Linguagens da História ? O Historiador: suas escolhas teóricas e utilização da oralidade e da memória como linguagens da história ? Antonio Germano Magalhães Junior

Ao ler vários textos com o objetivo de problematizar a relação história, memória e história oral, percebi que a cada leitura se transformava em uma profunda reflexão sobre a importância da construção de uma história, tendo como foco principal a história oral.
Em primeiro momento, a minha tentativa de problematizar estas relações, perpassa sobre o texto "Linguagens da História ? O Historiador: suas escolhas teóricas e a utilização da oralidade e da memória como linguagens da história" de Antonio Germano Magalhães Junior.
Em seu texto, o autor busca refletir sobre a relação entre o papel do historiador, suas escolhas teóricas e a utilização da oralidade e da memória como linguagem da história. Suas reflexões se iniciam através da exposição do dever do historiador, deixando bem claro que o historiador deve ser um construtor de problemáticas, e deve, ainda mais, proporcionar o aparecimento dos fatos através de seus questionamentos em relação ao ocorrido, ou seja, o historiador ao fazer uma busca do presente para o passado e vice-versa, pode descobrir vários novos dados explicativos e construtivos para uma nova construção de fatos históricos.
O texto relata também, que o historiador não deve seguir pelos caminhos da investigação histórica sem ter consciência do que acredita, e que este ato de creditar, não deve interferir na verdade, pois o historiador deve possui a capacidade de interpretar e de poder reconstruir o que já se passou, proporcionando um sentido aos acontecimentos.
O autor enfatiza ainda mais a importância do ser historiador na construção dos fatos: " na realidade somos construtores do agora; vivendo em uma relação com as marcas deixadas pelo ontem e as vontades de marcar o amanhã, vivemos esse eterno devir, construindo ações influenciadas pelos nossos posicionamento teóricos" (MAGALHÃES Jr, Antonio Germano. 2003: p. 33).
O tema desse texto que na verdade é o que estar em questão, traz em seu desenvolvimento uma forma de pesquisa na construção e no entendimento da história. O autor relata que ao optar por trabalhar com a construção do conhecimento, o historiador não deve considerar apenas o procedimento teórico, mais também deve utilizar artifícios metodológicos em conjunto da suspeita permanente, para que possa trilhar os caminhos da pesquisa. O texto mostra a importância da consciência na opção teórica, pois é essas opções teórica que servirá de esboço para as análises interpretativas. Segundo o autor: "uma pesquisa que pretende trabalhar com um tempo revisitado através da oralidade e de memórias faz parte de uma opção teórica" (MAGALHAES Jr, Antonio Germano. 2003: p.38).
O texto mostra também, que a escolha teórica não significa o congelamento do objeto estudado, pois é a visão do pesquisador que deve mover a pesquisa com o objetivo de reconstrução utilizando a oralidade e a memória. Com isso podemos perceber a importância da utilização da oralidade e da memória como umas das fontes principais para a linguagem da história, que por sua vez estar anexa ao posicionamento teórico escolhido pelo pesquisador.