RESUMO

Com base no trabalho de sala de aula e nos textos “Mesoamérica: historia y reconcideración del concepto”, de Tanatiuh Romero y Laura Ávila Ramos, e “A Cultura Mesoamericana no Período da Conquista do México”, de Daniele Salomão, comentaremos o conceito de mesoamérica e o papel das culturas neste contexto.

INTRODUÇÃO

Mesoamérica  é o termo com que se denomina a região do continente americano que inclui aproximadamente o sul do México a partir de uma linha que parte do rio Fuerte e que se prolonga para sul até aos vales do baixo mexicano, rumando depois para norte até ao rio Pánuco, e os territórios da Guatemala, El Salvador, Belize bem como as porções ocidentais da Nicarágua, Honduras e Costa Rica. Várias civilizações pré-colombianas entre as mais avançadas e complexas de toda a América desenvolveram-se aqui ao longo dos séculos incluindo olmecas, teotihuacanos, astecas e maias. Trata-se de uma macrorregião cultural de grande diversidade étnica e linguística, cuja unidade cultural está baseada no que Paul Kirchhoff definiu como o complexo mesoamericano.

Entre outras coisas, o chamado complexo mesoamericano inclui a agricultura do milho, o uso de dois calendários (um deles ritualcom 260 dias e outro civil, com 365 dias), os sacrifícios humanos e a organização estatal das sociedades. O complexo mesoamericano serviu como ferramenta teórica para distinguir os povos desta região relativamente a outras macrorregiões culturais que os circundavam, como a Aridoamérica e a Oasisamérica. O primeiro destes dois termos foi também cunhado por Kirchhoff. Nas fontes de língua inglesa, estas duas macrorregiões são agrupadas no sudoeste estadunidense (sendo por vezes incluídas, de forma errada, como periféricas as culturas do bajío ou o norte da Mesoamérica).

No contexto cultural ficou muito bem definida, a importância da condição que Malinalli teve em falar e traduzir não só duas ou três línguas, mas também várias culturas descobertas ao falá-las, pois não era viável a tradução de um código linguístico sem alguma alteração de sentido, já que estabelecia práticas culturais diferentes no exercício da tradução. Usando ainda o exemplo de Malinalli, ela traduziu e teve de escolher em que momento falaria uma palavra ou outra.

A importância da cultura mesoamericana, não ficou restrita somente a este contexto. No texto de Daniele Salomão, que na verdade é uma análise de diversos autores, vimos que os astecas estavam certos de que todas as profecias realizavam-se, e os próprios astecas fizeram o possível para realizá-las, Os homens regulamentavam a sua vida em sociedade, afirmando esse processo baseado em profecias: “tudo é previsível e, portanto, tudo é previsto, e a palavra-chave da sociedade meso-americana é: ordem”.

Vimos também destaque no que diz respeito à sociedade familiar, o papel é acentuado quanto à mulher e ao homem. A oposição entre homem guerreiro e a mulher formam a estrutura do imaginário social asteca. Esse aspecto era definido quando a profissão masculina de destaque era o guerreiro, pois era a carreira mais prestigiada. Mitos  explicavam as origens como resultados de combates entre elementos opostos associados ao masculino e ao feminino, ao sol e à lua, ao dia e à noite, determinavam primeiros ritos na vida de um recém- nascido, aos quais atribuía-se a origem e designavam o gênero, constatando o futuro e introduzindo-o na vida social.

Com base nos, textos vimos que muito antes da chegada dos colonizadores europeus no continente Americano, no final do século 15, o território já era habitado por diferentes povos indígenas, cuja diversidade cultural – língua, costumes e tradições – refletiram no modo de organização econômica, social e política. Diversos grupos culturais habitavam a América Central. Fontes escritas deixadas pelos Maias  – espécies de livros produzidos com material orgânico, fibra vegetal, como folhas e cascas de árvores e outros materiais. A escrita Maia também foi chamada de hieróglifo, pela aparente semelhança com a escrita egípcia, com seus desenhos e símbolos. Porém, ambas não possuem nenhuma relação entre si. Foram encontrados escritos maias em placas de pedras, paredes de construções e em cerâmicas.

Apesar dos “hieróglifos” Maias ainda não terem sido totalmente decifrados, foi possível entender parte de sua história, seu sistema de numeração, originado através da contagem dos dedos dos pés e das mãos; seu conhecimento astrológico, que permitiu o desenvolvimento de um complexo calendário, a partir do qual foram feitas inúmeras profecias. Um ponto que chamou muito a atenção durante as aulas e na exibição dos filmes foi a questão dos sacrifícios realizados aos deuses – necessários para a sobrevivência dos mesmos e da própria população –, sobre as profecias maias e sobre a influência dos calendários e da religiosidade na vida cotidiana desse povo. 

  

REFERÊNCIAS:

 

SALOMÃO, Daniele. A Cultura Mesoamericana no Período da Conquista do México. Disponível em: http://docentesfsd.com.br/arquivo/mesoamericana.pdf. Acesso em 06-04-2012.   

CONTRERAS, Tonatiuh Romero; RAMOS, Laura Ávila.  Mesoamérica: História y Reconsideración Del Concepto. Ciencia Ergo Sum, Novienbre, vol 6 n° 3. Universidad Autónoma del Estado de México. Toluca, México. pp 233-242.                

 

http://www.jornallivre.com.br/48857/o-que-e-a-mesoamerica.html

Everaldo Rufino da Silva

Graduando em História pela UniMSB

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