O ser e o nada como define Heidegger, o conceito do nada, antes de tudo não significa alguma coisa material, entretanto, a ausência como virá  exatamente depois da vida. Com efeito, o ser que deixa de ser.  

Sua argumentação a respeito da fundamentação  do  nada, provocador de angustia, a certeza da inexistência com a morte, o que é naturalmente o ser, apenas sua existência efetivada no tempo histórico, desse modo, a relação do ser em seu  tempo.  

É inevitável a nulidade que aguarda o ser com a morte, o que será depois simplesmente como se  nada tivesse acontecido anteriormente.

  O princípio entrópico da física, tudo que existe é para ser renovado objetivando a substancialidade da matéria, explica-se do ponto de vista da natureza em si. Em referência a biologia o ser  apenas sua replicação permanente.

O ser como permanência não se fundamenta em questões metafísicas, negaria a essência da replicação em referência ao corpo. Com efeito, toda definição é compreendida no tempo histórico como produção cultural.

O ser enquanto indivíduo, direciona-se  essencialmente para a morte, sem   finalidade a não ser sua exclusão.

 É necessário tal fundamento, visando a  sobrevivência da natureza, tudo que existe nela efetiva-se desse modo realiza o princípio substancial replicador.

Com efeito, a verdadeira natureza do nada é a permanência da complexidade, a morte, o limite da existência, para o ser como individualidade.  

Entretanto, para evolução da espécie o individuo não tem perspectiva enquanto ser existencial, pois esgota nele mesmo, sem funcionalidade para o futuro, uma vez que cumpre apenas o  papel de replicador.

Tal exposição uma lei natural, tudo que existe esgota na mudança permanente da natureza substanciando a alteração de estado.

Com efeito, o ser é sua historicidade para a inexistência, não tem como ser diferente, o mesmo mecanismo se aplica a natureza de um modo complexo, global, o esgotamento faz parte de todas as formas materiais.

No entanto, tratando-se do Homo Sapiens especificamente, devido sua imaginação como produção cultural, pensa ser o espírito a essência humana, quando a mesma apenas produção ideológica da linguagem. 

Evidentemente, o ser como criação espiritual,  não existe após a morte, sendo seu esgotamento natural, no entanto, toda existência é  compreendida pela representação da linguagem, ou sejam, as formulações ideológicas do espírito.

Com efeito, a memória determina a existência do corpo, como perspectiva da defesa simbólica da fala, o que não pode de fato morrer é o cérebro, a representação do ser a negação do nada, entretanto, morre com a morte do corpo.

Desse modo formula-se a angustia, um ser para o nada, a impossibilidade da efetivação do ente, ou seja, da continuidade do espírito, a vida de fato  termina com morte, pois o corpo incorpora em outra perspectiva a naturalidade, que é a permanente transformação da matéria.

Com efeito, nessa lógica não existe a morte para o corpo, pois o que existe é a permanente transformação cíclica indelével objetivada tão somente na natureza.

A respeito do espírito é somente um momento, representativo de um instante cultural, cria-se o conflito, pois o mesmo deseja superar sua condição a priori de ser apenas o desenvolvimento da linguagem, significando, portanto, a profunda alienação da existência.  

Edjar Dias de Vasconcelos.