ARLINDINA MENDES GUIMARÃES NETA¹
JOICE ALINE SCHMITZ FOLLMANN¹
LEIANE SANTOS DE CASTRO¹
MAIANE MALAQUIAS MARTINS¹
MARIA DA CONCEIÇÃO PARANAGUÁ¹
QUITÉRIA LÍDIA MAIA¹
SARA RODRIGUES BARRETO DE FIGUEIREDO¹
LUCIANA ÂNGELO²

RESUMO

O vírus da influenza A (H1N1) é uma infecção respiratória de origem suína que contém genes dos vírus influenza A humanos, aviários e suína. A transmissão do vírus é de origem suína e suas apresentações clínicas continuam semelhantes às sazonais. Os sinais e sintomas mais comuns dessa patologia são: febre, tosse, dor de garganta, distúrbios gastrintestinais, diarréias e vômitos e alguns pacientes apresentam pneumonia detectada por exames radiológicos. O tratamento é feito tanto com o oseltamivir como com ozanamivir, onde o vírus é susceptível. Para medidas de controle e prevenção devemos tomar a vacina, lavar as mãos com água e sabão após o espirro, tosse, usar sanitário, tocar olhos, nariz e boca, ao tossir e espirrar proteger a boca com lenço descartável, evitar ambientes fechados e tumultuados, ingerir líquidos entre outros. O presente artigo é de caráter qualitativo/descritivo, pesquisados em artigos eletrônicos. Dados encontrados concluem que essa patologia foi descoberta recentemente onde transformou em uma pandemia, alguns artigos relatam que apresentam complicações e mortalidades idênticas às evidenciadas em pessoas portadoras da influenza sazonal epidêmica, portanto, é aguardado o surgimento de novos casos contaminados, hospitalizados e óbitos até o final da epidemia mundial.

PALAVRA-CHAVE: Vírus, Epidemia, Gravidez, População, Transmissão.

MEASURES TO CONTROL, PREVENTION AND TREATMENT AHEAD TO INFLUENZA A (H1N1)

ABSTRACT

The influenza virus A (H1N1) is a respiratory infection of porcine origin containing genes of human influenza A virus, avian and swine. The transmission of the virus is of porcine origin and their clinical presentations remain similar to seasonal. Signs and symptoms of this disease are fever, cough, sore throat, gastrointestinal disorders, diarrhea and vomiting and some patients have pneumonia detected by imaging methods. Treatment is done either with oseltamivir as with ozanamivir, where the virus is likely. For prevention and control measures must take the vaccine, wash hands with soap and water after sneezing, coughing, using toilet, touching eyes, nose and mouth when coughing and sneezing protect the mouth with disposable tissue, indoors and avoid tumultuous , to drink and others. This article is qualitative and descriptive, researched articles on electronics. Data found conclude that this disease was recently discovered which turned into a pandemic, some articles have reported that complications and mortality similar to those shown in people with seasonal influenza epidemic, so it is anticipated the emergence of new cases infected, hospital admissions and deaths to the end of the global epidemic.

INTRODUÇÃO


O vírus da influenza A (H1N1) é responsável por causar infecção respiratória aguda, sendo responsável pelo elevado número de óbitos em pacientes imunodeprimidos, crianças e gestantes. De acordo com casos existentes da doença surge então uma Pandemia. A partir daí são implantadas medidas preventivas pela OMS. Diante disso, nós acadêmicos de enfermagem, através de artigos eletrônicos esclarecemos nossos conhecimentos sobre essa patologia, diagnóstico, prevenção, sinais e sintomas, profilaxia e tratamento com o objetivo de no futuro como enfermeiros prestar uma assistência de enfermagem qualificada e padronizar ações frente aos casos suspeitos, prováveis e confirmados da infecção humana pela influenza A (H1N1), visando adotar medidas cabíveis para o manejo dos pacientes e evitar ou diminuir ao máximo a probabilidade de transmissão do vírus.

REFERENCIAL TEÓRICO


A gripe suína é uma infecção respiratória aguda causada pelo vírus influenza A (H1N1) de origem suína, sendo um novo subtipo do vírus influenza que é transmitido de indivíduo a indivíduo através do espirro, tosse e contato com secreções de pessoas contaminadas pelo vírus (BRASIL, 2009).
De acordo com Machado (2009) o vírus que causa a influenza atualmente descrita contém genes dos vírus influenza A humanos aviário e suíno, caracterizando assim por combinação de genes não ainda identificados dentre eles o vírus da humana e suína. Possuem 16 subtipos de hemaglutininas (HA) virais e 9 subtipos conhecidos por proteínas neuraminadases (NA) sendo elas localizadas nas faces dos vírus influenza A, onde recombina-se e criam novas variações de vírus da gripe.
A transmissão do vírus influenza A (H1N1) é de origem suína e suas apresentações clínicas continuam semelhantes às sazonais, pessoas que se contaminam pelo vírus geralmente são curadas. Algumas literaturas relatam que apresentam complicações e mortalidade idênticas às evidenciadas em pessoas portadoras da influenza sazonal epidêmica, portanto é aguardado surgimento de novos casos contaminados, hospitalizados e óbitos até o final da epidemia mundial. O Brasil atualmente vem apresentando transmissão sustentada dessa patologia, sendo assim indispensável aprimorar a vigilância da gripe no País, com o objetivo de descobrir casos de doença respiratória de feitios graves e óbitos, e também monitorar suas complicações e episódios de epidemia (SECRETARIA DE ESTADO DA SAUDE DE SAO PAULO, 2009).
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (2009, p. 900-904) afirma que:
A definição de caso suspeito de influenza foi atualizada pelo Ministério da Saúde em 15 de julho de 2009. Atualmente, considera-se caso suspeito de SRAG todos os indivíduos de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre superior a 38ºC, tosse e dispnéia, acompanhadas ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais. Além disso, devem ser observados os seguintes sinais e sintomas: aumento da freqüência respiratória (>25 rpm) e hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente. Em crianças, acrescentam-se os seguintes sintomas: batimento de asa do nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. A atenção especial deve ser dada a essas alterações em pacientes com fatores de risco (gestantes, <2 anos e >60 anos, com morbidades, imunossupressão) para a complicação por influenza.

De acordo Brasil (2009) o diagnóstico é feito através da amostras coletadas de secreção respiratórias para averiguação da gripe, de preferência até o terceiro dia após o início dos sintomas, amostra de sangue onde se utiliza o PCR em tempo real e outras amostras clínicas para monitoração da evolução do paciente e realização de diagnóstico diferencial.
Machado (2009) aponta medidas de prevenção e controle, que devem ser adotadas para redução do risco de transmissão na população sendo elas: lavar as mãos com água e sabão após espirro, tosse, usar o sanitário, antes das refeições, antes de tocar os olhos, nariz e boca; evitar tocar olhos, nariz e boca após contatos com objetos; proteger a boca, nariz ao tossir ou espirrar com lenço descartável para evitar disseminação de aerossóis; evitar o contato com indivíduos suscetíveis ou usar máscaras cirúrgicas; evitar ambientes fechados e tumultuados dando preferência a ambientes abertos e ventilados; adotar repouso e utilizar alimentação balanceada e aumentar a consumo de líquidos.
É importante ressaltar que todos os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, equipes de radiologia entre outros), devem fazer uso de EPI e manter se a distância de no mínimo um metro, luvas de procedimentos, gorros descartável, capote e avental, lavagens das mãos com água e sabão, não utilizar anéis, pulseiras e relógios para evitar acúmulo de microorganismos, e utilizarem também álcool em gel na higiene das mãos. Pacientes em caso suspeito deve ficar em isolamento hospitalar e quarentena (BRASIL, 2009).
Quanto à vacinação, passou a ser distribuída para população a partir de março de 2010. Sendo o calendário dividido em quatro etapas, distribuídas da seguinte maneira: Do dia 22 de março a 02 de abril, tendo sido prorrogada até 23 de abril, a população imunizada foi inclui gestantes (mulheres que engravidarem após esse período, precisam ser vacinadas), crianças entre 6 meses e 2 anos a 1ª dose (2ª dose após 30 dias da 1ª dose); portadores de doenças crônicas (diabéticos, problemas cardíacos, respiratórios e renais, entre outras patologias); de 05 a 23 de abril (acomete a população saudável entre 20 e 29 anos); de 24 a 07 de maio (ocorrerá a vacinação de idosos e portadores de doenças crônicas, junto com a vacina da campanha anual da influenza comum); de 10 a 21 de maio ocorrerá a vacinação da população saudávem entre 30 e 39 anos (BRASIL, 2009).
Os sinais e sintomas mais encontrados da H1N1 foram febre, tosse, dor de garganta, distúrbios gastrintestinais, diarréias e vômitos, alguns pacientes manifestaram pneumonias por confirmação em exames radiológicos, alguns precisaram de terapia intensiva, ouve pacientes que evoluíram para falência respiratória, necessitando de ventilação mecânica e houve óbito de crianças e grávidas. Em casos suspeitos e confirmados, entre jovens e crianças menores de 18 anos, não deve ser administrada aspirina ou produtos que contenham aspirina, devido ao risco de desenvolver Síndrome de Reye. Já para controlar a febre, preferem-se outros antipiréticos, como acetaminofeno ou antiinflamatórios não-esteróides (MACHADO, 2009).
O Machado (2009, p.465-469) aponta sobre o tratamento:
Dados de seqüenciamento genético e testes funcionais de inibição de neuraminidase indicam que o vírus influenza A (H1N1) de origem suína é suscetível tanto ao oseltamivir como ao zanamivir e é resistente a admantanes, incluindo amantadina e rimantadina. (1, 4,15,16). Assim, o tratamento dos casos que se enquadrarem nas definições de caso suspeito, provável ou confirmado, com oseltamivir. A utilização do medicamento deve ser realizada preferencialmente com oseltamivir. A utilização do medicamento deve ser realizada, no máximo, até 48 h a partir do início dos sintomas. (13,15) A recomendação para adultos é tomada de 75 mg duas vezes ao dia por 5 dias. Para crianças menores de 40 kg, as doses variam por peso: crianças com menos de 15 kg, 60 mg; com15-23 kg, 90mg; com 23-40 kg; 120 mg; e acima de 40 kg, 150 mg. As doses também devem ser divididas em duas tomadas diárias por Cinco dias. (13,15,16)

Paciente com sintomas gastrintestinais graves podem possuir redução da absorção do oseltamivir, mas não há necessidade de aumento da dosagem ou do tempo de utilização do medicamento. Em pacientes que faz vômito após uma h da ingestão do medicamento pode ser administrada uma dose extra de 75 mg. O uso em crianças com menos de um ano deve ser criterioso, pode ser utilizado 12 mg em crianças menos de 3 meses, 20 mg em crianças entre 6 e 11 meses, duas vezes ao dia durante cinco dias.
Segundo ainda o referido autor c om o uso impróprio e indiscriminado desses medicamentos pode disfarçar ou diminuir sintomas de outras espécies, ocorrendo assim resistência viral para a medicação especifica do vírus da influenza. Na gravidez é indicado uso de oseltamivir ou zanamivir. Devido à atividade sistêmica do oseltamivir. Não há clareza quanto a aplicação de fármacos profiláticos. Prefere-se o zanamivir devido à limitação da absorção sistêmica, porém devem ser consideradas complicações respiratórias por via inalatória do produto, em especial para mulheres com problemas respiratórios

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O fundamento de concluir o presente artigo baseia-se em entendimento de medidas profiláticas diante da influenza A (H1N1). Vale ressaltar as principais medidas preventivas como, a lavagem das mãos com água e sabão, evitar ambientes fechados e tumultuados, e ao espirrar ou tossir utilizar lenços descartáveis. Notando-se empenhada demanda da OMS com recíproca atuação do ministério da saúde, mediante implantarem vacinação contra a influenza citada, sabendo-se que ainda está em estudo administração da segunda dose da vacina.
Diante destes conhecimentos é aperfeiçoado o trabalho educativo do enfermeiro de modo a contribuir com a prevenção, tratamento e controle epidemiológico da doença.

REFERÊNCIAS
MACHADO, A. A. Infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) de origem suína: como reconhecer, diagnosticar e prevenir. J. Brás. pneumol. v. 35, n.5, p. 464-469, 2009.
MINISTÉRIO DA SAÚDE BRASIL. Influenza a (H1N1) Protocolo de Procedimentos. Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional ? ESPII. 2009. Disponível em: <http://www.influenza.lcc.ufmg.br/DVD/referencias/INFLUENZA_A_(H1N1)_Protocolo_de_Procedimentos_do_Ministerio_da_Saude.pdf> Acesso em: 12 de abril de 2009.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAUDE DE SAO PAULO. Centro de Vigilância Epidemiológica "Prof. Alexandre Vranjac". Coordenadoria de Controle de Doenças. Características dos casos notificados de Influenza A/H1N1. Centro de Vigilância Epidemiológica "Prof. Alexandre Vranjac". Coordenadoria de Controle de Doenças. Rev. Saúde Pública. v. 43, n.5, p.900-904, 2009.