1.0- INTRODUÇÃO
Por meio deste trabalho acadêmico, para o Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-Oeste (UNIDESC), vamos compreender qual a importância de um excelente aprendizado de matemática no ensino fundamental, para descobrirmos qual o motivo de muitos jovens deixarem de lado as matérias exatas e se apegar as humanas, tratando principalmente, os problemas psicológicos - como, por exemplo: o medo - e de falta de mão-de-obra qualificada para grande parte dos colégios de nossa região.
Vamos construir conhecimentos necessários para os futuros educadores que precisarão retirar da cabeça de nossos alunos o senso comum que grande parte das pessoas tem em relação à matéria de matemática.
Demonstrar que esses problemas podem vir diretamente de casa ou do próprio colégio em que o aluno estuda, mostraremos formas de como fazer com que esse aluno não tenha problemas no ensino médio e vamos tratar de alguns assuntos em relação a falta de mão-de-obra qualificada para o mercado.

2.0- REFERENCIAL TEÓRICO

2.1- História do ensino no regime militar.
Naquela época, aprendiam-se mais matérias exatas e poucas matérias humanas (como filosofia e sociologia) fazendo com que as crianças da época pensassem menos na vida e principalmente no governo. Os professores daquela época, tratados da mesma forma como os pais de seus alunos, foram silenciados fazendo com que seus alunos fossem tratados [SIC] "...como máquinas que apenas obedecem e servem aos seus comandos (SANTOS, 2001), assim, nossa cultura caiu drasticamente, pois intelectuais e determinados artistas não podiam expor da forma que queriam suas obras fazendo com que os professores e seus alunos fossem intimidados.
"A partir de 1964, a educação brasileira, da mesma forma que os outros setores da vida nacional, passou a ser vítima do autoritarismo que se instalou no país. Reformas foram efetuadas em todos os níveis de ensino, impostas de cima para baixo, sem a participação dos maiores interessados ? alunos, professores e outros setores da sociedade. Os resultados são os que vemos em quase todas as nossas escolas: elevados índices de repetência e evasão escolar, escolas com deficiência de recursos materiais e humanos, professores pessimamente remunerados e sem motivação para trabalhar, elevadas taxas de analfabetismo." ( PILETTI,1997, p.114).

Então, como reforça Piletti, os anos da ditadura militar fez com que a educação básica fosse reformada sem participação dos professores nesse efetivo. Com isso o ensino da Matemática ficou tradicional: Professor que explica a matéria ao aluno, aluno que resolve os exercícios (faça, resolva, calcule, determine) e professor que corrige, sem fazer com que a matéria entrasse em seu cotidiano.


3.0- O Ensino da Matemática

A matemática para alguns sempre foi um bicho de sete cabeças e para outros não chega a ser tão complicado, mas a verdade é apenas uma: Infelizmente acabamos de sair de um duríssimo regime ditatorial com isso a educação está passando por um processo de reestruturação. É compreensível que já se passaram mais de vinte anos desse regime, mas muitas pessoas que viveram e se formaram nessa época ainda estão em nosso mercado e alguns lecionando dessa forma (não de forma punitiva, mas com o uso de calcule, resolva...).

O Ensino Fundamental I e II são as bases para a aprendizagem de matemática no Ensino Médio, visto que uma excelente aprendizagem no início, o meio e o fim serão mais fáceis de serem trabalhadas com nossos alunos. Vamos ver as etapas que precisamos observar no ensino fundamental e vamos construir, com esse artigo, novos pensadores matemáticos no Ensino Médio.
[SIC] "O problema do ensino da matemática começa a ter sua equação invertida. Não são os estudantes que não aprendem, são os professores que não ensinam." (FERREIRA E CAMARGO, 2003).

Essa afirmação parece ser antiga, mas ainda é uma realidade vermos professores dessa matéria lecionando sem ter sua formação completa ou muitos menos estarem formados nessa área.

"Cerca de 23% dos professores de matemática do ensino médio no País não têm curso superior. Eles completaram apenas o próprio ensino médio - mesmo nível de escolaridade para o qual dão aulas. Outros 21%, aproximadamente, são graduados em outras áreas, que podem ser próximas da matemática, como Processamento de Dados e Ciências Contábeis, ou bem distantes, como Letras. Apenas 20% são formados de fato em Matemática." (G1 pud O Estado de São Paulo, 2008).

Dessa forma, podemos perceber que um professor bem formado, fará com que o inicio do ensino aprendizagem de matemática fará que esse aluno aprenda não só apenas mostrar a esse aluno como fazer o cálculo, mas principalmente, onde esse cálculo pode ser feito no dia a dia, acabando com aquela famosa pergunta dos alunos: para que vou usar tudo isso?

De olho nisso, as faculdades e universidades estão cada vez aprimorando os formandos que fazem licenciatura, para que eles tenham melhores resultados quando e entrarem em sala de aula, não saberem apenas o conteúdo e sim, como construir esse conteúdo para os alunos ensinando aos futuros professores a observar mais seus alunos e escolher melhor as formas pedagógicas e observar as principais dificuldades dos alunos para que o professor consiga o resultado que tanto deseja: o êxito na compreensão da matéria de matemática. Mas por que será que não existem tantos professores de matemática no mercado?

De acordo com uma entrevista feita com Hilário Alencar, presidente da Sociedade Brasileira de Matemática: [sic] "... a falta se deve fundamentalmente aos degradantes salários pagos aos professores. Os formados para este nível de ensino preferem ir fazer outra coisa que lhes pague melhor. No entanto, para o nível universitário a falta se deve realmente a limitação no número de formados."

Isso se faz perceber não apenas para quem pretende ingressar em licenciatura, mas principalmente, deixa mostra, para os próprios alunos que vê esse profissional quase todos os dias, as greves dos professores que querem seu salário aumentado ou pago em dia, fazendo com que os alunos desistam de ingressar em cursos de licenciaturas. Em uma pesquisa que realizamos no ano de 2010 com vinte e oito alunos que cursam o primeiro ano do ensino médio, apenas dois desejam fazer algum tipo de curso de licenciatura sendo o titulo mais desejado é o de bacharel.
"O professor é um semeador cuja habilidade maior é cultivar terrenos de todas as espécies por meio de instrumentos, no mínimo, peculiares: a palavra, o amor, o afeto, o respeito, a dedicação e a esperança." (Chalita, 2010).
E quando o problema não é o professor? O problema realmente é o aluno? Como identificar e como perceber se o aluno tem algum tipo de problema? Vamos ver agora.

4.0- Dislexia

São poucos os alunos disléxicos, porém muitas vezes os mesmos não sabem da doença e nem mesmo alguns professores conseguem identificar a dislexia em um aluno, fazendo com que o mesmo tenha um déficit na educação básica e o pior, descobrindo o problema quando jovem ou adulto. A Dislexia é uma doença que dificulta a decodificação das palavras, normalmente confundindo os sons e sua forma de escrita.
4.1- Discalculia
É uma doença que afeta a habilidade de trabalhar com números, dessa forma, fazendo com que o aluno não consiga aprender, principalmente, a matéria de matemática.

4.2- Familiar

A família passou por um período de grandes mudanças dentro desses últimos 20 anos, mas mesmo assim, é dessa instituição que o aluno retirará suas experiências e sua personalidade. O papel da família é fundamental na formação desse jovem, pois a partir das experiências vividas em casa, muitas vezes, o aluno levará para a escola, imaginando que são atitudes extremamente naturais. Dessa forma, percebemos que a família é o espelho do aluno.

4.3- Amizades

Como todos somos indivíduos associáveis, é praticamente impossível uma pessoa não ter seu centro de amizades ou de pessoas próximas. Quando ainda somos crianças, tudo que nossos professores e pais nos dizeis, é levado em consideração, porém, quando chegamos principalmente na adolescência, todos esses conceitos que temos a respeito de muitas coisas são mudadas por conta dessas amizades. Isso acontece, pois normalmente o adolescente desenvolve certa "pressão" que para ser aceito ou compreendido em um espaço, seja necessário mudar suas atitudes ou formas de falar para agradar seus amigos.
Nesses quatro casos apresentados conseguimos observar que o papel do professor em sala de aula não é apenas se preocupar com a matéria passada, mas principalmente, observar se esse aluno realmente está tendo algum problema sendo neurológico ou social. Além disso, o profissional da educação deve incentivar uma maior participação da família na escola, fazendo com que os pais consigam realmente observar o desenvolvimento desse aluno na sala.
A questão então é a seguinte: Qual desses motivos apresentados realmente influencia na compreensão de um aluno em relação à determinada matéria? Cabe ao professor identificar seu aluno e tentar didaticamente, mostrar que o mercado de trabalho aguarda esse jovem e que para entrar no mesmo, precisa desse jovem compreendendo não só exatas ou humanas, mas as duas áreas juntas.
Chegamos agora no Ensino Médio, momento em que o jovem está cheio de duvidas em sua cabeça, tentando imaginar qual área do mercado de trabalho deseja atuar, muitas vezes, procurando cursos de qualificação profissional, cursos para preparatórios em ENEM, concursos públicos, Pas, enfim, o jovem tenta de alguma forma achar seu meio para tentar se encaixar.
Nesse tempo ele começa a perceber que muitas das vagas preenchidas hoje no mercado de trabalho precisam saber trabalhar com números, e por conta dos erros cometidos no passado, tanto escola quanto aluno, o mesmo para e se pergunta: "Mas será mesmo que já estudei isso?" ou "O professor nunca passou isso pra mim?". Isso é o que sempre vemos em jovens que cursam o ensino médio.
Infelizmente, a matemática para a alguns jovens é um bicho de sete cabeças, isso por conta das más formações anteriores ao ensino médio, fazendo com que o professor desses níveis de ensino, seja forçado a muitas vezes deixar de passar determinadas informações para o aluno, simplesmente para revisar matérias que o mesmo deveria saber para responder determinados exercícios simples. Infelizmente pelo motivo de muitos alunos não se interessarem nas áreas das matérias exatas, os mesmos podem perder as vagas que serão listadas a seguir.

5.0- Marketing

O matemático pode atuar com análise de números para criação de banco de dados para fins de informações precisas para a empresa

6.0- Departamento Pessoal

Uma das áreas que mais empregam no mercado de trabalho e uma das que mais utilizam da matemática. Toda a empresa necessita de um profissional em D.P para trabalhar com os salários dos funcionários, sendo os mesmos feitos a partir de cálculos matemáticos.

7.0- Ciências Biológicas

A matemática atua na decifração de códigos genéticos.

8.0- Geografia

A matemática é muito utilizada no estudo da Cartografia.
Enfim, são vastas as áreas que um matemático pode atuar, desde as salas de aula estando licenciado até trabalhar com pesquisas, projetos, e desenvolver novas teses.

9.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo definiu a importância do ensino de matemática na vida de um estudante, passando desde o ensino fundamental e chegando ao ensino médio enfatizando as mudanças que ocorreram desde a época da ditadura militar e quais os principais problemas que um aluno do ensino fundamental pode ter em sua vida acadêmica, acarretando em um déficit de aprendizagem no ensino médio, mas levando em consideração o profissional chave para a formação desse aluno, o professor.


10.0- REFERENCIAS

B823P Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática/Secretaria de Educação Fundamental. ? Brasília: MEC/CEF, 1997. Volume 3 pag. 37 à 40

SANTOS, Adriana dos, A Função da Escola na Ditadura Militar, publicado em 28/05/2010. Disponível em <> http://www.webartigosos.com/articles/39013/1/A-funcao-da-escola-na-ditadura-militar-/pagina1.html#ixzz15YR2zVF9. Data do Acesso: 10/11/2010

FERREIRA, Flávio; CAMARGO, Paulo de, Matemática Hoje, um calculo no meio do caminho, publicado em 25/02/2003. Disponível em <> http://www.matematicahoje.com.br/telas/cultura/midia/midia.asp?aux=A. Data do Acesso: 10/11/2010.

G1 apud Agência do Estado, Vestibular e Educação. Disponível em <> http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL381481-5604,00-NO+BRASIL+DAO+AULAS+DE+MATEMATICA+SEM+DIPLOMA.html. Data do Acesso: 10/11/2010.
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CRE ? Centro de Referencia em Educação Mario Covas, Reflexão. Disponível em <> http://www.crmariocovas.sp.gov.br/mor_l.php?t=001. Data do acesso 10/11/2010
Wikipédia, a Enciclopédia Livre, Dislexia. Disponível em <> http://pt.wikipedia.org/wiki/Dislexia. Data do acesso: 10/11/2010.
Wikipédia, a Enciclopédia Livre, Discalculia. Disponível em <> http://pt.wikipedia.org/wiki/Discalculia. Data do Acesso: 10/11/2010.
LOPES, Analídia; VIVALDO, Leonardo. Partes ? A Sua Revista virtual, A Influência da família no rendimento escolar do indivíduo, publicado em 15/11/2007. Disponível em <> http://www.partes.com.br/educacao/familiaerendimento.asp. Data do Acesso: 10/11/2010.
CABRAL, Gabriela. Equipe Brasil Escola, as amizades influenciam?. Disponível em <> http://www.brasilescola.com/psicologia/as-amizades-influenciam.htm. Data do Acesso: 10/11/2010.