Já está no horário das lojas se abrirem. É um dia de muitas possibilidades de atração de clientes e fechamentos de vendas. Mas pode também, ser um dia em que o despreparo da equipe, o clima emocional do ponto de vendas, a inobservância de itens importantes do merchandising e, até a falta de liderança e preparo da gerência, façam as vendas ficarem abaixo do seu potencial.

As luzes estão acesas, músicas tocando e os clientes circulando, cada um em busca do seu objetivo. Eles têm as mais diferentes necessidades e motivações de compras e esperam ser muito bem recebidos e terem toda a atenção necessária naquele momento, que para muitos é especial. Basta olharmos para os seus olhos e percebermos que cada um tem expectativas e desejos diferentes e reagem distintamente às ofertas, à forma de oferecimento dos produtos e serviços e fundamentalmente ao atendimento que lhes é dado.

Por mais bem focado que seja o público-alvo de uma empresa, haverá sempre diferenças marcantes de comportamentos, exigindo maior preparo nesse relacionamento. Muitas ainda exigem um atendimento com padrões rígidos, onde o rigor, muitas vezes, somente beneficia a própria empresa. É questão sine qua non estudar mais profundamente o comportamento das pessoas, e dar maior flexibilidade à forma de relacionamento. Isso exige um esforço de capacitação, treinamento e motivação de todos os profissionais que lidam diretamente ou indiretamente com o publico.   

Além dos aspectos comportamentais, é preciso também observar as questões anatômicas dos consumidores. Os clientes possuem algumas capacidades, tendências, limitações e necessidades físicas comuns. Isso tudo deve ser considerado pelas empresas. Elas necessitam buscar a melhor adequação possível do ambiente comercial às necessidades do seu público-alvo. Isso significa que os pontos de vendas devem estar adaptados à sensibilidade das pessoas, facilitando sempre a sua percepção mais imediata de tudo o que se quer vender ou comunicar.

Sempre observo em shoppings ou lojas de rua, que em muitos casos, as vitrines, a forma de iluminação do ambiente, ou a colocação dos produtos nas prateleiras, têm pouco poder de persuasão. Esses itens são tratados como coisas rotineiras, apresentam-se pouco chamativos, e por isso, levam o cliente a continuar os seus passos e ir para o ponto mais adiante, talvez para a concorrência, perdendo-se assim muitas possibilidades de vendas.

O abrir as portas diário de um ponto de vendas, precisa ser um momento sagrado. Deve-se desempenhar a competência de observá-lo o tempo todo e identificar as possibilidades de melhorias no atendimento, no clima emocional, e no merchandising.

É preciso levar o cliente a sentir, tocar e finalmente comprar. As organizações de sucesso criam sensações, produzem experiências deliciosas e torna o momento da compra uma coisa muito especial. Sua empresa já está oferecendo esse momento?