O mercado brasileiro sempre demonstrou grande interesse pelo consumo de marcas famosas,  mas  poucas aqui foram  criadas com potencial para romper  fronteiras.

Ao se consolidarem nos mercados do mundo e serem procuradas, essas marcas adquirem valores substancias,  valorizando produtos que as ostentam e as empresas que as têm sob seu domínio.

As marcas que se destacam também colocam em evidência seus consumidores, razão pela qual são procuradas, independente dos valores envolvidos para sua aquisição.

O  mercado diferencia marca de griffe, estabelecendo classes para  produtos.

Grifar é  destacar, no texto, uma palavra ou frase.

Conta a história que a palavra, como hoje é usada,  vem de um impressor alemão chamado Sebastian Gryphe, que inventou a moda na cidade de Lyon, na França, em 1528. Seu sobrenome também originou a palavra griffe,  que se refere a marcas de prestígio no mercado.

Diz-se que a  palavra “griffe”, tinha uma definição diferente em 1951: “fita costurada no interior de uma peça de roupa, com o nome do costureiro ou estilista.”

Ou, de uma forma mais simples,  Griffe", em francês significa uma marca de personalidade.

Fato é que nos últimos anos muitas lojas mutimarcas passaram a vender produtos com suas marcas, reduzindo o espaço para fabricantes tradicionais e novos investidores.

Muitas lojas ou rede de lojas, devido ao sucesso obtido, passaram a trabalhar exclusivamente com sua marca, hoje consideradas griffes, atendendo as expectativas de um grupo seleto de consumidores.

Cada vez mais os produtos chegam ao mercado com excelência em qualidade, sem que grandes diferenças  sejam notadas, portanto o serviço que a marca presta é o único recursos para diferenciá-los.

O número crescente de concorrentes com  maior oferta de produtos encontra cada vez menos espaço para penetração nas lojas multimarcas.

O revendedor ou lojista hoje pode trabalhar com o estoque das fábricas, escolher aquelas que melhor se identificam com o seu público, que desenvolvem um trabalho de parceira que lhe  facilita a venda e , consequentemente, lhe dá  maior retorno.

Os consumidores dizem o tempo todo aos fabricantes  “ nos dêem bons motivos para comprar seus produtos”,  enquanto os lojistas fazem   coro dizendo, “nos dêem bons motivos para colocá-los em nossas lojas”.

Melhorar a comunicação com os lojistas, preparar a equipe de representantes comerciais, treinar os balconistas das lojas, informar o consumidor com cartazes no ponto de venda, em outdoor, em revistas, tem sido caminhos trilhados pelos fabricantes com maior freqüência em busca da preferência por seus produtos.

É verdade que muitas empresas desenvolvem esse tipo de comunicação de forma esporádica e pouco planejada. Muitas ao obterem algum sucesso reduzem as verbas de comunicação e em pouco tempo são esquecidas, necessitando um volume maior de recursos para retomar o espaço perdido, quando o conseguem.

Cada ponto percentual de espaço ocupado no mercado é resultado da conquista de um pequeno lugar na mente do consumidor, exigente, crítico, que procura os produtos nas lojas de sua preferência.

Fabricante, hoje cuidar só do produto não é mais suficiente, você terá que ganhar a simpatia e interesse do publico consumidor e espaço nas  lojas multimarcas,  cada vez mais disputados.

Ao planejar suas ações de comunicação para 2.009 é importante não só considerar novos espaços a conquistar, mas avaliar a retomada do espaço perdido em 2.008.

 

Ivan Postigo

Economista,  Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP

Autor do livro: Por que não? Técnicas para  estruturação de carreira na área de vendas

Postigo Consultoria de Gestão Empresarial

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