MATEMÁTICA

GOSTAR PARA APRENDER OU APRENDER PARA GOSTAR

(LEVANDO EM CONTA A MOTIVAÇÃO)

Maria Madalena de Souza Borges

 

Resumo

O presente artigo, trata de elucidar a importância do Aprender para Gostar ou Gostar para Aprender Matemática (levando em conta a motivação), na complexidade da aprendizagem, evidenciando que todo o individuo necessita de estímulos que provoquem reações, e  conseqüentemente os conhecimentos cognitivos se transmitam de forma prazerosa a uma ideia capaz de oferecer meios para estimular a reflexão na área de matemática. Após uma breve reflexão, relata de uma forma prática e pedagógica, como fazer acontecer uma educação para a cidadania com o desafio de usar ou adequar o gosto e ou o aprender matemático. O artigo não se omite ao revelar os limites de uma participação verdadeiramente cidadã e democrática da escola para uma melhor aprendizagem dos educandos em relação ao ensino da matemática. Verificando-se ao longo do estudo, vir que a Motivação deve ser como forma de estímulo à aprendizagem, classificando as necessidades do ser humano.

 

Palavras-chave: Motivação; Ensino; Matemática.

INTRODUÇÃO

 

Matemática, Gostar para Aprender ou Aprender para Gostar (levando em conta a motivação). Na concepção da transversalidade, contemplando conteúdos que façam parte das preocupações diárias do sujeito, na realidade atual. Além de temáticas sociais que os educandos devam aprender, o educador deverá, como um fio condutor, perpassar o trabalho na escola, neste sentido, ao procurar criar situações matemáticas que envolvam a vida cotidiana, enfocando as dinâmicas de suas transformações e compreendendo de forma mais consciente e ampla, a realidade.

Realidade esta onde o educando, como ser social, tendo uma posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza e suas ações, individuais ou coletivas, onde tem conseqüências diretas para ambas as partes.

Compreender o educando em sua totalidade, razão e emoção, creio neste Artigo, que as atividades de motivação e dinâmicas sejam caminhos, entre tantas estratégias necessárias para o processo formal educativo.

GOSTAR PARA APRENDER OU APRENDER PARA GOSTAR

 

Todo comportamento humano é motivado por um motivo que desperta, sustenta e dirige a atividade do organismo Quando um estudante dorme em classe; quando um professor chama a atenção de um aluno; quando o diretor pune um educando indisciplinado: quando há evasão escolar é porque existe um motivo.

Para que ocorra uma aprendizagem de fato é necessário que ocorra a motivação. A aprendizagem depende principalmente da motivação.

Essa noção de pertencer a uma realidade deve envolver práticas de observação, descrição, representação e, sobretudo, práticas de cidadania.

“Desde os primeiros dias do desenvolvimento da criança, suas atividades adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social, e sendo dirigidas a objetivos definidos, são refratadas através de prisma do ambiente da criança. O caminho do objeto até a criança e desta até o objeto passa através de outra pessoa. Essa estrutura humana complexa é o produto de um processo de desenvolvimento profundamente enraizado nas ligações entre história individual e história social.”(VYGOTSKY)

Procurar estimular os educandos, a desenvolver competências, atitudes e estratégias na busca de compreensão conceitual em uma dada situação, estimulando permitir a “inserção da Educação durante toda a vida no coração da sociedade.” ( DELORS-2001). Fundamentada essa Educação nos quatro pilares: Aprender a Conhecer; Aprender a Fazer; Aprender a Viver com os Outros e Aprender a Ser.

E impreterível que o educador transforme certos assuntos em necessidades pessoais de seus alunos, tirando partido das necessidades, não esquecendo que a criança não aprende por não aprender, mais sim porque está visando reduzir uma motivação e com isso deixando de ter experiências.

Cabe ao educador direcionar sua prática, e mesmo no futuro, ter condições de criar modelos individuais, mesmo em grupos grandes e heterogêneos, a desenvolver o hábito de pensar matematicamente e fazendo que os educandos permaneçam interessados no que estão fazendo, ganhando autoconfiança desenvolvendo independência ao tomarem decisões e resolverem problemas cotidianos ou não. Com isso, aprenderão a não depender em demasia, para saber como fazer, por que fazer, ou quando fizer, e isso para seu futuro é grandioso.

Abrindo o coração e mergulhando na paixão de poder ver de uma forma diferenciada a matemática Fazendo acontecer à aprendizagem.

Sendo movimentada e desafiadora, porém, devemos ter cuidado em colocar sempre obstáculos e desafios que possam ser superados. As informações, os fatos relatados pelo educador servem de incentivos, de reforço, mas não representam toda a motivação.

 As dinâmicas serão aplicadas de formas a socializar, integrar e desenvolver os conhecimentos cognitivos na matéria de matemática, visando à aprendizagem de forma prazerosa, envolvendo os educandos, a tal ponto que sintam a necessidade de partilhar com o outro.

 “Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização de aprendizagem com o maior grau de significados possível, uma vez que esta nunca é absoluta - sempre é possível estabelecer relação entre o que se aprende e a realidade, conhecer as possibilidades de observação, reflexão e informação (...)”(Parâmetros Curriculares Nacionais –Introdução-Vol1-p.53)

Sendo a hermenêutica (arte de descobrir a entrelinha para além das linhas, o contexto para além do texto, a significação para além da palavra) utilizada em mensagens de elevação da auto-estima, de reflexão e por jogos de sensibilização.

 

 

Metodologia

 

 O presente Artigo serviu-se de dados colhidos através de fontes bibliográficas, e tendo como pesquisa a concepção do método dedutivo e analítico onde propõem uma metodologia dinâmica e atuante, observada nas fontes de referencia para maior relevância e entendimento. Levando em conta que não devemos nos prender sempre aos modelos tradicionais, pois isso limita de modo importante, o libertar desse potencial criador. De que o mundo está em constante mudança, e que tudo é suscetível de modificações, o tempo todo. É o movimento da vida.

 

Resultados

Sabedores que as pessoas sentem necessidade (desejo), tensão, desconforto entre tantos e se seu comportamento tiver um estímulo com objetivos, o resultado poderá variar indefinidamente, pois depende da percepção do estímulo (que varia conforme a pessoa) e da cognição de cada uma, é claro, que não podemos fugir à regra, mas podemos nos adaptar a esse modelo e começar a criar coisas novas e usar a criatividade que muitas vezes requer coragem.

A aprendizagem depende principalmente da motivação. Devemos motivar para provocar movimentos, reações nas atividades dos educandos. Fazendo acontecer à aprendizagem. E para que ocorra uma aprendizagem de fato é necessário que ocorra a motivação.

A motivação pode ser definida, como “o conjunto de razões, de justificativas que explicam o comportamento de uma pessoa.” ( WARNER, Dicionário de Psicologia)

Uma das funções do educador matemático é criar motivos, lembrando que o termo motivo é de origem latina. Em Latim, o verbo “movere” significa pôr em movimento, mover. Para que seus alunos se interessem por assuntos específicos, oferecendo oportunidades para que aprendam e que se apaixonem pela matemática.

Motivo quer dizer que é o fator que determina o comportamento de uma pessoa numa situação.

Todo comportamento humano é motivado por um motivo que desperta, sustenta e dirige a atividade do organismo.

Na maioria das vezes, basta que olhemos uma mesma coisa de outro ângulo, e pronto, lá está à solução. Aprenderemos como muitas vezes, o problema está em nossos preconceitos pessoais, nossa inflexibilidade e resistência às mudanças. Da abordagem que vamos dar a ela, de como a interpretamos e de como a aplicamos.

Com imaginação transformando as aulas e exposições em divertidas e atraentes aventuras lúdicas, e podemos incrementar o nosso propósito, que é educar corretamente. Todos nós somos seres dotados de capacidades potenciais que podem ser desenvolvidas e aprimoradas, é preciso vencer as dificuldades e os medos.

A direção de nossos esforços deve ser continuamente renovada, examinada, desafiada e, se necessário, adaptada a um ambiente de mudanças em ritmo acelerado. E assim juntos, vão construir a base para a nova geração de pessoas a pensar sempre à frente, de forma estratégica e inovadora, utilizando todos os recursos disponíveis com discernimento e eficiência, buscando a excelência, ouvindo, aprendendo, avaliando, refinando e executando.

Atuando com uma força de trabalho criativa, competente, motivada e integrada, vem assegurar aos educandos o resultado esperado, de um diálogo critico com a realidade social, culminando com a prática do “aprender a pensar” voltado à ação concreta em sua tarefa de aprendizagem e pesquisa. Ensinando-os criticamente, de forma contínua, o conhecimento atualizado das diversas áreas do saber em especial as exatas. Realizando uma grande mudança.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É preciso crer e sonhar, para então transformá-la numa nova realidade. A família é a célula mater da sociedade e a escola é um complemento desta célula. Estas instituições são as que mais sofrem nesta época de transição, mudança e crise.

É notória a importância do resgate das virtudes do cotidiano escolar.

Acreditando que são os educadores os grandes agentes das mudanças e que eles sempre podem superar os seus limites, tendo como competência o comprometimento, dentro de um clima de absoluto respeito humano e o prazer do gostar aprender; aprender/gostar da Matemática, oferecendo-lhes condições para que eles se desenvolvam, definindo prioridades, trocando os pequenos erros pelos pequenos acertos.

Lembrando que frequentemente, as decisões mais poderosas são as “pequenas”, aquelas que fazemos um dia após do outro, e que a qualidade do ensino de matemática em nossa vida é um resultado direto das escolhas que fazemos. Resgatando as coisas simples e verdadeiras, que estão cheias de virtudes e de valores, é um caminho viável e seguro. Uma bússola a orientar nossa conduta, num mundo cheio de descobertas, porque “quem ensina de repente aprende,” como dizia Guimarães Rosa.

O processo de aprendizagem suscita afetos, emoções, além das cognições e habilidades intelectuais, além de permitir o desafio de desenvolver competências e habilidades.

Ao educador, cabe preparar o educando para assumir seu papel de indivíduo atuante e consciente, formando-o para ser inserido na vida social, e em especial para enfrentar o mercado de trabalho e a vida. Despertando sempre a auto-reflexão.

Para maior desenvoltura da matéria supracitada, é preciso realçar e trabalhar de forma efetiva os bons e mais nobres valores e sentimentos que a competição pode nos oferecer, apresentado sempre que possível a cooperação como a melhor alternativa de convivência e construção mais sólida de amizade, respeito, responsabilidade, justiça, compreensão, amor, colaboração, paciência, persistência, criatividade, auto-estima, auto-confiança e ...entre outras palavras, cada ser humano tem necessidade de ser único, ser diferente, é onde o educador irá trabalhar a individualidade na coletividade.

6-Referências

CHIAVENATO. Idalberto, Recursos Humanos- Ed. Compacta, 5.ed. p.75 a 81

DORIN. Lannoy, Psicologia Educacional-1984-Editora do Brasil S.A.p.26 a 36.

---------------------, Psicologia Geral-1986-editora do Brasil S. A . p.177 a 187.  

 MIRANDA. Simão de, Jogos Para Socialização Humana-2005-Ed.Editora Autores Associados,1ª Ed.    

QUEIROZ, Tânia Dias. Atividades Práticas de Dinâmicas de Grupo e Sensibilização-2004-Ed. Rideel. p.7 a 17.

 ROSSINI,Maria Augusta Sanches, Aprender tem que ser gostoso..-Editora Vozes-2003

www. Conhecer.org.br

www.sitededicas.com.br