Mais Visão e Gestão, Menos Crise.
Publicado em 25 de fevereiro de 2016 por Paulo Eduardo Dubiel
Crise não existe! Ou melhor, ela se transforma em oportunidade para quem está preparado.
Tudo muda constantemente, no entanto, poucos estão preparados para entender, enxergar e adequar o negócio à mudança de comportamento do consumidor e mercado. O resultado proporcionado por novas ações é uma incógnita, por isso evitar o erro e a perda do cliente é um grande negócio; quando o processo natural acontece de forma assertiva. O maior erro é tomar decisões com base naquilo que o diretor, gerente ou colaborador sabe; pouco vale o conhecimento interno, salvo para evitar os erros. Informação boa para mover o negócio é a que não aparece, ela mostra os nichos de mercado, as tendências e a verdadeira necessidade do consumidor; por essa razão conhecer o consumidor é mais vantajoso que o próprio negócio. Contudo, em momentos difíceis o maior erro é tentar executar ações emergenciais, quando não há preparação e trabalho de base.
Quanto mais alinhado estiver o colaborador com o ambiente interno, melhor será o resultado e mais preparado estará para mudanças e inovações. No entanto, quando o cenário interno não funciona como deveria, dificilmente conseguirá inovar em momentos difíceis.
Funções e atribuições, comunicação organizacional e protocolos de procedimentos são processos indispensáveis de uma organização; porém, os resultados de avaliações nos mostram ambientes de grandes empresas com colaboradores cumprindo tarefas, sem qualquer mensuração de processos.
Precisamos entender que uma equipe preparada e disciplinada, domina plenamente seus protocolos e tende a inovar. O comportamento profissional torna-se favorável a qualquer cenário naturalmente, é como um motor bem regulado – funciona perfeitamente sem risco de falhar.
Para adequar-se ao mercado em crise, tendo um processo interno problemático, é difícil. Uma equipe pronta para inovar, muda de direção, estratégia, de produto ou comportamento rapidamente, quando o gestor altera o processo e a organização sem necessidade de mexer na conduta do colaborador.
O controle existe não no rigor que a palavra expressa, mas no sentido de dirigir, dominar, regular o processo e evitar danos e erros; como também, para mantê-lo em pleno funcionamento. Essa qualidade competitiva é imensurável, principalmente para obtenção de resultados imediatos.
Para uma equipe responder a necessidade de inovação e atender à mudança de comportamento do consumidor com adequação em tempo real, é necessário estar preparada. Do contrário, não haverá chance de investir no capital intelectual e gerar resultado em tempo real.
É quando a crise para uns é oportunidade para outros. Cenário de crise, para empresas preparadas, favorece o relacionamento, a conquista e retenção de clientes, como também potencializa a capacidade competitiva da organização; gerando o lucro que a concorrente deixou de ganhar.
Sugerimos ferramentas de marketing, aplicadas ao processo estratégico de gestão da organização; alinhando melhoria do potencial produtivo e favorecendo consequentemente a lucratividade. Portanto, a principal vantagem competitiva de manter o processo alinhado e controlado é o domínio que a organização exerce sobre ele.
Ter o conhecimento dos pormenores que movem os resultados, possibilita modificá-los a qualquer momento em tempo real. Se a empresa não consegue controlar as ações rotineiras, não conseguirá implementar uma adequação mercadológica quando necessário e no tempo oportuno.
Boas ideias nem sempre são transformadas em ações rentáveis, muitas delas demoram a ser implementadas e a gerar resultados; outras acontecem sem qualidade ou até mesmo sem base e processo de gestão. Ocorrências negativas provenientes da falta de preparação e controle do ambiente interno.
O processo de gestão – avaliar, preparar, controlar, adequar e retroalimentar –, com base em protocolos de procedimentos, possibilita a excelência da execução das ações estratégicas e táticas. Tratar de protocolos e processos é diferente de administrar tarefas.
Para cada setor deve haver um protocolo de procedimento, o qual permitirá a avaliação periódica do cumprimento das atribuições e o controle do processo. Diferente das tarefas destinadas verbalmente ou até por escrito, que geralmente são criadas de acordo com a necessidade momentânea da empresa ou para atender a visão do administrador.
Não há como avaliar tarefas isoladas dentro do mesmo ambiente, elas geralmente apresentam conflitos de posições no ato da execução e falha na ausência de ações fundamentais na visão do cliente. Funcionam precariamente com pouca ou nenhuma comunicação entre si, por não estarem visíveis e mensuradas, dificilmente podem ser adequadas e controladas.
O processo de gestão é um programa que contempla o alinhamento das atribuições em forma de protocolos e processos. O valor agregado é a garantia da possibilidade de controlar e adequar o ambiente interno ao mercado. Mover funções e modificar atribuições com a projeção do impacto, que pode ser medido antes de ser colocado em prática, evita erros de planejamento.
A vantagem competitiva, de a equipe executar com excelência os protocolos de procedimentos, é a velocidade com que as mudanças podem acontecer na adequação do atendimento, introdução de novos produtos e até na mudança de segmento para evitar o declínio. As funções e atribuições são mensuradas e permanecem visíveis a todos.
O colaborador que executa com excelência seu protocolo de procedimento, rapidamente absorverá uma nova atribuição; com isso, a empresa conseguirá inovar ou adequar-se ao mercado com sucesso. Ao contrário, quando já existe dificuldade no exercício das funções de rotina, introduzir uma novidade seria um fracasso.
Processos na gestão estratégica são criados para facilitar o controle. É a base de qualquer negócio! Não podemos falar em administração de empresa, controle de processos e da lucratividade, sem contemplar protocolos de procedimentos, plano de cargos e salários etc. Como poderia controlar a lucratividade, sem o controle da produtividade?
O controle da lucratividade da empresa é medido pelo controle do processo produtivo, de atendimento, vendas e do desempenho do capital intelectual dos colaboradores. Quem não consegue dominar a direção das ações, não conseguirá controlar os lucros. Dirigir uma empresa é o mesmo que ter o domínio para acelerar, parar e mudar a direção do que está sendo executado em tempo real.
Para o negócio acontecer de forma profissional, é básico ficar atento ao comportamento do consumidor, cliente e colaborador; como também, estar preparado para mudar seu processo e adequar suas ações, em tempo real, às novas necessidades do mercado. Quando chegar o momento de inovar, não haverá chance de reparar comportamentos rotineiros; por essa razão o processo deve ser avaliado e alinhado constantemente.
Quem se prepara hoje não faz reparos amanhã. Cenário que favorece a conquista e retenção de clientes, como também potencializa a capacidade competitiva da organização – resultados de avaliação periódica e adequação do processo, com base nas pesquisas de satisfação, de mercado e nas avaliações mascaradas.
Se o processo de gestão da sua empresa estiver correto, não oferecerá riscos; pois haverá adequação à crise em tempo real. Empresas declinam e crescem em momentos difíceis, há também as que conhecem suas deficiências, mas não conseguem mudar e tronam-se obsoletas. Sem preparação não há chance de reparar processos errados, principalmente no momento em que deveria estar inovando. O problema deve ser resolvido de imediato, se crescente, torna-se mais complexa sua eliminação. Projete resultados e evite perdas, é fundamental agir com Consciência e manter seu negócio literalmente sob controle.
Por Paulo Eduardo Dubiel
Executivo em Gestão de Marketing e Negócios, Esp. – www.peds.com.br