Modernidade canibal

No Brasil globalizado, o sistema econômico prioriza com êxito, entre outras coisas, uma maior arrecadação de recursos baseados na industrialização, exportação, ao invés de cuidar dos objetos sociais. O canibalismo moderno é cometido pelos esfomeados que comem por necessidade partes de seus semelhantes e por outros que, pelo luxo, excluem seus semelhantes da possibilidade de uma alimentação civilizada.
É curioso, o fato de que, casos como o canibalismo cometido no lixo de um hospital na cidade de Olinda em Pernambuco no final do século XX aconteça em um país como o Brasil que é o terceiro no ranking dos exportadores de alimentos do mundo. Humanos comendo seres humanos é o produto de um atraso "canibal" em um ambiente onde se atribui mais importância a riqueza de uns, ao Invés de sanar as necessidades básicas do povo faminto e desabrigado que divide a calçada com ratos e esgotos a céu aberto.
Não apenas o Brasil, mas grande parte do mundo está "doente" cujos "sintomas" são a falta de humanidade com os mais carentes por parte dos governantes, exceto em período eleitoral, a exploração da pobreza e da ignorância dos menos favorecidos por parte de alguns políticos para ganhar votos ou por pessoas mal intencionadas que usufrui das facilidades de pagar para aliciarem menores sexualmente, a falta da vergonha e de bom senso daqueles que votam as leis em benefício próprio como o caso de políticos empresários e por fim o "crime" brasileiro contra a educação nacional, pois é deprimente observar as escolas públicas sucateadas com professores abandonados, mal pagos e desestimulados.
Portanto, nota-se que o canibalismo moderno dos pobres é o resultado de uma soma de fatores excludentes causados pela exorbitância da riqueza de uma minoria.