Magnetismos nas oferendas Entendemos por magnetismo algo que nos atrai, que nos desperta interesse e que de alguma forma preenche algo que nós falta. Entendemos o magnetismo como fatores que se complementa ou se completa dando sustentação e equilíbrio na criação divina. Temos no magnetismo, elementos ou energias que se completa, que se complementa que se atrai, que se repele, que se anula, que se neutraliza e temos os opostos complementares. Sabemos que tudo que é gerado na criação tem sua energia própria, sua vibração, seu cumprimento de ondas vibratórias, tem seu magnetismo, tem sua cor, tem sua luz, sua vibração, sua temperatura e sua individualidade e particularidade. Para cada energia, magnetismo, vibração, onda, cor, luz, temperatura, temos o elemento que se afiniza e cria polos onde duas partes se equilibram onde dois extremos se sustentam e dão sustentação na sua linha de força. Usamos como exemplo a energia elétrica: A energia elétrica são ondas de eletricidade que são emitidas por hidroelétricas e que são direcionadas para centros ou usinas energéticas, que posteriormente são direcionadas para as casas. Pois bem, essa energia, enquanto energia é abstrata, ou seja, igual a um sentimento, sentimos mais não vemos, e para que ela se faça presente ou se elementarize, é necessário um fio de cobre onde ela se condense e produz a luz e a energia elétrica necessária que sustenta a nossa vida. Ou seja, o elemento afim com a energia elétrica é o fio de cobre, pois é nesse minério que ela se condensa e melhor se adapta, pois ele é mais abundante na natureza e tem um custo mais acessível e assim serve melhor a sociedade que faz uso da energia elétrica. Existem vários elementos que conduzem a energia elétrica e onde a mesma se condensa, tal como a energia eólica gerada a partir da captação do ar, a energia solar gerada a partir da captação dos raios solares, etc. Porem dentro de um conjunto de elementos capazes de conduzir a eletricidade, devemos separar um que melhor se adapte a forma de vida e que melhor represente a eletricidade, tornando esse elemento o principal representante e o principal condutor de energia elétrica, pois é através desse elemento que melhor serve as necessidades dos seres e a vida. Nesse sentido seguimos como exemplo a fé. A crença é algo inato em nós e mesmo inconsciente a exercemos, pois ao sair de casa para trabalhar, temos a crença e a convicção que iremos retornar para o nosso lar sem que nada ocorra nesse percurso. Sendo assim a crença esta para todos os sentidos, porem onde ela melhor se caracteriza e se individualiza é no aspecto religioso, pois, dentro de um todo que compõe a fé, separamos um componente que a melhor caracteriza, simboliza e a representa, que é a religião, sendo a religião um dos aspectos que a fé mais se identifica. No magnetismo aprendemos que cada coisa tem sua individualidade e sua forma e meio mais apropriado de fluir, pois existem plantas que precisam mais de calor que outras, e outras que necessitam mais da noite que do dia, outras precisam de mais água, umas crescem e florescem no pântano, outras em solo seco e árido, e assim por diante. Citamos ainda como exemplo: o cacto; a semente de cacto só floresce em solo seco onde chove pouco. Sendo assim não adianta plantarmos uma semente de cacto em um solo encharcado, que ele não nascera ou vivera. O cacto traz em si o seu “DNA” divino, que tem em si suas particularidades e forma de ser e só se realiza no local cujo magnetismo encontra afinidade para dar sustentação no seu crescimento como cacto. Podemos transpor esse exemplo para o campo do ensino ou conhecimento e nada mudara. Pois o campo do conhecimento se constitui em perguntas e respostas e nesse campo a pergunta esta para a resposta, tal como a resposta esta para a pergunta. Ambas são os extremos de uma mesma linha onde transita a linha ou a irradiação do conhecimento. Uma pergunta é um dos extremos da linha do conhecimento onde “perguntar” simboliza a ignorância ou ausência total da resposta e a resposta simboliza a presença ou a plenitude da sabedoria. Uma justifica a existência da outra e uma só adquire existência em função da outra, ou seja, são opostos que se complementa, sendo a pergunta (o aluno) e a resposta (o professor) e o aluno esta para o professor tal como o professor esta para o aluno, sendo o aluno o desejo de aprender e o professor a fonte de conhecimento que ira saciar este desejo. Então trazendo ao nosso nível material e utilizando de exemplo do cotidiano para melhor fazer entender, comparamos e separamos os magnetismos dessa forma: Magnetismo Oposto-Complementar: São magnetismo que são opostos e dentro de uma mesma linha de força se complementa dando sustentação a vibração original, onde um justifica a existência do outro, tal como o exemplo acima da pergunta e a resposta, pois uma não existe sem a outra. Magnetismo Antagônico: São magnetismo que se anulam, tal como a morte e a vida, pois onde um esta presente a outra se faz ausente, porem são extremos de uma mesma linha de força que é alinha da evolução, onde nascemos, crescemos e morremos. Magnetismo atrator: São magnetismo que pertence a uma mesma linha ou irradiação, e que são atraídos simultaneamente, por exemplo: a religião e a crença, uma esta para outra e se confundem como aspecto pois religião não existe sem fé, já a fé existe sem religião, pois tal como o exemplo acima, a fé e a crença se manifesta em outros sentidos, tal como a crença em casar-se, constituir família, numa vida melhor, sendo esse tipo de crença confundida com esperança pois esperança nesse sentido tem afinidade com crença e também são polos atratores. O magnetismo atrator e um magnetismo que nos atrai, mas também nos sustenta, tal como o recém nascido e o leite materno, pois o mesmo ao nascer busca o seio fonte da vida totalmente por instinto, atraído pelo cheiro, pelo calor e pelo aconchego, sendo o leite materno o único alimento capaz de alimenta-lo sem oferecer-lhe maiores risco, tendo em vista a formação sensível dos órgãos físicos responsáveis pela digestão alimentar. Sendo o leite materno o alimento cujo recém nascido naturalmente mas se afiniza, pois o mesmo contem em si recursos vitamínicos e proteicos que ira amparar o recém nascido em seus primeiro anos de vida. Sendo assim o leite materno esta para o recém nascido, tal como o mesmo esta para o leite materno, pois o mesmo foi gerado única e exclusivamente para que o alimentasse e o sustentasse. Ou seja, magnetismo atrator é todo aquele cujo qualidade maior é atrair ou agregar e dar sustentação aquilo que a ele se uniu. (O ferro e o imã, possuem propriedades afins e por isso se atrai). Magnetismo neutro: Magnetismo neutro é aquele que não altera seu padrão, não complementa e nem completa o outro magnetismo. Tal como uma sala de aula cheia de professores de língua portuguesa, onde não tenha alunos, ali o conhecimento torna-se neutro e não produz nada, pois é uma sala que não tem alunos que seria a outra parte do magnetismo que completaria o ensino, como no caso todos já sabem, lecionam e tem o mesmo ramo de conhecimento, caso não tenham alunos para aprenderem suas matérias e seus conhecimentos, as suas funções (ensinar) se tornam nulas. (O alumínio e o imã, possui propriedades neutras por isso não se atraem). Magnetismo Repelidor: água e azeite Magnetismo repelidor, é aquele que não se mistura ou se amalgamam com outros magnetismos, por exemplo: o magnetismo agregador ou da união, esta presente no casamento e dessa união concebera e gerara filhos, que formaram famílias. Dentro da união e comunhão de corpos, uma das clausulas pétreas é: não devera trair ou existir traição. Nesse caso a traição e um magnetismo repelente ao casamento, pois pode não se anular, porem se repelem e não pode estar num mesmo campo casamento e traição, pois mesmo que não haja a separação, porem torna essa união e constituição familiar desordenada e sem princípios. (a água e o azeite se repelem) Sendo assim, tudo tem seu meio onde se realizam como suas funções originas e esse meio é onde suas funções ( magnetismo) encontra sua forma de se realizar. Com isso, justificamos o magnetismo dos Orixás na Umbanda, pois cada Orixa, (Seres Divinos) tem os elementos afins que condensam suas vibrações e energias cujo magnetismo atrai essas vibrações e a condensam no elemento para que possam auxiliar seus filhos. Pois, tal como a energia precisa de um fio de cobre para que ela gere luz e eletricidade em nossa casa. Os orixás tem nos elementos os que são afins com suas vibrações e energias, os que são complementares, os que se neutralizam e os que se anulam. Por exemplo: Em uma oferenda para o Orixá Oxalá, ao oferendarmos uma flor, essa devera ser de uma cor branca, tal como rosas e palmas brancas, pois a sua vibração se magnetiza e encontra afinidade com a cor branca e com essas flores mais singelas, pois suas energias são passivas, suaves, fraternas, brandas e calma, e tudo devera seguir esse magnetismo, onde os elementos tem que ser da cor branca, os frutos doces e suaves, as flores e sementes também devem ter essas características, e os pedidos ou seja a vibração mental ( orações) deveram seguir esse padrão onde pediremos, ou faremos pedidos de paz, harmonia, prosperidade, fraternidade, irmandade, etc. Pedidos que encontre afinidade com essa característica desse orixá, pois tudo tem seu magnetismo. E se fomos realizar uma oferenda com finalidade de vencermos um obstáculo em nossa vida, pedido de abertura de caminhos, de força intima, resistência, fortalecimento, brio, fibra, etc. Essa oferenda devemos fazer ao Orixá Ogum, e a vela, as flores, as fitas e todos os elementos que vai nessa oferenda tem que possuir essa característica, pois só assim ele se condensara e realizara a ativação desse mistério em acordo com as vibração e energia manifestados por essa Divindade e Trono da Lei. Sendo assim, os elementos, cores, roupas, fitas, gestos, danças, palmas, toques, saudações, etc, tudo isso tem um motivo de ser e de existir, pois encontra fundamento, se justificam e obedece ao mistério do magnetismo e da lei das afinidades, lei imutável, pois foi gerada por Deus e esta em tudo em que Ele criou e gerou a partir de Sí, ou seja sua criação animada ou inanimada.