Introdução

O potencial produtivo das culturas depende, entre outros fatores, da intensidade, da época e da infestação de de plantas espontâneas. O controle é necessário visto que as mesmas competem com as culturas por fatores essenciais para seu desenvolvimento, como água, luz e nutrientes. Além de servirem de abrigo para insetos, patógenos de doenças e nematóides, e dificultarem ou inviabilizarem a sua colheita. Essa interferência das plantas espontâneas resulta em prejuízos qualitativos e quantitativos à produção agrícola (FERRI; VIDAL, 2003).
A ocorrência de plantas espontâneas desde o início do ciclo das culturas pode gerar perdas acentuadas de produtividade, principalmente se o controle destas plantas for ineficiente ou realizado em época inadequada (FERRI; VIDAL, 2003).
Faz-se necessário empregar manejos diferenciados e, preferencialmente, integrados, sendo essencial conhecer as características da cultura comercial e das plantas infestantes, bem como os períodos críticos de convivência entre as mesmas e os danos econômicos causados, para se obter uma maior eficiência no sistema de manejo. Os fatores que influenciam o grau de interferência de uma planta infestante em uma cultura podem estar relacionados à comunidade infestante (composição específica, densidade e distribuição), à cultura (espaçamento, densidade e cultivar) e ao ambiente (solo, clima e práticas de manejo adotadas). Nesse processo interativo, os fatores mais facilmente controláveis, na prática, são a época e a extensão do período de convivência entre a cultura e as plantas daninhas. No que se refere ao tempo em que as espécies infestantes competem pelos fatores de crescimento com as plantas cultivadas, o período inicial de competição mais importante englobe os primeiros 25 a 33% do ciclo vegetativo das culturas, porque até nesta fase ainda não há boa cobertura do solo pela maioria das plantas cultivadas (MELO et al., 2001).
De todos os fatores que influenciam o grau de interferência, o mais importante é, talvez, o período em que a comunidade infestante e as plantas cultivadas estão disputando os recursos do meio. De modo geral, pode-se dizer que, quanto maior for o período de convivência cultura - comunidade infestante, maior será o grau de interferência. No entanto, isso não é totalmente válido, pois depende do momento do ciclo da cultura em que esse período de convivência ocorre (MESCHEDE et al., 2002).
O manejo das plantas daninhas é essencial para o desenvolvimento da cultura e pode ser feito através de diversos métodos. É de fundamental importância o conhecimento do período apropriado para a realização desse manejo, ou seja, o período no qual a presença de plantas daninhas acarretará prejuízos posteriores (MESCHEDE et al., 2002)
Quanto aos períodos de convivência entre as plantas daninhas e cultivadas, destacam-se três: período total de prevenção da interferência (PTPI), período de pré-interferência ou anterior à interferência (PAI) e período crítico de prevenção da interferência (PCPI) (KOZLOWSKI, 2002). O PAI é o período em que, a partir da emergência ou semeadura da cultura, esta pode conviver com a comunidade infestante antes que sua produtividade ou outra característica sejam afetadas negativamente. O PTPI é o período, a partir da emergência ou semeadura da cultura, em que esta deve ser mantida livre da presença da comunidade infestante para que sua produtividade não seja afetada negativamente. O PCPI corresponde aos limites máximos entre os dois períodos citados anteriormente e se caracteriza pelo período durante o qual é imprescindível realizar o controle. O estudo desses períodos determina o período em que efetivamente os métodos de controle devem atuar (MESCHEDE et al., 2002).
O período crítico de competição é o período de tempo em que medidas de controle são necessárias para evitar a continuidade da interferência entre a cultura e as plantas daninhas, evitando perdas no rendimento (MELO et al., 2001).
O objetivo do trabalho foi pesquisar e entender o conceito de matocompetição e sua interferência em determinadas culturas anuais.

Matocompetição na cultura da soja

A cultura da soja [Glycine max (L.) Merrill], constitui-se na mais importante oleaginosa cultivada no mundo. Desde a sua introdução no Brasil, tem sido conduzida com alto nível técnico em todas as suas operações, mesmo assim, esta sujeita a uma série de fatores que podem influenciar o seu desenvolvimento e a sua produção (BORTOLUZZI; ELTZ, 2001). A presença de plantas daninhas na cultura é um dos fatores que causa problemas que se refletem em perdas na qualidade do produto, no rendimento e até mesmo na inviabilização da colheita. Vários trabalhos publicados, baseados em médias mundiais, situam as plantas daninhas como as maiores responsáveis pela queda de produção da soja, em comparação com ataques de pragas e de patógenos. As médias das perdas mundiais de produção de grãos de soja, por ano, devido à ocorrência de plantas daninhas são de 13%, enquanto aquelas decorrentes do ataque de pragas e doenças são de 5 e 11% (CARVALHO; VELINI, 2001).
Em relação aos custos de produção, o controle das invasoras representa um dos itens que mais oneram o produtor, variando desde 15% até 40% do total utilizado com insumos. Esse percentual mostra a magnitude da importância do manejo das plantas daninhas na cultura e indica a necessidade de estudar técnicas adequadas para minimizar custo de produção e reduzir a agressão ao ambiente pelo uso de herbicidas. Considerando apenas as perdas relacionadas à competição direta da comunidade infestante, pode-se encontrar redução de até 95% na produtividade da soja (MESCHEDE, 2002).
As plantas daninhas afetam a soja de diferentes maneiras, como por exemplo, causando uma redução da cultura, e o sombreamento imposto pelas mesmas durante o período reprodutivo da soja pode reduzir o desenvolvimento de vagens e, conseqüentemente, a produção final (CORREIA; REZENDE, 2008).
O manejo das plantas daninhas é essencial para o desenvolvimento da soja e pode ser feito através de diversos métodos. É de fundamental importância o conhecimento do período apropriado para a realização desse manejo, ou seja, o período no qual a presença de plantas daninhas acarretará prejuízos posteriores (MELO, 2001). São diversas as possibilidades de manejo das plantas daninhas na cultura da soja. As diferentes formas de manejo podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação de duas ou mais, visando à eficácia, economicidade e praticidade (CORREIA; REZENDE, 2008).
Manejo preventivo envolve a utilização de sementes puras e programas de redução de sementes de plantas daninhas na entressafra, por meio de práticas diversas e da rotação de culturas. Manejo cultural é feito por meio da escolha de cultivares, do manejo populacional e de práticas fitotécnicas. Manejo mecanizado é viável economicamente, desde que haja adequado dimensionamento entre a área, a cultivar, o tamanho e o rendimento dos equipamentos utilizados. Manejo biológico, na cultura da soja é associado ao manejo químico. Manejo químico é o mais utilizado na cultura da soja, as aplicações de herbicidas podem ser feitas antes da semeadura, com a incorporação ao solo (PSI) somente no sistema convencional de semeadura; após a semeadura, mas antes da emergência das plantas daninhas (PRÉ) e, após a emergência das plantas daninhas e da cultura (PÓS) (FERRI; ELTZ; KRUSE, 1998).
No sistema convencional, o controle das plantas daninhas antes da semeadura de uma cultura é efetuado por operações mecânicas (aração e gradagens), ao passo que, na semeadura direta, pelo não-revolvimento do solo, as plantas daninhas presentes são eliminadas por meio dos herbicidas dessecantes. As despesas com herbicidas são maiores no sistema de semeadura direta do que no convencional; entretanto, as despesas com as operações agrícolas são substancialmente maiores no sistema convencional. A cobertura do solo assume um importante papel no manejo integrado das plantas daninhas, permitindo em alguns casos minimizar o uso de herbicidas com redução de doses (CORREIA; REZENDE, 2008).
A produtividade da soja no sistema de semeadura direta (SSD) é afetada pela convivência com as plantas daninhas a partir de 33 dias após a emergência (DAE), o que consiste no período anterior à interferência (PAI); o controle das plantas daninhas deve ser realizado até os 66 DAE, que consiste no período total de prevenção da interferência (PTPI). O intervalo entre esses dois períodos, ou seja, entre 33 e 66 DAE é caracterizado como período crítico de prevenção da interferência (PCPI). Para o sistema de semeadura convencional (SSC), o PAI é de 34 DAE, e o PTPI de 76 DAE, conseqüentemente, o PCPI é dos 34 aos 76 dias após a emergência da soja. O PCPI corresponde ao período em que efetivamente a cultura deve ser mantida na ausência das plantas daninhas (NEPOMUCENO et al., 2007).
Embora os sistemas de cultivo sejam distintos, o período anterior à interferência (PAI) é semelhante, em torno dos 30 dias após a emergência da cultura (DAE), com um período total de prevenção da interferência (PTPI) dez dias mais longo no SSC, estendendo-se até cerca dos 80 DAE, provavelmente em decorrência de menor densidade e acúmulo de matéria seca das plantas daninhas no período crítico de prevenção da interferência (PCPI) (NEPOMUCENO et al., 2007).

Matocompetição na cultura do Algodoeiro

O algodoeiro é uma das principais plantas domesticadas pelo homem e uma das mais antigas, tendo registros de seu uso a mais de 4.000 anos, sendo cultivado comercialmente em mais de 65 países; no Brasil é cultivado em 15 estados. Para se obter êxito é necessário considerar o manejo de plantas daninhas, o qual deve estar inserido no planejamento da lavoura como um todo, e o conhecimento prévio do potencial de infestação (espécies e níveis de ocorrência) (OSIPE et al., 2009).
Como em qualquer outra cultura a presença de plantas daninhas no algodoeiro provoca redução na produção, pela competição que exercem com a cultura por água, luz, nutrientes, além de dificultarem a colheita, depreciando a qualidade do produto final. A convivência das plantas de algodão e das plantas infestantes durante todo o ciclo da cultura pode acarretar reduções que variam de 68 a 95% na produtividade, sem contar os inconvenientes na colheita (OSIPE et al., 2009).
Alguns trabalhos consideram os primeiros 30/40 dias como sendo o período crítico de matocompetição para o algodoeiro, outros consideram como período crítico as primeiras 08 semanas (OSIPE et al., 2009).
As gramíneas já iniciam o seu prejuízo à produção se conviverem com o algodão por um período de 10 a 20 dias. As dicotiledôneas, por sua vez, iniciam redução na produção após sua permanência junto à cultura por um período entre 20 e 30 dias a contar da emergência do algodão (OSIPE et al., 2009).
A densidade de plantas daninhas é um dos fatores mais importantes, uma vez que, quanto maior for, maior será a quantidade de indivíduos que disputam os mesmos recursos do meio e, portanto, mais intensa será a competição sofrida pela cultura. Em função das dificuldades encontradas para o controle eficiente das plantas daninhas pelos métodos mecânico-culturais, a utilização de herbicidas pelos cotonicultures tem alcançado índices expressivos. A cultura do algodão diferencia-se das demais, onde normalmente são utilizados herbicidas para atuarem no chamado período crítico de competição (SALGADO; ALVES; ROSSI, 2002).
No caso específico do algodão, torna-se importante não só a matocompetição, mas as condições para a colheita mecanizada, e mais importante ainda, a qualidade da fibra. Assim têm-se aplicações de herbicidas de manejo (pré-plantio) quando se trata da implantação da cultura no Sistema Plantio Direto (SPD), herbicidas de pré e pós-emergência (para o período crítico de competição) e em jato dirigido para manutenção da cultura no limpo, além da aplicação de pré-colheita, para facilitar e preservar a qualidade da fibra (SALGADO; ALVES; ROSSI, 2002).

Matocompetição na cultura do milho

O milho (Zea mays) é considerado uma das principais espécies utilizadas no mundo, ocupando no Brasil cerca de 13 milhões de hectares, porém a cultura ainda apresenta baixo rendimento, devido a inúmeros fatores, dentre os quais certamente a interferência exercida pela presença de plantas daninhas assume grande importância. A redução do rendimento da cultura devido à competição estabelecida com as plantas daninhas pode variar de 12 até 100%, em função da espécie, do grau de infestação, do tipo de solo, das condições climáticas reinantes no período, além do estádio fenológico da cultura. O grau de interferência normalmente é medido com relação à produção da planta cultivada e pode ser definido como a redução percentual da produção econômica de determinada cultura, provocada pela interferência da comunidade infestante (KOZLOWSKI, 2002).
Desde que o conceito de período crítico foi introduzido, o mesmo tem sido usado para determinar o período em que as operações de controle devem ser utilizadas para minimizar as perdas de produtividade para as culturas (DUARTE; SILVA; SOUZA, 2002). A cultura do milho pode conviver com as plantas daninhas até aos quatorze dias após a emergência, sem perda de produtividade, e as plantas daninhas que emergem após os quarenta e dois dias da emergência do milho também não afetam os rendimentos. Todos esses fatores são passíveis de alterações, com profundos reflexos na eficiência das medidas de controle adotadas. A maioria dos trabalhos que visam a determinar o período em que a cultura deve permanecer livre de plantas daninhas para que o seu rendimento não seja afetado relaciona-se aos dias após a emergência da cultura e não ao seu estádio, que pode variar como já mencionado anteriormente. Para se obterem maiores níveis de produtividade, o milho deverá ser mantido no limpo desde a emergência até o pendoamento (KOZLOWSKI, 2002).
As principais espécies que ocorrem nos sistemas de produção da cultura do milho são Amaranthus spp (caruru), Cardiospermum halicacabum (balãozinho), Bidens pilosa (picão preto), Euphorbia heterophylla (leiteiro), Ipomoeas spp (corda-de-viola), Nicandra physaloides (joá), Raphanus sativus (nabiça), Richardia brasiliensis (poia branca), Sida spp. (guanxuma), além das poaceaes, como Brachiaria plantaginea (capim marmelada), Cenchrus echinatus (capim carapicho), Digitaria spp (capim colchão), Echinochloa spp (capim arroz) e Eleusine indica (capim pé-degalinha) (KARAM et al., 2009).
O controle químico é o método mais empregado no manejo de plantas daninhas na cultura de milho. No entanto, estratégias de manejo centradas em um único método selecionam plantas daninhas tolerantes ou resistentes a esse método. O manejo integrado de plantas daninhas (MIPD) é considerado a principal ferramenta para reduzir o impacto ambiental dos herbicidas. O MIPD baseia-se na integração de métodos de controle, tornando os sistemas de cultivo desfavoráveis às plantas daninhas, minimizando seus efeitos. Entre as técnicas utilizadas no MIPD, destacam-se o emprego de culturas intercalares, cultivares mais competitivos, aplicação de herbicidas em faixas, a irrigação, o aumento da densidade de plantas e a redução de espaçamentos entre linhas (TREZZI et al., 2008). Outro método é a adoção de medidas preventivas e culturais. Entre as medidas culturais, a utilização de cobertura do solo em sistema de plantio direto é uma prática que apresenta efeitos positivos na supressão de plantas daninhas. A cobertura morta sobre o solo dificulta a emergência de várias espécies daninhas, em razão do efeito físico de sombreamento e da conseqüente redução da amplitude térmica do solo. A palha em decomposição pode liberar aleloquímicos, que, por sua vez, podem reduzir a emergência e/ou crescimento de plantas daninhas em virtude do efeito alelopático (BALBINOT; MORAES; BACKES, 2007).

Matocompetição na cultura do girassol

O girassol (Helianthus annuus) é uma dicotiledônea da família Asteraceae de ciclo anual, originária do continente norte-americano. É cultivado atualmente em todos os continentes, e destaca-se como a quarta oleaginosa em produção de grãos e a quinta em área cultivada no mundo. Ela vem ganhado espaço no Brasil como cultura de entressafra nas regiões de cerrado; as regiões que se destacam em área cultivada são, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Com a expansão da cultura no Brasil os problemas com plantas indesejáveis vêm aumentando significativamente. Os prejuízos podem chegar de 23 a 70% de perda de rendimento de aquênios devido à presença de plantas infestantes (BRIGHENTI et al., 2004).
Trabalhos relacionados a plantas indesejáveis na cultura do girassol evidenciaram incrementos em número de aquênios por capítulo e um rendimento da cultura, quando mantido no limpo por um período de 40 a 45 dias, com limite de 15-20 dias após a emergência para o início do controle. Foi observado que a produtividade máxima de aquênios ocorreu quando a cultura foi mantida livre de plantas invasoras por um período de 28 a 42 dias após a semeadura, verificou que a infestação de plantas daninhas foi mais severa até 30 dias após a emergência. (BRIGHENTI et al., 2004).
Quando se considera a densidade de plantas indesejáveis, em função dos diferentes períodos iniciais de controle, observa-se aos 7 DAE, número considerável de plantas por m2, decrescendo nos demais períodos de avaliação e estabilizando-se em torno de 15-40 plantas m2. A cultura é prejudicada por períodos de convivência superiores a 21 DAE. As espécies invasoras não devem conviver com o girassol por mais de 30 dias após a emergência da cultura. Caso contrário, o rendimento de aquênios será afetado de forma irreversível (BRIGHENTI et al., 2004).
A cultura do girassol mantida por períodos decrescentes de convivência com a comunidade infestante apresenta uma densidade de plantas espontâneas extremamente altas (770 plantas m-2), até próximo aos 14 DAE. Durante o decorrer do ciclo há queda acentuada da densidade, e somente aos 84 dias após a emergência e que há estabilização da densidade da comunidade infestante. Isso se da devido à competição intra e interespecífica entre as comunidades à medida que elas cresceram requerendo maiores recursos do meio (BRIGHENTI et al., 2004).
É evidente que a interferência de plantas invasoras na cultura do girassol é prejudicial ao pleno desenvolvimento da cultura devido à competição por nutrientes e outros fatores. É necessário que haja um controle eficaz no combate dessa infestação principalmente no início do desenvolvimento da cultura. O método mais comum e eficaz é por meio de capinas nas entre linhas da cultura e uma boa cobertura do solo impedindo que os raios solares possam infiltrar no solo e proporcionar a germinação do banco de sementes presentes na área ou introduzidos por maquinários não limpos (SILVA et al., 2010).

Conclusão

As plantas espontâneas competem com aquelas cultivadas por fatores essenciais, como água, luz e nutrientes, causando queda na germinação, desenvolvimento ou produtividade da cultura, fazendo com que haja uma perda total ou parcial no retorno financeiro esperado.
Para o controle eficiente das plantas invasoras é importante saber as características das espécies e do solo em questão, para se utilizar métodos de manejo eficientes e em época adequada para que não ocorra um desperdício de investimento e um controle inadequado das plantas invasoras. O período crítico de competição é o período de tempo em que medidas de controle são necessárias para evitar a continuidade da interferência entre a cultura e as plantas daninhas, evitando perdas no rendimento da planta cultivada. É importante também conhecer o banco de sementes do solo onde se efetuará o plantio uma vez que muitas sementes estão em dormência e podem vir a germinar. Desde modo, é importante o estudo do método a ser utilizado em cada situação visto que qualquer problema pode complicar o desenvolvimento de todo o ciclo produtivo.
Em todas as culturas anuais apresentadas nesse trabalho observou-se que a competição com as plantas espontâneas é um dos fatores que encarecem a produção e afetam negativamente a produtividade. Sendo de essencial importância a utilização de técnicas adequadas para minimizar custo de produção e reduzir a agressão ao ambiente pelo uso de herbicidas. Sabendo que cada planta possui características especificas que devem ser consideradas para a escolha da técnica utilizada para controlar ou manejar a interação entre planta espontânea e planta cultivada.
Algumas culturas, como o caso do algodão, não sofrem com a interferência de plantas daninhas apenas na fase de desenvolvimento e potencial produtivo, mas também na qualidade do produto, que deve estar limpo sem a interferência de qualquer fator que possa depreciar a fibra. O algodão é, deste modo, uma das culturas que utiliza métodos de controle, principalmente o químico, durante todo o ciclo produtivo, de modo a tentar manter o menor índice de plantas daninhas possível competindo com o cultivo.

Referências Bibliográficas

BALBINOT, A.; MORAES, A.; BACKES, R. Efeito de coberturas de inverno e sua época de manejo sobre a infestação de plantas daninhas na cultura de milho. Planta daninha, Viçosa, n. 3, 2007.

BORTOLUZZI, E.; ELTZ, F. Manejo da palha de aveia preta sobre as plantas daninhas e rendimento de soja em semeadura direta. Ciênc. Rural, Santa Maria, n. 2, 2001.

BRIGHENTI, A. M. et al. Períodos de interferência de plantas daninhas na cultura do Girassol. Planta Daninha, Viçosa, n. 2, p. 251-257, 2004.

CARVALHO, F.; VELINI, E. Períodos de interferência de plantas daninhas na cultura da soja I - cultivar IAC-11. Planta Daninha, Viçosa, n. 3, p. 317-322, 2001.

CORREIA, N.; REZENDE, P. Manejo integrado de plantas daninhas na cultura da soja. São Paulo, 2008. 55 p. Tese (Doutorado em produção vegetal). UNESP.

DUARTE, N. F.; SILVA, J. B.; SOUZA, I. F. Competição de plantas daninhas com a cultura do milho no município de Ijaci, MG. Ciênc. agrotec., Lavras, n. 5, p. 983-992, 2002.

FERRI, M.; ELTZ, F.; KRUSE, N. Dessecação do campo nativo para semeadura direta da cultura da soja. Ciênc. Rural, Santa Maria, n. 2, 1998.

FERRI, M.; VIDAL, R. Controle de plantas daninhas com herbicidas cloroacetamidas em sistemas convencional e de semeadura direta. Planta Daninha, Viçosa, n. 1, p. 131-136, 2003.

KARAM, D. et al. Características do herbicida tembotrione na cultura do milho. Embrapa, Sete Lagoas, 2009.

KOZLOWSKI, L. A. Período Crítico de Interferência das Plantas Daninhas na Cultura do Milho Baseado na Fenologia da Cultura. Planta Daninha, Viçosa, n. 3, p. 365-372, 2002.

MELO, H. et al. Interferência das plantas daninhas na cultura da soja cultivada em dois espaçamentos entre linhas. Planta Daninha, Viçosa, n. 2, p. 187-191, 2001.

MESCHEDE, D. Período crítico de interferência de Euphorbia heterophylla na cultura da soja sob baixa densidade de semeadura. Planta Daninha, Viçosa, n. 3, p. 381-387, 2002.

NEPOMUCENO, M. et al. Períodos de interferência das plantas daninhas na cultura da soja nos sistemas de semeadura direta e convencional. Planta daninha, Viçosa, n. 1, Mar. 2007.

OSIPE, R. et al. Eficácia e seletividade do herbicida BAS 455 38h aplicado em diferentes modalidades, na cultura do algodão. In: Congresso brasileiro do algodão, 7, 2009, Foz do Iguaçu. Eficácia e seletividade do herbicida BAS 455 38h aplicado em diferentes modalidades, na cultura do algodão. Campina grande: Embrapa Algodão, 2009. p. 1768-1774.

SALGADO, T. P.; ALVES, P. L.; ROSSI, C. V. Efeito da densidade de tubérculos de tiririca (Cyperus rotundus) sobre o crescimento inicial de plantas de algodão. Planta Daninha, Viçosa, n. 3, p. 405-411, 2002.

SILVA, H. et al. Levantamento das plantas espontâneas na cultura do girassol. Revista Verde, Mossoró, n. 1, p.162 ? 167, 2010.

TREZZI, M. et al. Manejo químico de plantas daninhas na cultura do milho em função de características morfofisiológicas e redução de espaçamento da cultura. Planta daninha, Viçosa, n. 4, 2008.