LIVRO DIDÁTICO DE HISTÓRIA PARA O 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Acadêmicas: Gilzenir Mota Reis e Gilcélia Mota Reis
Orientadora: Profª Drª D jalmira de Sá Almeida

INTRODUÇÃO

Esta monografia visa à construção de Material Didático de História para o 6º ano do Ensino Fundamental: Livro do Professor, salientando Itaituba como Pólo Cultural de grande importância sócio-econômica para a região do Tapajós, para a Amazônia Legal e para o Brasil. A preocupação é enfatizar como eixo básico de discussão a falta de material sobre a formação do povo paraense e Itaitubense como resultado de movimentos migratórios de várias partes do país, influenciados por Planos Nacionais de Desenvolvimento do Governo Federal, a partir da década de 60, principal responsável pela ocupação do Norte do País. Além disso, é notória a diversidade cultural implantada pelos nordestinos (maranhenses, cearenses, paraenses e outros) na Amazônia Legal, especialmente na área ribeirinha, cultura heterogênea que não se encontra fielmente retratada nos compêndios didáticos adotados nas escolas do Brasil e especialmente do Norte.
Considerando a escassez de material escrito sobre o Brasil, o Estado do Pará e da Cidade de Itaituba e a necessidade de estudos dos aspectos regionais e locais previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais, faz-se necessária e útil a elaboração da coleção de Livros Didáticos de História por acadêmicos do Curso de História que priorizem a região, considerando que os livros existentes de História do Brasil e do Pará apenas destacam a área metropolitana de Belém, nunca evidenciando os Municípios, deixando de lado os municípios que tem destaque na economia do Estado do Pará e em conseqüência, uns de grande importância para o Brasil.
Com base em registros oficiais dos Órgãos Públicos, artigos de acadêmicos da região pelo Núcleo da Universidade Federal do Estado do Pará (UFPA) e alguns trabalhos monográficos realizados na Faculdade de Itaituba (FAI), ainda não publicados, sentiu-se a necessidade de aproveitar os estudos regionais aprovados por Banca de Pós-Graduação na preocupação de elaborar material didático adequado às peculiaridades regionais para servir de subsídio aos professores e alunos do 6º ano do Ensino Fundamental das escolas municipais sobre a história do Brasil.
De modo geral, a intenção é contribuir com o poder público no processo educativo, resgatando aspectos da realidade local que não têm sido considerados em livros nacionais, principal finalidade da presença da Faculdade de Itaituba na cidade, tendo em vista a prioridade em fazer a articulação do Ensino Superior com o Ensino Fundamental por meio das pesquisas dos acadêmicos que estão sendo lançados como profissionais no mercado de trabalho. Por outro lado, valorizando os profissionais da educação existentes na região, que conhecem as peculiaridades locais, convidando-os a participar da organização sistematizada dos conhecimentos históricos dos estudos universitários de Itaituba que, durante os Estágios Supervisionados e a realização dos Trabalhos de Conclusão de Curso, poderão aliar a teoria adquirida na Faculdade à prática escolar que a educação municipal exige.
Sabe-se, portanto, que até o momento, no âmbito escolar do município, não existe um material didático publicado que dê conta do tema: História Regional da Amazônia Legal, muito menos sobre a realidade dos municípios da região do Tapajós, inclusive com omissão de dados sobre a inserção dessa região no âmbito do Estado do Pará e Norte do Brasil, principalmente da América do Sul. Além disso, os estudos amazônicos e paraenses existentes para serem explorados nas escolas, enfatizam mais a biodiversidade de forma geral, esquecendo dos aspectos específicos da micro-região de Itaituba, principal centro de desenvolvimento mineral, agro-pecuário, industrial madeireiro e comercial do Sudoeste do Pará, tanto na Navegação quanto na Comunicação e Cultura, bem como nas atividades de Prestação de Serviços do Terceiro Setor pelas Organizações Particulares.
Por essas razões, justifica-se a execução deste Projeto Coletivo Interdisciplinar de Elaboração da Coleção do Livro Didático de História para os alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental, elaborada por acadêmicos do Curso de História que está sendo orientado pela Coordenação do Curso de História da FAI e supervisionado por docentes dessa Instituição de Ensino Superior.
A monografia consiste de um livro do aluno, com textos e atividades e um suplemento para professor, com estratégias de produção de conhecimento, instrumentos e recursos avaliativos e orientações metodológicas, como subsídio para o trabalho em sala de aula.
O Livro Didático de História para o 6º ano do Ensino Fundamental tem por objetivo atingir as escolas da região do Tapajós e do Município de Itaituba, destacando no tempo e no espaço a região Sudoeste do Pará como importante cenário econômico do Brasil, na América do Sul. Este trabalho foi realizado através de pesquisas sobre o município, destacando a posição de Itaituba como Pólo Cultural e comercial da região, priorizando antecedentes históricos da Região que se relacionam com a Historiografia do Pará, da Amazônia Legal e do Brasil, principalmente pela sua origem indígena e pelos seus aspectos sócio-econômicos, políticos e culturais, para evidenciar as permanências históricas e peculiares da região Amazônica.
Os fatos históricos sobre o Brasil, o Estado do Pará e o Município de Itaituba, foram organizados com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN?s) e nas novas metodologias curriculares, enfatizando Itaituba como pólo sócio-cultural da região, organizando conteúdos por série e adequando-os com exercícios voltados para as peculiaridades locais, elaborando a coleção de Livros Didáticos de História do Ensino Fundamental sob a orientação de professores de áreas afins, de forma interdisciplinar.
A presente Monografia foi executada por uma equipe de alunos da FAI História, durante o período do Estágio Supervisionado e de Realização do Trabalho de Conclusão de Curso, no prazo de 06 meses, de julho de 2010 a dezembro de 2010, utilizando vários instrumentos de pesquisa-ação: pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, formulários, entrevistas, representação gráfica, seleção de conteúdos, textos locais e regionais, depoimentos de especialistas e de pioneiros, bem como de informações dos órgãos oficiais, visando à integração de projetos sociais, efetivando assim a articulação do Ensino Superior com o Ensino Fundamental, tendo como público alvo as classes de acadêmicos de História, professores e alunos do Ensino Fundamental. Para a elaboração deste trabalho, questiona-se: Dos livros Didáticos de História que são utilizados na rede pública de ensino, quais enfatizam questões voltadas ao cotidiano local? E para o 6º ano, o que está reservado em termos de inclusão da microrregião Sudoeste do Pará, Amazônia Legal, no Estudo da Historiografia do Brasil?


1. ELABORAÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO

Quando se fala em Livro didático, lembre-se logo em um material informativo utilizado para o ensino-aprendizagem, usado em Instituições sejam elas Estaduais Municipais ou privadas.
Este material de ensino surgiu com proposta de deixar informações através de seu contexto e história. Desde sempre o homem buscou informações sobre tudo ao seu redor, mesmo que de um jeito ou outro se desenvolva través de um ato o efeito. Sua mania de informação levou a criação de um histórico, reunindo informações sobre seu meio, suas crenças e desenvolvimento dentro de uma determinada sociedade.
A partir deste desenvolvimento na sociedade, surge a idéia de "organizar informações". Estas então passam a serem distribuídas entre todos para o conhecimento de seu mundo e suas realizações. Entretanto, com o passar dos anos esta reunião de informações passam a serem discutidas dentro de um Sistema maior que rege a sociedade, e passa a delimitar o enfoque das "cartinhas ou cartilhas", nome que se deu ao material que reunia informações gerais antes ensinadas pelos primeiros educadores. De "cartilha" passou a chamar-se de livro, e mais tarde Livro Didático, instrumento de ensino utilizado pelo o professor e seus alunados. Este material de ensino é utilizado até hoje, e sempre está em modificação.
Questionamentos sobre o livro Didático são sempre atuais e importantes. De modo em geral, todos os livros necessitam ser compreendidos seja eles pelo processo de produção, distribuição e consumo. Tais aspectos deixam claros que nenhum livro didático pode ser aprendido como produto abstrato ou neutro, distanciado do contexto histórico que existiu e existe.
O professor de história quando passa a trabalhar com a disciplina o Ensino de História, diferentes as outras áreas específicas, possui um papel importante em sua atuação, suas concepções de educação, de ensino e aprendizagem tendem a ganhar atenção perante seus alunos, já que a disciplina é apresentada pelos mesmos de " chatice e coisa velha". Cabe ao professor através de seus métodos, popularizarem seus alunos diante das questões debatidas em volta do ensino histórico, familiarizando-os, e apresentando-os a todos eles, todo o processo histórico que ocorreu e que ocorre, deixando bem claro que mais cedo ou mais tarde "o devido presente se torna passado", tornando-se uma fonte de informações, pois tudo se transforma.
O livro didático é importante, pois dependendo da utilização dele pelo professor, o conhecimento histórico assume na relação ensino-aprendizagem determinados significados, desde um conhecimento que não tem nenhum sentido para o aluno, até a possibilidade de trabalhar conhecimentos que contribuam para sua formação mais crítica e consciente, pois há restrita relação com suas experiências e sua realidade. "Permite também o conhecimento do seu aspecto político e cultural na medida em que reproduz e representa os valores da sociedade em relação à sua visão de ciência, da história, da interpretação dos fatos e do próprio processo de transmissão do conhecimento." (MARIA ABUD, 1986: 81).
Desse modo, pode-se dizer que o livro didático, é um "material impresso, estruturado, destinado ou adequado a ser utilizado num processo de aprendizagem ou informação" (OLIVEIRA, GUIMARÃES e BOMÉNY, em A Política do Livro Didático, p.23) Dada a importância do livro enquanto instrumento de ensino, é indispensável ao professor por ser um dos canais de transmissão e, sobretudo, de manutenção dos mitos e estereótipos que povoam a História do Brasil. Cabe ainda, uma parte importante da função de continuar alimentando a concepção de História do Brasil que vem sendo construída desde o séc. XIX (MARIA ABUD,1986:81).
Assim, diante tanto de proposta, como de aceitação a respeito do que se ensina, e como se ensina através do Livro Didático, encontram-se apenas questionamentos, em volta do Ensino Histórico, pois entender a "História do Brasil e do Mundo", e seus fundamentos dentro de uma determinada sociedade, independente de tempo, espaço e civilização, torna-se uma tarefa que necessite de uma total paciência, determinação.
O livro didático é um material importante para o professor o qual serve de referencial para outras pesquisas a serem aplicadas em sala de aula. Portanto, ele deve ser adaptado a cada região e flexível na mão dos professores onde ele poderá relacionar seus temas com a realidade dos seus alunos, obtendo maior participação estimulando o interesse em aprender, começando pela história de seu Município, Estado e País, e mais a frente conhecendo a história dos outros continentes.
O livro didático também é importante por seu aspecto político e cultural, na media em que reproduz e representa os valores da sociedade em relação a sua visão da ciência, da história, da interpretação dos fatos e do próprio processo de transmissão do conhecimento. (OLIVEIRA, GUIMARÃES, BOMÉNY, 1984: 11)
Partindo da idéia de OLIVEIRA, GUIMARÃES e BOMÉNY em seu livro a política do livro didático, o mesmo tem que vim adequado a realidade de cada região. Como podemos observar os livros didáticos estão estruturados em padrões que não correspondem a nossa realidade, tornando difícil a atuação dos professores que somente agora estão se especializando na área.
2. METODOLOGIA
O ensino da história no nível fundamental está sendo proposto no seu currículo reflexões e debates para professores e alunos para estimular a aprendizagem. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) apresentam princípios, conceitos e orientações para atividades que possibilitem aos alunos a realização de leituras críticas dos espaços, das culturas e das histórias do seu cotidiano.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais estão organizados em duas partes. Cada uma delas pode ser consultada de acordo com o interesse mais imediato: aprofundamento teórico, definição de objetivos amplos, discernimento das particularidades da área, sugestões de práticas, possibilidades de recursos didáticos, entre outros.
Na primeira parte, são apresentadas algumas concepções curriculares elaboradas para o ensino de História no Brasil apontando as características, a importância, os princípios e os conceitos pertinentes ao saber histórico escolar. Também são apresentados os objetivos gerais da área para o ensino fundamental. São eles que sintetizam as intencionalidades das escolhas conceituais, metodológicas e de conteúdos, delineados na proposta.
Na segunda parte, são apresentados os eixos temáticos e os critérios que fundamentam as suas escolhas. São discutidas, ainda, as articulações dos conteúdos de História com os Temas Transversais. A seguir encontram-se os princípios de ensino, os objetivos, os eixos temáticos e os critérios de avaliação propostos. Os conteúdos são apresentados de modo a tornar possível recriá-los, considerando a realidade local e/ou questões sociais contemporâneas.
As orientações didáticas destacam pontos importantes da prática de ensino e da relação dos alunos com o conhecimento histórico, que ajudam o professor na criação e avaliação de atividades no dia-a-dia.
A coleção do livro didático é a continuidade de um projeto que tem por objetivo adaptar o livro a realidade local. Como sabemos através de nossas experiências como professor e aluno temos grandes dificuldades de entender os conteúdos propostos, por não atender a realidade de cada região. Como afirma SCHIMIDT e CAINELLI:
É preciso destacar que a utilização da historia local como estratégica pedagógica é uma maneira interessante e importante para articular os temas trabalhados em sala de aula. O uso dessa estratégia no trabalho com história temática exige que se estabeleça, de forma contínua e sistemática, a articulação entre os conteúdos da história local, da nacional e da universal. (SCHMIDT, CAINELL,I 2004:115).
As autoras acima citadas, em seu livro "Ensinar História", ressalta a importância de se utilizar histórias de nossas realidades, criando uma ligação entre aluno e a disciplina de História tornando mais fácil o processo de assimilação. Atualmente, um dos importantes objetivos do ensino da História é contribuir para que o aluno conheça e aprenda a valorizar as histórias locais, seus patrimônios históricos e principalmente aqueles que hoje só fazem parte das lembranças de alguns. Como afirmam SCHIMIDT e CAINELLI (2004:115) "Assim alguns trabalhos podem ser desenvolvidos, no sentido de tornar esse conhecimento mais próximo do interesse e da cultura do aluno."
A disciplina de História passou por vários processos até alcançar essa posição que ela ocupa hoje dentro do currículo escolar. Seus temas e desenvolvimento do livro, cria nos discente essa idéia de uma história aos heróis, seus grandes feitos e fatos históricos. A esse respeito SCHIMIDT e CAINELLI enfatizam que aproximar o aluno da sua cultura, é um ótimo passo para se estimular o interesse em aprender a História. Inclusões, organização dos conteúdos por unidade e das unidades por bimestre
3. ESTRATÉGIAS DE ENSINO /ATIVIDADES (explicar como devem ser dados os exercícios, textos, técnicas de dramatização que serão adotadas)
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


1ª UNIDADE: BRASIL: DA COLÔNIA À INDEPENDÊNCIA.

I BRASIL COLÔNIA: ÍNDIOS, NEGROS E BRANCOS
1.1 Brasil Colônia

O Brasil, antes de sua conquista, tinha guardado consigo um segredo muito grande, que nem mesmo os seus habitantes sabiam o tamanho da sua importância. Sua flora, fauna e todos os recursos existentes na mesma , mas depois da conquista, todos os seus segredos foram desvendados. O índio vivia em seu habitat natural , sem se preocupar com o acúmulo de riquezas, entretanto, pela ambição e interesse dos conquistadores as riquezas do Brasil começaram a ser levadas pelos europeus que investiram em seus países, iludindo e escravizando os índios com objetos de pouco valor . Introduziram sua cultura exploraram as florestas do Brasil e mudaram o modo de vida dos nativos, assim acumularam riquezas em seus países. Mais tarde, a região que hoje corresponde à América do Sul foi dividida em duas partes entre espanhóis e portugueses. Essa divisão atraiu a atenção de outros países, tais como França, Inglaterra e Holanda que, da mesma forma também adquiriram colônias na América central e América do Norte. Porém , o que atraiu a atenção de tantos europeus foram as riquezas vegetais e minerais. Esses produtos extraídos eram levados , transformados em produtos manufaturados e vendidos na colônia a preços altos. Será que hoje é diferente de antigamente? Podemos dizer que a dificuldade financeira, o desemprego e a pobreza são heranças do modo como o país foi colonizado, por isso, o Brasil ainda é um país em desenvolvimento.
O território que hoje corresponde ao Brasil foi colonizado pelos portugueses e faz parte do contexto de exploração do Novo Mundo, cujos objetivos eram reforçar o poder dos monarcas absolutistas e enriquecer à s nações européias.
Em 1500, com a chegada da expedição comandada por Pedro Álvares Cabral,
o Governo Português iniciou o processo de dominação das terras brasileiras, reconhecendo-as oficialmente como uma colônia de Portugal , dentro dos limites do Tratado de Tordesilhas.


Mapa da Divisão da América pelo Tratado de Tordesilhas

Pelo mapa acima percebe-se que, o Brasil do século XVI não apresentava a mesma extensão territorial de hoje. Estendia-se da costa banhada pelo Oceano Atlântico até a linha imaginária estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas em 1494. Entretanto, os limites desse tratado começaram a ser desrespeitados no século XVII, com a ação de aventureiros, caçadores de índios, missionários e exploradores dos produtos da floresta amazônica
Entre 1500 e 1530, o único interesse da coroa Portuguesa nas terras brasileiras era o pau brasil. Nas duas primeiras décadas, nenhuma medida foi tomada para iniciar a ocupação de suas terras ou para organizar a administração do território.

Foto do desembarque de Cabral em Porto Seguro, na Bahia em 1500.
O Pau Brasil era muito valorizado no comércio europeu, por que de le se extraía uma tinta vermelha utilizada para tingir linho, seda e algodão. A sua madeira também era usada na fabricação de móveis e embarcações. O trabalho de derrubar e transportar as árvores era feito pelos índios em troca de espelhos, chapéus, tecidos, pentes louças e objetos de ferro, tais como: machados, foices, tesouras, facas, anzóis e enxadas.
Era o escambo, uma relação de troca de trabalho por produto, uma forma de exploração da mão de obra indígena, já que esses objetos tinham pouco valor comercial. A exploração do Pau Brasil logo depois da chegada dos portugueses passou a ser predatória. O governo português tinha o monopólio sobre a exploração do Pau Brasil e arrendava o direito de extraí-lo e vendê-lo na Europa aos comerciantes interessados. Um comerciante que vendia o produto era Fernando de Noronha, que deu nome ao Arquipélago brasileiro.
Ainda no início do século XVI, a metrópole portuguesa passou a ter a preocupação de afastar contrabandistas estrangeiros, principalmente franceses que extraíam madeira no litoral do Brasil, sem autorização do rei de Portugal. Mesmo assim, continuou comercializando com o oriente porque um navio com especiarias , tapetes, cristais, porcelanas, jóias ,seda e marfim, valiam mais do que um navio carregado de Pau Brasil. Isto mostra o pouco interesse comercial que o reino , no início, tinha pelo Brasil.

Foto: Pau Brasil
Quando os lucros com as mercadorias orientais começaram a diminuir, a coroa passou a se interessar em explorar os produtos do Brasil. Também a ameaça d e invasão da colônia por outras nações européias preocuparam ao governo português, pois espanhóis e franceses já estavam com amizade com os indígenas, os quais facilitavam os carregamentos regulares de madeira e animais para a Europa. A solução era povoar o território, principalmente nas regiões litorâneas, e procurar ouro e prata no Brasil como já ocorria nas colônias espanholas da América. Assim, foi a 1530 que começou, de fato, a colonização portuguesa no Brasil, iniciando com a ocupação e organização de seu governo. Para isso, os indígenas foram escravizados para trabalhar na extração do Pau Brasil, entre outras tarefas, o que provocou conflitos entre colonizadores e nativos.
Com interesse de ampliar os lucros com a colonização do Brasil, os portugueses procuraram alternativas de investimento, introduzindo o cultivo da cana e a produção de açúcar, pois, entre as especiarias orientais, o açúcar era a mais cara, além disso, para os portugueses trazer esse produto da Ásia, de onde era originário, ficava cada vez mais caro. Como no século XV, os portugueses já tinham iniciado sua produção de açúcar na Madeira e no Açores, Ilhas situadas no Atlântico, e já possuíam experiência na montagem de engenhos e no plantio da cana, introduziram no Brasil lavouras e engenhos à custa do trabalho de índios e de escravos africanos. E, aos poucos, foram trocando o escambo pelo trabalho escravo também do índio.

Nomes que o Brasil teve

A Sociedade Açucareira

A escravidão

O Governo da Colônia

1.2 Índios

II. Absolutismo: império.
I. Governo de Dom Pedro I.
II. Movimentos Nativistas.
III. Regência.
IV. Independência.

2ª UNIDADE: Brasil: do império aos reinados.
I. O governo de Dom Pedro II.
II. Trabalho escravo.
III. Economia.
IV. Sociedade.
V. Cultura.
VI Relação com outros Países.

3ª UNIDADE: Brasil República.
I. O Poder Republicano.
II. O café e a república dos coronéis.
III. As indústrias e os operários.
IV. A Trajetória do populismo.
V. A Democracia.
VI. A Ditadura Militar.
4ª Unidade: Desenvolvimento econômico.
I. Trabalhadores Rurais e Operários Urbanos.
II. Cultura e Educação.
III. Participação Política.
IV. A Redemocratização.
V. Da Ditadura ao Brasil Novo.
VI. A Transição Democrática .



5ª UNIDDADE: TRANSPORTE DE COMUNICAÇÃO
I. Primeiros caminhos do Pará: Navegação
II. As hidrovias
III. As rodovias
IV. O Transporte aéreo
V. Transporte das imagens e das palavras
VI. Mídia paraense
VII. As Migrações
6ª UNIDADE: PRODUÇAO DO PARÁ
I. Ciclos de produção
II. Agricultura e pecuáriaª
III. Microrregiões do Pará
IV. Siglas e abreviaturas
V. Minério, comércio e indústria
VI. Circulação de mercadorias
VII. Produtos e matéria-prima
VIII. Empresas e empreendimentos
IX. Planos, programas e projetos

7ª UNIDADE :SEGURANÇA NO PARÁ E SIMBOLOGIA
I. Sistema de segurança; Forças armadas do Estado
II. Divisão Político-administrativa do Pará
III. Limites e fronteiras: domínios
IV. Símbolos Estaduais
V. O Litoral do Pará
VI. A Ocupação do Sertão
VII. Cultura, Esporte e Lazer
VIII. O Folclore do Pará
IX. O Turismo e Pontos Pitorescos
X. Parques e Florestas
XI. Reservas Ecológicas e Indígenas
8ª UNIDADE: EDUCAÇAO E SAÚDE NO PARÁ
I. Educação e Ensino
II. Saúde e Meio Ambiente
III. Dados Estatísticos
IV. Abrangência do SUS
V. Saúde Indígena (FUNASA)
VI. Programas assistenciais
VII. Programa de inclusão

9ª UNIDADE: PODERES DO PARÁ
I. Governos Estaduais: a capital
II. Municípios do Pará: o interior
III. Serviços Públicos Estaduais e Municipais
IV. Programas e Planos Federais
V. Projeto e Perspectivas Atuais

10ª UNIDADE: MITOS E LENDAS

5. AVALIAÇÃO (explicar como será a avaliação, os tipos, etc)
6. BIBLIOGRAFIA
Observação : Detalhes no próximo artigo.