1. Objetivo:

Essa IT tem por objetivo determinar o procedimento para obtenção de improdutividade de trabalhos de profissionais de manutenção na área de execução.

2. Metodologia:

2.1. Definições básicas:

Para fins dessa instrução serão adotadas as seguintes definições para classificação das atividades de manutenção, utilizando-se o formulário (MIM):

a) Categoria TRABALHO:

TRABALHO: Utilização real das mãos ou do corpo na execução de algo produtivo.

AJUDA: Auxílio secundário na execução de trabalho.

AGUARDAR: Estar junto ao serviço em execução e pronto para iniciar ou continuar o serviço/trabalho. Ou seja, na eminência de iniciar o serviço.

b) Categoria ATRASO:

ANDANDO: Movimentando-se entre 2 pontos:

Exemplos:

- andando para o local ou do local;

- andando para apanhar ferramentas;

- andando para apanhar materiais;

- andando para obter Permissões de Trabalho;

ESPERA: Colaborador parado devido a falta ou necessidade de:

- Ferramentas;

- Materiais;

- Liberação de serviço;

- Instrução da supervisão;

- Equipamento de trabalho;

- Outro colaborador.

GERAIS: Improdutividade devido a:

- Antecipação de saída;

- Retardamento da entrada;

- Inatividade ou inércia;

- Necessidades pessoais;

OUTROS:: Improdutividade devido a:

- Reunião;

- Falta de EPI;

- Ferramenta inadequada.

2.2. Método:

Utilizaremos o método de amostragem de trabalho por observações instantâneas.

Esse método, essencialmente probabilístico, baseia-se na distribuição de atividades produtivas e improdutivas constatadas através de observações instantâneas, feitas em locais de trabalho aleatoriamente escolhidos.

A confiabilidade do método é função da quantidade de observações e de perfeita caracterização das atividades produtivas e improdutivas.

A evolução dos fatores de improdutividade será feita mediante o estabelecimento de um padrão de referência (avaliação de referência) para comparações sucessivas mediante avaliações periódicas.

2.3. Critérios de observações:

Visando manter as características probabilísticas os seguintes critérios deverão utilizados:

2.3.1 - As amostragens deverão ser feitas em horários aleatórios, considerando-se o período de amostragem dentro do horário administrativo em vigor;

2.3.2 - Não fazer observações à distância. Aguardar por proximidade do observado;

2.3.3 - As rotas serão aleatórias e deverão abranger o maior número possível de observações.

2.3.4 - Devem ser amostrados somente profissionais de execução (oficiais e ajudantes), excluindo gerência, supervisão e líderes.

2.3.5 - Não iniciar observações antes do ponto inicial da rota e dos horários estabelecidos;

2.3.6 - Evitar hábitos repetitivos;

2.3.7 - Não interromper a rota antes do ponto final e dos horários estabelecidos;

2.6.8 - Não parar durante a rota de tal modo a fiscalizar locais;

2.3.9 - Fazer observações visuais instantâneas. A primeira observação é a válida para a condição

TRABALHO ou ATRASO (improdutivo). Somente abordar para o caso de ATRASO, visando identificar o tipo de atraso;

2.3.10 - Não observar o mesmo colaborador duas vezes na mesma amostragem, a não ser que o mesmo tenha mudado de atividade;

2.3.11 - Não tomar qualquer ação objetivando modificar qualquer situação observada;

2.3.12 - Em caso de dúvida sobre a atividade, solicitar esclarecimento ao observado. Não dissimular o propósito da avaliação de improdutividade. Todos os colaboradores deverão estar cientes do estudo e propósito da avaliação. Em nenhum momento anotar nomes ou matrículas de colaboradores observados, e deixar isso bem claro na reunião de início dos trabalhos, com ciência a todos os colaboradores;

2.3.13 - A avaliação de improdutividade não deverá ser executada em semanas que hajam dias compensados, feriados, semana SIPAT e outras que podem descaracterizar a continuidade de serviço, visando não distorcer o resultado da avaliação.

2.4. Plano de Trabalho:

- Quantidade mínima de observações................. 1600

- Quantidade de amostragens ................................100

- Quantidade de observadores................................20

- Quantidade de amostragens por dia.....................20

- Quantidade de rotas................................................20

- Freqüência de avaliações periódicas................... trimestral

- Estabelecimento de rotas .................................. ver lay out da empresa

- Estabelecimento de horários ...............................depende do horário da empresa. Mas o ideal é criar nos horários de início e fim um menor intervalo de medição (cada meia hora, por exemplo)

2.5. Estimativa de nível de confiança:

Utilizado o valor de 95% de confiança dos resultados, ou seja, a probabilidade de que as observações ocasionais venham a representar os fatos é de 95%, e 5% correspondem a probabilidade de erro.

Admitindo a distribuição binomial temos:

_____________

X = V P x (1-P)

p -------------

N

Onde X = desvio padrão

p

P = percentagem de ocorrência (decimal)

N = número de observações

_________

Barns X = 2 x V P x (1 - P)

P --------------

N

Admitindo X = 2,5% e P= 50%¨, temos

P

___________

0,025 = 2 x V 0,5 x (1-0,5)

---------------

N,

Onde N = 1600 observações

Nota: Para X = 1,5% ---> N = 4440 e para X

P P = 1% --> N = 10.000

Assim admitindo-se 95% de confiabilidade e supondo P= 50%, precisamos efetuar 1.600 observações e o nível de precisões dos resultados será de mais ou menos (+-) de 25%, ou seja
_

47,5 menor ou igual à P e menor ou igual a 52,5

2.6. Apresentação de resultados:

Os resultados obtidos ao final de todas as amostragens devem ser apresentados graficamente, de tal modo a explicar as principais características da avaliação.

Os indicadores encontrados na avaliação referência serão consideram de padrão de comparação para todas as avaliações periódicas.

Os níveis de confiança devem ser calculados com base nos percentuais de improdutividade e quantidade de observações.com o nível de precisão calculado como:

__________

S = 2 x V Px(1-P)

-------------

N

3. Bibliografia:

- F.P. Flesca - Hidrocarbon Processing - Jan/71

- Lawrence Mann Jr. - Hidrocarbon Processing - Jan/70

- Ralph Barnes - Estudo de Movimentos e Tempos (Editora Edgard Blucher Ltda.)