LIMITES COMO INSTRUMENTO NA EDUCAÇÃO 

         Um tema delicado, que pode nos levar para várias vertentes, onde pais, especialistas e educadores opinam e fazem por vezes suas próprias teorias.Contudo, sabemos que educar não é fácil e que exige uma observação maior a respeito da teoria em que estamos nos baseando para educar nossas crianças.

       É preciso lembrar que crianças crescem que fomos todos crianças um dia e que a segurança,a proteção, as regras estabelecidas por nossos responsáveis, resplandecem o que somos hoje, enquanto adultos e seres humanos.

       O pai e a mãe que coloca limites para seu filho, está lhe proporcionando a possibilidade de estabelecer vínculos de respeito, consideração e valorização  conceitos hoje tão distorcidos e deteriorados nas relações.

      Birras, gritos, choros, vão fazer parte do desejo de atenção da criança, cabe a você adulto fazê-la compreender que seus direitos terminam quando começam o direito do outro. Isso requer organização e cuidado que pode ser ensinado no dia a dia através de atitudes.

      Quando você deixa seu filho espalhar os brinquedos que quiser e estabelece para ele que precisa guardar, todos ao término da brincadeira e que deve organizar a “bagunça” que fez, “bagunça essa necessária e sadia para uma criança”, você está ensinando-lhe a desenvolver  atitudes responsáveis diante das coisas e das pessoas. Não se iluda, achando que essa atitude terá importância  apenas para aquele momento, servirá para todos os outros.

     Nada demais é bom, nem nada de menos. Tudo na vida precisa de equilíbrio. Amor demais causa danos, amor de menos também, rigidez demais promove filhos inseguros, permissividade demais provoca filhos sem limites; falta de amor desorganiza qualquer ser humano, amor sem limites causa inconseqüência nas atitudes.Equilíbrio é a palavra chave. 

           E quem disse que é fácil educar? 

     Educar requer compromisso, esforço, responsabilidade, dedicação, valores, sabedoria, paciência, amor... Tudo dentro de um limite sem excessos ou escassez.

     As crianças sabem buscar o que querem, mas não sabem se podem ou devem fazer, cabe aos pais essa orientação. São os pais que tem que delimitar esse diferencial para criança, do possível e do impossível. Bom senso e regras na educação dos filhos não faz mal a ninguém, muito pelo contrário. Dá condições a criança, de diferenciar o que é permitido e o que não é.  É preciso aprender e saber dizer “não” para educar, sem culpas e sem medos.

 

     Sentimentos e educação que se constroem em bases sólidas, não se desfazem no primeiro vendaval. É a regra universal de conduta nas ações, ou seja, “fazer ao próximo o que gostaríamos que o próximo nos fizesse”.Mas para isso precisamos educar nossas crianças com visão de um mundo de respeito ao outro, através de nossas próprias atitudes, não somos o universo, não somos os únicos no mundo, somos parte integrante dele e nossas crianças precisam ter consciência disso, através dos nossos atos. Não deixe que o mundo ensine para seu filho o “errado”, quando ele poderia aprender o “certo” dentro de casa. Não prometa para seu filho aquilo que você não pode cumprir, não tire a credibilidade que seu filho deposita em você, pois você é e sempre será referência para ele. 

Texto elaborado por

Sandra Lima

Psicóloga

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