isentos de flores, contrastando com o original, no qual as plantas atingiam até três metros, com uma exuberância impar na floração. Tais modificações visam o aumento da produtividade, assim como um lucro maior. Quanto às conseqüências da transgenia – processo modificador de sementes – não há a mínima garantia que a ingestão de tais produtos não venha trazer sérios riscos à saúde. Isso porque, não se sabe se a manipulação de novas formas possam propiciar à semente a elaboração de, digamos, toxinas altamente prejudiciais ao organismo animal. Como ainda é muito cedo para avaliar tais conseqüências, fica a dúvida quanto à eficácia da utilização de tais normas.

            Sobre o aspecto religioso, a adoção de novos referenciais por parte das organizações eclesiásticas tem por base trabalhar com uma espécie de chamariscos, visando atrair a população menos avisada sobre o perigo que corre. Em lugar de anunciar o puro evangelho, aquele que emana da palavra divina, o que se oferece são facilidades para aquisição de bens, conforto e curas. Já no patamar da religiosidade, o que se tem são expoentes ocupando o lugar do verdadeiro Senhor, funcionando como um faz de tudo. Até as funções precípuas do Mestre são delegadas a seres subalternos. Assim a criatura recebe mais proventos devocionais que o próprio Criador.

            O patamar profético, aludido no primeiro parágrafo desta dissertação, dispõe sobre o caráter escatológico, quanto aos fatos que se deram ao longo das eras, bem como aos que atualmente se sucedem. Sobre isso nos vem em socorro a visão dispensacional, na qual os fatos naturais têm como alvo dar comprimento às profecias bíblicas. Dessa forma, entram em evidência fenômenos naturais, tais como: “tsunamis’, ciclones, terremotos, fomes moléstias e até movimentos político-sociais. Tidos como meras coincidências – como querem alguns – o fato é que o próprio Jesus tratou desse assunto com esmero e dedicação. Mt. 24 registra a palavra divina sobre esses acontecimentos. Ante fatos e predições, resta-nos atentar para os aspectos exalados em nosso modesto trabalho. Que o perigo pode estar rondando nossas portas, apesar de aceitarmos impassíveis o que nos chega pelos meios de comunicação, como sendo mera coincidência, assim como ingerirmos tudo que é colocado nos pratos diariamente, sem nenhum senso crítico. Paralelos, sem dúvida, que se revezam na atualidade, cujos resultados parecem ser incógnitas jogadas ao tempo.