Segundo Arlindo Machado(Professor da área de comunicação)"Malgrado reduzidas á escala de seus parcos recursos humanos, técnicos e financeiros, ás vezes boicotadas, hostilizadas, perseguidas e até mesmo condenadas á clandestinidade, essas mídias fazem explodir os bloqueios oficiais á expressão pública e dão ressonância ás vozes discordantes, minoritárias, subjugadas e portadoras de impulso de mudança".

Sem negar aqui a importância das formas hegemônicas de mídia, pode-se afirmar que, quando vinculadas a movimentos sociais autênticos, as mídias radicais colocam em evidência o imenso potencial estético, cognitivo, comunicativo e mobilizador dos meios de expressão.

Pouco se escreveu sobre o tema e muito foi desautorizado pelo pensamento dominante, mesmo que de esquerda, tradicionalmente oscilante entre recusa incondicional e a aceitação envergonhada dos meios convencionais.

Quando nos referimos a mídia e a critica devemos possuir uma visão geral, ampla e não a visão básica de pessoas alienadas, ou seja a mídia é totalitária entendida como todas as formas de comunicação seja ela falada, ouvida, sentida, escrita e assim por diante, a crítica básica alienada é a que a maioria das pessoas comuns possuem e elas dentro do seu conhecimento de mundo julgam estarem certas, um exemplo é que para estas pessoas crítica é o ato de criticar algo, um exemplo reality shows, ao tecer comentários sobre o tema abordado as pessoas não percebem que estão sendo manipuladas a isto, ou seja quando realizamos comentários bons ou ruins a cerca de um tema você querendo ou não está promovendo este tema, em linguagem simples, quanto mais se fala de algo mais o vende, é como um ditado popular " falem bem ou mal de mim mas falem" desta forma ao gerar um tema chamativo as pessoas não percebem que o que importa é a atenção acerca do mesmo e não se gostam ou não, se agrega ou não algum valor seja positivo ou negativo.

Possuir a capacidade de compreender a midiática seu poder e a real crítica é essencial, para que não se perda jamais o verdadeiro foco, possuindo desta forma uma visão privilegiada sobre o mundo que o cerca, retirando desta forma o véu que recobre suas vistas, não permitindo que se coloque uma trave em sua vista, o tornando um agente construtivo na educação, sociedade e mundo, o que levanta a questão para a verdadeira crítica, que deve ser baseada na estruturação da mídia e não somente em seus resultados, desta forma uma estudo em sua formula, teoria, ação e reação o tornará um ser crítico reflexivo, construtor e gerador de idéias otimizadoras perante a mídia e a sociedade, seu papel e como trabalha-la a favor das mesmas.

Claro que fenômenos que atraem a atenção de grande público, mesmo que artificialmente devem merecer uma atenção privilegiada com um exame crítico, clínico, imparcial e pensando na cultura de massa, ação e reação, causa e efeitos a curto, médio e longo prazo e suas influências, positivas, negativas antes e depois destes fenômenos.

É preciso compreender que mídia e tecnologias não são somente rádio, televisão, jornais e que internet, música, banners, gibis, revistas enfim tudo que transmita algo ou alguma coisa é mídia e tecnologia seja ela moderna ou não, mídias radicais são as mesmas mas quando feitas indiretamente, falando em uma linguagem simples seriam as (oposições) ou seja visão contrária de pequena escala e sob muitas formas diferentes- que expressa opinião alternativa ás políticas,  que prioriza o obvio a se verificar, obvio por que esta sendo notado por que queriam que notassem e não por que o individuo conseguiu por seu intelecto, estudo e base ser capaz de notar, ou seja acha que percebeu algo, quando foi condicionado achar que o percebeu, quando em verdade se torna apenas um agente indireto de controle e contra controle.

Desta forma cabe a nós sermos capazes de não fazermos parte desta minoria e desta forma possuirmos uma visão além do alcance comum, somente desta forma podemos ser capazes de nos tornarmos agentes construtores dentro da educação e aprendizagem, fazendo uso destas mídias e tecnologias em prol da sociedade, sendo desta maneira agentes construtores de moral e ética com o intuito de sermos capazes, de realizar bons usos da mídia e tecnologia em benefício da sociedade.

A boa percepção das técnicas behavioristas, marxistas e estudo das psicologias, dentro da pedagogia deixa claro que a posição do pedagogo(a) e instituições, não é o de ser de direita, esquerda ou ultradireita pois o bom estudante de pedagogia, excelente professor, possui a capacidade de compreender que todos utilizam tais ferramentas e não cabe a nós nos prendermos a tais concepções de visão mundana e limitada visão de mundo, desta forma cabe apenas á educação o papel, de obrigação de compreender as engrenagens de cada uma destas frentes, a fim de poder fazer bom uso das mídias e tecnologias frente a educação e aprendizagem.

Desta forma uma vês mais os profissionais de educação são obrigados a retomar a concepção de Paulo Freire "aprender a aprender" pois não a mais duvidas do poder das tecnologias e da mídia e não podemos mais debater se devem ou não ser utilizadas e sim como utilizar de forma otimizadora da educação e aprendizagem, com intuito de formar seres críticos reflexivos geradores de opinião e construtores de moral, educação e cidadania.

O docente com visão holística propicia ações que levam a criação, imaginação e as atividades que promovam a aprendizagem, esse processo do homem em sua totalidade estimula o uso dos dois lados do cérebro, levando em conta  a existência dos dois hemisférios cerebrais.(Weil,D Ambrosio e Crema 1993).

Tendo portanto esta visão dentro dos processos pedagógicos possibilita uma visão interdiciplinar, que favorece a formação do homem sensível, responsável, crítico, transformador e mais humanista lutando sempre pelos processos de paz, justiça, honestidade e  igualdade.

Desta forma  as tecnologias e a midiática se tornam ferramentas colaborativas no desenvolvimento de aptidões para atuar como profissional na sociedade do conhecimento, num caráter mais complexo as tecnologias da informação pode ajudar a tornar mais acessíveis e conhecidos para os professores as políticas educacionais dos países, projetos pedagógicos das escolas em todos os níveis.

Baseada na proposta de Chikering e Ehrmann(1999), a tecnologia da informação pode contribuir com pelo menos  sete procedimentos que  os autores denominam de princípios e são eles.

Encorajar contato entre estudantes e universidades.

Encorajar cooperação entre estudantes.

Encorajar aprendizagem colaborativa.

Dar retorno e respostas imediatas.

Enfatizar tempo para tarefas.

Comunicar altas expectativas.

Respeitar talentos e modos de aprender diferentes.

As didáticas propostas que contemplam a tecnologia permite ao aluno ir além da tarefa proposta, através de investigação, anotação, pesquisas e consultas reciprocas diretas e indiretas, o fato de criar situações de interatividade pela rede eletrônica na sala de aula mostra que" as trocas sociocognitivas ocorrem através da interação e colaboração entre os participantes e envolvem o compartilhamento de idéias, propostas, informações, duvidas e questionamentos"(Maçada e Tijiboy 1998).

Cabe aos docentes fazer uso de uma didática colaborativa focada a uma formação ético- humanista aos desafios tecnológicos, o homem deve se apropriar das tecnologias e usar a seu serviço, contra as injustiças, individualidades e imoralidades, o desafio dos docentes é mudar o eixo do ensinar, para optar pelos caminhos que levem ao aprender e mais que isso querer aprender, buscar conhecimento e retransmitir ou seja tornar a nova didática focada no aprender a aprender entre alunos e docentes.http://trabalhosdepedagogia.com.br/ ass: Paulo Riedel