O artigo mostra a importância da mediação pedagógica na Educação a Distância e como o professor possui papel fundamental nessa modalidade de ensino. 

MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA: UM PRINCÍPIO NORTEADOR E ARTICULADOR FUNDAMENTAL NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. 

Autor: Salete Monteiro.

Aluna da Pós Graduação em Formação de Professor para o Ensino Superior da Faculdade Sumaré.

05/01/2012.

...”a alegria não chega apenas ao encontro do achado, mas faz parte do processo de busca”.                                                                           

“Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa (p. 160)”.

                      Paulo Freire.           

2 – A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA: UM PRINCÍPIO NORTEADOR E ARTICULADOR FUNDAMENTAL NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA           

A Mediação Pedagógica possui papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem. O professor comprometido utiliza essa estratégia, pois assim os alunos conseguem atingi-la com mais eficácia. Na abordagem da Educação a Distância, o estar junto virtual significa um comprometimento maior do professor, em sua prática, que deverá estrategicamente ser elaborada com a utilização de instrumentos que atraiam o interesse do aluno e assim chegar a resultados positivos no processo.

O formador desempenha papel primordial na EAD, pois cabe a ele criar estratégias de ensino que supere as dificuldades e barreiras que estão presentes na interação à distância, elaborando uma proposta de trabalho que ofereça segurança, aceitação para o curso oferecido. Segmentos que ao longo do tempo serão estreitados, facilitando o relacionamento para transformá-lo de informal para formal, ou seja, o sentimento de estar longe do professor em estar perto.

 Todavia este trabalho diferenciado do professor no ensino a distância vem confirmar a complexidade de sua prática pedagógica, que deverá possuir com mais ênfase reflexões na elaboração e organização das atividades propostas, para alcançar seu objetivo principal, fazendo com que o aluno consiga organizar e reorganizar o novo conhecimento, com o que já possui e assim, resultar em uma nova aprendizagem para relacioná-la na realidade ao qual faz parte.

 Desta forma, o docente terá papel fundamental no contexto da mediação pedagógica virtual, possuindo funções de facilitador, articulador e orientador das atividades propostas com o discente, com intervenções precisas a todo o momento, que levem ao processo de reflexão e questionamento crítico que contribuirá na construção autônoma do pensamento.

Nesta abordagem de EAD o estar presente significa também, que o formador precisa ser flexível na interação do processo ensino/aprendizagem, orientando os conceitos expostos nas diferentes ferramentas do ambiente virtual, utilizando a mediação como instrumento estratégico pedagógico, com intervenção significativa neste processo.

Por assim dizer, o trabalho docente virtual passa a ter necessidades da utilização de conhecimentos específicos com as atividades apresentadas, que dentro deste contexto são desafiadoras, pois esta modalidade de ensino propicia a predominância da autonomia do aluno, exigindo maior comprometimento do mediador, para as orientações necessárias com resultados positivos na aprendizagem. Neste caso, professores e alunos aprendem simultaneamente uma nova linguagem virtual exigida por esta nova tecnologia.

Este novo perfil discente autônomo e independente requer novos métodos de ensino, o que leva o professor à busca de conhecimentos atualizados, preparando-os adequadamente para esta demanda de modo a satisfazer suas exigências, no sentido do que seria a melhor aquisição para sua formação como sujeito atuante numa sociedade neoliberal e preconceituosa. Nesse sentido, na EAD houve a necessidade de se descentralizar o conhecimento de uma única pessoa. Esta divisão de trabalho veio facilitar as funções principais do docente à distância e, ao mesmo tempo, a troca diversificada de interação só vem a somar resultados positivos para o aluno.

Todavia, para o aluno aprender é preciso que se relacione e se integre utilizando as tecnologias disponíveis e o professor explore todas as opções de métodos, transformando esta comunicação em novos saberes. Este novo paradigma de ensino exige do formador conhecimentos culturais das novas tecnologias e uma redefinição de suas funções como mediador na educação à distância, sem esquecer que esta separação física pode ser diminuída com encontros virtuais freqüentes o que pode resultar numa aprendizagem mais significativa.

Os profissionais docentes que trabalham como tutores na Educação a Distância desempenham não só o papel de ensinar, mas também o de mediar, aconselhar, proteger e principalmente o de diagnosticar as dificuldades que os alunos encontram em aprender e as possíveis dificuldades que o sistema das Novas Tecnologias da Informação possa apresentar.

No ensino a distância às formas de mediação pedagógica entre o ensinar e o aprender se alternam com o avanço tecnológico, exigindo do mediador um comprometimento maior, pela complexidade que esta modalidade de ensino apresenta. Será que os professores estão preparados para desenvolver este trabalho à distância com a eficácia necessária que a aprendizagem exige?

Pelo rumo revolucionário que a Educação a Distância está tomando, parece ela conseguir finalmente superar algumas dúvidas, críticas e preconceitos. Cada vez mais se coloca e se posiciona para a credibilidade, tendo como uma das suas principais funções, o de levar conhecimento igual para todos, principalmente a uma grande massa que não possui acesso à educação.

A aprendizagem torna-se significativa, a partir do momento em que o aluno consegue relacionar conceitos novos com experiências e vivências pessoais já possuídas, compreendendo-as, internalizando-as e estabelecendo diferentes relações entre elas e aplicando em sua realidade.

Mesmo que na EAD a interação que existe entre aluno e professor, seja distante e virtual, ela pode ser estreitada pelos novos significados da rede de informações tecnológicas, de quem aprende e ensina, com interferências mediadas, englobando o perfil de cada um e as diversas maneiras que os alunos têm par aprender.

Num site da Internet que são postados Ensaios sobre EAD, encontra-se um trecho de Moran (2002, p.1), que explica a distância existente na educação à distância. É o seguinte: “a educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e/ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologia de comunicação”.

Estas situações de aprendizagem demandam do docente, outras estratégias no ensino a distância. As atividades, os materiais utilizados e as interações deverão ser articulados e mediados sob os aspectos das necessidades do aluno, entrelaçados numa ação pedagógica que esteja estreitamente ligada com a intencionalidade do professor. Estes requisitos deverão ser elaborados com muita reflexão de acordo com o conteúdo oferecido e o perfil dos participantes, sem esquecer as implicações envolvidas no uso dos diferentes aplicativos de software.

Todo este contexto de mediação pedagógica na Educação a Distância está relacionado à integração de ferramentas do ambiente virtual, o que torna complexas as relações estabelecidas entre aluno e professor, o que requer maior comprometimento de ambos, pelo fato da distância física existente entre as partes não poder se configurar como valor depreciativo à atividade pedagógica, pois se pode muito bem se elaborar situações de aprendizagem que favoreçam nas potencialidades do outro, estimulando o outro a se dedicar e a se predispor a aprender dentro de um processo de aprendizagem colaborativa. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 

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