Introdução

 

             “Ninguém sabe precisar exatamente quando e como surgiu a atividade hoteleira no mundo” (ARRETO e KRITZ, 2004). Segundo Miotto (2001), “indícios levam a crer que esta atividade tenha se iniciado em função da necessidade natural que os viajantes têm em procurar abrigo, apoio e alimentação em suas viagens”.

O termo hostellum começou a ser utilizado para designar palacetes onde reis e nobres se hospedavam na época do Império Romano. Porém, os primeiros registros de hospedagens no mundo vêm do Século VI A.C., com comerciantes que ficavam em casas ou quartos de outras pessoas quando viajavam entre a Europa e o Oriente (MIOTTO, 2001).

            “No Brasil, a hotelaria nasceu sob fortes influências européias, por iniciativa dos portugueses” (GORINI e MENDES, 2005). No decorrer da história,  a hotelaria brasileira passou por algumas oscilações. “Porém, houve mais momentos de crescimento do que de crise” (ARRETO, 2005).

Na década de 40, incentivos de governo fizeram a hotelaria crescer. Em 1970, por outro lado, ocorreu a criação do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) aliado a incentivos fiscais, alavancando, ainda mais, o mercado. Na mesma época, a entrada de redes estrangeiras de hotéis no Brasil foi estimulada pelo acirramento da concorrência entre essas companhias e pela transformação do país em um importante pólo de viagens de negócios com o crescimento da economia e a entrada das empresas multinacionais. “A primeira forte crise começou na década seguinte, devido ao fim dos financiamentos em longo prazo e dos incentivos fiscais” (ARRETO, 2005).

O Plano Collor, em 1990, também foi prejudicial ao segmento hoteleiro. A situação melhorou, após a implantação do Plano Real, em 1994, onde vários hotéis de luxo foram inaugurados no país.

A crise voltou no final dos anos90. Ahotelaria se expandiu muito, mas a demanda não acompanhou o surgimento de novos hotéis, o que obrigou muitos a abaixarem drasticamente o valor de suas diárias médias.

A partir do novo milênio, o mercado iniciou uma recuperação plena. “A ocupação, em torno de 65% e o aumento, cerca de 12%, na diária média assinalavam, novamente, o crescimento no setor” (ARRETO e KRITZ, 2004).

            Desde a década passada, o mercado hoteleiro encontra-se em momento de expansão.  “A rede hoteleira nacional possui hoje, aproximadamente, vinte e cinco mil meios de hospedagem e, deste universo, vinte mil são hotéis e pousadas” (SAAB e DAEMON, 2007).

                        Nesse mercado, é de fundamental importância que as empresas hoteleiras procurem buscar aprofundamento nas técnicas do marketing moderno, o qual, infelizmente, ainda “é confundido por muita gente com propaganda ou com venda exclusivamente” (COBRA 1997, p.32). Assim sendo, de acordo com Saab e Daemon (2007) “é imprescindível conhecer as potencialidades, fragilidades, oportunidades e ameaças presentes na oferta do produto turístico, identificar o perfil do público-alvo e direcionar as ações necessárias para alcançá-lo”.    

            Pelas razões expostas, julgou-se oportuno pesquisar sobre o assunto. Em tempo, a escolha do tema deu-se também em função da vivencia e experiência adquirida durante o tempo de exercício no seguimento hoteleiro e a partir desta tarefa, transformar em trabalho cientifico.