A leitura tem sido o carro chefe de todas as avaliações do mundo. SARESP, Prova Brasil, ENADE, vestibulares, vestibulinhos, ENEM, entre outras avaliações internas e externas têm levado em conta a grande importância que é a competência leitora dos nossos jovens estudantes, ou seja, nossos futuros cidadãos que estarão a frente de nossa sociedade dentro de poucos anos.

Cada vez mais a escola vem valorizando atividades e projetos que envolvam o desenvolvimento da leitura de diversos gêneros, atendendo assim ao novo Currículo Escolar.

O jornal do bairro tem um importante papel nessa construção de conhecimento, pois ele traz informações que o deixa mais próximo da comunidade, trata de temas que fazem parte do dia de cada morador, aborda discussões que devem fazer refletir e buscar soluções para os problemas, alerta a população sobre diversos assuntos e acima de tudo representa a voz do cidadão.

Quem nunca folheou com curiosidade as manchetes de um jornal, e se convenceu a abri-lo e ler a matéria de interesse? Quem nunca aprendeu com as leituras roubadas num momento de espera em algum estabelecimento? Sábio daquele que doa um pouco do seu tempo para se informar!

A escola possui como parte de seu currículo o trabalho com jornais. Através desses trabalhos os alunos aprendem, em português, a diferenciar as diversas funções de linguagem trabalhadas nessa mídia, como: referencial1, fática2, apelativa3, metalingüística4, emotiva5, poética6, aprendem também a reconhecer elementos de comunicação: emissor7, receptor8, mensagem9, código10, referencial11 e canal12. Estatísticas auxiliam a matemática e a geografia no desenvolvimento de suas competências. História, sociologia e filosofia ganham suporte nos acontecimentos e na oportunidade de criar debates com os alunos, trabalhando a formação de opinião. Arte, inglês e educação física trabalham com expressões diversas através das notícias, da sessão de diversão, de esportes e do marketing. Ciências e biologia conseguem espaço através das notícias de ordem científico-antropológicas (que envolvem saúde, estudos e pesquisas). Essa aprendizagem é importante para que o jovem passe a analisar o que lê, formando opinião, colecionando argumentos de maneira crítica e construindo conhecimento.

Por estar mais próximo das pessoas, o jornal de bairro torna-se um vínculo bastante confiável, pois nos dá oportunidade de expressar nossos sentimentos e opiniões sobre o que é publicado.

É de conhecimento de todos que os mais sábios de nosso convívio são pessoas muito bem informadas e que sabem conversar sobre qualquer assunto. Ninguém nasce sabendo ler, porém não basta decifrar a junção das letras e sílabas, temos que aprender a compreender o subjetivo, “ler nas entrelinhas”, e isso só é possível com muito treino. Caras mamães, papais e professores, incentivem seus filhos e alunos ao hábito da leitura de jornais, pois somente assim conseguiremos construir um futuro mais animador, com cidadãos seguros e conscientes, não esquecendo que somos exemplo para nossas crianças, por isso, devemos ler também.

 

1. centralizada no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos. 2. centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. 3. centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. 4. centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem. 5. centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor. 6. centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas etc.7. emite, codifica a mensagem. 8. recebe, decodifica a mensagem. 9. conteúdo transmitido pelo emissor. 10. conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem. 11. contexto relacionado a emissor e receptor. 12. meio pelo qual circula a mensagem.