Os conflitos no meio profissional são muito comuns, mas ainda não temos a habilidade necessária para lidar com eles. Originados por pequenos desentendimentos, crescem de maneira a atingir um ponto de extrema infelicidade, chegando a ultimar relações.

Para contratação a empresa exige um profissional atualizado, dinâmico e inovador, mas, quando esse passa a fazer parte do quadro funcional, depara-se com uma série de questionamentos. A cultura organizacional ou, em tantos outros casos, a chefia imediata, desfaz todo o seu entusiasmo. E como não se pode ser "verdadeiro" sempre, silenciar os incômodos e agir na base do "faz de conta" aumenta o mal-estar instalado, minando a qualidade de vida.

Os detentores do poder, julgando-se inatingíveis, fazem uso desmedido da posição hierárquica para maltratar subordinados. Isso gera uma situação cruel, onde perde o "menor", como se vivesse uma disputa. O "poderoso" age de forma a humilhar, constranger e ofender, muitas vezes reproduzindo algo vivido por ele mesmo. Enquanto isso, o oprimido se abstém de dar feedback, por medo de retaliações.

Se é incapaz de resolver um conflito entre ele e um subordinado, fica clara a pouca competência emocional do superior imediato. Mas, admitir essa incapacidade é reconhecer-se fracassado. A fuga imediata, nesse caso, para ele, é cansar o outro, utilizando-se de artimanhas, para que ninguém o perceba como o mal.

O profissional que crê na mudança, não tomando para si a culpa do clima desagradável, deve, sim, recorrer a instâncias superiores, dentro da própria Organização, que podem atuar como mediadoras. Apresentado o problema a mediação vai buscar não o culpado, mas a solução, para que as partes saiam ganhando. Isso atesta que os conflitos, sejam eles em qualquer ambiente de relações, tratados adequadamente, podem ser ricas fontes de crescimento e transformação.