LIDERANÇA: Avaliação entre Gestores e Liderados das UBS do PSF UNASP

 

Ailton Novais1

César Ornelas2

1 Discente do Curso de Pós Graduação Lato Sensu de Saúde Pública e Gestão com Ênfase no PSF, do Centro Universitário Adventista de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua César Bierrenbach, 170 - Jardim Amália - SP. CEP: 05892-350. E-mail: [email protected]

2 Docente do Curso de Pós Graduação Lato Sensu Saúde Pública e Gestão com Ênfase no PSF, do Centro Universitário Adventista de São Paulo. Endereço: Rua Barão do Bananal, 640, apto 102 - Vila Pompéia - SP. CEP: 05024-000. E-mail: [email protected].

RESUMO

Liderança pode ser definida como a condução de um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e ações, para atingirem objetivos e metas de interesse comum deste grupo, baseado num conjunto coerente de ideias e princípios. A liderança deve atingir o ambiente organizacional do trabalho, o comprometimento, a motivação e a comunicação dos funcionários, mas, nem todos os gestores têm essa habilidade ou consciência, de que precisa aprimorar seus conceitos quanto a sua liderança. Esta pesquisa teve por objetivo verificar as diferentes visões sobre liderança entre gestores e liderados nas UBS do PSF UNASP, e suas contribuições no cotidiano. Trata-se de um estudo descritivo desenvolvido através de questionário estruturado elaborado pelos pesquisadores, a fim de abordar a interação entre gestores e liderados de algumas Unidades Básicas de Saúdetendo a opinião destes quanto à inter-relação gestores / liderados, o modo pelo qual esta relação se dá e a maneira que enfrentam situações de desarmonias. Foram entrevistados 25 sujeitos, sendo 11 gestores e 14 liderados (Enfermeiros) das UBS do PSF UNASP/SP, situado na cidade de São Paulo. A escolha dos liderados foi feita de forma randomizada, para que não haja nenhuma interferência nos resultados da pesquisa. Após a análise dos questionários ficou evidente que as visões de liderança entre os lideres e seus liderados, são semelhantes com discretas diferenças, onde tanto líderes como liderados, acreditam que para uma boa liderança é necessário a flexibilidade do profissional. A função do gestor exige muita flexibilidade, pois, lidam diariamente com pessoas e desafios diferentes. A gestão de UBS é uma função de muita pressão, pois, metas e objetivos devem ser alcançados mensalmente, fazendo com que este profissional exija sempre o máximo de sua equipe.

Palavras-Chave: Liderança; Gestores; Líder; Liderados; Gerência; Enfermagem.

ABSTRACT
Leadership can be defined as the conduct of a group of people, influencing their behavior and actions to achieve goals and objectives of common interest of this group, based on a coherent set of ideas and principles. Leadership must achieve the organizational work, commitment, motivation and communication of employees, but not all managers have the ability or awareness, it needs to improve its concepts as its leadership. This study aimed to verify the different visions of leadership between managers and subordinates at UBS PSF UNASP, and their contributions in everyday life. This is a descriptive study developed through a structured questionnaire developed by the researchers in order to address the interaction between managers and led to some Basic Units Saúdetendo their opinion as to the interrelationship managers / led the way in which this relationship is given and the manner facing conditions of disharmony. We interviewed 25 individuals, including 11 managers and 14 led (Nurses) of UBS PSF UNASP / SP, located in the city of São Paulo. The choice of the followers was made randomly, so that there is no interference in the search results. After analyzing the questionnaires it was evident that the visions of leadership between leaders and their followers, are similar with slight differences, where both leaders and led, to believe that good leadership is needed the flexibility of a professional. The role of the manager requires a lot of flexibility, because they deal daily with people and different challenges. The management of UBS is a function of a lot of pressure because, goals and objectives must be achieved each month, making this work requires always the most from your team.

Keywords: Leadership; Managers; Lead; Led; Management; Nursing.

INTRODUÇÃO

A sociedade e, que vivemos, necessita de uma liderança competente (NOVAIS; BERTOSO, 2008). A gestão nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) não é diferente. Uma vez que, estas se dividem em grupos e cada grupo precisa de pessoas com caráter a fim de inspirá-las a atingir seus objetivos.

Segundo estudiosos pode-se definir liderança como condução de um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e ações, para atingirem objetivos e metas de interesse comum deste grupo, baseado num conjunto coerente de ideias e princípios (HUNTER, 2006; KOTTER, 1992; KOUZES, 1997; OLIVERIA; MARINHO, 2005).

O autor Francisco José Masset Lacombe apresenta em seu livro que:

O líder deve ser capaz de alcançar objetivos através dos liderados e, para isto, conforme o tipo de liderado e a ocasião agem de diferentes maneiras: ele ordena, comanda, motiva, persuade, dá exemplos pessoais, compartilha os problemas e ações, ou delega e cobra resultados, alterando a forma de agir de acordo com a necessidade de cada momento e com o tipo de liderado, visando a alcançar os objetivos da empresa (LACOMBE, 2006, p.45).

Atualmente o gestor enfrenta vários desafios para colocar em prática a democracia no ambiente de trabalho. A liderança deve atingir o ambiente organizacional do trabalho, o comprometimento, a motivação e a comunicação dos funcionários, mas, nem todos os gestores têm essa habilidade ou consciência, de que precisa aprimorar seus conceitos quanto a sua liderança (Oliveira; Marinho, 2005).

Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), no de 1990, o Brasil trouxe novos e inúmeros desafios à gestão e a gerência para a saúde coletiva. Com a descentralização político-administrativa e a universalização do acesso aos serviços de saúde, os gestores municipais e gerentes de unidades de saúde assumiram um papel fundamental no planejamento e na execução dos serviços, estes, devem cumprir e fazer cumprir os princípios e diretrizes do SUS, com destaque para a resolutividade das ações, incluindo o planejamento e programação, a integralidade, igualdade e preservação da autonomia das pessoas na assistência à saúde, bem como garantir informações e a participação da comunidade na efetivação do SUS (KLEBA; KRAUSER; VENDRUSCOLO, 2011).

Vários fatores contribuem para a cooperação das equipes, fazendo com que o gestor encontre certa resistência por parte dos funcionários pelo simples fato de não haver cooperação dos subordinados quanto ao cumprimento dos objetivos que devem ser alcançados, mesmo sendo em um posto de saúde (SANTOS; SILVA, 2003).

Sabemos que quando falamos de liderança estamos falando de equipe ou grupo, onde ocorrem os relacionamentos e os desafios não sendo uma tarefa fácil, para tanto, é necessário algumas atitudes, responsabilidades, pois, segundo Hunter (2006, p.15) “o líder é o responsável pelo crescimento e declínio de qualquer coisa e não há equipes fracas, apenas líderes fracos”.

Uma das maneiras eficazes de os líderes demonstrarem respeito pelas habilidades e capacidade da outra pessoa é delegar responsabilidades, pois com certeza isso demonstrará confiança em sua equipe (COVEY, 1989, p.204).

Percebe-se que existe um contraste evidente entre ser líder e ser chefe, ser líder é tido como uma das principais competências a serem adquiridas pelo profissional de saúde. Onde “no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em vista o bem-estar da comunidade. A liderança envolve um compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz” (PERES; CIAMPONE, 2006).

A liderança é uma habilidade de se relacionar com as pessoas, pois a base da vida é o relacionamento uns com os outros. O desempenho, o sucesso e a felicidade dependem da habilidade em que se relacionam efetivamente. Mas também, a maneira de se tornar uma pessoa contagiosa é desenvolver qualidade em que os outros se sintam atraídos por elas (BERGAMINI, 1994, p.37).

Para Luck (2006, p.35-36), a liderança é um conjunto de fatores associados a se unirem em ações comuns coordenadas. Afirma ainda que a gestão seja indicada como processo, pelo qual se mobiliza e coordena o talento humano em conhecimento, habilidades e atitudes, coletivamente organizado, de modo que as pessoas em equipe possam promover resultados desejados.

Esta pesquisa abordou as diferentes opiniões sobre liderança e seus aspectos, nas Unidades Basicas de Saúde, do Programa de Saúde da Família UNASP/SP, em relação aos gestores e liderados, tendo por objetivo analisar as diferentes opniões sobre liderança, estas entre os gestores e seus liderados.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo desenvolvido através de um questionário elaborado pelos pesquisadores, a fim de abordar a interação entre os gestores e seus liderados nas Unidades Basicas de Saúde.

Foi investigada a problemática desta relação, sendo a pesquisa direcionada aos resultados interpessoais, do gestor para com os seus liderados, para superar qualquer situação conflitante, que possa surgir nessa interação. Portanto, a responsabilidade desta tarefa irá direcionar os resultados positivos ou negativos que podem ser potencializados por esta relação.

O trabalho foi inscrito no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e encaminhado ao Comitê de Ética da Universidade Adventista de São Paulo, juntamente com a folha de rosto do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) com a autorização do PSF UNASP, sendo este aprovado.

No ANEXO I é apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), conforme a Resolução 196/96, sendo este, utilizado para qualquer pesquisa em que envolvam seres humanos. Esta Resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os referenciais da bioética, autonomia, não maleficência, beneficência, justiça e equidade, dentre outros, e visa a assegurar os direitos e deveres que dizem respeito aos participante s da pesquisa, à comunidade científica e ao Estado.

Foram entrevistados os 12 Gerentes das Unidade de Saúde, sendo que 1 deles não assinou o TCLE, e 14 liderados, totalizando vinte e cinco (25) sujeitos. A escolha dos liderados aconteceu de forma randomizada, para não haver nenhuma interferência nos resultados da pesquisa.

Responderam ao questionário apenas os participantes que estavam de acordo com o TCLE e entregaram o documento devidamente assinado em duas vias.

Os dados foram coletados nas UBS onde trabalhavam, mediante a agendamento para que não interfererisse no fluxo de atendimento das unidade Básicas.

Os dados foram coletados através dos questionários apresentados nos ANEXOS III e IV.

Como critério de inclusão: todos os participantes que aceitarem participar da pesquisa e estiverem de acordo com os termos do TCLE, e entregarem este devidamente assinado em duas via, onde a 1ª ficará com o pesquisador e a 2ª ficará com os pesquisados.

Como critério de exclusão: todos os funcionários que não desejarem participar da pesquisa ou não estiverem de acordo com os termos do TCLE, ou ainda não entregarem as 2 vias do TCLE assinadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A liderança tem papel fundamental nas relações humanas, a capacidade de liderar associa-se ao sucesso ou ao fracasso. O líder deve ter o correto discernimento de saber quanto de suporte ao relacionamento deve ser dado ao liderado, o foco no que deve ser feito, a tarefa a ser realizada sempre irá existir. E para que seja possível o desenvolvimento de um estilo de liderança, se faz necessário contar com liderados que saibam quais são suas atribuições básicas, cumprindo-as e buscando novas formas desafiadoras para executá-las (GONÇALVES; MOTA, 2011).

A liderança começou a ser pesquisada no início do século XX, e consiste no processo de influenciar as pessoas a atuarem de modo ético-profissional, o que exige o estabelecimento de laços de confiança, a fim de que se possa trabalhar coletivamente, com o intuito de alcançar objetivos em comum. Desta forma, percebe-se que exercer a liderança no contexto atual consiste numa realidade que permeia as ações do enfermeiro, em virtude da ocupação, cada vez mais frequente, de cargos de destaque nos serviços de saúde, relacionados ao gerenciamento do cuidado (AMESTOY et. al., 2012).

A gerência dos serviços de saúde é uma prática realizada pelos profissionais de enfermagem, que adotam os princípios da escola científica e clássica da Administração para administrar o seu trabalho e os serviços sob sua responsabilidade. Algumas características desse estilo de gerência, como a fragmentação das atividades, a impessoalidade nas relações, a centralização do poder e a rígida hierarquia ainda são marcantes no cotidiano do trabalho da enfermagem. Ser líder e saber administrar é condição para que o trabalho do profissional de enfermagem seja eficiente (ALMEIDA et. al., 2011).

O comportamento do líder gera um reflexo no desempenho do grupo de trabalho. Ao observar o comportamento desta equipe, em contrapartida, é possível inferir o estilo de liderança exercido pelo enfermeiro gerente, pois o cotidiano de trabalho da enfermagem determina o momento certo de o líder adotar comportamentos e atitudes diversas a fim de envolver e comprometer sua equipe (SANTOS; CASTRO, 2008).

O profissional de Enfermagem exerce uma posição de coordenação nas equipes de enfermagem e gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde e instituições hospitalares. Portanto, estes profissionais necessitam de cursos de atualizações contínuas, não devendo se restringir ao aprendizado recebido na faculdade. Outro importante motivo para atualização profissional é que estes profissionais atuam como multiplicadores do conhecimento (AMESTOY et. al., 2012).

Nos questionários aplicados aos Liderados obtivemos os seguintes resultados.

Gráfico 1. Quantos anos trabalha na Unidade.

Observamos uma maior porcentagem de funcionários com um tempo médio de até 2 anos nas UBS, tendo um total de 5, representando aproximadamente 45% do total de entrevistados. O tempo médio de trabalho desenvolvido na Unidade em que trabalha, pode influenciar indiretamente no tipo de visão da liderança exercida pelos gerentes.

Com este tempo médio, podemos dizer que se torna difícil aos liderados conhecer o método de trabalho e de liderança de seus gestores, dificultando muitas vezes esta relação.

Tabela 1. Participação dos liderados em eventos relacionados à Liderança.

SIM

NÃO

1

10

Na tabela 1, observamos que os liderados não estão participando de eventos relacionados a liderança, o que pode ser considerado um fator preocupante, pois para ser um bom liderado, é necessário conhecer os métodos das diferentes lideranças.

Gráfico 2. Qual a visão dos liderados para Liderança.

Sete dos liderados responderam que para ser um bom líder é necessário ser flexível, pois ser um bom líder é saber lidar com diferentes pessoas sem tratá-las com diferenças. Apenas 3 liderados responderam que liderança é dominar, para estes um bom líder deve dominar sua equipe de liderados, mas como Simões e Fávero (2003) descreveram, para que um gestor desenvolva uma ótima liderança, é necessário transmitir aos seus liderados confiança, competência e coerência entre outros atributos.

Gráfico 3. Você acredita que a atuação do seu Gestor na UBS, no contexto Liderança, se faz através.

Os funcionários responderam como se dá a liderança de seus gestores, onde a maior parte acredita que a liderança na UBS é feita através do conhecimento (6) de seus líderes, sendo seguido da habilidade (3) e atitude (2).

Nos questionários aplicados aos gestores das Unidades de Saúde, obtivemos os seguintes resultados.

Gráfico 4. O que é Liderança para você.

Dos 14 gestores entrevistados, 12 responderam que liderança é ser flexível. Para ser um bom líder, é necessário saber lidar com diferentes tipos de pessoas e diferentes tipos de situações.

Santos e Silva (2003) apresentaram que gestores passam cerca de 80 % do seu dia de trabalho em comunicação direta com outras pessoas, representando 48 minutos de cada hora gastos em reuniões, conversas pessoais, ao telefone ou falando informalmente com outras pessoas. Os outros 20 % do tempo do administrador são gastos em trabalhos escritos.

Tabela 2. Um Gestor da UBS também é um Líder?

SIM

NÃO

14

0

A Tabela 2 representa a questão 02, onde foram indagados se o Gestor também é um líder. Todos os gestores entrevistados responderam que sim.

Tabela 3. É possível trabalhar a Liderança na Gestão da UBS nos dias atuais?

SIM

NÃO

12

2

Na questão 03, os gestores foram perguntados se é possível trabalhar a liderança na gestão das UBS nos dias atuais. Entre os entrevistados, 12 responderam que sim, é possível trabalhar a liderança nas UBS, e 2 responderam que não.

Gráfico 5. No contexto Liderança, o que você acredita que seja mais necessário para o Gestor?

Segundo os gestores, para que seja desenvolvida uma boa liderança é necessário ter conhecimento, habilidade e atitude. Para os gestores é necessário ter todas estas qualidade.

Diferente dos liderados que em sua maioria respondeu apenas o conhecimento.

Gráfico 6. Quanto tempo você exerce a função de Gestor?

Uma questão que pode ser considerada preocupante é o tempo médio que os gerentes atuam nesta função. Dos 14 entrevistados, 11 atuam menos de 3 anos. Este fator pode ser de certa forma ruim, devido estes gestores não terem um tempo hábil para desenvolver um ótimo trabalho.

O trabalho de gerente é considerado muito desgastante pelos profissionais, pois a cobrança dos órgãos públicos é muito grande. Muitos destes profissionais não suportam esta pressão e não permanecem no cargo, havendo um rodízio muito grande destes profissionais.

Gráfico 7. Na sua experiência como Gestor da UBS, qual a melhor forma de liderança para alcançar seus objetivos?

O papel dos seguidores é tão importante quanto o do líder. Não é possível falar em líder sem falar dos seguidores, pois, “sem seguidores, simplesmente não há liderança”. Por essa razão, o vínculo entre líder e seguidor é considerado uma relação simbiótica. Líderes não são um sucesso por si mesmos, pois utilizam outras pessoas enquanto estabelecem e administram o trabalho na organização. O que mais se espera de um líder é que ele desperte confiança, que seja digno de crédito, demonstrando coerência com a filosofia empresarial e congruência em suas ideias, discurso e ações (SIMÕES; FÁVERO, 2003).

Tabela 4. As UBS atuais necessitam de uma qualificação melhor para seus lideres?

SIM

NÃO

14

0

Na questão 07 foi perguntado aos gestores se era necessário uma melhor qualificação aos lideres das UBS. Todos os gestores entrevistados responderam que sim.

Gráfico 8. Qual é o tempo determinado de Capacitação em Gestão na UBS que acha necessário para aprimorar seus conhecimentos, habilidade e atitudes numa liderança?

A questão 08 está relacionada ao intervalo de tempo que os gestores acreditam que deve ser realizadas capacitações nas UBS para aprimorar o conhecimento, habilidade e atitudes relacionadas à liderança. Dos entrevistados, 1 respondeu a cada 3 meses, 7 responderam a cada 6 meses, e 6 responderam 1 vez por ano.

Em relação ao intervalo de tempo para novas capacitações, os gestores entrevistados ficaram divididos em anual e semestral. Este intervalo não pode ser menor devido à agitada agenda.

CONCLUSÃO

Após a análise dos questionários ficou evidente que as visões de liderança entre os lideres e seus liderados, são semelhantes com discretas diferenças, onde tanto líderes como liderados, acreditam que para uma boa liderança é necessário a flexibilidade do profissional.

A função do gestor exige muita flexibilidade, pois, lidam diariamente com pessoas e desafios diferentes. A gestão de UBS é uma função de muita pressão, pois, metas e objetivos devem ser alcançados mensalmente, fazendo com que este profissional exija sempre o máximo de sua equipe.

Para que haja uma ótima interação entre líderes e liderados, um fator importante é o tempo que esta equipe trabalha para um ótimo resultado no trabalho esta equipe deve ser bem entrosada e possuir confiança e segurança em seu líder. Podemos observar que tanto líderes e liderados trabalham em média menos de 3 anos na UBS, o que pode contribuir para uma gestão não muito promissora.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria de Lourdes de et al . Instrumentos gerenciais utilizados na tomada de decisão do enfermeiro no contexto hospitalar. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 20, n. spe, 2011.

AMESTOY, Simone Coelho et al . Produção científica sobre liderança no contexto da enfermagem. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 46, n. 1, fev. 2012.

BERGAMINI, C. W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas 1994.

COVEY, S. R. Liderança baseada em princípios. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

COVEY, S. R. Os sete hábitos das pessoas muito eficazes. São Paulo: Best Seller, 1989.

EIMS, L. Seja um líder que motiva. 1ª ed. Belo Horizonte: Atos. 2002.

GONCALVES, Helen Silva; MOTA, Caroline Maria de Miranda. Liderança situacional em gestão de projetos: uma revisão da literatura. Prod.,  São Paulo,  v. 21,  n. 3, set.  2011.

HUNTER, J. C. Como se tornar um líder servidor. 6ª ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

KLEBA, Maria Elisabeth; KRAUSER, Ivete Maroso; VENDRUSCOLO, Carine. O planejamento estratégico situacional no ensino da gestão em saúde da família. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 20, n. 1, mar. 2011.

KOTTER, J. P. O fator liderança. São Paulo: Makron Books, 1992.

KOUZES, J. M. O desafio da Liderança. 9ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

KOUZES, J. M.; POSNER, B. Z. O desafio da liderança. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1996.

LACOMBE, F. J. M. Administração Princípios e Tendências. São Paulo. Saraiva. 2006.

LIPMAN-BLUMEN, J. Liderança conectiva: como liderar em um novo mundo de interdependência, diversidade e virtualmenteconectado. São Paulo: Makron Books, 1999.

LUCK, H. Liderança em Gestão Escolar. Vol. IV. São Paulo: Vozes. 2008.

MAXWELL, J. C. Seja o líder que todos querem ter. 3ª ed. São Paulo: Sepal, 2003.

OLIVEIRA, J. F.; MARINHO, R. M. Liderança, uma questão de competência. São Paulo. Saraiva. 2005.

PERES, Aida Maris; CIAMPONE, Maria Helena Trench. Gerência e competências gerais do enfermeiro. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 15, n. 3, set. 2006.

SANTOS, Iraci dos; CASTRO, Carolina Bittencourt. Estilos e dimensões da liderança: iniciativa e investigação no cotidiano do trabalho de enfermagem hospitalar. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 17, n. 4, dez. 2008.

SANTOS, Katia Massuda Alves Batista dos; SILVA, Maria Júlia Paes da. Comunicação entre líderes e liderados: visão dos enfermeiros. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 37, n. 2, jun. 2003.

SIMOES, Ana Lúcia de Assis; FAVERO, Neide. O desafio da liderança para o enfermeiro. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 11, n. 5, out. 2003.

WHEATLEY, M. J. Liderança e a nova ciência: descobrindo ordem num mundo caótico. São Paulo: Editora Cultrix, 1999.

WILKES, C. G. O último degrau da liderança.  1ª ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1998.

ANEXO I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, _________________________________, portador do RG. ________________, concordo em participar da pesquisa intitulada “LIDERANÇA: Avaliação entre Gestores e Liderados das UBS do PSF UNASP”, que tem como autor o aluno Ailton Pereira Novais, discente do Curso de Pós Graduação Lato Sensu de Saúde Pública e Gestão com Ênfase no PSF.

A pesquisa busca entender como a Liderança tem sido exercida nas UBS atendidas pelo parceiro PSF UNASP. Os questionários serão aplicados para os Gestores das UBS e para um de seus Liderados (Enfermeiro).

Os participantes desta pesquisa não receberam nenhuma forma de “punição” ou ainda demissão, já que são funcionários da Instituição.

Os questionários não serão nomeados, garantindo o sigilo de resposta de todos os participantes.

O pesquisador estará a disposição para responder a todas as dúvidas dos participantes em tempo integral através do e-mail: [email protected] ou ainda pelo telefone: 58726544. Caso os participantes julguem necessário, podem entrar em contato com SISNEP para esclarecimento de dúvidas através do e-mail: [email protected].

Os participantes poderão desistir de participar a qualquer momento da pesquisa, sendo este voluntário e não tendo nenhuma remuneração.

Estou ciente que todos os dados obtidos durante a pesquisa será utilizado somente para fins científicos e ficarão sobre inteiro sigilo.

Este termo será assinado em duas vias onde a 1ª ficará com o pesquisador e a 2ª com os pesquisados.

São Paulo, ________ de __________________ de 2011.

________________________________          _____________________________

Assinatura participante                                         Ailton Pereira Novais

 

1ª Via

 

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, _________________________________, portador do RG. ________________, concordo em participar da pesquisa intitulada “LIDERANÇA: Avaliação entre Gestores e Liderados das UBS do PSF UNASP”, que tem como autor o aluno Ailton Pereira Novais, discente do Curso de Pós Graduação Lato Sensu de Saúde Pública e Gestão com Ênfase no PSF.

A pesquisa busca entender como a Liderança tem sido exercida nas UBS atendidas pelo parceiro PSF UNASP. Os questionários serão aplicados para os Gestores das UBS e para um de seus Liderados (Enfermeiro).

Os participantes desta pesquisa não receberam nenhuma forma de “punição” ou ainda demissão, já que são funcionários da Instituição.

Os questionários não serão nomeados, garantindo o sigilo de resposta de todos os participantes.

O pesquisador estará a disposição para responder a todas as dúvidas dos participantes em tempo integral através do e-mail: [email protected] ou ainda pelo telefone: 58726544. Caso os participantes julguem necessário, podem entrar em contato com SISNEP para esclarecimento de dúvidas através do e-mail: [email protected].

Os participantes poderão desistir de participar a qualquer momento da pesquisa, sendo este voluntário e não tendo nenhuma remuneração.

Estou ciente que todos os dados obtidos durante a pesquisa será utilizado somente para fins científicos e ficarão sobre inteiro sigilo.

Este termo será assinado em duas vias onde a 1ª ficará com o pesquisador e a 2ª com os pesquisados.

São Paulo, ________ de __________________ de 2011.

________________________________          _____________________________

Assinatura participante                                         Ailton Pereira Novais

 

2ª Via

ANEXO II

DECLARAÇÃO

            Declaro que os dados para a pesquisa intitulada “LIDERANÇA INTERPESSOAL ENTRE OS GESTORES E SEUS LIDERADOS NAS UBS DO PSF UNASP”, tendo como autor o aluno Ailton Pereira Novais, não foram coletados. Estando este, aguardando a aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Adventista de São Paulo, conforme Resolução 196/96.

São Paulo, _______ de ________________ de 2011.

_______________________________

Profº Dr. César Ornelas

ANEXO III

QUESTIONÁRIO PARA GESTOR

 

1. O que é Liderança para você?

(    ) Dominar

(    ) Ser flexível

(    ) Liberal

2. Um Gestor da UBS também é um Líder?

(    ) Sim

(    ) Não

3. É possível trabalhar a Liderança na Gestão da UBS nos dias atuais?

(    ) Sim

(    ) Não

4. No contexto Liderança, o que você acredita que seja mais necessário para o Gestor?

(    ) Conhecimento

(    ) Habilidades

(    ) Atitudes

(    ) Todas

5. Quanto tempo você exerce a função de Gestor?

(     )  Um a dois ano

(     )  Até três anos

(     )  Mais de cinco anos

6. Na sua experiência como Gestor da UBS, qual a melhor forma de liderar para alcançar seus objetivos?

(    )  Autoritário (Centralizador)

(    )  Democrático (Descentralizador)

(    )  Liberal (Liberal)

7. As UBS atuais necessitam de uma qualificação melhor para os seus lideres?

(    ) Sim

(    ) Não

8. Qual é o tempo determinado de Capacitação em Gestão na UBS que acha necessário para aprimorar seus conhecimentos, habilidades e atitudes numa liderança?

(    )  Trimestral

(    )  Semestral

(    )  Anual

ANEXO IV

QUESTIONÁRIO PARA FUNCIONÁRIO

1.Tempo que trabalha na UBS.

(    )  0 a 2      (    )  3 a 5      (    )  6 a 8      (    ) 9 a 11    (    ) Acima de 12 anos

2. Neste ano você participou ou participará de algum evento relacionado àLiderança?

(    )  Sim                              (    )  Não

3. No caso de ter respondido afirmativamente na questão anterior, qual:

(    )  Congressos                  (    )  Simpósios                      (    )  Cursos     

(    )  Outro     ___________________________________________

4. O que você entende por Liderança?

(    ) Dominar                       (    ) Ser flexível                  (    ) Liberal

(    )  Outro     ___________________________________________

5. Você acredita que a atuação do seu Gestor na UBS, no contexto Liderança, se faz através:

(    ) Conhecimento             (    ) Habilidades                (    ) Atitudes

(    )  Outro     ___________________________________________

6. Quais são as providências tomadas por você, diante das dificuldades, de liderança na gestão da UBS?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

7. Quais sugestões você propõe que facilite o desenvolvimento de liderança no quotidiano?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________