A Língua Portuguesa é nossa língua materna, deveríamos dominá-la desde cedo, conduzi-la como um rapaz apaixonado conduz sua amada numa valsa encantando todos os admiradores presentes.

O Brasil é divido em regiões e cada qual tem seus truques e adaptações, e algo que chama a atenção é o preconceito linguístico dentro do próprio país. Existe o regionalismo que deve ser respeitado. O preconceito não existe apenas de uma forma e sim de várias resultando na discriminação do ser brasileiro com sua variedade linguística.

Ao ler o livro de Marcos Bagno Preconceito linguístico (Ed. Loyola, 2001) encontramos na primeira unidade a explicação de oito mitos que transcorre pelo Brasil, no segundo o círculo vicioso do preconceito linguístico e no terceiro a desconstrução do preconceito linguístico, mas este texto não é pra resenhar ou resumir este livro que recomendo, pois é muito instrutivo e traz uma noção bem maior da nossa língua nos levando a compreender tantas diferenças.

No entanto, essa referência se faz devido um dos mitos contidos no livro (o de nº 7) que ele traz e serve a nossa realidade, este diz que “é preciso saber gramática para falar e escrever bem”, mas, o que chama a atenção é que não é bem assim, hoje temos muitas pessoas instruídas que na hora de escrever erram coisas básicas e regras simples, não que todos devam ser um exímio do assunto, escrever perfeitamente como muitos escritores que existem no nosso país (exemplos: Machado de Assis, Guimarães Rosa), mas respeitar regras simples como separação de sílabas; uso de letras maiúsculas e minúsculas independem do conhecimento profundo da gramática, mas essa base vem da ortografia e para falar para o público é melhor usar palavras simples e direta de forma que os não conseguiram avançar seus estudos entendam e os que estão aprendendo e tem acesso a certos textos saibam que o lhe é ensinado é correto.

Lógico que a norma culta é importante, este não é para colocar em questão as normas cultas, mas o seu domínio não é uma ascensão, pois a norma não faz o cidadão saber seus direitos e seus deveres e sim o trabalhar da sua consciência. E os estudiosos sabem que as normas nas ruas não são usadas, na escrita formal é mais que essencial o seu uso e domínio. Mas, em certos textos como de informação a população devem sim ser bem escrito mas de uma forma acessível a todos.

Portanto, escritor, cuidado, pois os textos podem ser referência nas aulas de Língua Portuguesa seja de um bom texto ou de um texto com erros a serem avaliados. E o que escrevemos deve ser a bela valsa de um aniversário de quinze anos ou de um belo casamento, deve ter amor, beleza e suavidade.