LÚDICO:

A Inclusão da Ludicidade na Educação Infantil

 

Janete Pires Santana dos Santos[1]

Rosália Santana Magalhães

Valter Caíres Pinheiro

Prof.(a) Cleonice Soares de Sales[2]

Faculdade Educacional da Lapa-FAEL

Curso de Licenciatura em Pedagogia

 

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RESUMO

Buscou-se com esse estudo, demonstrar a importância da inclusão da ludicidade, através dos jogos e brincadeiras, bem como a possibilidade de elas serem trabalhadas de forma interdisciplinar na formação do educando. A atividade lúdica, representada por jogos e brincadeiras, pode desenvolver o aprendizado da criança dentro e fora da sala de aula, proporcionando momentos únicos de alegria, diversão, comprometimento com o aprender e responsabilidade, desenvolvendo as inteligências múltiplas e a participação efetiva dos alunos no processo pedagógico. A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma pratica atuante, alem de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural psicológico, enfatizam a libertação das relações pessoais, passivas e técnicas para as relações reflexivas e criadoras, fazendo do ato de educar um compromisso consciente intencional, desenvolvendo a vontade da criança em aprender, seu interesse aumenta, pois desta maneira ela realmente aprende o que lhe esta ensinando.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Palavras chaves: Ludicidade, comprometimento, sociabilidade, aprendizagem.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O presente artigo  procura estabelecer na escola e na vida da criança através da educação, no currículo uma nova metodologia, e assim, ampliando uma melhor forma  para  educação, propondo através de teorias, como e importante a inclusão do lúdico na educação infantil, demonstrar sua importância no desenvolvimento infantil e dentro da educação como uma metodologia que possibilita mais vida, prazer e significado ao processo de ensino e aprendizagem. A renovação se torna uma necessidade social, e a educação não consistem em dar uma vez por toda um saber que amanhã estará ultrapassado,  mas sim, em forma de estrutura de pensamento suficientemente amplas que permitam uma adaptação permanente, na formação do educando. Sendo assim, quando a intensidade é forte e explicita a satisfação na ajuda as necessidades básicas de aprendizagem, torna-se preemente a busca do conhecimento teórico que embase as experiências vivenciadas no nosso fazer pedagógico diário, permitindo-nos aprimoramento profissional que nos ajude acompanhar a diversidade e velocidades dos conhecimentos gerados pela evolução do conhecimento cientificam.

O  artigo é bibliográfico, e  com intuito de mostrar a importância da inclusão do lúdico na educação infantil, procuramos buscar teorias de autores que embasem essa tese que o lúdico só traz vantagens no uso na formação da crianças através da sua interdisciplinaridade, para isso trouxemos abordagens de autores como Frobel, kishimoto, Borba,  Wallon, Paulo Freire e Vigotski e outros, mostrando uma metodologia que possa ser útil na educação Brasileira.

 

 

1 A PREPARAÇÃO DA ESCOLA PARA INCLUSÃO DO  LUDICO.

 

            O lúdico na escola constitui uma possibilidade para os alunos exercitarem suas habilidades física e mental, através  de uma vida cultural individual e coletiva,, mais digna, sem a exclusão das crianças por preconceitos de qualquer ordem, na hora da inclusão do lúdico.De acordo com o autor,

 

 

No campo da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. Isto inclui o currículo corrente, a avaliação, os registros e os relatórios de aquisições acadêmicas dos alunos nas escolas ou nas salas de aulas, a pedagogia  e as praticas de sala de aula, bem como as oportunidades de esporte, lazer e recreação.(mittler, 2003, p.25).

 

 

            No  ensino e na aprendizagem através do lúdico, que se processe de forma criativa, podendo contribuir para que o conhecer seja também maravilhar-se, divertir-se, brincar com o desconhecido, arriscar hipóteses ousadas, trabalhar muito, esforçar-se e alegras-se com as descobertas de aprendizagem que o lúdico traz.

            A escola de hoje ela tem que ser acolhedora, organizada, com um currículo que atenda todos os tipos de crianças, que ali se ingresse no intuito de formação humana para a sociedade e para a vida.

            Para isso a escola precisa de metodologias renovadoras, para que a escola seja um lugar prazeroso, e que as crianças tenham espaços físicos que atenda as necessidades de aprendizagem. E que a escola  precisa dar as crianças uma educação inclusiva, de boa qualidade, para a vida e para o trabalho, preparando as crianças para assumir as funções adultas. O autor afirma que,

           

 

A inclusão implica uma reforma radical nas escolas em termos de currículos, avaliação, pedagogia e formas de agrupamentos dos alunos nas atividades de sala de aula. Ela e baseada em um sistema de valores que faz com que todos se sintam bem-vindos e celebra a diversidade que tem a base o gênero, a nacionalidade, a raça, a linguagem de origem, o background social, o nível de aquisição educacional ou a deficiência. (Mitller, 2003, p.34).

 

 

O processo pedagógico esta diretamente ligado no ato de ensinar, em formar pessoas para a sociedade,  sendo assim o educar deve acontecer desde os primeiros anos de vida. A educação e o processo maior que envolve, entre outras ações, o cuidado com os  educando, com o objetivo de construção de autonomia e identidade, não só dentro da sala de aula , mas em todos aspectos que contribuem no ensino aprendizagem, com um  ambiente bem planejado e atraente que colabora para a execução metodológica dos professores para o desenvolvimento integral das crianças.  Para Dubreucq (2010) o primeiro objetivo e atribuir a escola e assegurar ao indivíduo chances de sucesso na existência que lhe espera - sua própria  vida de homem ou de mulher, de pai ou de mãe , de cidadão ou cidadã, de trabalhador ou de trabalhadora.

A escola e o melhor local para o ensino-aprendizagem da educação para a vida, para o exercício da cidadania e para a vivencia dos valores, devido a possibilidade e ao favorecimento, por meios de dos conteúdos e metodologias, para a inserção de temas transversais e projetos interdisciplinares, proporcionando aos alunos metodologia diferenciadas para melhor aprendizagem. Claparede queria uma escola mais parecida com um laboratório do que com um auditório, uma escola ativa. Afirmava que era devida a escola, a tarefa de respeitar as fases do desenvolvimento da criança, preservando o tempo físico e biológico destinado a infância, (Hameline, 2010, p.33).

A criança na sua formação passa varia horas do dia na escola, para isso a escola tem que ser um ambiente acolhedor, para criança se sentir na sua própria casa, seja não só um lugar de aprendizagem, com espaços para  as brincadeiras, com a socialização com os colegas e membros da escola, com uma integração espaço escolar e um currículo pedagógico que possa integrar a todos. Colaborando com a questão a autora afirma que,

 

 

Faz-se necessário definir caminhos pedagógicos nos tempos e espaços da escola e da sala de aula que favoreçam o encontro da cultura infantil, valorizando as trocas entre todos os que ali estão em que crianças possam recriar as relações da sociedade na qual estão inseridas, possam expressar suas emoções e formas de ver e significar o mundo espaços e tempos que favoreçam a construção da autonomia. Esse e o momento propicio, para tratar dos aspectos que envolvem a escola e do conhecimento que nela será produzido, tanto pelas crianças, a partir do seu olhar curioso sobre a mediação do adulto. (Nascimento, 2007, p.30).

 

 

PCN (1997,p.29), diz que, o lazer e a disponibilidade de espaços para atividades lúdicas e esportivas são necessidades básicas e, por isso, direitos do cidadão. E reforçando (p. 30) nos jogos, ao interagirem com os adversários, os alunos podem desenvolver respeito mutuo, buscando participar de forma leal e não violenta.

As crianças e os adolescentes, na sua aprendizagem procuram diversificar suas habilidades, aprimorando conhecimentos através de qualquer metodologia aplicada na sua casa, no pátio da escola, na quadra de esportes ou na sala de aula, na busca do conhecimento, na forma mais simples de vivencia de grupo ou mesmo sozinha, na hora do estudo, ou no seu momento de lazer, propondo a si mesmo uma aprendizagem através de jogos, ou uma simples brincadeira. A autora diz que,

 

Ao observarmos as crianças e os adolescentes de nossas escolas brincando, podemos conhecê-los melhor, ultrapassando os muros da escola, pois uma parte de seus mundos e experiências  revela-se nas ações e significados que constroem nas suas brincadeiras. Isso porque o processo de brincar referencia-se naquilo que os sujeitos conhecem e vivenciam. (Borba, 2007, p.35).

 

 

            As nossas escolas têm que ser um lugar de formação humana, com todas as metodologias possíveis que possam ser implantadas, para que nossas crianças se sintam confiantes para a sua aprendizagem, com todos os requisitos para uma formação humana decente, que as crianças se sintam em sua própria casa, e que os profissionais da educação sejam seus familiares.

 

 

2 O LÚDICO NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR

           

            O educador, na busca do conhecimento, tem que procurar diversificar a sua metodologia de vida, tendo em questão principalmente, o ser educador, procurando formação, aprimoramento, na busca de um currículo compatível, diversificado e interdisciplinar, para poder transpor as crianças em questão, no ato de ensinar, facilitando a sua criatividade, no dia a dia.

            O lúdico torna o momento de ensino como algo agradável e prazeroso, e a partir do foco nota se relevância de conscientização de educadores e profissionais da educação para a introdução do lúdico nas escolas. “Paulo Freire (1996), diz que o professor precisa pensar certo, de forma cônscia e autônoma, com certeza de seus sentimentos e valorizando o cognitivo de cada aprendiz”.

            O lúdico como uma metodologia interdisciplinar, o educador pode inserir em seu currículo, como um método de ensino, sendo uma porta para o educador modificar a maneira de ensinar, através dos jogos e brincadeiras, trazendo para o seu lado, que é o mais importante, o aluno, propondo uma instigação para o crescimento da criança, nos seus anos de escola. De acordo com a autora,   

 

 

Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para a expressão do, ou seja, a ação intencional da criança para brincar, o educador esta potencializando as situações             de aprendizagem. (kishimoto, p.36, 2008)

 

 

            O lúdico na formação do educador tem como objetivo a integração, a possibilidade de socialização e a integração do educador com a criança, ajudando promover a valorização das atividades lúdicas, através dos jogos e brincadeiras, assim, podendo favorecer a humanização entre as partes.

O professor através do lúdico, precisa de uma compreensão intuitiva desses fatos, se quiser auxiliar as crianças nos problemas penosos que inevitavelmente existem, que algumas vezes os educadores ignoram, a criança precisa de ajuda para poder assimilar  e desenvolver a compreensão  do significado da brincadeira, para atividade proposta atinja a meta educativa.

            Ao educador também e devida a tarefa de instrumentar as crianças em todas as necessidades, nas relações de sociabilidade, ajudando as crianças mais solitárias para a formação de seus grupos, para aplicação do jogo infantil. De acordo com a autora,

 

 

Devido á complexidade da inter-relação que envolve os aspectos afetivos e cognitivos da aprendizagem, o mediador deve desenvolver com a criança uma relação de respeito mutuo de afeto e confiança que favoreça o desenvolvimento de sua autonomia. Um clima sócio-afetivo tranqüilo e encorajador, livre de tensões e imposições, e fundamental para que este aluno possa interagir de forma confiante com o meio, saciando sua curiosidade, descobrindo, inventando e construindo, enfim, seu conhecimento. (kishimoto, 2008, p.95).

 

 

            O educador, ao assumir o potencial que tem o lúdico, através dos jogos e brincadeiras na educação, ele será o responsável na preparação do espaço físico, para que não deixe de ser sociocultural, se o professor souber observar e intervier nas atividades lúdicas, descobrirá explorações possíveis, para um aproveitamento melhor das atividades, por que o professor e o elemento que deve interpretar e aplicar todo o projeto pedagógico da escola na aprendizagem dos educando. Para kishimoto (2008), o mediador deve respeitar o interesse do aluno e trabalhar a partir de sua atividade espontânea, ouvindo suas duvidas, formulando desafios a capacidade de adaptação infantil e acompanhando seu processo de construção do conhecimento.

            Nos PCN (p.61,1997), cabe á escola trabalhar com o repertório cultural local, partindo de experiências vividas, mas também garantir o acesso a experiências que não teriam fora da escola. Essa atividade de experiências precisa ser considerada pelo professor quando organiza atividades, toma decisões sobre encaminhamentos individuais e coletivos e avalia procurando ajustar sua pratica as reais necessidades de aprendizagens dos alunos.

            Se e importante as atividades lúdicas, importante também e o sistema de comunicação, de relação dialógica, que permite a maior articulação da ação educativa da escola, através do educador, com o sistema completo de influencias educativo da sociedade, assegurando, mediante as ações e reflexões do professor, o desenvolvimento do aluno em seu próprio processo de aprendizagem. O professor tem que ser um facilitador da aprendizagem, ter uma relação afetiva e de respeito mutuo com as crianças, para estabelecer uma relação criativa professor-aluno, a qual deve estar caracterizada por um clima emocionalmente positivo e motivador que respeite a individualidade. Essa relação deve garantir um ambiente de motivação e valorização das atividades lúdica propostas.

 

 

3 BRINCAR, APRENDENDO E BRINCANDO.

 

            O brincar e uma atividade cotidiana na vida das crianças. A brincadeira, aplicado como uma metodologia de ensino no currículo escolar, ale de proporcionar, prazer e aprendizagem para as crianças, busca facilitar o ensino-aprendizagem, no seu desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão e a criatividade.  Para wallon (2010, p.54),  brincar seria, segundo CH. Bühler, uma etapa de sua evolução total, ela mesma composta de períodos sucessivos.

            Segundo Stanley Hall, as brincadeiras seriam, de idade em idade, a revivência das atividades que o curso das civilizações fez sucederem-se na espécie humana (wallon, 2010).

            Para Vigotski (2010, p.108), diz que a tendência de uma criança muito pequena e satisfazer seus desejos imediatos; normalmente, o intervalo entre um desejo e a sua satisfação e extremamente curto.

            BORBA (2007, p.33), falam que, a experiência de brincar cruza diferentes tempos e lugares, passados, presentes e futuros, sendo marcada ao mesmo tempo pela continuidade e pela mudança. Ampliando a fala de BORBA (2007), o brincar envolve, portanto, complexos processos de articulação entre o já dado e o novo, entre a experiência, a memória e a imaginação, entre a realidade e a fantasia.

            A brincadeira é algo já dado na vida do ser humano, aprende a brincar desde cedo. Brincar e uma realidade cotidiana na vida das crianças, a brincadeira expressa a forma  de uma criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e constrói o mundo de sua maneira. Para BORBA (2007), que e importante ressaltar que a brincadeira não e algo dado na vida do ser humano, ou seja, aprende-se a brincar, desde cedo, nas relações que os sujeitos  estabelecem com os outros e com a cultura. O brincar envolve múltiplas aprendizagens.

            Nas abordagens de Borba, Vygotsky (1987), afirma que na brincadeira “a criança se comporta alem do comportamento habitual de sua idade, alem  de seu comportamento diário; no brinquedo, e como ela fosse maior do que a realidade” (p.117).

BORBA (2007), afirma que, a partir dessas reflexões, que o brincar e um espaço de apropriação e constituição pelas crianças de conhecimentos e habilidades no âmbito  da linguagem, da cognição, dos valores e da sociabilidade. O autor vai alem, afirma ainda que a brincadeira e um fenômeno da cultura, uma vez que configura como um conjunto de praticas, conhecimentos e artefatos construídos e acumulados pelos sujeitos nos contextos históricos e sociais em que se inserem.

De acordo com os PCN (1997, p.36), as situações lúdicas, competitivas ou não, são contextos favoráveis de aprendizagem, pois permitem o exercício de uma ampla gama de movimentos que solicitam a atenção do aluno na tentativa de executá-los de forma satisfatória e adequada.

Ao brincar, a criança explora e refletem sobre a realidade, criam e repensam os acontecimentos, podendo ultrapassar a realidade, favorecendo sua auto estima ,proporcionando prazer e aprendizagem, facilitando o desenvolvimento pessoal, social e cultural, facilitando a sua socialização, para seu autoconhecimento, conduzindo a sua imaginação, sua fantasia, a criatividade, moldando suas vidas.

O lúdico é a linguagem cultural da criança, ela vive e aprende através dele, sendo um agente transformador, e o brincar sendo fundamental para seu desenvolvimento integral, e facilitador  para a sua convivência em grupo.

Brincar além de ser prazeroso, também e indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança, contribuindo no futuro para o equilíbrio do adulto.

                      GARCIA (2002, p. 8), diz que inclusive as crianças, tiram de quase nada formas criativas, inovadoras, estimulantes, que mobilizam a curiosidade das crianças de aprender, o que faz as crianças retornar a escola com brilhos nos olhos, cheios de perguntas, cheias de descobertas, ansiando por compartilhar com a professora  e com as outras crianças os seus novos saberes e novos desejos de saber.

                      O sistema das atividades lúdicas partiria de uma concepção  voltada não só para a apropriação de conhecimentos e estratégias de ação cognitivas, mas também para o desenvolvimento de recursos pessoais das crianças, que são essenciais vinculados a indicadores funcionais, como por exemplo a flexibilidade para reorganizar e reconceitualizar as distintas alternativas e estratégias de pensamento e comportamento diante da sociedade em um todo. A autora conclui que,

 

Existem inúmeras possibilidades de incorporar a ludicidade na aprendizagem, mas para que uma atividade pedagógica seja lúdica e importante que permita à fruição, a decisão, a escolha, as descobertas, as perguntas e as soluções por parte da criança e dos adolescentes, do contrario, será compreendida apenas como mais um exercício. (Borba, 2007, p.43).

 

 

                      Mesmo assim, as atividades lúdicas devem ter complexidade crescente nas atividades concebidas, eliminando os elementos rotineiros  dos alunos, buscando a motivação através de atividades alegres e prazerosas no ato de ensinar.

 

 

4 A INCLUSÃO DOS JOGOS INFANTIS NA APRENDIZAGEM ESCOLAR.    

 

             A inclusão do jogo infantil nas propostas pedagógicas, requer  estudos científicos, sendo assim, a importância dessa modalidade de aprendizagem, podem ser vista por vários contes tos, alem de ser prazerosos, podem ser educativos. O autor em teoria do jogo, diz que,

           

 

O brincar, o jogo - o mais puro e espiritual produto dessa fase do crescimento humano - constitui o mais alto grau de desenvolvimento do menino durante esse período, porque e a manifestação espontânea do interno, imediatamente provocada por uma necessidade do interior mesmo. (Heiland, p.62, 2010).

 

 

            Um jogo infantil, ao contrario do que muitas gentes pensam, ele não precisa ser espontâneo, inventado ou criado por ela, ele precisa ser do interesse da criança, não importando o fato de ser proposto por um adulto, ter quer ser bem planejados, para atribuir a criança, conhecimento e aprendizagem. Nos PCN (1997), diz que, pelo fato de o jogo constituir um momento de interação social bastante significativo, nas questões de sociabilidade constitui motivação suficiente para que o interesse pela atividade seja mantida.  

            O jogo, é importante que seja proposto de forma que a criança possa tomar decisões, agir de maneira que a metodologia seja transformadora, e que os conteúdos sejam eficazes para a sua aprendizagem, ultrapassando os limites da atividade física e biológica da criança.

            Heiland (2010), diz que, o menino que joga com tranqüilidade, com atividade espontânea, resistindo a fadiga, chegara seguramente a ser um homem também ativo, resistente, capaz de sacrificar-se pelo próprio bem e pelos demais.

             Através dos jogos, e tendo um espaço privilegiado na promoção do desenvolvimento e da aprendizagem, os professores, podem trabalhar com os jogos infantis, propondo atividade mais adequada a forma como as crianças pequenas se relacionem com os fatos que procurem o conhecimento, nas atividades proposta.

            Na analise de kishimoto (2008), ao utilizar o jogo na educação infantil significa transpor para o campo do ensino-aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. E diz que a utilização do jogo potencializa a exploração e a construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influencia de parceiros bem como a sistematização de conceitos  em outras situações que não jogos.

            Dessa forma, podemos entender o papel dos jogos na educação infantil, como provocadora da capacidade de interação dos diferentes fenômenos que provoca nas crianças, e ainda, como instigadora da exteriorização dos sentimentos e do comprometimento dos modos como esses sujeitos compreendem e enxergam o mundo dos jogos infantis, manifestando em diferentes modalidades de jogos.

            Os jogos infantis podem ser interdisciplinares na formação do educando, trazendo muitos benefícios para as crianças, desenvolvendo não só a aprendizagem, mas sim, o seu desenvolvimento mental e corporal. Segundo (Lopes in Almeida, 2006, p.113), os jogos podem desenvolver outras características que apreciamos no trabalho diário da educação, a saber:

 

- trabalhar a ansiedade;

- rever os limites;

- reduzir a descrença na autocapacidade;

- diminuir a dependência e possibilitar a autonomia;

- aprimorar as coordenações motoras;

- melhorar o controle segmentar;

- desenvolver percepção de ritmo;

- aumentar a atenção  e a concentração;

- desenvolver antecipação e estratégia,

- ampliar o raciocínio lógico;

- desenvolver a criatividade;

- perceber a socialização e a coletividade.

           

            Os jogos no intuito de usar como ensino-aprendizagem, ele trazem benefícios muito importantes na formação da criança, não só na escola, mas em qualquer lugar que seja praticada com intuito de formação ou divertimento, tendo um mediador para facilitar a pratica do jogo. 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            Conclui – que, com todas as teorias pesquisadas neste artigo, podemos ver a importância do lúdico na preparação da escola, na formação do professor, a importância do brincar e da inclusão dos jogos infantis na formação da criança, propondo uma metodologia inclusiva para a educação brasileira, para que tenhamos um currículo que atende a criança, em todos os sentidos, para que nossas crianças sintam prazer na hora do ensino-aprendizagem e não um lugar monótono de aprendizagem.

            Para isso temos que conscientizar que, a educação brasileira precisa ter currículos inovadores para a inclusão de novas metodologias, e que nossos educadores tenham formação continuada, renovando sua visão do ensino-aprendizagem, que tenha políticas publica, para que as escolas possam ter espaços físicos, eficientes para ter condições da inclusão de novas metodologias, para ter cada vez maior e melhor a formação do individuo para a  inclusão na sociedade.

            Podemos perceber que, ainda há uma resistência por partes dos educadores, da inclusão do lúdico, como uma ferramenta de apoio para aprendizagem da criança, mas a educação continua, e a criança e a principal individuo a ser constituído e formado para a sociedade.

 

   

REFERÊNCIAS BIBLÍOGRAFICAS

 

 

Almeida, Geraldo Peçanha de, Teoria e pratica em psicomotrocidade: jogos, atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2006.

 

Claparede, Édouard / Hameline, Daniel; Petraglia, Isabel, Dias, Elaine T. Dalmas (orgs.). – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massanga, 2010. ( Coleção Educadores)

 

Decroly, Jean-Ovide / Dubreuq, Francine; tradução: Carlos Alberto Vieira Coelho, Jason Ferreira Mafra, Lutgardes Costa Freire, Denise Henrique Mafra; organização: Jason Ferreira Mafra. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massanga, 2010. (Coleção Educadores).

 

_______________Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade/ organização Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricleia  Ribeiro do Nascimento. –Brasília: Ministério da , Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª RJ. Paz e Terra, 1987

 

Frobel, Friedrich/ Heiland, Helmut; tradução: Ivanize Monfredini. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massanga, 2010. ( Coleção Educadores).

 

GARCIA, R. L. Em defesa da Educação Infantil. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

 

_______________Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.

 

Kishimoto, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação (org.); - 11. ed. – São Paulo: Cortez, 2008.

 

Mittler, P. Educação inclusiva: contextos sociais; tradução Windyz Brazão Ferreira. – Porto Alegre: Artmed, 2003.

 

Wallon, H. A evolução psicológica da criança; com introdução de Émile Jalley; tradução Claudia Berliner; revisão técnica Isabel Galvão. – São Paulo: Martins Fontes, 2007. (Coleção Educadores).

 

Vigotskis, L.S; A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores; organizadores Michael Gole...[et al]; tradução Jose Cipolla Neto, Luis Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. – 7ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2007. – (Psicologia e pedagogia). 

Rosália Santana Magalhães

[1] Alunos (as) do 4° Ano de Pedagogia da FAEL.

[2] Cleonice Soares de Sales, Professora da FAEL.