UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI
CAMPUS TORQUATO NETO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Dezembro de 2009 ? Teresina ? PI - Brasil


Artigo Cientifico de Administração: Logística Interna ? Estudo de Caso na Empresa Engecopi, Teresina - PI


Ana Karulina Alves Ferreira
Jessica Oliveira
Laissa Araújo Lima
Marilene de Abreu Libânio
Teresinha Rocha dos Santos


RESUMO: Ao longo da História o homem se deparou com vários problemas, entre este estava a organização e a coordenação de materiais em estoque, que se desencadeou principalmente, entre, e após a segunda guerra mundial. Arch Shaw mostrou que:
"As relações entre as atividades de criação de demanda e o suprimento físico ilustra a existência dos princípios de interdependência e equilíbrio. Uma falta de coordenação de qualquer um desses princípios ou ênfase ou dispêndio indevido com qualquer um deles vai certamente perturbar o equilíbrio de forças que representa uma distribuição eficiente."
Então pode-se definir logística como:
É o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informação correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo. (Christopher, Martin, logística e gerenciamento da cadeia de suprimento, pág. 02)
O assunto aqui abordado é de grande relevância no processo organizacional de uma empresa. A intralogística ou logística interna é quem coordena todos os processos de distribuição, armazenamento, reposição, posição, levantamento de dados estatísticos e de controle quanto ao número e a qualidade dos produtos em estoques que estarão a disposição para os clientes, através das vendas ou mesmo pesquisa de mercado entre os consumidores.
A logística interna trabalha com todos os processos administrativos, o planejamento, a organização, o controle, a coordenação e dirige as ações referentes aos fluxos de entradas e saídas de mercadorias, tanto para venda, como para as seções de reposição nos stands e nos balcões de revenda.
PALAVRAS CHAVE: aquisição, movimentação e armazenagem

ABSTRACT: Throughout history the man encountered several problems, this was between the organization and coordination of materials in stock, that triggered mainly between, and after the second world war. Arch Shaw, showed that:
" The relationship between the activities of demand creation and physical supply illustrates the existence of the principles of interdependence and balance. A lack of coordination of any one of these principles or undue emphasis or expenditure with any one of them will certainly perturbed the balance of forces that represents an efficient distribution.
Then you can set logistics:
Is the process to manage strategically acquisition, handling and storage of materials, parts and finished products (and information flows related) through the Organization and their marketing channels, so you can maximize the profitabilities present and future through the fulfillment of their orders at low cost. (Christopher, Martin, Logistics and Supply Chain Management, pp. 02)
The issue addressed here is of great relevance in a company's organizational process. The intralogistics or logistics is who coordinates all distribution processes, storage, replacement , position, survey of statistical data and statistical control over the number and quality of products in stock that will be available to customers through sales or market research among consumers.
The internal logistics works all the administrative procedures, planning, organization, control, coordination and directs the actions related to the flow of incoming and outgoing goods, both for sale and for replacement sections in the stands and desks of resale.
KEYWORDS: acquisition, drive and storage
1-INTRODUÇÃO
A Logística Interna caracteriza-se pelo manuseio de materiais, pessoas, embalagens e produtos, bem como sua distribuição no interior da organização e os processos de estocagem. Porter (1989, pág. 36) define:
"Logística interna são atividades associadas ao recebimento, armazenamento e distribuição de insumos no produto, como manuseio de material, armazenagem, controle de estoque, programação de frotas, veículos e devolução para fornecedores".
Ao fazer-se um breve histórico e conceituação do gerenciamento de depósitos, nota-se que, de acordo com as publicações antigas, dava-se pouca importância à atividade de armazenagem, bem como a questões relacionadas com o controle interno, com a velocidade da rotação de estoques e com as operações internas de depósitos.
A logística interna utilizada de maneira eficiente traz diversos benefícios para a empresa, tanto no âmbito financeiro (redução de custos), como no arranjo físico e distribuição de materiais, além da melhoria dos processos de manuseio e movimentação dos itens em estoque. Assim, o estudo sobre o tema elenca as técnicas como ferramenta imprescindível de planejamento das atividades da empresa, mostrando seus resultados positivos em relação ao mercado em que atua.
O estudo tem como objetivos analisar o funcionamento da logística interna, levantar os problemas, elaborar propostas de melhorias, observar o sistema de estocagem e os meios de transporte usados pela empresa. A metodologia utilizada para a classificação da pesquisa toma-se como base a taxonomia apresentada por Vergara (1990) em pesquisa de campo e bibliográfica. Pesquisa de campo por tratar de investigação realizada na Engecopi analisando a logística interna da empresa. Realizou-se entrevista além de observação não participante, a pesquisa bibliográfica foi desenvolvida com base em material publicado em livros, revistas, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral, bem como recursos audiovisuais como apoio na execução do trabalho.
A Engecopi, umas das maiores lojas de materiais de construções de Teresina, foi escolhida pelos autores deste artigo devido ao porte que possui e à sua conceituação no mercado, e também por ter um Centro de Distribuição com muitos aspectos para análise.
Os benefícios trazidos pela Logística Interna requerem um investimento considerado e possuem um retorno de longo prazo, porém as vantagens trazidas são de suma relevância para a organização como um todo.

2- CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
No dia 05 de dezembro de 1984 nasceu a ENGECOPI ENGENHARIA COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA, CNPJ 07.483.654/0006-77, possui vinte e cinco anos de história, seis anos prestando serviços de engenharia de construção e dezesseis como comércio de materiais de construção.
A Engecopi começou em uma época um tanto complicada, seu contexto histórico situa-se no início dos anos 90 sendo marcado por profundas transformações no mercado consumidor e o cenário empresarial brasileiro, este afetado com a recessão dos anos 80 e a inflação. Havia um clima de desconfiança do governo; que alterava as regras do jogo a todo o momento. Os planos Cruzado, 1986; Bresser, 1987 e Verão, 1989, intencionados em acabar com a inflação, fez com que a economia desestrutura-se, penalizando as empresas em geral. A inflação alta levou ao lucro presente e ameaçou o fluxo de caixa, levando aos dirigentes das empresas quase sempre sem nenhuma reserva. O desafio era trabalhar no imediatismo e ter um desempenho considerável na matemática financeira da inflação. O Plano Collor I, 1990 reforçou os planos anteriores além do confisco do dinheiro em circulação, configurando a arrogância econômica brasileira.
Engecopi caracteriza-se como uma empresa de médio porte do setor varejista do comércio de Teresina que comercializa materiais de construção. Apresenta como missão mercadológica:
? Prover o cliente do melhor serviço de atendimento;
? Fornecer produtos de alta qualidade a preços justos;
? Trazer lucratividade para a empresa, colaboradores, clientes, parceiros e comunidade onde vivemos.
? Atrair, desenvolver e manter pessoas capazes e leais.
A empresa cultiva valores que estimulam a fonte do poder e conhecimento aos seus colaboradores, acredita-se no potencial de cada um e que o verdadeiro controle está nos valores compartilhados e ajustados.
Engecopi utiliza das cores: amarelo, vermelho, e azul. O amarelo simboliza o estímulo a intuição, traz dinheiro, riqueza e sabedoria. O vermelho significa força e energia, o azul traz segurança, tranqüilidade e harmonia.
Cidadania, ética, responsabilidade, transparência e honestidade são princípios que sempre nortearam a empresa. Engecopi possui como visão de futuro ser uma empresa de referencia, com excelência no atendimento, solidez e confiança agregados à eficiência e qualidade.
No dia 17 de setembro de 2007, inaugurou a ENGECOPI HOME CENTER, localizada na Rua Magalhães Filho Nº 2004. Esta foi à filial por nós visitada e aqui analisada, que funciona como centro de distribuição as demais filiais.

3- RECEBIMENTOS DE MERCADORIAS
Centros de Distribuição ou CD configuram-se como pólos que recebem e transportam mercadorias ao seu destino. A administração de um centro de distribuição é um trabalho que exige paciência e controle rigoroso dos custos, que não agregam valor ao cliente.
A racionalização de um CD leva em conta a eliminação de pequenas despesas geradas pela improdutividade repetitivas em um processo. O centro de distribuição da empresa analisada atende aos seus clientes em um sistema de mistura, composto de vários produtos diferentes e cargas fechadas de um caminhão. O processo de recebimento de mercadorias ocorre em etapas conforme a ilustração são estas:
1- Recebimento de mercadorias;
2- Verificação das mercadorias;
3- Armazenagem de mercadorias;
4- Preparação das mercadorias para o ponto-de-venda.
5- A distribuição das mercadorias para as áreas de vendas apropriadas.
A empresa compradora Engecopi emite pedidos para muitos e diferentes fornecedores já devidamente selecionados. O fornecedor recebe o pedido solicitado e entrega a mercadoria referente ao mesmo na empresa compradora. Os pedidos resultam em uma nota fiscal com data de emissão e saída da mercadoria do estabelecimento do fornecedor. Registra-se, também, a data de entrada das mercadorias na loja, o prazo de pagamento conforme o negociado entre as partes.
O número e o peso das mercadorias devem constar em notas fiscais passíveis a verificação. O primeiro detalhe a ser analisado é se o número de embalagens de transporte da nota fiscal é coerente a quantidade física realmente entregue.
Depois de verificado que a mercadoria recebida atende as exigências da Engecopi, tendo a certeza de que o número de embalagens e as mercadorias estão em boas condições, bem como o preço e o prazo confere com o pedido original, efetua-se assinatura no canhoto da nota fiscal, o que certifica que aquele lote já foi inspecionado e aprovado no controle de qualidade.
O processo de recebimento em estabelecimento comercial é criterioso, deve-se ter muito cuidado na constatação de falhas pelo fornecedor, como falta de mercadorias e extravios no transporte destas. A empresa em estudo lança mão de um relatório de ocorrência enviado ao fornecedor, onde devem constar todas as ressalvas apuradas.
Em situações de falhas no fornecimento deve haver pacificidade de ambas as partes em solucionar o problema de forma a amenizar o prejuízo ao comprador. Caso a situação repita-se, o vendedor fica mal qualificado no mercado, além de perder o comprador, pela quebra de contrato por parte da Engecopi. A ilustração a seguir demostra o procedimento de verificação das mercadorias adquiridas.





No recebimento das mercadorias realizam-se conferências, onde algumas embalagens são abertas e é feito um controle por amostragem de uma embalagem aberta para cada lote de dez, verificando-se, com isso, a qualidade dos produtos adquiridos. Esse procedimento é realizado no ato e local de recebimento após analisado as embalagens, mediante exigências do pedido, com a nota fiscal do fornecedor.
O método de amostragem é o mais indicado devido o porte da empresa e a conseqüente impossibilidade de abrir todas as embalagens de comercialização para conferir as quantidades entregues. O controle final se fará quando as mercadorias forem expostas no ponto-de-venda e as embalagens de comercialização abertas.
No controle por amostragem, realiza-se uma amostragem aleatória, que mediante resultado insatisfatório inspeciona-se todo o lote fornecido. As embalagens de apresentação são protegidas, evitando-se danos que prejudiquem seu desempenho no ponto-de-venda, ou se estragarem pelo contato com o ambiente e o manuseio.
A empresa aqui abordada tem uma preocupação em estreitar laços com a sociedade, fornecendo produtos com padrão de qualidade estipulados que venham a atender as necessidades de seus clientes, fidelizando-os.
O estabelecimento comercial é o co-responsável pelos danos que as mercadorias podem causar ao consumidor, por isso todo cuidado nesse sentido é pouco e a qualidade é exigida desde a entrada do produto no CD, até o seu deslocamento ao consumidor final.
No entanto, para atingir a eficiência do sistema, deve-se ter uma distribuição interna de materiais e controle de estoque racional que atenda os objetivos da organização. A empresa analisada conta com um sistema de informação para manter em estoques todas as mercadorias de que necessita para realizar as vendas, sem, contudo, sobrecarregar a empresa pelo excesso de estoque.
A existência de produtos com etiquetas antigas indicará a necessidade de promoções, junto ao departamento de marketing, renovando assim o estoque. A Engecopi utiliza como sistema de avaliação de estoque o método PEPS, o que reduz o risco de obsolescência das mercadorias adquiridas, ocasionado principalmente pela inovação constante dos materiais de construção.
A empresa em questão entende ainda que o seu sucesso depende do desempenho de seus colaboradores, nesse sentido, realiza-se treinamento com todos os funcionários desde o operador de caixa, vendedor a operadores logísticos. São realizadas palestras ministradas por fornecedores, arrolando informações sobre características dos produtos adquiridos e procedimentos de armazenagem. Este método proporciona conhecimento, por parte de funcionários de todos os processos, gerando automotivação e especialização de um todo em detrimento de uma parte, proporciona ainda, o sentido de coletividade e trabalho em equipe em prol dos objetivos organizacionais internalizados pela organização como um todo.
Após o recebimento e verificação devida dos materiais em comparação ao padrão exigido, o próximo passo é a armazenagem ou estocagem, não menos importante e que exige um trabalho criterioso que utiliza de técnicas que auxiliam em um desempenho mais eficaz.
4-ARMAZENAGEM OU ESTOCAGEM DO MATERIAL
Armazenagem é um conjunto de funções de recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de matéria-prima, produtos acabados e semi-acabados. Ela aparece como uma das funções que se agrega ao sistema logístico, pois na área de suprimento é necessário adotar um sistema de armazenagem racional de matérias-primas e insumos.
"O processo de armazenagem envolve mercadorias, este apenas produz resultados quando é realizada uma operação, nas existências em trânsito, com o objectivo de lhes acrescentar valor" (Dias, 2005, p. 189).
¨Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre os custos e a melhor solução para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos os factores que influenciam os custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos" (Casadevante, 1974).
A empresa, que entrevistamos, utiliza os termos "armazenagem" e "estocagem" com freqüência para identificar coisas semelhantes. Embora saibamos que algumas outras empresas dão preferência dividir em dois grupos, referindo-se à guarda de produtos acabados como "armazenagem" e à guarda de matérias-primas como "estocagem". Mas isso varia de empresa para empresa, principalmente, porque a empresa em análise trabalha com produtos acabados. A armazenagem para ela está entre os tópicos mais importantes da cadeia logística. Possui um sistema de armazenagem bem aplicado na empresa com objetivo de solucionar e evitar diversos problemas que influenciam diretamente no processo de distribuição dos produtos, otimizando espaços e diminuindo sensivelmente o custo do produto para o consumidor final e conseqüentemente aumentado a competitividade no mercado.
"A utilização de um planejamento nas questões de logística interna na empresa corresponde a um diferencial na atual competitividade das empresas, visto que, esta atividade está diretamente relacionada com custos. Desta forma, a armazenagem e o manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas." (BALLOU, 1993, p. 152)
Segundo o senhor, JOSE LEAL, atualmente, as empresas estão muito niveladas em relação ao aspecto tecnológico, sendo a logística um dos principais diferenciais para a sobrevivência e o crescimento das empresas no mercado. Uma logística eficiente pode representar o diferencial de uma empresa e a ENGECOPI está sempre atenta a esses detalhes
Observou-se que existem diversos tipos de equipamentos de armazenagem que são utilizados de acordo com a necessidade do produto a ser armazenado e da área disponível.
Seu sistema de armazenagem é acondicionado por meio manual ou por equipamento de movimentação. Conforme o Senhor José Leal "Há algum tempo atrás, a ocupação física se concentrava mais na área do que na altura. Em geral, o espaço destinado a armazenagem era sempre relegado ao local menos adequado. O mau aproveitamento do espaço passou a ser, então, um comportamento anti-econômico. Racionalizar a altura ocupada foi a solução encontrada para reduzir o espaço e guardar maior quantidade de material."
Para aproveitar os espaços utilizam-se da verticalização de cargas (matérias) para o aproveitamento dos espaços verticais, contribuindo para o descongestionamento das áreas de movimentação e redução dos custos unitários de estocagem, também se utiliza de um sistema de armazenagem estático e dinâmico.
Utiliza-se de um sistema estático quando armazenam os produtos estocados e os mesmos não sofrem movimentos internos, após serem colocados manualmente ou através de equipamentos de movimentação nas estruturas de armazenagens-empilhadeira. Já o sistema dinâmico os produtos estocados sofrem algum tipo de movimentação interna, após serem colocados manualmente ou através de equipamentos de movimentação nas estruturas de armazenagens-empilhadeira.
Outra forma utilizada pela a empresa para armazenar seus produtos é quanto à forma construtiva como: armazenagem leve e armazenagem pesada.
Leves: São conhecidos como esteiras metálicas leves, constituídas por colunas em cantoneiras em "L" e prateleiras aptas a suportarem cargas máximas de aproximadamente 300 kg.
Pesada: São estruturas metálicas mais robustas apropriadas a suportarem cargas unitizadas, consideradas altas, cujo peso exige que sejam utilizados equipamentos de movimentação como empilhadeiras, pontes rolantes ou transelevadores. (um objetivo da empresa)
Em resumo, um sistema de armazenagem é a perfeita disposição das partes de um todo coordenadas entre si e que devem funcionar como uma estrutura organizada.
Para caracterizarmos um "Sistema de Armazenagem" é necessário que se tenha uma perfeita integração entre estrutura metálica, equipamento de movimentação, prédio/armazém, produtos a serem estocados, etc. Tudo isso para que se satisfaça às necessidades de cada empresa.
Através da visita aos centros de distribuição da empresa e em conversa com o gerente de logística, os fatores básicos que determinam a necessidade de armazenagem não fogem as regras dos estudiosos de logística interna, uma vez, que eles levam em conta os fatores básicos que determinam a necessidade de armazenagem, como:
? Necessidade de compensação de diferentes capacidades das fases de produção.
? Equilíbrio sazonal.
? Garantia da continuidade dos serviços.
? Custos e especulação.
? Redução dos custos de mão-de-obra.
? Redução das perdas de materiais por avarias.
? Melhoria na organização e controle da armazenagem.
? Melhoria nas condições de segurança de operação do depósito.
? Aumento da velocidade na movimentação.
? "Descongestionamento" das áreas de movimentação.
A ENGECOPI conta com uma atividade de armazenagem operacional ? visão interna, ou seja, um conjunto de processos voltados para estocagem, movimentação, processamento de produtos e informações, com finalidade de agregar valor e dar um salto de qualidade nos serviços ofertados, que de fato fazem a diferença para a escolha do consumidor.
Para agregar valor não basta baixar o preço ou conhecer as novas demandas da clientela. É preciso inovar em demanda de tecnologia, não somente no uso de uma tecnologia inédita, mas em uma nova forma de gerencia, principalmente no atendimento, a maneira como você recebe seu cliente. É importante que a inovação seja percebida pelos clientes. Para agregar valor, portanto, exige-se, investimentos em pesquisas para detectar as necessidades do cliente (Marketing), desenvolvimento de tecnologias e forma de administrar mais eficazes, Um olho no cliente ? outro na inovação. É por isso que no papel operacional da armazenagem da empresa está relacionado:
? Ao recebimento;
? À pré-embalagem;
? À entrada de materiais;
? Ao depósito;
? À separação de pedidos - picking (escolha);
? À embalagem;
? Ao acondicionamento e expedição.
?
5-MOVIMENTAÇÃO E LAYOUT LOGÍSTICO

5.1 Movimentação Interna de Materiais e Seus Equipamentos

O manuseio interno consiste, então, na movimentação dos produtos dentro do armazém, quer dizer, após o recebimento dos materiais é realizado a sua transferência interna para colocá-los em locais de armazenagem ou para a separação de pedidos. Quando, então, os pedidos são recebidos, os produtos solicitados são acumulados e transportados para a área de expedição. O transporte interno pode ser realizado por empilhadeiras, paletes, ou por outros meios de tração mecânica, quando se trata de cargas unitizadas maiores. Já no transporte para separação de pedidos, os produtos são transferidos para a área de separação ou seleção à medida que são processados os pedidos.
Já no processo de separação dos produtos, são agrupados materiais, peças e produtos em função dos pedidos dos clientes. A área de separação, geralmente, é localizada em um ponto do depósito que minimiza as distâncias a serem percorridas, e seus processos são coordenados por sistemas de controle informatizados. A movimentação de transporte interno é a forma como os produtos são armazenados e distribuídos em sua estocagem, obedecendo a um plano geral de administração do fluxo de materiais e de produtos, para que no final dos investimentos se tenha um todo coerente que atenda bem as necessidades da empresa. O deslocamento dos produtos em estoque até as prateleiras de cada seção são feitas por funcionários especializados da empresa Engecopi, e onde há o estoque de mercadorias, estas se movimentam em sua organização dentro do CD, através de carrinhos manuais, para cumprir a necessidade de ocupação volumétrica e a dos itens armazenados.
Os equipamentos que fazem a movimentação dos produtos obedecem a um plano administrativo do fluxo de materiais e de produtos. O estoque da empresa analisada utiliza equipamentos manuais, gerando um melhor resultado, caso estes equipamentos fossem substituídos por carrinhos elétricos, os produtos armazenados trariam melhor resultados pela não utilização da força física de funcionários, incentivando a motivação destes e adequando a Engecopi a novos conceitos tecnológicos.
A movimentação dos equipamentos da empresa é feita de forma rotineira, as distâncias percorridas são curtas, por causa dos CD que são bem práticos em suas interligações de passagens de um para outro. A arrumação das peças e produtos é armazenada da forma de um fluxo vertical, que utiliza melhor os espaços e é melhor para o manuseio.
A empresa estudada também utiliza de um deslocamento eficiente para os produtos de maiores vendas, sendo estes localizados próximos as saídas para aéreas de vendas otimizando tempo e eliminado esforços, o que reduz a fadiga humana. A movimentação interna dos materiais exige qualidade, para que estes não sofram desgastes ou quebras, como piso, telhas, portas e pias, por exemplo.
Os produtos são também organizados de acordo com o volume, tamanho, peso e giro de estoques, havendo conformidade de espaços utilizáveis dentro dos centros de distribuição. Na Engecopi os funcionários responsáveis pelo setor controlam os pedidos feitos pelos vendedores, e sabem a quantidade de cada produto em estoque. Tudo isso é gerenciado pelo gestor de logística da empresa, o qual desenvolve um plano geral de administração dos fluxos de materiais e dos produtos, de forma que, no final, o todo seja harmônico e contribua para a elevação da produtividade da empresa.
Dentro de todo esse processo ainda há a preocupação com o piso do CD, que tem de ser uniformes com os padrões, ou seja, de fácil limpeza na utilização e que garanta a segurança e o melhor deslocamento de seus funcionários.
A energia utilizada é a comum, mas eles possuem gerador de energia para eventualidades, e dar proteção as pessoas, pois atende as normas de segurança dentro da empresa, para não incorrer em responsabilidades civis e criminais, decorrentes de acidentes.
Engecopi também dispõe de meios que verificam a depreciação dos produtos, custo da operação, tempo despendido na operação, manutenção destes e a sua finalidade. Pode-se ainda observar que a empresa possui uma visão clara de que investimentos nas operações de armazenagem devem ter em vista atender as novas complexidades e minimizar o custo logístico total.
5.2 Layout
O layout é visto como um diferencial ao longo de toda a cadeia produtiva e tem como objetivo final e supremo do processo o consumidor. Na nova conceituação de cadeia varejista, todos os processos logísticos, que envolve da matéria-prima até o consumidor final, é hoje considerado uma entidade única, sistêmica, em que cada parte do processo depende das demais e deve ser ajustada visando ao todo.
Todavia, segundo Marco Aurélio (1990), o layout de uma empresa mantém relação com a movimentação de materiais, uma vez que leva em conta o produto (dimensões, características mecânicas, quantidade a ser transportada, edificação (espaço entre as colunas, resistências do piso, dimensões de passagens, corredores, portas, etc.), método (seqüências das operações, método de armazenagem, equipamentos de movimentação etc.), custo da movimentação, área necessária para o funcionamento do equipamento, fonte de energia necessária, deslocamento, duração do movimento, operador.
??Layout - Ao longo de toda a cadeia produtiva, o objetivo final e supremo do processo é o consumidor. Na nova conceituação de cadeia varejista, todos os processos logísticos, que envolve da matéria-prima até o consumidor final, é hoje considerado uma entidade única, sistêmica, em que cada parte do processo depende das demais e deve ser ajustado visando o todo??. (NOVAES, 2001)
O layout logístico da empresa ENGECOPI vem sendo aprimorado, constantemente, pela própria exigência mercadológica. Seu administrador logístico ressaltou, com ênfase, a importância do planejamento como fator decisivo na determinação de quais serão os custos para produzir o nível desejado de trabalho na empresa.
Em relação ao layout do deposito da empresa, verificou-se que seu arranjo físico viabiliza uma correta localização do setor de movimentação de mercadorias, devido a disposição dos blocos de paletes otimizadas.
Baseado na realidade da empresa, o gestor de logística tem por finalidade melhorar a movimentação das mercadorias no depósito, reduzir o tempo de carregamento e aumentar a área de paletes disponíveis para armazenagem, a fim de que o layout possa prover um bom fluxo de material, custos de operação baixos para estocagem, coleta e eficiente utilização do espaço de estocagem e do equipamento que leve em conta as atitudes programadas, o fluxo de materiais, a eliminação dos fluxos de materiais e que as últimas operações estejam próxima da entrega do produto, almoxarifado de processo estejam adequado às áreas de serviços para atendimento dos empregados, materiais bem posicionado, eliminação de manuseio, planejamento dos métodos de movimentação, reduzindo o tempo dos mesmos, as linhas de atravessamento devem ser bem diretas, espaço adequado evitando congestionamento das matérias e movimentação das pessoas, posicionamento dos operadores, evitando o máximo seu deslocamento, fluxo de material coerente com as necessidades internas.
Ao dimensionar o espaço da empresa, deve ser maximizada a ocupação volumétrica, proporcionar a plena utilização dos recursos, a fim de garantir a acessibilidade total dos itens a serem comercializados de maneira rápida e fácil; garantir a proteção dos materiais contra danos, a fim de poder manter o ambiente de armazenamento numa ordem impecável. É para isso que a empresa está trabalhando. Embora se tenha consciência dos pontos fracos, muitas vezes incompatíveis, a empresa flexibiliza os níveis de atendimento, principalmente no período de sazonalidade.
Observou-se nessa análise que a empresa necessita atender uma série de fatores, que só virão a contribuir para seu posicionamento no mercado, conforme considerações finais.
Como a empresa trabalha com vários itens, diversos produtos, vários fornecedores (A, B, C) Ela conta com a realização de operações eficientes que determina o grau de acesso ao material, através de uma mão-de-obra qualificada e segurança dos depósitos.
A disposição espacial (layout) é distribuída por centros de distribuição e os mesmos são diluídos por ruas. Nas ruas mais próximas ficam os materiais de maior saída do depósito e são armazenados nas instalações da saída ou expedições, a fim de facilitar o manuseio (itens de estoque).
Dentro dos CD observou-se facilidade de acesso às mercadorias proporcionadas por corredores retos de largura adequados a estocagem das mercadorias e sinalizados. Portões de acesso aos CD adequado ao tipo de materiais armazenados, tanto em altura como em largura. Cada centro de distribuição é estruturadas com prateleiras resistentes e adequadas ao produto a ser armazenado, a fim de manter a qualidade dos mesmos. O piso da empresa devido à quantidade de peso encontra-se danificado em alguns lugares, mas os gestores já estão investindo na reestruturação do mesmo. Observou-se, ainda, que as mercadorias são armazenadas, conforme a fragilidade, combustibilidade (no caso as tintas), volatilização e oxidação, volume, peso, forma, etc.
A ENGECOPI, como uma das maiores empresas no ramo de materiais de construção do Piauí, está aberta a sugestões nos seus diversos departamentos, principalmente, na parte de armazenagem e manuseio de mercadorias

6-CONCLUSÃO
Através da análise do estudo da logística interna da empresa pesquisada, pode se perceber a estruturação na área de armazenagem, principalmente, disponibilização de uma área física, que muito contribui para redução de custos e tempo por ser bem próxima dos consumidores, porque hoje os clientes querem comodidade e acesso rápido aos produtos. Dessa forma não tem mais espaço no mercado para empresas marcadas por ambiente atulhado de produtos estocados, layout mal planejado, recebimentos de matérias sem os devidos critérios definidos pelo comprador, dificultando e comprometendo o atendimento de qualidade.
Arranjo físico é uma técnica, é aperfeiçoar a estrutura física disponível de forma a atingir os objetivos da empresa, reduzindo custos e elevando os lucros.
A Engecopi Home Center possui uma área física destinada à estocagem bastante ampla e suficiente para estocar os produtos demandados por todas as lojas filiais e matriz. Existe atualmente um trabalho intenso e crescente de organização e armazenamento dos produtos pela diretoria logística da empresa. A partir das observações feitas no local e de acordo com a entrevista com o Sr. José Leal, constata-se a necessidade de aprimorar diversos fatores, como: colocação de um piso mais adequado e resistente ao manuseio e movimentação de itens pesados, sistema de endereçamento dos paletes (em processamento), com indicação da categoria do material e especificações, placas indicativas, informando qual material deverá ser encontrado naquele CD, a utilização de empilhadeiras automáticas para facilitar o acesso do espaço aéreo, etc.
Em relação ao estoque e aos custos inerentes a estes, é importante observar que o período de estoque da empresa é considerável: três meses de estocagem para abastecer todas as seis lojas da marca. Conforme relatado em entrevista, o período de recebimento é de quinze dias e não existem atrasos consideráveis na entrega. Isso posto, para o poste da empresa uma rotatividade muito baixa poderá vir a não atender a demanda. A redução do período de estocagem não se mostra tão essencial. A formação de estoques elevados é proporcional ao tempo de chegada do período. O nível de armazenamento será tanto maior quanto maior for o tempo de ressuprimento do material solicitado.
A redução do giro do estoque é mais um projeto do setor logístico da empresa. Mesmo com uma rotatividade aceitável, espera-se reduzir de três meses para, sessenta dias de estocagem, o que significa uma redução de área de 34% do tempo de estocagem atual, o que refletiria em uma considerável diminuição dos custos e, conseqüentemente, em uma alavancagem do lucro. É necessário fazer um estudo detalhado e o mais preciso possível da demanda de cada loja e tornar independente o setor de compra de cada uma delas. Assim, a redução da quantidade estocada será alcançada.
Há de se destacar a política de aproveitamento dos materiais quebrados e danificados pela empresa. A parceria que existe com ateliês e oficinas de artesanato em relação às vendas de cerâmicas e outros materiais quebrados e inutilizados têm conotação de responsabilidade ambiental e favorece o uso das áreas antes ocupadas por produtos para a armazenagem dos itens para venda.
É notável que muito tem a se fazer para otimizar os vários centros de distribuição existentes. Já existem bons projetos para tal, porém, o mais importante e fundamental para começar este trabalho perceber que a logística interna tem um impacto decisivo nos custos e lucros da empresa, pois estoque é investimento bem pouco rentável. Ele precisa girar, e rápido.
As empresas competem uma fatia do mercado, por isso tempo tornou-se moeda de valor. As mesmas buscam constantemente reduzir essa problemática, mas como fazer isso? São várias as possíveis soluções, bem como a rotatividade do estoque e previsão de demandas reais sobre os produtos estocados evitando, assim, o seu excesso.

7. REFERÊNCIAS
CHRISTOPHER, Martin: Logística e gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Ed 2ª. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
DIAS, Marco Aurélio, P. Administração de Materiais: resumo da teoria, questões de revisão, exercícios, estudo de casos. 3ª Ed. Compacta. São Paulo: Atlas, 1990.
VIANA, João José. Administração de Materiais: um enfoque prático. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
VERGARA, Sylvia Constant: Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
GURGEL, Floriano de Amaral. Logística Industrial. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2000.
POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. 4ª Ed. São Paulo; Atlas, 2007.
CLOSS, David J. Logística empresarial: O processo d integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.