PET SHOPS INCREMENTADOS É O CAMINHO

Na contramão de outros setores da economia do País que patinou com um crescimento pífio de 2,3% em 2013, o mercado Pet se encontra em franca ascensão prospectando alcançar 7,5%, cuja circulação de dinheiro está calculada em torno de R$ 14 bilhões. Esta contabilidade não inclui o segmento de filhotes, que faturou cerca de R$ 1 bilhão no ano de 2012. A meta para 2014 é ultrapassar a casa dos R$ 15 bilhões atingindo o patamar de R$ 20 bilhões até o ano de 2020. Os produtos campeões de vendas englobam rações, snacks (ossinhos, bifinhos, palitinhos e biscoitos), medicamentos veterinários e serviços (banho, tosa, estética, táxi, hospedagem, entre outros). Com a elevação do poder aquisitivo das classes mais populares, o Brasil só perde para os Estados Unidos neste ramo de atuação.

Mesmo com esta ampla expansão, os pet shops carecem de uma melhor profissionalização nas áreas de gestão e atendimento, cujas ações de gerenciamento, trade marketing e fidelização de clientes são bastante incipientes. Outro destaque é a falta de espaços de conveniência, onde o consumidor aspira solucionar as necessidades do seu melhor amigo num mesmo local, que possa apresentar ofertas de produtos e diversidade de serviços. Esta oportunidade pode ser o grande diferencial para prosperar o negócio, principalmente, nos grandes centros urbanos, onde o consumidor procura não perder muito tempo devido às enormes distâncias entre os estabelecimentos. Para iniciar este processo, o empresário brasileiro precisa melhorar sua eficácia na qualidade de tratamento e, não, apenas, em oferecer preços mais baixos.

Nesta segmentação de mercado, a influência dos veterinários, técnicos e especialistas é muito alta, sendo que a qualificação mercadológica destes profissionais se torna crucial para o aumento do registro de vendas. O proprietário pet não possui o hábito de montar estratégias para estreitar o relacionamento com os seus clientes, muito menos de reforçar um comportamento preventivo que proporcione melhor qualidade de vida ao animal de estimação. No Brasil, apenas, 17% dos tutores agendam o veterinário uma vez ao ano. No Canadá este percentual é de 79% e nos Estados Unidos de 85%. Envolvendo sentimentos como amizade, paixão e carinho, este procedimento denominado de taxa de medicalização se torna um excelente caminho a ser explorado, onde o comerciante pode alcançar rendimentos promissores. 

Membro da Família: O apelo emocional, sem dúvida, deve ser o principal gancho para conquistar o consumidor. Uma pesquisa da consultoria Gouvêa de Souza identificou que o pet é considerado como um filho, irmão ou amigo pelo seu dono, sendo que quanto maior o grau de parentesco, mais gastos e cuidados serão dispensados ao animal. Incluindo um público de 60% de mulheres e 40% de homens registrou a presença de 87% de cães, 22% gatos, 4% pássaros, 2% peixes, 1% outros e 8% possuem cães e gatos. Cerca de 65% moram com o seu pet na residência, sendo 80% deste total em apartamentos. O relatório também apontou que os custos são divididos da seguinte forma: 49,3% pet food, 14,5% serviços veterinários, 13,1% medicamentos, 9,1% estética, 5,2% produtos de higiene e embelezamento, 4% snacks, 3,9% acessórios e 0,9% outros negócios.