FACULDADE PITÁGORAS DE FEIRA DE SANTANA

 

 

 

 

      MARILUCIA CARDOSO DA ROCHA

 

 

 

 

           LÚPUS ERITEMATOSO E CUIDADOS DE  ENFERMAGEM:

                                     REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

 

 

 

 

FEIRA DE SANTANA

2014

MARILUCIA CARDOSO DA ROCHA

 

 

LÚPUS ERITEMATOSO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM:

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

 

Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de Artigo Científico, apresentado à Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso III e ao Colegiado de Enfermagem da Faculdade Pitágoras de Feira de Santana como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador (a): Profª:Ms. Neila Reis da Silva

FEIRA DE SANTANA

2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA FACULDADE PITÁGORAS

 

 

R672l             Rocha, Marilucia Cardoso da

                              Lúpus eritematoso e cuidados de enfermagem: revisão

                       bibliográfica / Marilucia Cardoso da Rocha - - Feira de Santana:

                       O Autor, 2014.  

                             35f.il;

                             Monografia

  1. Enfermagem 2. Cuidados de enfermagem

                        3. Lúpus eritematoso sistêmico I. Rocha, Marilucia Cardoso da

                        II. Silva, Neila Reis da III. Faculdade Pitágoras Feira de Santana

                       IV. Título V. Série    

                                                                                                CDU: 616.72

MARILUCIA CARDOSO DA ROCHA

                        LÚPUS ERITEMATOSO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM:

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

 

Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de Artigo Científico, apresentado  à Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso III e ao Colegiado de Enfermagem da Faculdade Pitágoras de Feira de Santana como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

 

Aprovada em  _______/_____________/_________

 

BANCA EXAMINADORA

Neila Reis da Silva

 _______________________________________________________________

Mestre em Enfermagem pela Universidad de Léon – Espanha e Docente e coordenadora da Faculdade Pitágoras de Feira de Santana

 

Daniela de Medeiros Lopes

_______________________________________________________________

Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia e Docente da Faculdade Pitágoras de Feira de Santana

 

Edlaine Carvalho de Oliveira

 _______________________________________________________________

Mestre em Botânica pela Universidade Estadual de Feira de Santana e Docente da Faculdade Pitágoras de Feira de Santana

 

                                                                                                                                                   É preciso

É preciso ter força para ser firme,

Mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender,

Mas é preciso coragem para baixar a guarda.

É preciso ter força para ganhar uma guerra,

Mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo,

Mas é preciso ter coragem para ter dúvidas.

É preciso ter força para manter-se em forma,

Mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,

Mas é preciso ter coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males,

Mas é preciso ter coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso,

Mas é preciso coragem para fazê-lo parar.

É preciso ter força para ficar sozinho,

Mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso ter força para amar,

Mas é preciso ter coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver,

Mas é preciso ter coragem para viver.

(Autor desconhecido)

 

AGRADECIMENTOS

A Deus por me acompanhar e iluminar meu caminho, e por ter permitido que eu chegasse até aqui.

Aos meus pais, os quais sempre me apoiaram, sempre acreditaram em mim e lutaram para que eu pudesse ser alguém na vida. A eles o meu eterno reconhecimento e gratidão. Minhas alegrias também são suas.

Aos meus irmãos, por me incentivar e apoiar com  todo carinho e ajuda durante essa trajetória.

Ao meu noivo, pelo amor, pela paciência e auxílio em todos os momentos, pelo apoio e por compreender os momentos de cansaço.

À minha orientadora, Neila Reis da Silva, em especial, pelos valorosos ensinamentos e sugestões, além da constante dedicação e apoio para a elaboração e conclusão deste trabalho.

À Diria Aline (in memoriam), que mesmo enfrentando momentos de apreensão e dor nos ensinou que cada momento é único demonstrando força para lutar com o desconhecido.

Enfim, agradeço a todos que não foram citados, mas que de alguma maneira estiveram presentes e me ajudaram a vencer esta etapa da vida.

A todos muito obrigado.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

                               

LÚPUS ERITEMATOSO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM: 

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

RESUMO

Lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória multissistêmica, auto imune de causa desconhecida, que evolui cronicamente com períodos de atividade e remissão, causando desequilíbrio do sistema imunológico, tendo grande complexidade devido às suas variações nas suas manifestações clinicas. O objetivo deste estudo foi  realizar uma revisão bibliográfica abordando o Lúpus eritematoso sistêmico (LES)  na perspectiva do cuidado de enfermagem, devido a dificuldade de compreender o processo fisiopatológico desta patologia o que  dificulta o seu diagnostico. Este estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica que utilizou princípios não experimentais, em uma abordagem qualitativa e exploratória para o seu desenvolvimento, foram selecionados artigos e livros encontrados nas fontes indexadas : Scielo, Bireme, Medline, livros, revistas e material do acervo da biblioteca da Faculdade Pitágoras no período de 2000 a 2014. Foram selecionados para este estudo 19 artigos e 06 livros, totalizando 25 referencias utilizadas. O LES é uma patologia de grande complexidade devido à variedade de manifestações clinicas existindo muitas questões sem respostas para a sua fisiopatologia. A maioria dos livros e artigos transmitem apenas o quadro clinico da doença, esquecendo da importância do dialogo com o portador do LES. Para se efetuar o diagnostico e plano de cuidados preciso para cada lupico, a visão  do enfermeiro é de fundamental importância para o avanço da assistência e redução do sofrimento do portador do LES.

Palavras chave:  Enfermagem, Cuidados de enfermagem, Lúpus Eritematoso Sistêmico.

LUPUS ERYTHEMATOSUS AND NURSING CARE: LITERATURE REVIEW

ABSTRACT

Systemic lupus erythematosus is a multisystem inflammatory disease, autoimmune of unknown cause that chronically evolves with periods of activity and remission, causing imbalance of the immune system, with great complexity due to variations in its clinical manifestations. The objective of this study was to conduct a literature review addressing the systemic lupus erythematosus (SLE) in nursing care perspective, due to the difficulty of understanding the pathophysiological process of this pathology which hinders their diagnosis. This study was conducted through a literature review using non-experimental principles in a qualitative and exploratory approach to its development, were selected articles and books found in indexed sources: Scielo, Bireme, Medline, books, magazines and collections of material Library Faculty Pythagoras in the period 2000 to 2014 were selected for this study 19 articles and 06 books, totaling 25 references used. SLE is a disease of great complexity due to the variety of clinical manifestations and there are many unanswered questions to its pathophysiology. Most books and articles only transmit the clinical picture of the disease, forgetting the importance of dialogue with the LES carrier. To make the diagnosis and care must plan for each Lupico, nurses' vision is of fundamental importance to the advancement of assistance and reduction of SLE carrier suffering.

Keywords: Nursing, Nursing care, systemic lupus erythematosus.

1-      INTRODUÇÃO

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) foi descrito pela primeira vez em 1828 por Biett, para demonstrar problemas de pele. Em 1872, Moriz Kohn Kaposi observou alguns pacientes com lesões na pele os quais apresentavam também envolvimento nos órgãos internos. Em 1890, Malcom Hargraves descreveu a célula LE, célula em forma de partículas encontrada no sangue de portadores de  Lúpus Eritematoso Sistêmico, tal descoberta permitiu a identificação da doença através  de exame de sangue. Desde 1954, vários anticorpos que agem contra os tecidos do paciente foram associados ao LES. A detecção dessas proteínas anormais possibilitou desenvolver testes mais sensíveis à doença. Em 1979 foi identificada a natureza molecular do ácido nucleico e dos antígenos proteicos no LES e em outras doenças (CHIARELLO et al. 2005).

De acordo com Chiarello (2005) , o LES é uma doença inflamatória multissêmica de causa desconhecida que evolui cronicamente com períodos de atividade e remissão de natureza auto imune, tendo como característica  o desequilíbrio do sistema imunológico através da formação aumentada de auto anticorpos, contudo não é uma doença incapacitante,  somente  em raras exceções por consequência de complicações, sendo de grande importância uma avaliação médica constante para assegurar um diagnóstico e tratamento adequado.

O LES é uma patologia de grande complexidade devido à variedade de manifestações clinicas que apresenta. Por esta característica da doença, o objeto deste estudo é de realizar uma revisão bibliográfica abordando o Lúpus eritematoso sistêmico (LES)  na perspectiva do cuidado de enfermagem.

 Diante da complexidade de se diagnosticar o LES por falta de  conhecimento literário, que leve a um resultado ágil e preciso, vê-se a necessidade de  aproximar os enfermeiros do contexto da doença, já que o LES apresenta  situações clinicas ainda desconhecidas surgindo a necessidade da observação de sinais e sintomas. Visto que dentro da equipe multidisciplinar, a enfermagem auxilia na tomada de decisões enfatizando a desospitalização de pacientes crônicos, a aproximação com o cuidador  e o  portador de LES  gera um espaço para uma relação de confiança e ajuda mútua, possibilitando a criação de novos saberes e garantindo a assistência de qualidade e humanizada, e ainda  a continuidade da assistência.

Acredita-se que o estudo será mais um subsidio para os enfermeiros que atuam no cuidar/cuidado de pessoas com LES, oportunizando a ampliação de conhecimentos para desenvolver suas habilidades de promoção e prevenção do cuidado ao portador de LES.

O presente estudo propõe uma reflexão os enfermeiros levando-os a perceber que as relações profissionais não se baseiam apenas no conhecimento técnico, mas também na sensibilidade de reconhecer suas próprias limitações e as necessidades do outro. Durante a assistência de enfermagem observa-se que os diagnósticos de enfermagem estão ligados às alterações orgânicas causadas pela patologia, fazendo com que o portador necessite de constante vigilância, esse processo impulsiona a enfermagem a prestar cuidados humanizados avaliando sua prática no sentido de que podem examinar, o que estão fazendo e estudar o que poderiam fazer melhor.

O interesse em abordar esse tema surgiu mediante uma experiência familiar, através da consideração de que o Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma patologia pouco conhecida cientificamente, de difícil diagnostico porém,   atinge 9 entre 10 mulheres para um homem, seus sintomas se confundem com o de outras patologias  comprometendo diversos sistemas do corpo, exige-se assim, atenção constante  ao portador, sendo fundamental o envolvimento da enfermagem no processo do cuidar.

Diante disso, os longos períodos de internação a que os portadores de LES estão propensas em muitos casos, originam varias dependências de cunho físico e emocional que favorecem a aplicação de um instrumento de sistematização da assistência de enfermagem que permita uma visão global do ser humano assistido.

A falta de esclarecimento e as dificuldades relacionadas ao cuidado, provoca um impacto devastador na vida dos portadores do LES, principalmente na maneira em que se é transmitido o seu diagnóstico, desta forma o estudo pretende favorecer a efetiva pratica assistencial mais humanizada e voltada para o ser humano holístico, contribuindo para o avanço da ciência demonstrando a possibilidade de sobrevivência com uma doença crônica ainda mal esclarecida, em que não existe ação curativa, pois o sucesso no atendimento ao paciente  crítico está relacionado à rápida avaliação das mudanças que ocorrem no seu organismo, as quais, afetam fisicamente e emocionalmente o portador de LES, a exemplo: infecções, alopecia, edema em articulações e manchas em vespertilio.

A escolha por uma revisão bibliográfica buscou viabilizar o conhecimento cientifico ao processo da assistência pois a problemática surge a partir do momento em que  a enfermagem deixa de interagir diretamente com o paciente, ou seja, perdeu-se o elo da atenção individualizada. Através deste  estudo procurou-se demonstrar as dificuldades do cuidado no acompanhamento do paciente com tal patologia. Diante desta revisão bibliográfica busca-se colocar o enfermeiro  próximo da realidade que requer ações efetivas de assistência com relação a qualidade entre profissional e saúde e com a atenção individualizada ajustada as necessidades e possibilidades do paciente.

A simples descrição do mecanismo fisiopatológico do LES é insuficiente para explicar todos os efeitos observados durante o estabelecimento da doença  por  ainda existir muitas questões sem respostas sobre a fisiopatologia do LES que possa explicar sinais e sintomas da doença, bem como reações adversas usadas no tratamento dessa patologia, perfazendo assim a necessidade da sistematização de enfermagem para o referenciamento de curto prazo desta patologia.

O presente estudo objetivou discutir a representação da doença sob a perspectiva  da enfermagem  em relação ao cuidado  do paciente com lúpus eritematoso. Entender o processo de adaptação social do portador de LES, através de uma revisão bibliográfica, e descrever  os cuidados e ações de enfermagem na atenção com o portador de LES, descrevendo o enfrentamento vivenciado pelos enfermeiros no cuidado com o paciente com LES. Entende-se que seria mais facial chegar ao diagnóstico preciso da patologia se a doença fosse mais divulgada, vendo então a necessidade de historiar sobre LES, caracterizando para a população uma doença que apesar de não ser divulgada de maneira expressiva vem sendo cada vez mais diagnosticada pelos médicos.

2-      REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 – Aspectos fisiopatológicos do LES

Há 400 aC, Hipócrates descreveu uma doença caracterizada por lesões erosivas no rosto, já por volta de 1851 o médico francês Pierre Cazenave observando lesões avermelhadas no rosto as comparou a mordidas de um lobo, dando nome a doença de lúpus eritematoso: lúpus = lobo, eritematoso = vermelho. Em 1895, o médico canadense William Osler relatou alguns casos de pessoas com lúpus eritematoso que tinham outros órgãos envolvidos pela doença e não apenas a pele, para caracterizar melhor o desenvolvimento de várias partes do corpo, adicionou a palavra  sistêmico, a doença passou a ser denominada lúpus eritematoso sistêmico (SENÉCAL, 2000).

Nos últimos séculos, diante do avanço da ciência e da tecnologia, encontrou-se tratamentos eficazes para obter a cura de muitas doenças e males que afligiam a humanidade consideradas incuráveis. Entretanto, algumas patologias, entre elas o lúpus, têm se constituído no grande desafio a ser vencido. O LES é uma doença autoimune na qual órgãos, tecidos e células sofrem lesão mediadora por auto anticorpos ligados ao tecido e imunocomplexos,  é uma doença crônica autoimune multisistêmica que debilita física e emocionalmente o seu portador, atinge em sua maioria mulheres dos 15 aos 64 ano. (KASPER, 2006).

O fato de não existir cura para a patologia, afeta sobremaneira o emocional do portador e seus familiares, fazendo-se necessário o apoio psicológico. Por ser uma patologia pouco esclarecida no meio científico, conhecida há aproximadamente 2.400 anos, existindo poucos centros de apoio ao portador e familiar, traz consigo uma visão cruel com sinônimo de morte, a qual necessita ser modificada. Tal patologia é consequência de distúrbios na regulação imune que provoca uma produção exagerada de auto anticorpos,  atinge milhares de mulheres com causas diversas e pouco esclarecidas, supostamente fator genético, drogas medicamentosas e exposição às radiações solares. Seu inicio pode ser insidioso ou agudo, permanecendo sem diagnóstico por muitos anos e pode afetar qualquer sistema do corpo (BRUNER e SUDARTH, 2005).

De difícil diagnóstico torna-se também difícil seu tratamento por obter sinais e sintomas referentes a outras patologias. Por ser autoimune e crônico produz poucas expectativas em seu portador que sente suas transformações súbitas como destruição de sua imagem corporal em período de latência da doença, prevalecendo então os avanços em quadros depressivos pela falta da auto aceitação da doença, principalmente pelo preconceito das pessoas que desconhecem ser o lúpus uma doença não contagiosa (LUNA, 2012).

Ainda segundo Luna (2012), o LES é considerado o símbolo referencial da autoimunidade, diagnosticado através de suas diferentes manifestações clínico- laboratoriais. Portanto, pelo fato de cada individuo ser único e seu organismo reagir diferencialmente, a coleta das percepções familiares frente às dificuldades do cuidado, ao conhecimento e desenvolvimento da doença demonstram grande importância para promover um plano de cuidado para o portador desta doença.

Fisiopatologicamente nos portadores de LES o sistema imune pode encontrar um vasto número de diferentes defeitos genéticos tendo como resultado final a resposta imune exacerbada. Tais defeitos isolados indicam evolução em relação à resistência a patologias, porém  vários desses defeitos, determinados pela  hereditariedade resultam em doenças autoimunes, encaixando-se nesta categoria  a maioria dos genes confirmados associados ao LES com  um grande número de sinalizadores descritos. Esses auto anticorpos são responsáveis, em grande parte, por lesões nos tecidos (características da doença) também  induzindo a alterações de outros elementos do sistema imunológico (PASSOS, 2008).

Etiopatogenicamente embora o LES seja mais prevalente em mulheres do que em homens é mais comum nas pessoas que não tem ascendência europeia, em mulheres negras e latinas sendo considerado raro no oeste da África, sugerindo então que fatores ambientais podem contribuir para o desenvolvimento da patologia, havendo ainda grande influencia dos fatores hormonais, já que sua incidência é após a puberdade, a idade de início aparenta ser mais cedo nas mulheres do que em homens variando entre raças e países (D' CRUZ et al., 2007).

Como fatores de risco pode-se correlacionar a fotossensibilidade como sintoma comum dos pacientes com LES, responsável pela  maioria das lesões cutâneas, ocorrem em zonas expostas ao sol e podem ser exacerbadas pela exposição à radiação UV da luz solar ou de outras fontes, o que pode até incidir em  um novo quadro clínico da doença (FONSECA, 2009).

Existe a possibilidade de várias substâncias químicas exercerem influência contribuindo para o desenvolvimento de LES, o Lúpus Induzido por Drogas (LID) é definido como o LES idiopático relacionado à exposição temporária e contínua a determinados fármacos. Soluciona-se o quadro, normalmente, com a suspensão do medicamento desencadeante. (MOTA et al, 2007).

 O LID pode surgir meses ou anos após a exposição das drogas prescritas (anti-hipertensivos, antibióticos, anticonvulsivantes, entre outras).  A doença possui ainda maior incidência na faixa etária de 50 a 70 anos, uma vez que durante essa faixa etária são utilizados um elevado número de fármacos. Entre as drogas observadas como causadoras do LID estão: hidralazina, metildopa, fenitoína, captopril, sinvastatina, atenolol, penicilina, carbamazepina, procainamida, quinidina, isoniazida, ciprofloxacina, diltiazem e minociclina (MOTA et al, 2007).

Relacionando o LES e a gravidez afirma-se que a portadora de LES apresenta sua fertilidade inalterada, porém sua  gravidez, embora não contraindicada, deve ser planejada. A gravidade e complexidade da doença, bem como a toxicidade das drogas precisam ser consideradas, sendo a gravidez desaconselhada quando houver manifestação clínica da doença, todas as gestações devem ser consideradas de alto risco por causa da possibilidade da exarcebação da doença. A mortalidade apresenta-se mais elevada em portadoras cujo LES encontra-se em nível severo e mal controlado, a anticoncepção pode ser feita com progesterona e métodos de barreira para que não se induza alterações do quadro patológico do LES. (ARAUJO,2004).

2.2- Critérios para o diagnóstico do LES

O diagnóstico é feito a partir do histórico do doente associado ao exame clínico e exames laboratoriais. A Sociedade Americana de Reumatologia definiu 11 critérios para o diagnóstico do LES, visto no quadro 01, para se estabelecer o diagnóstico clinico, durante a consulta pelo menos quatro dos 11 critérios citados devem ser identificados.

Quadro01: Sinais e sintomas do LES.

SINAIS E SINTOMAS

CARACTERÍSTICAS

 Eritema malar

Eritema fixo, plano ou elevado, sobre as eminências malares, tendendo a poupar sulco nasolabial.

 Lesão discoide

Lesão eritematosa, infiltrada, com escamas queratóticas aderidas e tampões foliculares, que evolui com cicatriz atrófica e discromia.

 Fotossensibilidade

Exantema cutâneo, como reação não usual à exposição à luz solar, de acordo com a história do paciente ou conforme observado pelo médico

 Úlceras orais e/ou nasais

Úlceras orais ou nasofaríngeas, usualmente indolores, observadas pelo médico.

 Artrite

Artrite não erosiva envolvendo duas ou mais articulações periféricas, caracterizadas por dor e edema ou derrame articular.

 Serosite

Pleuris (caracterizada por história convincente de dor pleurítica ou atrito auscultado pelo médico ou evidência de derrame pleural) ou pericardite (documentado por eletrocardiograma, atrito ou evidência de derrame pericárdico).

 Comprometimento renal

Proteinúria persistente (> 0,5 g/dia ou 3+) presente em três amostras e/ou alterações no sedimento urinário (hematúria, cilindros granulosos)

 Alterações neurológicas

Convulsões e psicose (descartando distúrbios metabólicos, infecção ou uso de medicações).

 Alterações hematológicas

Anemia hemolítica ou leucopenia (menor que 4.000 leucócitos/ml em duas ou mais ocasiões), l infopenia (menor que 1.500 linfócitos/ml em duas ou mais ocasiões) ou plaquetopenia (menor que 100.000 plaquetas/ml na ausência de outra causa).

 Alterações imunológicas

Anticorpo anti-DNA nativo ou anti-Sm, ou presença de anticorpo antifosfolípide baseado em: a) níveis anormais de IgG ou IgM anticardiolipina; b) teste positivo para anticoagulante lúpico ou teste falso positivo para sífilis, por no mínimo seis meses.

 Anticorpos antinucleares

Concentração anormal de anticorpo anti-nuclear por imunofluorescência indireta ou método equivalente, em qualquer época, e na ausência de drogas conhecidas por estarem associadas à síndrome do lúpus induzido por drogas

Fonte: Adaptado de Borba et al. (2008).

Após o exame físico a avaliação laboratorial reforça o diagnóstico quando se observar alterações tais como: leucopenia, anemia, linfopenia, plaquetopenia e alterações do sedimento urinário. Destacam-se três exames: Velocidade de Hemossedimentação (VHS), a Proteína C Reativa (PCR) e os fatores antinucleares (FAN), tendo grande importância para o diagnóstico de LES, os anticorpos antinucleares são encontrados comumente em uma variedade de doenças autoimunes, sendo úteis na investigação e diagnóstico de patologias como LES. A positividade desses testes, embora não específicos para o diagnóstico de LES, serve como triagem em virtude de sua alta sensibilidade ( BALDAÇARA, 2005).

2.2- Tratamento do LES

Por se tratar de uma patologia complexa e pouco esclarecida não existem programas de tratamento iguais para todos os pacientes. Considera-se o grau de evolução da doença bem como as queixas de cada paciente. Muitas vezes são utilizados vários medicamentos ao mesmo tempo para controlar os sinais e sintomas do LES (SATO et al, 2002)

Segundo o Consenso Brasileiro para o tratamento do LES, a terapêutica utilizada depende do comprometimento dos órgãos e sistemas e em geral abrange dois tratamentos: o não farmacológico e o farmacológico. No primeiro, segundo Borba et al. (2008), como parte importante da terapêutica inclui-se a educação em saúde: informando pacientes e familiares sobre a sua evolução; apoio psicológico transmitindo otimismo e motivação para o tratamento; atividade física regular a qual reduz os riscos cardiovasculares e promove a melhora da fadiga sendo importante o repouso nos períodos de atividade sistêmica, dieta balanceada evitando excesso de sal, lipídios e carboidratos, proteção contra a radiação ultravioleta devido a fotossensibilidade, com uso de protetor solar com FPS  de no mínimo fator 15, controle rigoroso dos fatores de risco: glicemia, hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade.

O tratamento farmacológico tem por finalidade reduzir a atividade inflamatória da doença, controlar sinais e sintomas e reduzir complicações. Deve ser individualizado para cada paciente e depende dos órgãos ou dos sistemas comprometidos, e da gravidade desses acometimentos. Em situações de maior gravidade, como na presença de comprometimento renal e comprometimento neurológico, a terapia pode ser mais agressiva com elevadas doses de corticosteroide, muitas vezes associado a imunossupressor (BORBA et al,2008).

As drogas anti-inflamatórias aliviam os sintomas do LES ao reduzir a inflamação responsável pela dor e desconforto, combate a febre baixa, fadiga, artrite, ou pleurisia. (KUMMER, 2002).

Os corticosteroides e antimaláricos controlam 75% dos casos de LES, em dosagem alta em situações específicas recebe a denominação de pulsoterapia, apresentando bons resultados na remissão e estabilização da saúde das pacientes (NONATO, 2009).

A ciclofosfamida é um imunossupressor eficaz no tratamento de nefrite lúpica, porém tem sido associada à ocorrência de alterações menstruais nas pacientes com LES em tratamento com a droga sendo contra-indicada na gravidez. (REIS et al, 2007).

De acordo com Almeida (2013), a sobrevida no LES aumentou muito nas últimas décadas. A melhora do prognóstico dos portadores de LES se deve ao diagnóstico precoce, consciência dos fatores de risco, reconhecimento da doença na forma branda e melhor acesso ao tratamento.

3-      MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo é uma pesquisa de revisão bibliográfica sobre a temática lúpus eritematoso e cuidados de enfermagem, utilizou-se uma abordagem qualitativa, exploratória. A abordagem qualitativa é aquela que não se preocupa com a representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, abraça a totalidade de seres humanos, concentrando-se nas experiências humanas, atribuindo significados as suas experiências e contextos. (WOOD 2001).

Baseado em informações básicas sobre a patologia e suas decorrentes complicações, este estudo buscou discutir a representação da doença sob a perspectiva  da enfermagem  em relação ao cuidado  do paciente com lúpus eritematoso. Registrando e avaliando o enfrentamento dos enfermeiros no cuidado do portador de LES através de uma revisão bibliográfica.

Foram selecionados para o seu desenvolvimento artigos e literaturas encontrados nas fontes:  Scielo, Bireme, Medline, livros, revistas e material do acervo da biblioteca da Faculdade Pitágoras.  Foram indexados artigos cujos descritores foram: Enfermagem,Cuidados de enfermagem, Lúpus Eritematoso Sistêmico, utilizando como critério de inclusão artigos do período de 2000 a 2014. Foram encontrados inicialmente 94 artigos, após avaliação criteriosa foram selecionados para este estudo 19 artigos, e 06 livros totalizando 25 referências utilizadas. Foi realizada uma revisão exploratória das publicações, fazendo a identificação dos anos e tipo de estudo, efetuando uma leitura seletiva para a análise do material, sendo localizados 19 artigos na abordagem desejada.

Os artigos identificados foram submetidos a duas etapas de avaliação, a apreciação do titulo e do resumo, com vistas a identificar sua adequação a pergunta norteadora e aos critérios de inclusão e exclusão pré estabelecidos. Em seguida  os artigos foram  analisados quanto ao ano de publicação, tipo e natureza do estudo, objeto de estudo, ambiente de coleta de dados, tipo de tratamento, farmacológico e não farmacológico. Após o fichamento foram separados 06 livros e 11 artigos para o referencial teórico, em seguida a análise da discussão foi subdividida em três categorias que respondessem aos objetivos propostos, utilizando 08 artigos e 01 livro para  fonte de dados. Sendo a coleta para o referencial teórico e a discussão concomitante.

4-      DISCUSSÃO

4.1-            Conhecendo o Lúpus Eritematoso Sistêmico

Historicamente segundo Araújo (2004), o LES é uma doença do tecido conjuntivo, inflamatória e multissêmica de causa desconhecida, caracterizada pelo desequilíbrio do sistema imunológico através do aumento de autoanticorpos. Apresenta maior incidência no sexo feminino do que no masculino na proporção de dez mulheres para cada homem, não existindo na literatura idade significante para incidência da doença, ocorrendo no período em que a mulher se encontra em plena atividade profissional e reprodutiva, não sendo uma patologia especifica de grupo ético ou social.

Os demais autores estudados Almeida (2013);Machado (2008);Santos;Reis (2007); MAttje&Turato (2006); corroboram com a ideia de Araújo (2004), de que a incidência  dos raios ultravioletas, favorecem o número de casos de lúpus eritematoso sistêmico, e a diversidade dos sinais e sintomas dificulta o diagnóstico precoce. A estimativa de vida para estes portadores a partir do momento do diagnóstico crônico, pode ser variável devido a diversos fatores significantes como o déficit do auto cuidado, ligado a imagem  corporal apresentada pela  patologia, o que leva o portador de LES a reduzir sua sobrevida. Contudo o impacto do diagnóstico depende de como ele foi transmitido, o fato da doença não ter cura requer do portador intensa vigilância para maior controle  da patologia.

A concordância no tratamento terapêutico dentre as literaturas estudadas demonstra que deve-se respeitar o curso  e a evolução da doença, para se obter melhores resultados sendo de fundamental importância o apoio emocional oferecido pelos profissionais de saúde.

 4.2- A representação da doença  sob a perspectiva da enfermagem

Para Araújo (2004), o papel do enfermeiro enquanto profissional de saúde é de tentar ajudar o portador de LES a perceber e identificar a maneira que estão agindo perante o seu adoecer, viabilizando o esclarecimento do sentido que a enfermidade tem para o mesmo.

O lúpus, diferente de outras doenças crônicas, cujas manifestações são sempre evidentes, apresenta fases assintomáticas, nas quais os cuidados com a saúde tendem a ser negligenciados, numa postura culturalmente comum dos jovens de não-perseverança ante as medidas de prevenção secundária. Deste modo, tendem a procurar os profissionais da saúde somente em caso de muita necessidade clínica (MATTJE e TURATO, 2006)

De acordo com Almeida (2013), a sobrevida no LES aumentou muito nas últimas décadas. A melhora do prognóstico dos portadores de LES se deve a prevenção de complicações decorrentes da doença, diagnosticadas precocemente através do exame clínico (Diagnóstico de enfermagem e médico), e através da promoção da melhoria da qualidade de vida, consciência dos fatores de risco, reconhecimento da doença na forma branda e melhor acesso ao tratamento.  

O enfermeiro necessita estar preparado para lidar com o paciente fora das possibilidades terapêuticas, conforme Oliveira (2007), a visão do enfermeiro frente ao cuidado do paciente lúpico  deve ser  direcionada e atenta, incluindo cuidados especiais em saber ouvir, esclarecer e favorecer um tratamento de qualidade, mesmo a morte fazendo parte do seu cotidiano. Os profissionais de saúde devem orientar o lúpico enfatizando que viver com lúpus significa aprender sobre a doença para evitar reinternações, fornecer informações de como lidar com as alterações causadas pelo LES  no seu organismo, esta ação traz bons resultados para o tratamento melhorando o prognóstico através da identificação das fases da  doença.

Conhecer o espectro das manifestações clínicas do LES é imprescindível, pois a análise de qualquer um desses componentes pode fornecer pistas essenciais para o entendimento do paciente (MACHADO et al, 2008).

Os pacientes lúpicos muitas vezes são considerados fora de possibilidades terapêuticas devido ao seu difícil diagnóstico, sendo assim necessário ações de cuidados incluídas no aspecto humanístico e na terapia paliativa que vão adiante do desempenho de determinados procedimentos técnicos. Pequenos gestos no ato de cuidar, como um simples toque, um gesto de carinho, faz o paciente apreciar pequenas ações e momentos, assim, dando maior qualidade ao tempo de vida que ele tem (WOOD & HABER, 2001).

Perante tais colocações, é essencial a necessidade dos pacientes lúpicos receberem cuidados além de sua patologia crônico-degenerativa, um dos grandes desafios da enfermagem está no olhar não apenas técnico, sendo assim sabe-se que é necessário ampliar a qualidade e a quantidade de informações para o crescimento profissional, sendo notório, que o enfermeiro se preocupa com o cuidado da pessoa em uma variedade de momentos associado à saúde, a  implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é a melhor proposta para encarar o sofrimento do paciente.

Desta maneira, segue no quadro 02, diagnósticos e intervenções básicas encontradas nos artigos indexados que compõem a base essencial para o plano de cuidados do cliente acometido pela doença.

Quadro 02 - Diagnósticos de Enfermagem  e intervenções para portadores de LES

Diagnósticos de Enfermagem

Dor crônica relacionada com a inflamação das articulações e das estruturas articulares.

Impotência relacionado com a evolução imprevisível da doença.

Risco de lesão da integridade da pele/mucosa oral devido às lesões cutâneas/orais.

Fadiga devida ao processo inflamatório crónico.

Alteração da diurese devida ao comprometimento renal.

Intervenções de Enfermagem

Reduzir a dor : Administrar medicamentos para reduzir a atividade da doença e outros analgésicos e ensinar a sua auto-administração, segundo a prescrição. Sugerir as aplicações de calor ou frio, técnicas de relaxamento e exercícios não-extenuantes para aliviar mais a dor.

Aumentar o controle do processo patológico: Instruir o paciente para evitar os fatores que podem exacerbar a doença; Evitar a exposição à luz solar e à luz ultravioleta; Usar filtro solar;Usar roupas protetoras, leves, de mangas compridas e chapéus; Evitar a exposição a drogas/substâncias químicas; Spray para cabelos. Tintas para cabelos.

Medicamentos: obter orientação médica antes de ingerir medicamentos; Ensinar a auto-administração de agentes farmacológicos para reduzir a atividade da doença; Incentivar boa nutrição, hábitos de sono, exercícios, repouso e relaxamento para melhorar a saúde geral e ajudar a impedir a infecção; Incentivar a discussão dos sentimentos, o aconselhamento ou encaminhamento ao assistente social, à terapia ocupacional, conforme necessário.

Manter a integridade da pele e das mucosas: Aplicar corticoesteróides tópicos nas lesões cutâneas segundo prescrição; Sugerir cortes de cabelo alternativos e uso de perucas para cobrir áreas significativas de alopecia; Incentivar a uma boa higiene oral e inspecionar a boca à procura de úlceras orais; Evitar alimentos quentes ou condimentados que possam irritar as úlceras orais; Aplicar agentes ou analgésicos tópicos para diminuir a dor e promover a alimentação

Reduzir a fadiga: Avisar o paciente que o nível de fadiga oscilará de acordo com a atividade da doença; Incentivar o paciente a modificar o seu horário, de forma a incluir vários períodos de repouso durante o dia; graduar a atividade e o exercício de acordo com a tolerância do organismo; usar técnicas de conservação de energia nas atividades do quotidiano; Ensinar técnicas de relaxamento como respiração profunda, relaxamento muscular progressivo e imaginação para diminuir o stress emocional que causa fadiga.

Preservar a eliminação urinária: Ajudar na monitorização da diurese conforme indicado pelo grau de comprometimento renal; Monitorizar a ingesta e eliminação de urina, bem como a densidade urinária específica; Medir a proteína, a microalbumina na urina e obter a depuração da creatinina nas 24 horas, conforme solicitado/Verificar os resultados de ureia e creatinina.

Fonte: Adaptado de Almeida et al. (2013)

A enfermagem deve estar atenta aos sinais e sintomas  estabelecidos pela Sociedade Americana de Reumatologia durante a anamnese e acompanhamento do portador de LES.

Segundo SANTOS (2007) as intervenções de enfermagem são importantes para a melhor qualidade de vida do portador de LES devendo ser implantado um protocolo de assistência para que o profissional não esqueça nenhum cuidado para o portador de LES.

Vale ressaltar que, de acordo com os estudos de Almeida (2013), Araújo (2011), Borba (2008) o tratamento não é um esquema pronto para ser executado, corraborando com a ideia dos autores portanto torna-se inegável a importância do profissional enfermeiro no acompanhamento do paciente lúpico, estando este disposto e aberto para tratar com tranquilidade e acolhimento este paciente. Segundo Reis et al. (2007)  para obter um Processo de Enfermagem eficaz é necessário haver uma ligação entre a equipe e o cliente, enxergá-lo de forma integral e entender o processo fisiopatológico da doença.

A maioria das literaturas analisadas deixa claro que para  os  autores, o Processo de Enfermagem é uma ação importante no que diz respeito ao planejamento da assistência do portador de LES, sendo este de grande importância para o processo de adaptação do lúpico, estando sua evolução baseada na reavaliação constante do estado clínico variável que o portador apresenta. Para o enfermeiro os resultados esperados abrangem do alivio a dor, manutenção do autocuidado com a decorrente melhora da imagem corporal e a aceitação da patologia pelo portador de LES através do enfrentamento das complicações causadas pela patologia.

4.3-            O processo de adaptação social do portador de lúpus

Os resultados dos artigos  estudados confirmam que devido a imprevisibilidade do LES, exige-se  do portador constante aprendizado e aceitação para uma adaptação social menos angustiante, onde os portadores sentem-se ameaçados em sua aparência física e em sua vida e precisam lidar com o medo e a rejeição das perdas afetivas e sociais. Segundo Mattje e Turato(2006), para eles, conviver com a patologia é conviver com a incerteza de quanto e como será a próxima crise, o sentimento de medo e angustia de uma doença incurável traz em si um mecanismo de defesa, até que possam compreender as informações obtidas, apoiando-se então a equipe de saúde em qualquer momento de dúvida, esperando que esta possa lhe conferir respostas aos seus anseios relacionados ao tratamento, rotinas de exames e restrições.

Para Mattje e Turato (2006) conhecer os significados, que as pessoas doentes atribuem aos diversos fenômenos associados ao Lúpus, é indispensável aos médicos, aos enfermeiros e a todos os profissionais de saúde, a fim terem a possibilidade para oferecer recomendações realmente eficazes.

Os autores citados visando determinar a qualidade de vida em pacientes com LES e correlacioná-la com a atividade da doença, encontraram dados que expressam a qualidade de vida psicológica e física prejudicada no portador ativo de LES, porém a qualidade de vida social e ambiental não tem relação com o estado de atividade da doença.

Devido o LES ser uma patologia crônica que afeta a auto imagem do portador,  entende-se que os lúpicos são emocionalmente abalados com a situação da doença e internações, pois não sabem exatamente o grau de importância a ser dado para a patologia, descuidando-se frequentemente de sua saúde. Pelo fato do LES não ter uma identidade reconhecida popularmente, desobedecem as recomendações médicas principalmente quanto a fotossensibilidade e uso de medicamentos  e quando  enfrentam as crises reais, fazem do sofrimento uma punição transformando-se em vítimas e isolando-se socialmente.

Inicia-se a fase que mais necessita do acompanhamento profissional onde passam a serem vistos como doentes, lamentando a constante vigilância a que devem se submeter para controlar a doença e os sinais e sintomas que afetam a sua auto  imagem.

Segundo  Mattje e Turato (2006), as novas imagens que refletem os pacientes com lúpus no espelho, no dia a dia podem ser implacáveis. Considerando a ideia do autor, apoiar os esforços de um paciente em um momento de adaptação pode ser valioso na promoção da auto aceitação e socialização, avaliar seus medos e preocupações proporciona ao profissional de saúde a oportunidade de neutralizar a ansiedade do portador de LES e restaurar a realidade da situação promovendo uma relação de respeito mútuo e confiança.

O envolvimento da equipe de enfermagem com o paciente, bem como a preocupação com o sofrimento deste, deve ser o maior possível, para que o mesmo se sinta acolhido durante o tratamento, pois a insatisfação  consigo mesmo é desencadeada com a doença e acompanhada pela perda de interesse pelos fatores sociais relacionada à fantasia da morte o que pode ser intitulado como um problema relacionado diretamente a cura o que dificulta o tratamento reduzindo a sobrevida dos portadores de LES.

Para o lúpico qualquer aproximação é sentida como interesse no seu bem estar, por estarem emocionalmente abalados com a doença e internamentos frequentes, um gesto de carinho e um simples sorriso pode ser interpretado como uma possiblidade de melhora, fazendo grande diferença ao tratamento, visto que  a necessidade de controlar-se é uma preocupação, exigindo cuidados de saúde que diferem entre momentos de aflição e de descuido.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nas informações obtidas nessa revisão de literatura conclui-se que ainda existem muitas questões sem resposta sobre a fisiopatologia do LES, que possam explicar os sinais e sintomas da doença, sendo então necessários mais estudos para que o profissional de enfermagem possa obter informações e conhecimentos contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do paciente lúpico.

O propósito fundamental do enfermeiro é estar preparado para identificar os sinais e sintomas desta patologia, visto que os mesmos são muito difíceis e ainda desconhecidos, tal conhecimento é fundamental para reduzir o sofrimento do portador de LES.  A maioria dos livros e artigos remetem apenas ao quadro clínico da doença sendo de grande importância o diálogo com o portador da LES, sendo assim possível conhecer a visão de cada paciente para efetuar o diagnóstico e  plano de cuidados precisos para tal patologia.

Ainda no que diz respeito ao processo de enfermagem, a literatura científica da enfermagem demonstra um plano de cuidados para a doença reumática em geral, mas que se mostra em consonância com os estudos do LES. Portanto, a relação enfermeiro/cliente é de suma importância para a adesão do plano de cuidados. Com base no exposto, este estudo forneceu algumas evidências para assistir no plano de cuidados ao portador de LES com a finalidade de proporcionar melhorias do desenvolvimento da pratica assistencial e da qualidade de vida dos pacientes.    

6- REFERÊNCIAS

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ALMEIDA,R.A;PEQUENO,G.A;ALMEIDA,F. dos C.A ;BARROS,M.E.S. Aplicando o processo de enfermagem no cuidar de um paciente com lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, vol 17 n°02, 2013. Disponivel em: http://periodicos.ufpb.br/ojo2/index.php/rbes. Acesso: 20 de setembro de 2014.

ARAÚJO, A. D. A doença como ponto de mutação: os processos de significação em mulheres portadoras de lúpus eritematoso sistêmico. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT. Referencias bibliográficas: NBR 15287/2011. Rio de Janeiro: ABNT. 2011

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BORBA et al. Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 48, n.4, p. 196-207, jul/ago, 2008. Disponivel em: www.scielo.br/pdf/rbr/v48n4/v48n4a02.pdf . Acesso em: 14 de julho de 2014.

BRUNNER, L.S e SUDDART, D.S. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

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MATTJE GD, TURATO ER. Experiências de vida com lupus eritematoso sistêmico como relatadas na perspectiva de pacientes ambulatoriais no brasil: um estudo clínico-qualitativo Rev Latino-am Enfermagem 2006 julho-agosto; 14(4) Disponivel em: http://www.eerp.usp.br/rlae Acesso em 17/09/2014

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NONATO, D. R. O uso de imunossupressores e alterações menstruais em pacientes lúpicas. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2009.

PASSOS, L. F. S. Medicina genômica no lúpus eritematoso sistêmico. Jornal da LIRNNE, v. 4, n. 1, p. 152-159, 2008.

REIS M. G.; LOUREIRO M. D. R.; SILVA M.G. Aplicação da metodologia da assistência a pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em pulso terapia: uma experiência docente. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 60, n. 2, p. 229-232, mar./abr. 2007. Disponivel em: www.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/lng_pt/pid.../nrm_iso. Acesso em: 27 de julho de 2014

SATO, E. I. et al. Consenso brasileiro para tratamento de lúpus eritematoso sistêmico (LES). Revista Brasileira de Reumatologia, v. 42, n. 6, p. 362- 370, nov/dez. 2002. Disponivel em: www.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/lng_pt/pid.../nrm_iso. Acesso em : 27 de julho de 2014

SANTOS, William Wagner Silva, Assistencia de enfermagem em portadores de lúpus,2007.Disponivelem<http:www.fmr.edu.br/download/revista/enfermagem_2007.pdf>Acesso em: 20/06/2014

SENÉCAL, Jean-Luc. LÚPUS: A Doença de mil faces.2000. Disponível em: <http://www.lupuscanada.org/english/living/1000faces_whatis.html> Acesso em: 26/10/2013.

SOUTO, L. DE B.; DAOLIO, L.; MACEDO, C. G. Tratamento do lúpus eritematoso sistêmico (LES). Temas de Reumatologia Clínica, v. 8, n. 1, mar. 2007. Disponivel em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482. Acesso em: 22 de setembro de 2014

OLIVEIRA AC, Sá L, Silva MJP. O posicionamento do enfermeiro frente a autonomia do paciente terminal: Brasília. (DF): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2007.

WOOD GL, Haber J. Pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação crítica e utilização. 4 ed. Rio de Janeiro. (RJ): Guanabara Koogan; 2001.

APÊNDICE 01

ARTIGOS UTILIZADOS PARA EXECUÇÃO DAS 03 CATEGORIAS DAS DISCUSSÕES:

A)Conhecendo o Lúpus Eritematoso Sistêmico

B)A representação da doença  sob a perspectiva da enfermagem

C)O processo de adaptação social do portador de lúpus

ARTIGOS

OBJETIVOS

METODOLOGIA

ALMEIDA,R.A;PEQUENO,G.A;ALMEIDA,F. dos C.A ;BARROS,M.E.S. Aplicando o processo de enfermagem no cuidar de um paciente com lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, vol 17 n°02, 2013.

Implementar o Processo de Enfermagem no cuidar de um cliente com Lúpus Eritematoso Sistêmico, à luz das necessidades humanas básicas que fundamentam a assistência de enfermagem. A construção dos diagnósticos de enfermagem foi subsidiada pela taxonomia II da NANDA (North American Nursing Diagnosis Association).

Relato de caso

ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem; BARROS, Marina Apolônio de; COSTA,André Luis Braga;ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes; NETA, Raimunda Silva Santos; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca. Assistência de enfermagem a paciente com lúpus eritematoso sistêmico e osteoporose com quadro álgico intenso. ANAIS 72ª SBEn 2011 e 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem. ABEn, seção Maranhão.2011.

O trabalho tem por objetivo avaliar a percepção da dor em um paciente acometido por LES e estabelecer intervenções de enfermagem no alivio da dor.

Relato de caso

BORBA et al. Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 48, n.4, p. 196-207, jul/ago, 2008.

Elaborar recomendação fundamentada na melhor evidência científica para o tratamento das diversas manifestações do lúpus eritematoso sistêmico.

Estudos experimentais e observacionais. Relato de caso

MATTJE GD, Turato ER. Experiências de vida com lupus eritematoso sistêmico como relatadas na perspectiva de pacientes ambulatoriais no Brasil: um estudo clínico-qualitativo Rev Latino-am Enfermagem 2006 julho-agosto; 14

Conhecer vivências de pacientes ambulatoriais com lúpus, nos termos dos significados que atribuíam aos vários fenômenos associados ao processo de adoecer.

Amostra proposital e foi aplicada uma entrevista semidirigida de perguntas abertas

Clínico-qualitativo

MACHADO, Ana Paula Bachtold et al. Envolvimento Mucocutâneo no Lúpus Eritematoso Sistêmico e sua Associação com Autoanticorpos.  Anais Brasileiros de Dermatologia. Rio de Janeiro, v.83, n.4, p. 323-328, julho-agosto/2008.

Estudar a prevalência de lesões mucocutâneas no lúpus eritematoso sistêmico e verificar suas possíveis assosciações com auto-anticorpos

Desenvolver tratamentos específicos com base no melhor conhecimento dos mecanismos patogênicos.

Metodologia amostragem observacional  corte  transversal

Revisão de literatura quali qualitativo

REIS M. G.; LOUREIRO M. D. R.; SILVA M.G. Aplicação da metodologia da assistência a pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em pulso terapia: uma experiência docente. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 60, n. 2, p. 229-232, mar./abr. 2007.

Contribuir para a qualidade da assistência, fornecendo material de consulta a equipe de enfermagem e acadêmicos que vivem experiências similares

Relato de experiência metodologia de ensino e avaliação de prontuário

SANTOS, William Wagner Silva, Assistencia de enfermagem em portadores de lúpus,2007.

Traçar o perfil epidemiológico do LES verificando em que este afeta a vida de seu portador, planejar intervenções de enfermagem para modificarem ou melhorarem a qualidade de vida destes pacientes e seu prognósticos.

Retrospectivo descritivo

OLIVEIRA AC, Sá L, Silva MJP. O posicionamento do enfermeiro frente a autonomia do paciente terminal. Brasília. (DF): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2007.

Analisar o conceito que os enfermeiros têm da autonomia dos pacientes fora de possibilidades terapêuticas de cura, qual sua atitude diante da manifestação dessa autonomia e, por fim, qual é a perspectiva desses profissionais frente à autonomia na medida em que os cuidados paliativos forem mais ativamente implantados no Brasil.

Abordagem qualitativa

WOOD GL, Haber J. Pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação crítica e utilização. 4 ed. Rio de Janeiro. (RJ): Guanabara Koogan; 2001.

Entender as diferentes metodologias de pesquisa Compreensão do processo de pesquisa (o estudo quantitativo)

Metodologia de ensino

ARTIGOS

RESULTADOS

ALMEIDA,R.A;PEQUENO,G.A;ALMEIDA,F. dos C.A ;BARROS,M.E.S. Aplicando o processo de enfermagem no cuidar de um paciente com lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, vol 17 n°02, 2013.

Foram identificados 13 diagnósticos de enfermagem para os quais foram feitas intervençoes especificas para as necessidades afetadas e posterior evolução do cliente. O  processo de enfermagem quando aplicado de forma sistemática e interrupta proporciona resultados satisfatórios evidenciado por melhoras significativas

ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem; BARROS, Marina Apolônio de; COSTA,André Luis Braga;ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes; NETA, Raimunda Silva Santos; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca. Assistência de enfermagem a paciente com lúpus eritematoso sistêmico e osteoporose com quadro álgico intenso. ANAIS 72ª SBEn 2011 e 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem. ABEn, seção Maranhão.2011.

Administração de medicamentos nos horários, aplicação de calor e frio elevação de membros, dieta conforme aceitação, controle emocional do paciente, orientações e esclarecimentos acerca de sua doença e tratamento, promoção de conforto, controle de sinais vitais foram algumas das intervenções de enfermagem com o paciente para que o mesmo apresentasse um bom prognóstico e recebesse alta, demostrando assim a importância da intervenção adequada da enfermagem.

BORBA et al. Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 48, n.4, p. 196-207, jul/ago, 2008.

O acompanhamento do tratamento dos pacientes com lupus pode ser fundamentado em instrumentos que sejam capazes de medir, de maneira objetiva, a atividade inflamatória da doença bem como a sua sequela. Medidas objetivas de atividade de doença e dano são utilizadas primariamente em ensaios clínicos e estudos observacionais no entanto, podem ser utilizados na pratica clinica.

MATTJE GD, Turato ER. Experiências de vida com lupus eritematoso sistêmico como relatadas na perspectiva de pacientes ambulatoriais no Brasil: um estudo clínico-qualitativo Rev Latino-am Enfermagem 2006 julho-agosto; 14

As reações dos pacientes incluíam a tentativa de reconstruir os relacionamentos com suas próprias forças. Conflitos familiares e interpessoais destes pacientes parecem estar associados com a idéia de que a família e amigos não compreendem a natureza da doença.

MACHADO, Ana Paula Bachtold et al. Envolvimento Mucocutâneo no Lúpus Eritematoso Sistêmico e sua Associação com Autoanticorpos.  Anais Brasileiros de Dermatologia. Rio de Janeiro, v.83, n.4, p. 323-328, julho-agosto/2008.

Os achados mucocutâneos estão presentes na maioria dos pacientes com lupus  eritematoso sistêmico, existindo em aproximadamente metade deles no momento do diagnostico. As lesões mais comuns foram fotossensibilidade, alopecia, eritema em vespertilio

REIS M. G.; LOUREIRO M. D. R.; SILVA M.G. Aplicação da metodologia da assistência a pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em pulso terapia: uma experiência docente. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 60, n. 2, p. 229-232, mar./abr. 2007.

A aplicação do Processo de Enfermagem tem se revelado muito satisfatório. Durante todo o tempo, tem sido evidente a escassez de bibliografias específicas sobre este tema, que em sua maioria estão disponíveis e/ou atualizadas apenas nos meios eletrônicos e freqüentemente são dirigidas à área médica, nunca à enfermagem ou aos processos de cuidar.

Desejamos desta forma, estar contribuindo para a qualidade da assistência, fornecendo material de consulta a equipe de enfermagem e acadêmicos que vivem experiências similares.

SANTOS, William Wagner Silva, Assistencia de enfermagem em portadores de lúpus,2007.

A primeira dificuldade do portador é o diagnostico, o qual nem sempre é fácil de fazer necessitando de vários resultados  no mínimos quatro parâmetros para confirma-lo. A assistência de enfermagem sistematizada e garantia de que o portador esta bem assistido.

OLIVEIRA AC, Sá L, Silva MJP. O posicionamento do enfermeiro frente a autonomia do paciente terminal. Brasília. (DF): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2007.

Observou-se que os enfermeiros definem autonomia, reconhecem na como direito dos pacientes e tentam respeitá-la, assumem também que se angustiam diante de algumas situações já que percebem contradições em seu discurso e prática diária e por isso manifestam a necessidade de mais discussão e espaço para que os serviços convivam melhor com a vontade e os direitos dos pacientes

WOOD GL, Haber J. Pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação crítica e utilização. 4 ed. Rio de Janeiro. (RJ): Guanabara Koogan; 2001.

 

ARTIGOS

HISTÓRICO: LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

ALMEIDA,R.A;PEQUENO,G.A;ALMEIDA,F. dos C.A ;BARROS,M.E.S. Aplicando o processo de enfermagem no cuidar de um paciente com lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, vol 17 n°02, 2013.

O LES é uma doença crônica e autoimune dos tecidos reumáticos e conjuntivos que pode atingir vários órgãos e sistemas do corpo, gerando múltiplas manifestações que podem ser fonte de incapacidade física e profundo sofrimento psicológico, bem como uma ameaça a vida da pessoa. Sua sintomatologia aponta para a combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais e sua incidência recai principalmente em mulheres de 15 a 46 anos. Apresentam alterações musculo esqueléticas, cutâneas, cardiopulmonares vasculares, linfáticas, renais, neurológicas e comportamentais.

ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem; BARROS, Marina Apolônio de; COSTA,André Luis Braga;ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes; NETA, Raimunda Silva Santos; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca. Assistência de enfermagem a paciente com lúpus eritematoso sistêmico e osteoporose com quadro álgico intenso. ANAIS 72ª SBEn 2011 e 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem. ABEn, seção Maranhão.2011.

O Lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória crônica de causa desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pela presença de auto anticorpos. Seu desenvolvimento esta ligado a predisposição genética e aos fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos.

BORBA et al. Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 48, n.4, p. 196-207, jul/ago, 2008.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza auto-imune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos. Evolui com manifestações clínicas

Polimórficas, com períodos de exacerbações e remissões. De etiologia não totalmente esclarecida, o desenvolvimento da doença está ligado a predisposição genética e fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. É uma doença rara, incidindo, mais freqüentemente, em mulheres jovens, ou seja, na fase reprodutiva, na proporção de nove a dez mulheres para um homem, e com prevalência variando de 14 a 50/100.000 habitantes. A doença pode ocorrer em todas as raças e em todas as partes do mundo.

MATTJE GD, Turato ER. Experiências de vida com lupus eritematoso sistêmico como relatadas na perspectiva de pacientes ambulatoriais no Brasil: um estudo clínico-qualitativo Rev Latino-am Enfermagem 2006 julho-agosto; 14

O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória crônica e sua causa é provavelmente uma combinação de predisposições congênitas/hereditárias e fatores ambientais, que conduzem a um estímulo anormal do sistema imune. Suas manifestações variam de modo tão amplo que, com freqüência, é confundido erroneamente com outras doenças, sendo uma importante condição clínica que afeta diversos órgãos: pele, articulações, rins, pulmões, sistema nervoso e outros, o Lúpus afeta dez vezes mais mulheres do que homens (em suas terceira e quarta décadas de vida e particularmente negros e asiáticos),

Que seu tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade dos sintomas, e que sua natureza complexa requer a própria participação ativa do paciente para manter um nível satisfatório da saúde

MACHADO, Ana Paula Bachtold et al. Envolvimento Mucocutâneo no Lúpus Eritematoso Sistêmico e sua Associação com Autoanticorpos.  Anais Brasileiros de Dermatologia. Rio de Janeiro, v.83, n.4, p. 323-328, julho-agosto/2008.

As manifestações muco cutâneas são comuns em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, podendo assumir espectro bastante variado. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) e doença autoimune com espectro extremamente variado de expressões clinicas, variando de doença branda cutâneo- articular ate formas graves com doença renal, do

Sistema nervoso central, hemólise e plaquetopenia.

REIS M. G.; LOUREIRO M. D. R.; SILVA M.G. Aplicação da metodologia da assistência a pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em pulso terapia: uma experiência docente. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 60, n. 2, p. 229-232, mar./abr. 2007.

O LES pode ser definido como uma doença de natureza autoimune, crônica, inflamatória, de etiologia desconhecida, que afeta múltiplos órgãos, com sintomas localizados e sistêmicos. Caracteriza-se por períodos de remissão e exacerbação das manifestações clínicas, alterações do colágeno e lesões vasculares causadas por ação de auto-anticorpos, os quais são mediadores imunológicos das injúrias. As manifestações do LES podem ser gerais como fadiga, febre, perda de peso, linfoadenopatia e as mais específicas, de acordo com os comprometimentos localizados em órgãos ou sistemas. Todos os sistemas orgânicos podem ser afetados. As manifestações de pele e mucosas,

Musculoesqueléticas, renais, pulmonares, cardiovasculares, hematológicas e do sistema nervoso ocorrem com maior frequência e com maior gravidade.

SANTOS, William Wagner Silva, Assistência de enfermagem em portadores de lúpus,2007.

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença multissêmica de origem autoimune que ocorre predominantemente em mulheres em idade fértil, a causa permanece desconhecida, a primeira dificuldade do paciente e o diagnostico devido aos efeitos sistêmicos da doença, necessitando de vários resultados para confirma-lo

ARTIGOS

AÇÕES  IMPORTANTES ENFERMAGEM

ALMEIDA,R.A;PEQUENO,G.A;ALMEIDA,F. dos C.A ;BARROS,M.E.S. Aplicando o processo de enfermagem no cuidar de um paciente com lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, vol 17 n°02, 2013.

Diante da complexidade do LES algumas orientações são essenciais para os portadores de LES bem como a assistência planejada e sistematizada que pode ser implementado através do processo de enfermagem, a enfermagem deve ser capaz de identificar as necessidade de saúde da sua clientela atendendo as necessidades sociais que  visualizam a promoção prevenção e recuperação de saúde.

ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem; BARROS, Marina Apolônio de; COSTA,André Luis Braga;ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes; NETA, Raimunda Silva Santos; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca. Assistência de enfermagem a paciente com lúpus eritematoso sistêmico e osteoporose com quadro álgico intenso. ANAIS 72ª SBEn 2011 e 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem. ABEn, seção Maranhão.2011.

Estabelecimento de intervenções de enfermagem no alivio da dor do portador de LES, proporcionar conforto ao paciente através das intervenções de enfermagem faz com que o paciente evolua com alta demonstrando a importância adequada do conhecimento e da intervenção da enfermagem.

BORBA et al. Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 48, n.4, p. 196-207, jul/ago, 2008.

O tratamento deve ser individualizado para cada paciente e depende dos órgãos ou dos sistemas acometidos, bem como da gravidade destes acometimentos. O acompanhamento do tratamento dos pacientes com lúpus pode ser fundamentado em instrumentos que sejam capazes de medir, de maneira objetiva, a atividade inflamatória da doença, bem como a sua sequela). Medidas objetivas de atividade de doença e dano são utilizadas primariamente em ensaios clínicos e estudos observacionais no entanto, podem ser utilizados na pratica clinica.

MATTJE GD, Turato ER. Experiências de vida com lúpus eritematoso sistêmico como relatadas na perspectiva de pacientes ambulatoriais no Brasil: um estudo clínico-qualitativo Rev Latino-am Enfermagem 2006 julho-agosto; 14

Particular importância foi dada contra profissionais de saúde, considerados como “incompetentes”, devido ao longo tempo para se chegar ao diagnóstico. Conhecer os significados, que as pessoas doentes atribuem aos diversos fenômenos associados ao Lúpus, é indispensável aos médicos, aos enfermeiros e a todos os profissionais de saúde, a fim terem a possibilidade para oferecer.

Recomendações realmente eficazes. Poderia ser infrutífero prescrever um conjunto de ordens médicas, recomendações ou advertências se as pessoas.

Doentes não colocarem a doença num ponto central em sua escala pessoal de valores. Neste sentido, um estudo qualitativo deveria sempre preceder certa

Abordagem global deste grupo de pacientes. Somente após interpretar o que cada sintoma, manifestações em geral, a conseqüência da doença e a limitação

Representam simbolicamente e existencialmente à vida psicológica e sociocultural de determinado perfil de paciente, o profissional de saúde pode ficar mais confiante sobre o resultado bem sucedido do tratamento

MACHADO, Ana Paula Bachtold et al. Envolvimento Mucocutâneo no Lúpus Eritematoso Sistêmico e sua Associação com Autoanticorpos.  Anais Brasileiros de Dermatologia. Rio de Janeiro, v.83, n.4, p. 323-328, julho-agosto/2008.

Sua importância fica bastante explicita ao se observar que quatro dos 11 critérios da classificação para essa doença proposta pelo Colégio Americano de Reumatologia são dermatológicos: fotos sensibilidade, eritema malar, ulceras orais e lesões discoides. Em certos casos, a lesão cutânea oferece, também, ajuda no prognostico e na previsão de envolvimento de determinados órgãos internos.4,5

REIS M. G.; LOUREIRO M. D. R.; SILVA M.G. Aplicação da metodologia da assistência a pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em pulso terapia: uma experiência docente. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 60, n. 2, p. 229-232, mar./abr. 2007.

Além do relacionamento terapêutico enfermagem/paciente, o conhecimento integral do mesmo, incluindo fisiopatologia.

Dentre as várias funções da Enfermagem, em especial do enfermeiro, destacamos a realização de diagnósticos de reações que requeiram intervenções de enfermagem, detectando problemas reais ou potenciais. O Processo de Enfermagem é o método através do qual o conhecimento teórico é aplicado à prática, exigindo habilidades cognitivas, técnicas e interpessoais.

SANTOS, William Wagner Silva, Assistência de enfermagem em portadores de lúpus,2007.

Verificação do que afeta a vida do portador de LES, planejamento de intervenções para modificar e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seu prognostico, assegurar através de um protocolo de assistência que o profissional não esqueça de nenhum cuidado garantindo a assistência.

OLIVEIRA AC, Sá L, Silva MJP. O posicionamento do enfermeiro frente a autonomia do paciente terminal. Brasília. (DF): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2007.

Os profissionais referiram suas perspectivas para melhor cuidar desse pacientes: a necessidade de treinamento para lidar com essas situações (terminalidade e suas implicações), o aperfeiçoamento e reciclagem do aprendizado e a melhor compreensão da filosofia dos cuidados paliativos, além de preocuparem-se com o desgaste emocional que o cuidar desse paciente produz no que diz respeito ao enfrentamento de suas próprias angústias e preconceitos, e ainda, com uma questão peculiar às instituições públicas: o número de leitos insuficientes a esse tipo de paciente. Os enfermeiros entrevistados reconhecem falhas na assistência ao doente sem possibilidades de cura, mas os cuidados paliativos são a forma mais adequada de assistir esse paciente na medida em que prevê atenção aos sinais e sintomas característicos, como a dor; o respeito à dignidade humana, uma vez que esse modelo afirma que a autonomia e outros princípios éticos devem ser assegurados e, ainda, que essa filosofia assume fundamental importância diante da família do doente

ARTIGOS

ACEITAÇAO SOCIAL/AUTO IMAGEM/APRENDIZADO E ACEITAÇAO

ALMEIDA,R.A;PEQUENO,G.A;ALMEIDA,F. dos C.A ;BARROS,M.E.S. Aplicando o processo de enfermagem no cuidar de um paciente com lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, vol 17 n°02, 2013.

As metas de enfermagem visam visam atender as necessidades sociais visualizando a promoção ,prevenção e recuperação da saúde com melhora nos padrões de oxigenação, mobilidade, melhora nos padrões de higiene, primando pela integralidade da pele e diminuindo o risco de infecções, promoção de espaço sociável para o paciente com compreensão de sua condição de saúde.O paciente necessita do afeto para recuperar sua autoestima.

ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem; BARROS, Marina Apolônio de; COSTA,André Luis Braga;ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes; NETA, Raimunda Silva Santos; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca. Assistência de enfermagem a paciente com lúpus eritematoso sistêmico e osteoporose com quadro álgico intenso. ANAIS 72ª SBEn 2011 e 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem. ABEn, seção Maranhão.2011.

Orientações a cerca do controle emocional e esclarecimento a cerca da doença e promoção de conforto são intervenções básicas para o emocional do portador de LES

MATTJE GD, Turato ER. Experiências de vida com lúpus eritematoso sistêmico como relatadas na perspectiva de pacientes ambulatoriais no Brasil: um estudo clínico-qualitativo Rev Latino-am Enfermagem 2006 julho-agosto; 14

O Lúpus é um problema biomédico envolvido dentre os transtornos do sistema

Imunológico que, por sua vez, provoca a seu portador a necessidade de buscar todos os tipos possíveis da adaptação psicossocial.

Freqüentemente, sintomas depressivos aumentados e estado de humor ansioso no LES foram relacionados ao uso de desengajamento e estilos de enfrentamento emocional(enfrentando as crises reais da doença ou mesmo os importantes sintomas isolados, tais experiências tornam-se fortemente valorizadas, e assim os pacientes tendem a assumir um papel de vítima. O Lúpus permite diferentes fantasias, desde aquelas de um controle poderoso sobre eventos até as de manejo de sua vida pessoal

REIS M. G.; LOUREIRO M. D. R.; SILVA M.G. Aplicação da metodologia da assistência a pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em pulso terapia: uma experiência docente. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 60, n. 2, p. 229-232, mar./abr. 2007.

No primeiro inclui-se educação em saúde: orientações sobre a doença e seu tratamento, atividade física e repouso, proteção contra a luz solar, alimentação balanceada, acompanhamento ginecológico e de planejamento familiar, controle da hipertensão, prevenção de infecção e de complicações, formas de amenizar sinais e sintomas que comprometem a auto-imagem e auto-estima e outras, além de apoio psicológico e social.

SANTOS, William Wagner Silva, Assistência de enfermagem em portadores de lúpus,2007.

O paciente procura o serviço de saúde devido aos efeitos sistêmicos da doença.

OLIVEIRA AC, Sá L, Silva MJP. O posicionamento do enfermeiro frente a autonomia do paciente terminal. Brasília. (DF): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2007.

Se você pensar no conceito de cidadania, você tem que evitar que esse paciente tenha dor, você tem que dar uma vida digna pra ele enquanto estiver vivo, por isso a necessidade dos cuidados paliativos. Um dos entrevistados também

Menciona, que essa forma de cuidar garante o respeito à cidadania do paciente enquanto ele estiver vivo.