Meta-Analysis of the Influence of the Obesity on the Cancer Formation

Luiz Eduardo Costa

Resumo

A obesidade é considerada uma doença epidêmica pela Organização Mundial da Saúde (ONU). A enfermidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal a ponto de trazer problemas à sua saúde. Baseado em dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Análises (IBGE), nos anos de 2002-2003 cerca de 11% da população brasileira era obesa e aproximadamente 40% dela se encontrava em sobrepeso, eminentes à obesidade. Segundo a OMS, o obeso é aquele que possui o Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 30kg/m², o que determina que o mundo conta com mais de 250 milhões obesos. A maior preocupação dos profissionais da área da saúde é a rapidez em que as pessoas em todo o mundo têm se tornado cada vez mais gordas, boa parte delas se tornando obesas e apresentando complicações comuns influenciadas pela obesidade como a diabete, doenças da vesícula biliar, hipertensão, dislipidemia, resistência à insulina, respiração ofegante e apnéia do sono. Embora a obesidade seja bastante conhecida, as pesquisas na área são geralmente focadas em seu tratamento, prevenção e influência nas doenças mais comuns por ela desencadeadas, pouco se sabe sobre como a obesidade pode ser um gatilho no surgimento de células cancerosas. Pessoas obesas em geral são mais propícias a ter formações cancerígenas por diversos fatores e relações. O objetivo do estudo é estabelecer, a nível celular, as possíveis influências da obesidade na formação de células cancerosas com base em dados pré-existentes.

Descritores: Obesidade; Câncer; Tecido Adiposo; Sobrepeso; Hormônios;

Abstract

The obesity is considered an epidemic disease by the World Health Organisation (WHO). This illness is characterised by the excess body fat accumulation leading to health problems. According to the Brazilian Institute of Geography and Analyzes (IBGE), in the years 2002-2003, about 11% of the Brazilian population was obese and approximately 40% of it was overweight, bound to obesity. According to WHO’s patterns, an obese person in that one who has a Body Mass Index (BMI) higher or equal to 30kg/m², what defines that there are approximately 250 million obese people in the world. What in fact troubles health professionals the most is the speed in which people are becoming each time fatter, many of them becoming obese and showing symptoms of usual complications and diseases cause by the obesity, which are diabetes, gallbladder conditions, hypertension, dyslipidemia, insulin resistance, panting and sleep apnoea. The obesity is a well-known issue to our lives, nevertheless, the researches and studies in this field are usually towards its treatment, prevention and influence on the most common diseases triggered by the fat excess, but still little is known about the way obesity may be a turning point to cancer cells formation. Obese people are generally more likely to show cancer formation for numerous factors. The aim of this study was to establish, at the cellular level, the potential influences of the obesity on the formation of cancerous cells, based on preexisting data.

Descriptors: Obesity; Cancer; Adipose Tissue; Overweight; Hormones;

Introdução

A definição médica do quadro de obesidade pode ser o aumento excessivo e prejudicial das reservas naturais de gordura do corpo. O tecido adiposo é o maior órgão de reserva energética do corpo, possuindo diversas funções como proteção, sustentação e isolamento térmico. Além das funções químicas, as células do tecido adiposo são verdadeiras usinas de intensa atividade metabólica e endócrina (1, 2). A obesidade é conhecida como um dos maiores vilões da saúde no mundo atual, sendo responsável por diversas doenças que afetam e aumentam o risco de morte em na maioria das enfermidades que afetam o ser humano, além de trazer problemas sociais como a discriminação. (2)

Sabe-se bem que mulheres obesas durante o período da menopausa têm uma propensão ao surgimento de câncer de mama bem maior que aquelas mulheres que se encontram em seu peso normal, porém as causas não são bem conhecidas por todos e a relação entre o sobrepeso e a formação do câncer não são satisfatoriamente estabelecidas (3).

A obesidade é uma doença crônica de surgimento bastante complexo, que não envolve apenas a predisposição genética do individuo, mas também o ambiente em que ele vive. Sabe-se que boa parte dos obesos ou pessoas que lidam com problemas de peso sofrem de distúrbios relacionados à alterações biológicas que geralmente fazem com que mais energia seja retirada dos alimentos e armazenada nas reservas naturais de gordura (2, 4) – que compreendem principalmente ao depósito lipídico da região abdominal, diretamente relacionado à alteração no metabolismo de carboidratos e lipídios, doença arterial coronariana e hipertensão arterial (5).

A relação da obesidade com o câncer pode ser dada de várias maneiras. A obesidade entra aqui não só como o próprio excesso anômalo de gordura armazenada nos tecidos de reserva energética, mas tudo o que acompanha essa enfermidade – suas causas e comorbidades. A própria dieta obesa carrega consigo fatores carcinogênicos, embora pesquisas apontem que eficácia da mudança de dieta pode variar de 10 a 70% (6). Isso acontece porque o câncer depende de diversos fatores para de desenvolver, diversos gatilhos precisam ser ativados para que uma célula dê início a um câncer. (7)

Cada célula do nosso corpo é dotada de vários sistemas de proteção que garantem que elas não cresçam e se proliferam mais que o necessário, e caso esses sistemas possuam algum tipo de problema, existem ainda outros sistemas que promovem a morte dessa célula, para que ela não se torne nociva ao organismo. Por essa razão, existem várias maneiras em que a obesidade e as comorbidades por ela causadas podem servir como gatilhos para a ativação de uma célula cancerosa. (7)

Nesse trabalho o foco é abordar amplamente diferentes tipos de câncer que podem ser desencadeados com a ajuda dos fatores acima discutidos.

A OBESIDADE E O TECIDO ADIPOSO

A obesidade muitas vezes é vista como uma doença exclusivamente ligada ao peso, mesmo embora o peso não seja seu fator determinante. A OMS (Organização Mundial da Saúde) determina a obesidade como um estado clínico onde o indivíduo se encontra com seu nível de IMC (Índice de Massa Corpórea) acima dos 30 quilogramas por metro quadrado (kg/m²) (8), porém o peso de uma pessoa nem sempre está relacionado exclusivamente com sua reserva natural de gordura, que é o que define a real obesidade de um ponto de vista médico (9). A obesidade, aqui, será interpretada pelo armazenamento excessivo de gordura no corpo.

A gordura é armazenada no corpo por adipócitos, que são células originadas a partir de células pluripotenciais e que, pela ação de fatores de transição e hormônios exógenos, acabam assumindo morfologia e volume característicos (10).

Existem dois tipos de adipócitos encontrados nos mamíferos – os brancos e os pardos, cada um apresentando funções específicas. O tipo pardo é localizado em áreas específicas do corpo. Como esse tecido não cresce desde nosso nascimento, ele se apresenta em quantidade bastante reduzida em adultos (10). As células do tecido pardo são menores se comparadas com as do tecido branco, possuem forma poligonal e possuem diversas gotículas de lipídios em seu citosol. São especializadas em produzir calor. (10, 11)

            O tecido adiposo branco é o que mais importa aqui. Suas células são grandes, poliédricas in situ e possuem uma gota lipídica de tamanho relativamente considerável em seus citoplasmas, além de gotículas muito menores que podem ser encontradas separadamente (10, 11).

            As células diferenciadas em adipócitos passam a captar ácidos gordos e até glicose ou aminoácidos quando em estado de abundância, todos posteriormente são transformados em triglicerídeos (porém, a glicose e o aminoácido precisam de mais transformações até que formem ácidos gordos, o que reduz a o rendimento energético) que são a forma de reserva (12). Por conter a energia secretada, o tecido adiposo também precisa trabalhar na regulação e administração dessa energia, o que o torna um órgão complexo de intensa atividade metabólica e endócrina (13).

O CÂNCER

            O câncer não é uma doença, mas, na verdade, um conjunto de várias doenças com um fator em comum – a proliferação desordenada de células. Os carcinomas são caracterizados pela rapidez e forma em que as células de certa parte do corpo se alastram (7, 14).

            Todas as células possuem diversos sistemas de proteção que garantem que uma célula se reproduzirá até o ponto certo, e, quando atingir esse ponto, a célula parará de se proliferar para evitar problemas. Existem mecanismos diferentes para que a célula cesse seu crescimento quando necessário, mas, quando esses diversos mecanismos são desativados por algum (ou vários) fator, uma célula cancerígena surge (7).

            Geralmente uma célula precisa de vários fatores concomitantes para se tornar uma célula cancerosa maléfica, e ao entrar na corrente sangüínea ou no sistema linfático ela pode se espalhar pelo resto do corpo, que é quando a metástase ocorre, e outros locais do corpo são também afetados. Devido a isso e à contaminação microscópica, nem sempre procedimentos cirúrgicos para retirada de tumores são eficazes (14).

            Quanto mais uma célula se replica e quanto maior a rapidez, maior a probabilidade que essa célula sofra mutação genética, se tornando, afinal, uma célula cancerosa (7, 15).

A OBESIDADE E O CÂNCER DE MAMA

            Partindo-se do preceito de que o tecido gorduroso não é inerte, e sim um tecido endócrino, pode-se explorar a ligação da obesidade com o câncer de mama.

            Os riscos de uma mulher obesa apresentar câncer de mama são significantemente maiores, na maioria das vezes, em mulheres depois da menopausa (3, 16, 17). Antes da menopausa, elas se apresentam menos predispostas ao câncer de mama que mulheres em peso normal (16, 17, 18, 19). Isso ocorre, pois, o câncer de mama na mulher está diretamente ligado com hormônio estrogênio. Na mulher antes da menopausa, os ovários são os principais fornecedores do hormônio estrogênio para o corpo, já, na mulher depois da menopausa, o principal produtor de estrogênio passa a ser o tecido adiposo. Isso faz com que mulheres obesas tenham seus teores de hormônio estrogênio cerca de 50 a 100 por cento maiores do que mulheres em peso normal (19, 20). Logo, órgãos de tecido sensível à ação do hormônio estrogênio como as mamas (que possuem significativa parcela de tecido adiposo em sua composição), são bastante mais propensos ao desenvolvimento de câncer em mulheres obesas do que em mulheres de peso saudável.

A OBESIDADE E O CÂNCER DE ÚTERO

            Sabe-se que mulheres obesas possuem risco de desenvolvimento de câncer de útero até duas vezes maior que mulheres em peso normal apresentam independente se antes ou depois da menopausa (21, 22), porém ainda não se sabe ao certo quais seria a relação direta ou indireta entre a obesidade e o desenvolvimento desse tipo de câncer. Acredita-se que fatores como duradoura exposição a altos níveis de insulina e diversos tipos de hormônios produzidos pelos tecidos gordos possa influenciar na formação do câncer de útero (21, 23, 24)

A OBESIDADE E O CÂNCER DE CÓLON

O câncer de cólon é mais freqüente em pessoas obesas do que em pessoas em peso saudável. Homens com IMC acima de 30 são notavelmente mais propensos a apresentar esse tipo de câncer quando obesos, porém, nas mulheres, a relação entre obesidade e câncer de cólon parece ser bem menor ou inexistente (3, 25, 26, 27, 28). Acredita-se que o câncer de cólon tenha uma maior relação com a gordura abdominal, pois, assim, os homens, que apresentam uma concentração maior de reserva energética nessa região do corpo estariam mais propensos a apresentar tal câncer do que as mulheres (29).

      Explica-se também a maior disposição do homem ao câncer de cólon por estudos que acreditam que o estrogênio é benéfico e evita, de certa forma, o câncer do cólon. Porém, ao mesmo tempo, nota-se que mulheres em estado pré-menopausa e mulheres em estado pós-menopausa que tomam o hormônio estrogênio apresentam um risco aumentado de desenvolvimento de câncer de cólon, como o de homens obesos (30, 31).

      Uma teoria bastante aceita, além dessas, é a de que fatores de crescimento relacionados a altos níveis de insulina poderiam promover o desenvolvimento de câncer (3).

A OBESIDADE E OS CÂNCERES DE ESTÔMAGO E ESÔFAGO

Ainda não são bem entendidas as relações diretas ou indiretas entre o câncer de estômago e o câncer de esôfago com a obesidade. Sabe-se que obesos ou pessoas acima do peso possuem uma probabilidade aproximadamente duas vezes maior de apresentar adenocarcinomas esofágicos, que são tumores desenvolvidos a partir de glândulas (3, 32). Existem estudos também que evidenciam uma maior propensão no desenvolvimento de tumores na cárdia estomacal e outras formas de tumores esofágicos em obesos (32, 33, 34).

            Uma das propostas que podem explicar o aumento da aparição desses tipos de câncer em obesos é a teoria do refluxo. Obesos possuem freqüentemente problemas com refluxo estomacal devido às suas dimensões, e sabe-se que a ação dos sucos estomacais pode causar câncer em longo prazo. Porém, estudos mostram que os riscos associados à obesidade foram os mesmos para aqueles que apresentavam ou não refluxo (32, 35).

A OBESIDADE E CÂNCER RENAL

            É conhecido que o câncer renal possui influência concreta da obesidade em mulheres, algumas vezes chegando a aumentar os riscos em até quatro vezes o normal (3, 22, 36, 37). Em homens essa influência é em geral menor. Resultados se estudo são muito variáveis. Alguns estudos apontam que homens obesos podem possuir um aumento igual ao que as mulheres apresentam no risco de apresentar câncer renal (22, 38), outros apontam um aumento muito menor que esse (36, 39), e outros apresentam ainda um aumento nulo (40). Porém, um meta-estudo realizado a partir de muitos outros estudos e pesquisas, aponta que homens e mulheres estão igualmente associados ao risco do câncer renal, e que esse risco pode chegar a ser 84 por cento maior em indivíduos obesos que naqueles que se apresentam em peso saudável.

            Embora não se saiba em exato, acredita-se que as maiores influências para o aumento a aparição do câncer em obesos seja a alta exposição a hormônios esteróides sexuais (androgênio e estrogênio) (41).

A OBESIDADE E O CANCER DE PRÓSTATA

No caso do câncer de próstata, os fatos são bastante conflitantes. Alguns estudos apontam que existe um maior risco entre obesos, outros apontam ser indiferente, porém acredita-se que a associação entre o câncer de próstata e a obesidade se dê por fatores de crescimento relacionados à insulina, leptina e IGF–1 (42, 43, 44).

A OBESIDADE E OS CÂNCERES DE OVÁRIO, VESÍCULA BILIAR E PÂNCREAS

Estudos que relacionam a influência da obesidade na formação de cânceres de ovários e pâncreas são bastante inconclusivos e não evidenciam certeza (45, 46, 47, 48, 49, 50), embora alguns estudos específicos apontem que mulheres obesas que jamais fizeram tratamento hormonal após a menopausa apresentam risco até 80% maior de desenvolverem câncer de ovário do que mulheres saudáveis que também não se trataram com hormônios (51).

A relação entre obesidade e câncer na vesícula biliar não é clara, mas sabe-se que existe uma maior probabilidade de pessoas obesas apresentarem câncer biliar (52, 53). Acredita-se que o motivo é a alta exposição a hormônios como a insulina ou estrógenos (54).

HORMÔNIOS ENDÓGENOS COMO FATOR DE FORMAÇÃO DE CÂNCER

            Alguns hormônios definem e controlam o crescimento normal de órgãos alvos, atuando na maneira e na rapidez em que as células precisam se proliferar nos tecidos. Sem esses hormônios, seria difícil manter-se um equilíbrio na formação e manutenção ideal dos tecidos do corpo humano, porém, quando o estímulo proporcionado pelos hormônios é exagerado, pode dar-se inicio à criação de um tumor (15). Pessoas obesas, como citado, possuem uma excessiva produção de tais hormônios (em especial a insulina, hormônios sexuais e de crescimento) devido à grande quantidade de tecido adiposo em seus corpos (1, 2). Logo, pessoas obesas seriam, em geral, mais propensas ao desenvolvimento de câncer. Células que se reproduzem mais e com maior rapidez, possuem um maior risco de sofrerem erros genéticos durante o processo de replicação, o que pode, por sua vez, originar uma célula cancerosa devido a mutações genéticas (3, 7, 13, 15).

CONCLUSÃO

            Conclui-se que pessoas obesas, por possuírem abundante tecido adiposo, que por sua vez é um complexo órgão endócrino, apresentam atividade de produção hormonal muito maior que pessoas em peso saudável. Alguns hormônios produzidos pelo tecido adiposo são hormônios estimulantes que regulam e mantêm normal o crescimento de tecidos específicos no corpo humano, estimulando a replicação de suas células em ritmo adequado. Quando o teor de hormônios se torna demasiadamente elevado (como no caso dos obesos), seus órgãos-alvo passam a apresentar, a nível celular, um metabolismo muito acelerado. Levando em consideração todos os conhecimentos apresentados pelo estudo da carcinogênese, pode-se concluir que nesses órgãos afetados as células se replicarão com mais rapidez e freqüência, o que aumentará consideravelmente as chances de que, numa cadeia de tais processos, origine-se uma célula potencialmente cancerosa.

REFERÊNCIAS

  1. Mohamed-Ali V, Pinkney JH, Coppack SW. Adipose tissue as an endocrine and paracrine organ. International Journal of Obesity 22, 1145-1158; 1998.
  2. Clinical Guidelines on the Identification, Evaluation, and Treatment of Overweight and Obesity in Adults: The Evidence Report; National Heart, Lung, and Blood Institute, em cooperação com o National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases; National Institutes of Health; NIH 98-4083; 1998.
  3. Vainio H, Bianchini F. IARC handbooks of cancer prevention. Volume 6: Weight control and physical activity. Lyon, France: IARC Press, 2002.
  4. Vasques F, Martins FC, Azevedo A. Aspectos psiquiátricos do tratamento da obesidade. Rev. Psiquiatria Clínica [online]. 2004, vol.31, n.4, pp. 195-198.
  5. Bjorntorp P. The association between obese, adipose tissue distribution and disease. Acta Med Scan 1988; (Suppl.723): 121-34.
  6. Willet WC. Diet, Nutrition and Avoidable Cancer. Departments of Epidemiology and Nutrition, Harvard School of Public Health, Boston, Massachusetts, USA. Environmental Health Perspectives: 1995 Nov; 103 Suppl. 8:165-70.
  7. Sompayrac L. How Cancer Works. Sudbury, Mass: Jones and Bartlett Publishers; 2004.
  8. World Health Organization. Health Topics: Obesity. Disponível em: www.who.int/topics/obesity/en/. Acessado em 27 de Novembro de 2009.
  9. Lapidus L, Bengtsson C, et al. Distribution of adipose tissue and risk of cardiovascular disease and death: A 12- year follow-up of participants in the population study of women in Gothenburg. Br Med J 1984;289:1257-61.

10. Junqueira LC, Carneiro J. Histologia Básica. 10ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

11. Cannow B, Nedergaard J. Brown adipose tissue: Function and physiological significance. Physiol. Rev. 84:272 – 359; 2004.

12. Schaffer, J.E. (2001) Fatty acid transport: the road taken. Am. J. Physiol Endocrinol Metab 280: E239– E246.

13. Frülhbeck G, Gomez-Ambrozi J, Muruzábel FJ, Burrell MA. The adipocyte: a model for integration of endocrine and metabolic signaling in energy and metabolic regulation. Am J Physiol Endocrinol Metab 2001 280: E827 – E847.

14. Gabriel Janice. The Biology of Cancer. Chichester: John Wiley & Sons, LTD; 2006.

15. Henderson BE, Ross RK, Pike MC, Casagrande JT. Endogenous hormones as a major factor in human cancer. Cancer Res 1982, 42:3232-3239.

16. Trentham-Dietz A, Newcomb PA, Storer BE, et al. Body size and risk of breast cancer. American Journal of Epidemiology 1997; 145(11):1011–1019.

17. van den Brandt PA, Spiegelman D, Yuan SS, et al. Pooled analysis of prospective cohort studies on height, weight, and breast cancer risk. American Journal of Epidemiology 2000; 152(6):514–527.

18. Yoo KY, Tajima K, Park S, et al. Postmenopausal obesity as a breast cancer risk factor according to estrogen and progesterone receptor status (Japan). Cancer Letters 2001; 167(1):57–63.

19. Friedenreich CM. Review of anthropometric factors and breast cancer risk. European Journal of Cancer Prevention 2001; 10(1):15–32.

20. Huang Z, Hankinson SE, Cloditz GA, et al. Dual effects of weight and weight gain on breast cancer risk. Journal of the American Medical Association 1997; 278(17):1407–1411.

21. Salazar-Martínez E, Lazcano-Ponce EC, Lira-Lira GG, et al. Case-control study of diabetes, obesity, physical activity and risk of endometrial cancer among Mexican women. Cancer Causes and Control 2000; 11(8):707–711.

22. Goodman MT, Hankin JH, Wilkens LR, et al. Diet, body size, physical activity, and the risk of endometrial cancer. Cancer Research 1997; 57(22):5077–5085.

23. Kaaks, Lukanova A, Kurzer MS. Obesity, endogenous hormones, and endometrial cancer risk: A synthetic review. Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention 2002; 11(12):1531–1543.

24. Shoff SM, Newcomb PA. Diabetes, body size, and risk of endometrial cancer. American Journal of Epidemiology 1998; 148(3):234–240.

25. Giacosa A, Franceschi S, La Vecchia C, Favero A, Andreatta R. Energy intake, overweight, physical exercise and colorectal cancer risk. European Journal of Cancer Prevention 1999; 8 Suppl 1:S53–S60.

26. Kono S, Handa K, Kayabuchi H, et al. Obesity, weight gain and risk of colon adenomas in Japanese men. Japanese Journal of Cancer Research 1999; 90(8):805–811.

27. Murphy TK, Calle EE, Rodriguez C, Kahn HS, Thun MJ. Body mass index and colon cancer mortality in a large prospective study. American Journal of Epidemiology 2000; 152(9):847–854.

28. Phillips RL, Snowdon DA. Dietary relationships with fatal colorectal cancer among Seventh-Day Adventists. Journal of the National Cancer Institute 1985; 74(2):307–317.

29. Martinez ME, Giovanucci E, Speigelman D, et al. Leisure-time physical activity, body size and colon cancer in women. Nurses’ Health Study Research Group. Journal of the National Cancer Institute 1997; 89(13):948–955.

30. Slattery ML, Ballard-Barbash R, Edwards S, Caan BG, Potter JD. Body mass index and colon cancer: An evaluation of the modifying effects of estrogen. Cancer Causes and Control 2003; 14(1):75–84.

31. Writing Group for the Women’s Health Initiative Investigators. Risks and benefits of estrogen plus progestin in healthy postmenopausal women: Principal results from the Women’s Health Initiative randomized controlled trial. Journal of the American Medical Association 2002; 288(3):321–333.

32. Lagergren J, Bergström R, Nyrén O. Association between body mass and adenocarcinoma of the esophagus and gastric cardia. Annals of Internal Medicine 1999; 130(11):883–890.

33. Chow WH, Blot WJ, Vaughan TL, et al. Body mass index and risk of adenocarcinomas of the esophagus and gastric cardia. Journal of the National Cancer Institute 1998; 90(2):150–155.

34. Ji BT, Chow WH, Yang G, et al. Body mass index and the risk of cancers of the gastric cardia and distal stomach in Shanghai, China. Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention 1997; 6(7):481–485.

35. Laino C. Obesity Behind Esophageal Cancer Rise? Rates Triple for 1 Form of Cancer of the Esophagus. Cancer Health Center. WebMD www.webmd.com/cancer/news/20080125/obesity-behind-esophageal-cancer-rise. Acessado em 27 de Novembro de 2009.

36. Mellemgaard A, Lindblad P, Schlenhofer B, et al. International renal-cell cancer study. III. Role of weight, height, physical activity, and use of amphetamines. International Journal of Cancer 1995; 60(3):350–354.

37. Lindblad P, Wolk A, Bergstrom R, Personn I, Adami HO. The role of obesity and weight fluctuations in the etiology of renal cell cancer: A population-based case-control study. Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention 1994; 3(8):631–639.

38. Yuan JM, Castelao JE, Gago-Domingues M, Ross RK, Yu MC. Hypertension, obesity and their medications in relation to renal cell carcinoma. British Journal of Cancer 1998; 77(9):1508–1513.

39. Chow WH, Gridley G, Fraumeni JF Jr., Jarvholm B. Obesity, hypertension, and the risk of kidney cancer in men. New England Journal of Medicine 2000; 343(18):1305–1311.

40. Chow WH, McLaughlin JK, Mandel JS, et al. Obesity and risk of renal cell cancer. Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention 1996; 5(1):17–21.

41. Bergstrom A, Hsieh CC, Lindblad P, et al. Obesity and renal cell cancer—A quantitative review. British Journal of Cancer 2001; 85:984–990.

42. Stattin P, Soderberg S, Hallmans G, et al. Leptin is associated with increased prostate cancer risk: A nested case-referent study. Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism 2001; 86(3):1341–1345.

43. Hsing AW, Gao YT, Chua S Jr, Deng J, Stanczyk FZ. Insulin resistance and prostate cancer risk. Journal of the National Cancer Institute 2003; 95(1):67–71.

44. Shaneyfelt T, Husein R, Bubley G, Mantzoros CS. Hormonal predictors of prostate cancer: A meta-analysis. Journal of Clinical Oncology 2000; 18(4):847–853.

45. Mink PJ, Folsom AR, Sellers TA, Kushi LH. Physical activity, waist-to-hip ratio, and other risk factors for ovarian cancer: A follow-up study of older women. Epidemiology 1996; 7(1):38–45.

46. Hartge P, Schiffman MH, Hoover R, et al. A case-control study of epithelial ovarian cancer. American Journal of Obstetrics and Gynecology 1989; 161(1):10–16.

47. Farrow DC, Weiss NS, Lyon JL, Daling JR. Association of obesity and ovarian cancer in a case-control study. American Journal of Epidemiology 1989; 129(6):1300–1304.

48. Berrington de Gonzalez A, Sweetland S, Spencer E. A meta-analysis of obesity and the risk of pancreatic cancer. British Journal of Cancer 2003; 89(3):519–523.

49. Silverman DT, Swanson CA, Dridley G, et al. Dietary and nutritional factors and pancreatic cancer: A case-control study based on direct interviews. Journal of the National Cancer Institute 1998; 90(22):1710–1719.

50. Ji BT, Hatch MC, Chow WH, et al. Anthropometric and reproductive factors and the risk of pancreatic cancer: A case-control study in Shanghai, China. International Journal of Cancer 1996; 66(4):432–437.

51. Leitzmann MF, Koebnick C, Danforth KN, Brinton LA, Moore SC, Hollenbeck AR, Schatzkin A, Lacey JV Jr. Body mass index and risk of ovarian cancer. Cancer, Publicado em 6 de Janeiro de 2009. www3.interscience.wiley.com/journal/121617477/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0. Acessado em 28 de Novembro de 2009.

52. Hartz AJ, Rupley DC, Rimm AA. The association of girth measurements with disease in 32,856 women. American Journal of Epidemiology 1984; 119(1):71–80.

53. Lowenfels AB, Maisonneuve P, Boyle P, Zatonski WA. Epidemiology of gallbladder cancer. Hepato-Gastroenterology 1999; 46(27):1529–1532.

54. Larsson SC, Wolk A. Obesity and the risk of gallbladder cancer: a meta-analysis. The National Institute of Environmental Medicine, Karolinska Institutet. Stockholm, Sweden. PUBMED Central. Recebido em 31 de Janeiro de 2007; Revisado em 26 de Fevereiro de 2007; Aceito em 26 de Fevereiro de 2007. www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2360167. Acessado em 28 de Novembro de 2009.