Creio no "Amor-verdade, no Amor-mansidão , no Amor-Eterno"...há que o Destino permitir aconteça. Meu amor
tinha a força sensual de ventos furiosos
e a pureza sensível dos mais finos cirstais. Nasceu e da Terra, toda a maldade varreu.
Foi também brisa mansa dos campos,
aragem perfumada, a fada amiga
a acariciar suavemente os doirados trigais .
Meu amor
sem orgulhos, despretensiosamente
coloriu, com delicadas flores do campo
a aveludada e verdejante relva da Existência.
Meu
foi a luz do Sol nascente.
Do oriente, anunciava a cada novo dia:
o alegre "Amanhã do Sempre".
Meu
foi Lua cheia .
Astro-satélite entre as estrelas, reinou absoluto, sobranceiro
- no profundo azul do firmamento.
Meu amor
foi sincero e tranqüilo,
aqueceu com ternura infinda, os sonhos todos...carinhos... somente por mim em ternura tecidos ...
Foi harmonia, serenidade e sentimento.
Meu amor
vivera mil anos.
Eternamente poderia ter sido
- se não tivesse em minh'alma,
causado tão dolorosos ferimentos.
Meu amor,
por mim feito convicção, eterna verdade,
fez-me assomar à consciência-primeira:
a ânsia do espírito tornou-a realidade.
Meu amor
foi o sagrado pecado
- iluminado e fechado sacrário
que nas plúmbeas dobras do passado
meu coração magoado,
muito tempo quebrantou..
..........
Só eu o amei.
Ele não me amou.