MEMÓRIA NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

De modo geral, a memória é entendida como a capacidade de adquirir (aquisição), armazenar (consolidação) e recuperar (evocar) informações.

Para o autogerenciamento vivencial, além dessas capacidades, a memória possui em si as seguintes funções:

  • Armazena informações e as relembras, com o intuito de comparar ou validar momentos e respostas vivenciais passadas com as atuais com a finalidade de dar significados ao nosso cotidiano.
  • Revalida lógicas vivenciais passadas através da evocação/reevocação, com a finalidade de mantê-las vivas em nós.

 Olha aí o grande perigo. Se desejarmos justificar o bem ou o mal, ela estará sempre pronta para fornecer informações que dêem significados a eles.

Sabermos utilizá-la na função de dar significados vivenciais as nossas escolhas vivenciais passa a ser fundamental na nossa harmonia vivencial, pois ao fixarmos a nossa memória em fatos passados que produziram desarmonia vivencial, estaremos realimentando essa lógica vivencial e mantendo viva essa dinâmica do pensamento, logo esse ciclo de pensamento. Ao acreditar que está preso a um trauma, a um complexo ou a uma situação ruim qualquer, direcionará a sua memória a abrir arquivos que justifiquem esse pensar. O pensar é lógico.

 Atenção!! Os arquivos de memória só abrem por meio de uma ação e cada arquivo possui em si uma senha específica que precisa ser lembrada através da consciência. Toda ação vivencial é consciente.

Se, vivencialmente, a memória não tivesse a capacidade de evocar passados seríamos mais felizes, pois viveríamos sós em função do hoje. Não haveria magoas, decepções, frustrações, vinganças, etc. Agiríamos sempre em função do que está acontecendo. O que aconteceu não serviria de modelo para dar significados aos momentos presentes. O significado seria construído a cada relação. Como é bom sonhar.

Deixando o mundo dos sonhos de lado, não podemos esquecer-nos da grande importância em ser o gestor dos nossos arquivos vivenciais, pois o mau gerenciamento nos prenderá ao mundo já vivido e conhecido interferindo no nosso viver atual.

O olhar para trás pode nos aprisionar ao mundo que já conhecemos, tirando de nós o direito de escolher novos caminhos vivenciais. Uma vez que, ao amarrar o ato de pensar a arquivos passados, ata a sua dinâmica do pensamento a essa lógica vivencial, tirando de si a capacidade de conhecer e emitir respostas diferentes.

 Um agir que se prende excessivamente ao passado, a trauma e a complexo, restringe a liberdade de ação no presente, já que os nossos desequilíbrios vivenciais envolvem os nossos pensamentos como a nossa memória.

 Como as nossas escolhas vivenciais são lógicas. A pessoa que quer sofrer ou manter-se em sofrimento além de focar o seu pensamento no sofrimento; abre arquivos que a justifiquem.

 A cobra no seu processo de evolução é um exemplo de autotransformação, não recicla a pele antiga e nem a emenda, simplesmente a descarta para dar continuidade ao seu ciclo evolutivo.

Nunca se esqueça que você é elemento ativo na elaboração das suas certezas e justificativas. Fique ligado!!!

Infelizmente há pessoas que dizem a si mesma que não mudarão o seu pensar e o seu agir enquanto não entender as razões que levaram certos episódios acontecer na sua vida. Criam as suas próprias dificuldades vivenciais e depois reclamam quando as vivem. Quanta teimosia!!!!!

 Existem também, as que justificam as suas atitudes e comportamentos através de uma genética vivencial. Eu sou assim e nada me fará agir e comportar de maneira diferente. Travam os seus arquivos de memória e a sua dinâmica de pensamento em função desses pensar.

Enfim!!! Ao viajar no mundo já experimentado em busca de justificativas para o seu viver atual, cuidado, já que poderá se prender em experiência que em vez de lhe ajudar, irá aprisioná-lo a esse passado. Embora, não podemos ignorar que esse passado também nos serve de orientador na estruturação de novas lógicas vivenciais. Logo, fique esperto ao utilizar os seus arquivos de memória.

 Para refletir!!!!

Já que as nossas escolhas vivenciais são lógicas:

Justificativa anterior ao ato- significa que está buscando motivo para fazer o que se deseja fazer.

Justificativa durante o ato – significa que está buscando motivo para justificar o que está fazendo.

Justificativa posterior ao ato – significa que esta buscando motivo para justificar o que fez.

Seguindo essa linha de pensamento, olha que interessante! Em relação à negação só existe uma justificativa: a de buscar motivos para não fazer o que se deseja fazer.

Vocês já prestaram a atenção!!! A perfeição não desperta desejo vivencial nenhum.

 Memória

 Memória

Arma perigosa

Atira sem bala

Mata sem sangue

Amarra pensamento

A sombra da certeza

Oh! Consciência

Liberte-me

Dessa servidão

Para que eu possa

Andar com meus passos

Viver o novo

Sem preconceito

E verdades

Pois só assim

Saberei ser eu

Drº Cláudio de Oliveira Lima – psicólogo

Email:
[email protected]
hotmail:
[email protected]
blog:
wwwnovaconsciencia. blogspot.com