ANÁLISE DA PELÍCULA SHREK 1

O filme animação SHREK 1 dirigido por Andrew Adamson e Vicky Jenson é um conto moderno baseado no livro de William Steig que vai totalmente contrário aos contos tradicionais que conhecemos, um conto de fadas ás avessas. Quando imaginamos um herói, um príncipe desses contos, nos vem na mente um rapaz belo em seu cavalo, de sutilezas que lutará para salvar a princesa ou que com um beijo a despertará de alguma maldição. Mas o personagem Shrek e seu burro falante é completamente diferente disso, trata-se de um ogro verde, que mora num pântano, toma banho de lamas, se alimenta de insetos, feioso, fedorento e com maus hábitos, características inversas que se possa imaginar para um príncipe.

Outra observação que podemos fazer é que os príncipes enfrentam bruxas, dragões e todo tipo de vilões para resgatar a princesa e merecer seu amor, só que nesta história o personagem Lord Falquaad aspirante a príncipe que deseja um reino perfeito com uma princesa perfeita em vez de ir ao resgate desta princesa pra seu reino manda o ogro fazer seu papel, e dando continuidade a aversão o Lord não tem nada de galã, é feio, quase anão, mal humorado e ruim. Por sua vez a personagem princesa Fiona uma dócil, gentil e bela mulher, esconde características peculiares como saber lutar e tem segredo, uma maldição que ao sol se pôr ela vira ogra e fica feia como Shrek.

O filme apresenta as característica dos contos de fadas conto como: o momento romântico, momento cômico e momento dos opositores, ideia foi criar uma sátira crítica com a participação dos mais ilustres personagens das fábulas e de contos infantis, como Branca de Neve, Robin Hood, Três Porquinhos, Pinóquio e o Lobo Mal da história da Chapeuzinho Vermelho. Mostrando desde o início do filme quando Shrek está lendo um livro que conta o enredo do filme da princesa Fiona e quando em dado momento ele rasga a página e diz: como se isso fosse acontecer, mostrando a descrença e desinteresse das crianças de nosso tempo pelas histórias dos contos infantis.

Shrek surge como o anti-herói ou herói ás avessas que resgatará a magia, o maravilhoso da Literatura Infanto-juvenil que estava caindo no esquecimento trocado pelo vídeo game, pelo computador. O filme mostra-se ser um reconto com final feliz, mas que termina de maneira diferente, mostra a possibilidade de se contar uma história de outra forma, mostra o diferente, com outro final que nem se podia imaginar, onde a beleza não conta e sim o amor.

O filme partiu para o real, para as possibilidades dando uma nova roupagem para os contos, um reconto observando os estereótipos dos telespectadores, respondendo às perguntas que ficavam, preenchendo as lacunas que a modernidade mostrou nessas histórias infantis.    

Referência bibliográfica: ADAMSON, Andrew & Vicky Jenson. (Diretores). Shrek (filme). Produtores: Jeffrey Katzenberg;

Aron Warner; John H. Williams; DreamWorks SKG e Pacific Data Images