Loucura, Brutalidade, muita dor, insanidade.

Mais uma vez, estou enojada, sinto náuseas. Está impossível continuar vendo, ouvindo, enfim assistindo a tanta barbárie. Onde está o limite, ninguém  respeita ,matar ou morrer não importa.

Se o individuo se aborrece ou as coisas não saem conforme a sua vontade é o suficiente para cometer todo e qualquer tipo de  comportamento arbitrário, irresponsável e criminoso.

Estou me referindo a um caso muito recente, ocorrido em Albuquerque, Mato Grosso, BRASIL ,noticia veiculada nos jornais e programas televisivos, 08 de maio de 2012, quando um motorista enlouquecido explode a sua fúria e sai cidade afora  atropelando tudo que encontra pela frente deixando um rastro de ódio e um saldo de pessoas mortas e feridas no corpo e na alma. Feridas que jamais cicatrizarão para os envolvidos física e emocionalmente.

Para os estranhos ao caso é mais uma tragédia que será esquecida logo, ante o imediato acontecimento de outros casos semelhantes e que já são considerados rotina, tanto pela população, como pelos órgãos governamentais.

Me parece que estamos no limite de nossas forças, se não houver uma tomada de atitude, um pulso firme e um governo que definitivamente coloque todos os Poderes a serviço da população, o caos já instalado continuará se alastrando e certamente o fim será muito mais trágico e definitivo.

O povo está desorientado, segue o rumo que a mídia indica, as famílias perderam o controle.

Aquelas normas que eram seguidas perderam a eficácia, o respeito familiar, a harmonia entre os parentes, professores, autoridades, tudo isso desapareceu e cada um faz o que bem entende. Achamos normal, ver as crianças, mandando em seus lares, não podem ser contrariadas, elas sempre dão a última palavra, vemos pais impotentes diante das exigências familiares, sejam financeiras ou morais e acabam sempre por ceder.

A educação enérgica é sempre muito criticada, mas os criados com mais rigor conseguiram ser pessoas mais equilibradas, diferentes das atuais, que chegam a idade adulta dependendo das famílias para sobreviver.

 Na verdade, não estamos generalizando, mas não precisamos ir longe para ver o que aqui está registrado,  sabemos que em nossas casas podemos tudo, nossos pais permitem tudo, enfim mandamos, porém a nossa vida não se resume as paredes do nosso lar. Quando saímos à rua e encontramos as adversidades, as nossas “armas caseiras” não funcionam e aí vêm os confrontos e consequentemente, é a hora de perder o rumo e cometer ou ser acometido de muitas loucuras, brutalidades, mostrar o nosso lado insano e causar muita dor não raro a nós mesmos.

 As pessoas estão muito assustadas fragilizadas a ponto de um parente meu de 76 anos, resolver que assiste apenas a desenhos animados na TV, onde se diverte e  se protege de tenta noticia ruim. 

Guarapari, 08 de maio de 2012

Vera Carly Lopes