DEBATE I – Metodologia de trabalho da literatura oral e popular

 

Ozinei dos Santos Chaves                         4PED1/11N

                                                          

Desenvolver uma metodologia para trabalhar com poesia para um público leitor entre 11 e 14 anos não é nada fácil, más também não é tão difícil. O que torna difícil é a falta de preparação e de formação do profissional que atuará nesse campo literário. Outra questão difícil é a desvalorização e a falta de interesse por parte de alguns adolescentes com a literatura. Agora, se eles não tiverem uma base sólida dessa literatura, com certeza o trabalho se torna ainda mais complicado.

Levando em consideração que essa fase é a do pensamento lógico, onde as experiências de vida, romances, questões ligadas à inteligência e sentimentalidade estão entrelaçadas. A partir dessas ideias e desse embasamento teórico, pode-se iniciar uma metodologia mais próximo do ideal.

Sendo assim, o professor precisa primeiramente saber o grau de familiaridade que os alunos possuem acerca de poesias. Se não possuírem um elo compatível, aí o professor necessariamente deve apresentar poemas, textos que explorem o conceito do que seja poesia. Para assim propor experiências de leituras significativas despertando no aluno o valor em si da poesia, aproximando o texto da vivência e promover neles uma forma de reflexão sobre o texto dando com isso, um novo sentido ao texto e a poesia.

Outra metodologia seria desenvolver poesias ligadas às necessidades de cada aluno e que o professor seja cauteloso na seleção e no modo de abordagem. Por se tratar de adolescentes, o ideal seria de promover jornadas literárias, espetáculos teatrais, apresentações musicais no sentido de aproximar os alunos e despertar a integração entre o pensar, o sentir e o agir.

A meu ver a música poderia ser um recurso favorável, um fator primordial ou como um tipo de linguagem poética, Essas apresentações musicais levariam os alunos a outro mundo, o mundo dos conceitos, das personalidades, das ações e dos estados emocionais, da busca dos significados das coisas. Outra questão interessante é o professor promover técnicas de grupos, dinâmicas grupais envolvendo numa relação de interação com a obra literária.

Concluo esse debate com uma frase da poetisa Adélia Prado, “quem lê poesia não vive ‘no mundo da lua’. Pelo contrário, vive a realidade, passa a olhar com mais verdade o mundo”.