O ambiente de aprendizagem e os recursos adotados têm papéis decisivos no sucesso da construção da leitura e da escrita. Portanto, o educador precisa organizá-los através da união de seus conhecimentos científicos com a realidade particular de cada criança e do seu convívio social, lançando desafios estimulantes para que seus alunos construam suas hipóteses e se desenvolvam de forma plena e eficaz.

                 Desta forma, as crianças evoluem no processo de alfabetização e letramento. Aprendem a ler e escrever de forma prazerosa e significativa. O estímulo tende a crescer gradativamente a cada conquista, uma vez que a linguagem adotada ela naturalmente conhece: o brincadeirês! O desafio inicial é o do próprio educador: não há receitas prontas, mas um trabalho construído passo a passo com seus educandos e equipe pedagógica mediante constantes análises de conjunturas no decorrer do processo.

                 Os jogos, as brincadeiras e os recursos literários fascinam os pequenos por causa da natural necessidade infantil de compreender, interpretar e participar do mundo através dos jogos de faz-de-conta. No entanto, precisa haver a articulação entre a prática e a teoria, ou seja, não utilizar os recursos lúdicos aleatoriamente (sem objetivos pedagógicos que promovam a formação humana).  Saber o que faz, quando fazer e para que fazer, “eis a questão”!

                 Quando se dá à criança a oportunidade de soltar sua imaginação, ela alça vôos! Aprende que aprender é algo fascinante, que o trabalho tem a função de proporcionar-lhe realização plena e não apenas por questões de sobrevivência sua e de sua prole em seu futuro como adulta. O trabalho cooperativo em sala de aula desperta não só a necessidade, mas o desejo mesmo de viver e conviver de maneira responsável e feliz. Portanto, o ambiente alfabetizador precisa ser dinâmico, criativo, espaço de pesquisa coletiva, cooperativo, afetivo e promover abertura para a vivência de novas e ricas situações para que todos possam se apropriar da cultura e dos valores do grupo. As regras sociais, portanto, vão sendo construídas no decorrer do processo de ensino e aprendizagem de forma natural e não imposta.

                 Ser letrado é conseqüência de um processo de alfabetização planejado analiticamente. O indivíduo letrado é aquele que não só decodifica textos, mas compreende e interpreta o que está lendo e participa ativamente das transformações sociais. Assim, o ambiente ultrapassa as paredes da sala de aula e percorre a realidade sócio-cultural dos envolvidos, lembrando que tais espaços não têm haver somente com as questões físicas e geográficas, mas envolve aspectos psicológicos, sociais e espirituais. O trabalho precisa realizar-se efetiva e afetivamente: ninguém se realiza isolado e enxergando o trabalho como sendo algo cansativo, mas na participação crítica, criativa e ética para o bem de todos e preservação do planeta.

Referência

Roteiro de Atividades Não Presenciais, Curso de Pedagogia (presencial), Pensamento, Linguagem e Educação: Alfabetização e Letramento, Universidade de Uberaba – MG