Sinto o balanço das ondas

O tremor da  terra  e, a fúria que, devora tudo

em mim

 

Vem, que eu  engulo

e na sua frente

mastigo

a dor da solidão

 

Rabisco  símbolos

Desenho as metáforas

 que passeiam pela sala

enquanto, escrevo essa canção

 

Dedilhando as notas

E, as cifras

 das batidas tão afoitas

exterior da vala onde se esconde meu coração.

 

Eu abri todas as portas

Eu quero uma resposta

sobre e-mail

que  voltou

 

foram todos os poemas

que escrevi

nestas duas últimas semanas

que eu só penso em ti.

 

Lembra

Da poesia

Rabiscada

Tatuada

Nas tuas costas

Do teorema que criei.

 

Faz uma semana

Que eu não durmo

Eu só me calo

naqueles poucos segundos

que o sol cobre o céu com sua luz

 

Nestas gélidas manhãs

Que eu te quero

E, espero a poesia

Mais tristonha

A elegia  mas sacana

 onde você morre em mim

 

Ou, que venha a canção mais bonita

A frase

Mais desdita

Só para te fazer morrer em mim.