FACULDADE NOSSA CIDADE

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

EDILSON FRANCISCO FREIRE

ORIENTADOR: LAWTON NANI BENATTI

MÉTODOS INOVATIVOS APLICADOS AO AMBIENTE DE PRODUÇÃO Parte 1a

A competitividade está ficando cada vez mais acirrada, e o que antes era exclusividade de alguns, hoje é disponível a todos.

Estamos falando da tecnologia, da informação, ferramentas da qualidade consultorias entre outras que tem como objetivo deixar as empresas mais competitivas.

 No atual cenário mercadológico o nível de exigência é percebido com muita facilidade e o fator diferencial se faz necessário para que as empresas consigam ter sucesso e ou pelo menos consigam manter-se atuantes.

Todos os dias surgem novas empresas e passam a disputar seu espaço em meio a tantos players porem nem todas conseguem sobreviver em função da forte competitividade.

 As empresas que não estão fazendo uso das ferramentas e ou dos recursos criados para melhoria de seus processos, seja ele financeiro, comunicação, comercial, produtivo e logístico e de alguma maneira cria resistência mediante ao redesenho de seus processos para adequar-se ao atual modelo de mercado podem não permanecerem ativas por muito tempo.

Desta forma, é imprescindível que haja nas empresas um pensamento de busca constante de adaptação de seus processos a realidade dos negócios.

E nesta busca constante pela adaptação das empresas se faz necessário a utilização do fator diferencial inovação.

Inovar é um método criativo de obter novas aplicações para o conhecimento existente ou ainda de combinar fragmentos de conhecimentos existentes para a criação de uma nova habilidade ou de novas soluções. Nesse mesmo sentido, Afuah (1998) aborda a inovação como a combinação da invenção mais a comercialização, ou seja, usar de novos conhecimentos para oferecer um novo produto ou serviço que os clientes desejam.

Entretanto, define que o produto ou serviço é novo quando os atributos são melhores ou que nunca existiram no mercado. Alguns autores definem a inovação como uma mudança que cria nova dimensão de desempenho (DRUCKER, 1998).

Inovar é romper com os modelos pré-estabelecidos e iniciar a comercialização de um produto que é percebido pelos consumidores como tendo efeitos além daqueles modelos de consumo até então existentes (GRANT, 1998).

 A inovação decorre do processo de evolução tecnológica, da evolução das necessidades dos clientes, e da intensidade da competição no segmento (ROBERTSON, 1999). Sheth et al. (1999) destacam o sentido da singularidade, percebido pelo cliente como única à medida que o produto é diferente daqueles existentes.

Sem dúvidas existem muitos conceitos utilizados para ilustrar a inovação porem é no ambiente produtivo que ocorre um dos mais radicais exemplos de inovação.

A inovação apresenta-se como um benefício e um fator essencial à sustentabilidade das redes interorganizacionais, estando diretamente relacionada ao estágio mais elevado de desenvolvimento dos Arranjos Produtivos. Segundo Méndez (2001, p. 1),

[...] no contexto das transformações econômicas, tecnológicas e político-institucionais das últimas décadas, a inovação assume uma importância estratégica. Para a promoção da inovação, são essenciais as características de cada território, a presença dos atores locais e a criação de redes formais e informais de cooperação, capazes de impulsionar processos de desenvolvimento territorial sustentáveis.

O meio inovador é, para esse autor, um fator que deve ser observado no desenvolvimento das redes. Nesse contexto, o território não é visto como um cenário passivo e todos os atores que compõem e estão no entorno da rede são responsáveis pela sua sustentabilidade. Assim, a inovação é vista como um fenômeno coletivo cujos resultados devem beneficiar todos os que compõem o meio inovador.

Para Amato Neto (2008), a cooperação interempresas tem vários objetivos, desde a divisão de custos até o compartilhamento de riscos ao se realizar experiências em conjunto para a exploração de novas oportunidades.

O autor conclui que os fatores determinantes na formação de uma rede interfirmas são a diferenciação, a interdependência e a flexibilidade. A diferenciação impulsiona a inovação sem gerar significativos aumentos de custo.

 A interdependência é o fator que cria a motivação para a formação da rede e lhe confere unidade organizacional. E a flexibilidade (produtiva, organizacional e de inovação) é um atributo gerador de vantagem competitiva para a rede porque lhe confere grande poder de adaptação conforme se alterem as contingências do ambiente de negócios.

Na mesma linha de pensamento, Britto (2008), destaca que as redes têm sido interpretadas como propiciadoras de um aumento nas taxas de inovação, auxílio na adaptação às mudanças no ambiente e aumento na flexibilidade e eficiência, ao permitir acesso a recursos críticos com baixo custo e direcionar alto desempenho organizacional.

Visto que a inovação constitui um dos principais benefícios para as empresas no cenário atual e está diretamente relacionada ao estágio máximo de desenvolvimento das redes interorganizacionais, faz-se necessário entender como o processo inovativo é disseminado nos arranjos produtivos locais.

Segundo Gomes e Guimarães (2008) diferentes abordagens teóricas tratam da difusão de inovações em campos organizacionais. Uma dessas abordagens indica que a difusão de inovações é um processo influenciado principalmente por razões técnicas e internas às organizações, como os atributos individuais (MOCH; MORSE, 1977; DAMANPOUR, 1987).

Outra abordagem sugere que razões externas, como forças miméticas e pressões normativas exercidas por outras organizações, também podem influenciar na decisão sobre a adoção de inovações (DIMAGGIO; POWELL, 1983). Uma terceira abordagem sugere que fatores relacionais são determinantes nesse processo. De acordo com teóricos da análise de redes sociais, padrões de relacionamentos existentes na rede onde uma organização se encontra imersa podem restringir ou aumentar suas possibilidades de escolha (GALASKIEWICZ, 1985; GRANOVETTER, 1985).

Com tudo a inovação aplicada ao ambiente de produção tem como objetivo melhorar os processos, a competitividade e a lucratividade das empresas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GAITHER, Norman, Administração da produção e operações/Norman Gaither, Greg Frazier; tradução Jose Carlos Barbosa dos Santos; Revisão Petrônio Garcia Martins. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

PIMENTA, Rosângela Borges; A Gestão do conhecimento como fator determinante no processo de inovação do setro produtivo, 2006.

RAM, Rev. Adm. Mackenzie vol.13 no.4 São Paulo Aug. 2012