O ego não é uma instância que passa a existir repentinamente, é uma construção. O mesmo se forma na sequência de identificações a objetos externos que são incorporados a ele. É um mediador, podendo, por um lado, ser considerado como uma diferenciação progressiva do id que leva a um contínuo aumento do controle sobre o resto do aparelho psíquico. Portanto, o ego é o pólo defensivo do psiquismo. Não é equivalente ao consciente, não se superpõe ao consciente nem se confunde com ele. O ego tem raízes no inconsciente, como é o caso dos mecanismos de defesa, que são funções do ego, assim como o desenvolvimento da angústia.

A função do ego é mediadora, integradora e humanizadora entre as pulsões, as exigências e ameaças do superego e as demandas da realidade exterior.

Ao contrário do id que é fragmentado em tendências independentes entre si, o ego surge como uma unidade e com instância psíquica que assegura a identidade da pessoa.

Os mecanismos de defesa do Ego são processos subconscientes desenvolvidos pela personalidade, os quais possibilitam a mente desenvolver uma solução para conflitos, ansiedades, hostilidades, impulsos agressivos, ressentimentos e frustrações não solucionados ao nível da consciência. Técnica psicológica para desenvolver a personalidade, sua afinidade é tentar defender-se, estabelecer compromissos entre impulsos conflitantes e aliviar tensões internas selecionadas inconscientemente e operando automaticamente Freud declarava que o termo defesa deveria ser utilizado "para todas as técnicas que o ego utiliza em conflitos que podem levar à neurose".