Há dento de mim uma cigana louca, uma egípcia morena que por vezes quase não contenho.

Debochada, ri, zomba das minhas dores.

Dança, rodopia, rasga as roupas, tira os véus.

Não aceita quando a vida se torna serena, então tenho que sufocá-la com sonhos de liberdade, só aí a cigana morena, egípcia louca adormece.