LEITURA: PASSAPORTE PARA O MUNDO DA ESCRITA

Resumo: A leitura faz parte da vida! Embora não percebamos, cada um de nós vive a leitura do mundo que nos cerca, porém a leitura a partir da partilha oral e/ou escrita se faz através da convivência na família, na escola e na sociedade. Entretanto, nem sempre essa 'tríplice aliança' se mantém firme a ponto de sustentar e assegurar as crianças e jovens
o 'passaporte' para o mundo da escrita, fazendo com que a leitura e a escrita realmente funcionem e se mantenham. Nesse contexto somos autores de nossa própria história e colaboradores na transformação da realidade, diante disso o que realmente transforma uma pessoa não é o ato de aprender a ler e escrever, mas o ato de fazer uso da leitura e da escrita. Importante é o papel dos adultos, nesse momento, que aproximam a criança ao mundo da leitura consolidando a fantasia que é a maneira da criança ver a realidade. Pais, parentes e professores precisam ter atitude e dessa atitude depende nossa inserção e a inserção de outras pessoas no maravilhoso e imensurável mundo da leitura e da escrita. Ademais, o bom uso da leitura e da escrita se faz através do próprio tempo que é uma leitura do presente, pelo qual podemos ler a nós mesmos e ao mundo num desdobramento vivo que espelha o que somos no mundo e o mundo que somos nós. Para fazer reviver o que existe na memória coletiva, nada melhor do que contar histórias, pois ao narrar um conto da memória coletiva, o professor/contador reativa uma gama de contadores de histórias que vêm do início do desenvolvimento do ser humano até os nossos dias. São exatamente as vozes dos contadores de história que fazem perpetuar tantos contos da tradição oral. Também os professores engajados e comprometidos com a educação transformadora organizam projetos diversos e dentre eles a contação de histórias, e através desses conduzem seus alunos a locais que fazem parte da história, da cultura e da tradição da humanidade.Para fazer reviver o que existe na memória coletiva, os pais, parentes e /ou o professor/contador reativam uma gama de contadores de histórias que vem do início do desenvolvimento do ser humano até os nossos dias.

Palavras-chaves: leitura, responsabilidade, escrita, escola, sociedade.

Abstract: The reading is part of the life! Although let us not perceive, each one of us lives the reading of the world that in the fence, however the reading from the verbal and/or written allotment if makes through the confidence in the family, the school and the society. However, nor always this `triplicate alliance' if keeps firm the point to support and to assure the children and young `passport' for the world of the writing, making with that the reading and the writing really function and if they keep. In this context we are authors of our proper history and collaborators in the transformation of the reality, ahead of what it really transforms a person is not the act to learn to read and to write, but the act to make use of the reading and the writing. Important it is the paper of the adults, at this moment, who approach the child to the world of the reading consolidating the fancy that is the way of the child to see the reality. Parents, relatives and professors need to have attitude and on this attitude our insertion depends and the insertion of other people in the wonderful and immense world of the reading and the writing. Admass, the good use of the reading and the writing if makes through the proper time that are a reading of the gift, for which we can read we ourselves and to the world in an alive unfolding that sepulcher what we are in the world and the world that we are. To make to reviver what it exists nothing in the collective memory, better of what counting histories, therefore when telling a story of the collective memory, the professor/counting reactive a gamma of accountants of histories that comes of the beginning of the development of the human being until our days. They are accurately the voices of the history accountants who make to perpetuate as many stories of the verbal tradition. Also the engaged and compromised professors with the transforming education organize diverse projects and amongst them the contação of histories, and through these the places lead its pupils that are part of history, the culture and the tradition of the humanity.To make to reviver what he exists in the collective memory, the parents, relatives and/or the counting professor/reactivate a gamma of accountants of histories that comes of the beginning of the development of the human being until our days.

Word-keys: reading, responsibility, writing, school, society.

Sumário

Introdução12

Capítulo I20

1. Questões Preliminares20

1.1. Responsabilidade partilhada 21

1.2. Papel da família22

1.3. A escola: protagonista24

1.4. Sociedade: letrada ou iletrada26

2. Escrever a vida28

Capítulo II30

1. Experiências30

1.1. A vida cotidiana31

1.2. Pensamento concreto32

1.3. Dialogicidade: palavra de ordem33

1.4. Dinamicidade: questões práticas39

2. Demonstração de interesse40

2.1. Práticas implicações41

Considerações finais42

Referências Bibliográficas44

 

Introdução

A presente pesquisa reúne em seu título – Leitura: passaporte para o mundo da escrita – dois tópicos que constituem, na atualidade, o centro de interesse de muitos profissionais da educação.Tanto a leitura como a escrita, enquanto processos de construção de conhecimento preocupam sobremaneira os docentes que vêem que seus alunos não 'progridem' conforme seria de se desejar.

Sabemos que durante muito tempo, mas muito tempo mesmo, o ser humano fez uso somente da fala. A partir de sua leitura de mundo, transmitia oralmente os acontecimentos vivenciados ou repassados pelos ancestrais. Ao que tudo indica foram os sumérios (povo que habitava a antiga região da Baixa Mesopotâmia) que inventaram a escrita. A idéia de permanência das palavras escritas e, consequentemente, do que eles contavam, encantava. Muitos impérios desapareceram, porém a escrita desses povos permanece. Dali, e de antes, dos primeiros riscos com representações de objetos e seres aos registros literários, das primeiras imagens até a evolução das representações dos sons da fala foram 'poucos' passos.

Atualmente, não precisamos mais gravar na rocha, nem na argila, tampouco levar páginas ao forno. Entretanto foi necessário passar por tudo isso para chegarmos à pena, ao lápis, à caneta, à impressão e ao teclado levinho que se serve à transformação de simples toques em marcas capazes de atravessar o espaço e o tempo para levar palavras a qualquer parte do mundo no mesmo instante.

É fácil observarmos que ao invés de transmitirmos somente de forma oral nossos textos, também o fazemos de forma escrita o que os transformam em textos eternos. Pois as palavras são ferramentas essenciais para entendermos o que se passa a nossa volta, fazer coisas acontecerem e garantir harmonia entre as pessoas. As palavras são instrumentos para pensar.

É fundamental para estimular a leitura que os pais contem histórias para seus filhos, preferencialmente dando ênfase ao que na história chame a atenção. Ao longo desse trabalho deve ficar claro que a leitura não é condição para a escrita perfeita, entretanto a leitura é fonte de insumos, conteúdos, a mesma não ensina ninguém a escrever. Logo, a leitura é fonte de pesquisa, de apoio, pois numa sociedade letrada como é a nossa, quanto mais palavras conhecermos, compreendermos, lermos e, evidentemente, escrevermos, haverá menor probabilidade de sermos enganados e de nos enganarmos.

Quando alguém aprende a ler, ela passa a ter maior acessibilidade a tudo que a humanidade registrou em todos os tempos e lugares, para tanto basta pesquisar, analisar, descobrir e redescobrir antigas e novas idéias. Nessa linha de pensamento Clarice Lispector deixou a reflexão: "Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo". Sendo assim, o professor jamais deve achar que está agindo errado quando compartilha a leitura de histórias na sala de aula, pois esse ato, embora aparentemente simples, é uma forma de despertar o 'apetite' de leitor que há em cada um. Por isso acreditamos que o professor que sabe como desenvolver competências e habilidades em seus alunos, a fim de prepará-los para o mundo globalizado procura apoio em atividades que vão além dos trabalhos de sala de aula e além dos textos e livros didáticos.

No momento em que alguém aprende a escrever, ela ganha o direito de registrar a sua própria palavra e transmiti-la ao mundo. Nesse contexto somos autores de nossa própria história e colaboradores na transformação da realidade, diante disso o que realmente transforma uma pessoa não é o ato de aprender a ler e escrever, mas o ato de fazer uso da leitura e da escrita. Importante é o papel dos adultos, nesse momento, que aproximam a criança ao mundo da leitura consolidando a fantasia que é a maneira da criança ver a realidade.

Precisamos ter atitude e dessa atitude depende nossa inserção e a inserção de outras pessoas no maravilhoso e incomensurável mundo da leitura e da escrita. Por exemplo, uma criança de três ou quatro anos pode nessa idade ter lido muito livros, não efetivamente com sua capacidade intelectual, mas através de um adulto que transmite histórias de livros ou histórias oralmente contadas e recontadas. Freire (l992) mostra a leitura como atividade de promoção de interação entre indivíduos, que compreende não só a leitura da palavra, mas a leitura de mundo.

São simples atitudes, como a citada anteriormente, que abrem novos horizontes aos futuros leitores e escritores. Logo, a descoberta desse mundo fantástico é responsabilidade de cada um de nós que conhece a arte de ler e escrever.

Algumas questões são certas, por exemplo, que a responsabilidade de inserção no mundo da leitura e da escrita se faz na seguinte ordem: primeira responsável é a família que deve (ou deveria) oferecer aos seus um ambiente onde materiais de leitura e escrita estejam presentes e dando exemplo, ou seja, lendo e escrevendo; a segunda responsável é a escola.

A escola reserva ainda à literatura um papel equivocado, o de ser, acima de tudo, um instrumento de aperfeiçoamento lingüístico, ou, ainda, o de modelador de comportamentos... no contato com o texto literário... aprende-se, reflete-se, compara-se,..imagina-se, viaja-se, emociona-se,...desenvolve-se a sensibilidade estética e a expressão lingüística, adquire-se cultura, constata-se com as mais diferentes visões de mundo, etc.(BRAGATO, 1995, p. 82)

E podemos dizer mais, a escola deve (ou deveria?) tratar de leitura e escrita em todas as matérias, e não apenas nas aulas de Língua Portuguesa; e em terceiro, a sociedade que deveria oferecer um ambiente cultural propício e encorajador, com muitas experiências de letramento, no qual todas as pessoas, de todas as idades, pudessem se sentir incluídas, não o faz.

O que acabamos de dizer nos leva a pensar no quanto estamos em débito com os pequenos (crianças e jovens), e através desta pesquisa tentaremos mostrar o quão importantes são as atitudes de leitura e escrita e a inserção das mesmas em nossas vidas, pois a realidade que se nos apresenta mostra que nem sempre família, escola e sociedade estão tão embuídas assim nesse 'transporte' para o mundo da leitura e da escrita. Sabe-se também que nenhum método é um fracasso total, mas também nenhum é um sucesso total, pois cada pessoa tem seu modo particular de se apropriar de novos conhecimentos. Todavia, as práticas de ensino são frutos de investigações, observações e análises para assim intervir no despertar da vontade de aprender e ir além.

Precisamos efetivamente mostrar que ler é, muitas vezes, brincar, divertir-se. O que observamos é que nem sempre envolvemos os demais nesse mundo lúdico que a leitura e a escrita podem se transformar. Precisamos ultrapassar as aparências, ou melhor, precisamos envolvê-los nos variados mundos da fantasia que são instigantes a ponto de desafiar o leitor ou leitora, propondo-lhe problemas cujas soluções dependeriam de sua habilidade em jogar, de sua capacidade criativa para responder a situações novas, de suas idiossincrasias. Como diz Demo (2002, p. 87), quando terminamos de ler um livro e não conseguimos escrever nada de pertinente é porque não lemos de verdade, ou seja, só passamos pelo livro. Por isso precisamos reler com outros olhos: anotando, reclamando, reconstruindo.

Intimamente associado a essa espécie de jogo-desafio está o prazer que poderá ser diversificado, renovado e transformado, na medida em que se proponham novas ações lúdicas aos leitores. Tudo para que 'ecloda' o gosto pelo mundo das palavras, para que cresça o anseio de partilhar leituras, e também que se perca o receio de 'avançar' no mundo da escrita.

Dessa forma uma experiência em que alguém lida com materiais variados de leitura e escrita, novos horizontes serão ampliados, serão reabertos os horizontes antes vislumbrados sem maiores observações e esse envolvimento, certamente, acrescentará muita riqueza às experiências de letramento do leitor. Precisamos nos enveredar por momentos, acontecimentos, 'causos', enfim por histórias que façam refletir sobre o ato de ler e o ato de escrever bem, que são atos que demandam preparação e prática, dessa forma essas ações fazem parte desse 'enveredamento' no mundo da palavra escrita, lembrando que o que transforma uma pessoa não éaprender a ler e escrever: é fazer bom uso da leitura e da escrita. De acordo com Paulo Freire (l992), a compreensão do texto após sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto, a compreensão faz com que a leitura seja um momento crítico.

Ademais, o bom uso da leitura e da escrita se faz através do próprio tempo que é uma leitura do presente, pelo qual podemos ler a nós mesmos e ao mundo num desdobramento vivo que espelha o que somos no mundo e o mundo que somos nós, cada um de nós. Torna-se premente assumir que a própria vida é uma leitura, que a vivência nos ambientes mais variados é uma leitura, enfim, tudo que nos cerca, a partir de nossa visão de mundo, é uma leitura.

Portanto, para que desde bem cedo as pessoas aprendam a ler e a escrever com melhor qualidade é preciso que tenham acesso a diversificados e bons modelos de leitura, observando e utilizando a escrita em diferentes contextos, com efeito, é possível afirmar que é preciso oferecer inúmeras oportunidades para que, principalmente, as crianças sintam-se motivadas através da leitura e dessa maneira as diferentes formas de escrita acontecem com mais autonomia.

JUSTIFICATIVA:

É bem verdade que nossa realidade é resultado de tudo que foi feito no passado e que o futuro já começou a existir, a cada nascer do sol um pouquinho mais. Com o passar do tempo todos aprendemos com a própria ciência do compartilhar, que tudo no mundo co-existe no agora, inclusive o ontem e o amanhã. Com isso, na prática pedagógica observamos que, geralmente, os alunos não conseguem garantir o uso eficaz da linguagem, apresentam dificuldades em compreender e/ou interpretar textos e organizar idéias coerentemente. Sabe-se que existe um índice elevado de repetências que se dão, justamente porque os alunos não conseguem analisar e entender esse mundo letrado.

Essas evidências apontam a necessidade de reestruturar métodos, de analisar tendências e de buscar meios para despertar o interesse pela leitura, produção de texto e interpretação, pois observamos que a leitura, atualmente, não tem sido ponto preponderante na vida da maioria das pessoas, ademais diante dos fatos surge a urgência de viabilizar um processo educacional e cultural que permita o vislumbrar do mundo a partir dos olhos da imaginação, da criatividade, da liberdade contida nos livros, fazendo com que os educandos sejam usuários competentes da língua no exercício da cidadania, promovendo na prática a aproximação entre textos orais e escritos, através de diversas leituras possíveis, usando músicas, arte audiovisual, teatro, além, evidentemente, de livros.

Percebendo que o universo está complicado demais e que, na maioria das vezes, tudo parece quase impossível de ser consertado. Ainda assim, sabemos que existem idéias luminosas e que atitudes sólidas já foram e continuam sendo realizadas para transformar esse aparente caos. Diante de tudo isso, entendemos que devemos fazer acontecer um compartilhamento de expectativas, um aceno de luz e um gesto de mediação. E como mediadores precisamos atingir o maior número possível de pessoas, numa ciranda de diálogos que propiciem leitura e escrita, que atinja na alma a beleza do ato de ler, o ato de transformar o simples pensar em atitudes de escrita, tornando a sala de aula e, consequentemente, a escola num laboratório de experiências inesquecíveis onde a leitura de repente brilhe, ressoe, ecoe nas experiências pessoais, às quais ela seja capaz de dar voz.

Entretanto, desenvolver no educando a competência leitora pela prática da leitura é ação que requer condições eficazes, seja em casa, na escola e/ou na sociedade, não só em relação aos recursos materiais disponíveis, mas principalmente na relação estabelecida nas práticas de leitura.

Face ao exposto, a presente pesquisa apresenta total relevância, visando apresentar a leitura e, consequentemente, a escrita convertendo–as em instrumentos de vida e trabalho, indispensáveis para o completo ajuste pessoal, social e profissional...

Objetivo Geral:

Ampliar o conhecimento sobre as competências leitora e escritora num incentivo a criatividade, propiciando momentos de reflexão sobre a leitura individual e compartilhada, enfatizando que a raiz da boa escrita é a vida concreta, sabendo-se que é no cotidiano que a história se concretiza, que a geografia se localiza, que a matemática se equaciona, que os valores se aplicam, que a grande realidade se revela, num processo de desenvolvimento cultural onde o educando seja sujeito de seu processo de construção do conhecimento, proporcionando a valorização de seus talentos individuais e coletivos, incentivando assim o senso crítico e a busca de fontes de referências.

Objetivos específicos:

.Verificar o sentido do conceito de leitura e sua importância na vida das pessoas para transformar o cotidiano, através da leitura de mundo, apontando caminhos para que possam assumir seus papéis enquanto cidadãos;

.Conhecer as contribuições de alguns autores através da pesquisa bibliográfica no intuito de minimizar os resultados negativos do processo de construção do conhecimento em relação à leitura e a escrita;

.Identificar, analisar e comparar atividades inerentes à contribuição da leitura e da escrita, demonstrando que a leitura é a significação da escrita numa reação, compreensão, avaliação e interação entre as pessoas, entre outras épocas, entre outros repertórios lingüísticos, entre outras produções artísticas estabelecendo novas conexões.

Metodologia da Pesquisa Bibliográfica:

.Levantamento bibliográfico para fundamentar o referencial teórico da pesquisa, através da revisão da literatura sobre o ensino da língua oral e escrita e a produção de textos no ensino e aprendizagem da leitura.

.Organização de atividades de leitura compartilhada, programada, individual e livre em atividades lúdicas e recreativas.

.Ação pautada na ação, reflexão e informação através da análise de variados materiais sobre o assunto leitura e escrita para que possam conduzir a reflexão-ação referentes à observação da realidade e que propiciem atividades de expressão oral, corporal, dentre outras.

Capítulo I

1. Questões preliminares

É realmente muito importante para a formação de toda criança ouvir muitas e variadas histórias, logo, escutá-las é o começo para ser um bom leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo, nos afirma Abramovich (l989, p.38-40). E o início dessa descoberta é responsabilidade da família, perpassando por ações da escola e de toda sociedade.

 

A família tem papel primordial nessa fase, pois é no colo familiar que qualquer criança tem, ou deveria ter seu primeiro contato com o mundo das palavras, e essas palavras tomam formas e tamanhos, cores e perfumes através das histórias contadas. Quantos de nós tivemos a esplendida oportunidade de ouvir dos pais, dos tios, dos avós ou de outros parentes, histórias como João-acaba-mundo, Joãozinho e Maria, Festa no Céu e tantas outras?Certamente, essas histórias vêm povoar nosso imaginário e enchê-lo de fantasias e possibilidades que nos acompanham pelo resto de nossas vidas.

Os tempos são outros, os costumes mudam e hoje, poucas famílias conservam o antigo hábito de contar histórias para as crianças à hora de dormir. A função de provocar a imaginação infantil ficou para quem? Polêmica? Não queremos entrar na polêmica sobre o papel da tevê, nesse aspecto. A escola é nossa preocupação principal, devido ao fato que também deveria suscitar o imaginário infantil, no entanto, o tempo dedicado a essa tarefa é insuficiente para obter algum resultado minimamente satisfatório. Precisaríamos ter muito de semelhante com a professora maluquinha, sua criatividade, sua atenção, seu gosto pelo fazer pedagógico deveria contagiar a todos.

Também a sociedade, como um todo, tem a sua parcela de culpa. Não raro é observarmos que são mínimas as atividades culturais desenvolvidas no sentido de despertar novos e dedicados leitores, contação de histórias, encenações de causos, representações de mímicas, fantoches e tantas outras formas de fazer acordar a competência leitora que existe em cada um. Precisamos lembrar que o ser humano é, por natureza, contador de histórias. E certamente algumas técnicas e vivências podem ajudar as pessoas a utilizarem bem essa característica que lhes é própria. Dessa forma, a atividade de contar histórias pode se transformar num importantíssimo recurso de formação do leitor e, consequentemente, do escritor enquanto usuário da língua para toda a vida e não apenas para a escola.

Entretanto, muitas vezes, falta-nos esse espírito de reais 'amantes' da língua portuguesa e, assim sendo acabamos por não cumprir nosso papel de incentivadores do ato de ler, pensar e escrever.

1.1. Responsabilidade partilhada

Produzimos textos nas mais diversas situações da vida, aliás, produzimos textos o tempo todo, fora e dentro da escola. Somos solicitados a produzir textos nas conversas com os amigos, no bate-papo com a família, nas argumentações junto à sociedade e nas mais variadas situações imaginadas, possíveis e até nas 'impossíveis'.

Quase nunca paramos para pensar em quantos textos produzimos, em quais situações ou, ainda, em quantos textos orais e quantos escritos. Observando a situação por esse ângulo podemos concluir que é, exatamente, na família que começamos a nos envolver com o mundo da leitura, do pensamento e da escrita. Dentro de casa começamos a ouvir as primeiras palavras, a ver as primeiras escritas (em embalagens, por exemplo) e a pensar em tudo que nos cerca.

As situações vivenciadas são autoras ideais de diversas leituras de mundo e nós somos leitores ideais dessas situações, cabendo a cada um o ato de pensar e aproveitar cada oportunidade que se nos aparece para continuarmos a escrever nossa parcela de contribuição.

A idéia de que há uma relação simétrica pelas ações do par autor-ideal/leitor-ideal sob determinação burocrática e democrática na busca de um conhecimento sistemático numa ação histórica dos interlocutores no papel de escritores e leitores reforça a reflexão de que a responsabilidade pela inserção no mundo da leitura e da escrita deve ser partilhada entre família, escola e sociedade, e não ser responsabilidade apenas dessa ou daquela 'entidade organizacional'.

1.2. Papel da família

No seio da família somos envolvidos nas mais diversas descobertas: aprender a falar, a andar, a comunicar... E exatamente aí, no âmbito familiar, que somos conduzidos, ou deveríamos ser, ao mundo da leitura, porque nossa casa é o nosso canto do mundo, é nosso lugar de contato com o resto do mundo, é nosso primeiro universo...

Assim sendo, nossa casa é ambiente de viver não somente o dia - a - dia, em meio ao fio de uma história, junto à narrativa de nossa própria história. As diversas moradas de nossa vida guardam os tesouros dos dias antigos, vividos e contados através das histórias que interpenetram nossos sonhos. Quando ouvimos uma história, vêm à mente as lembranças das antigas moradias, e, mesmo estando adultos, viajamos até o país da meninice imóvel, imóvel como o imemorial.

Dessa maneira, se nos perguntassem qual o benefício mais precioso de nossa casa, casa em que há contadores de histórias, diríamos: é nesse tipo de casa que se abriga o devaneio, que se protege o sonhador, e é nesse tipo de casa de família que nos permitem sonhar em paz.

Logo, a família é a primeira responsável por conduzir as crianças ao mundo da fantasia dos contos, por isso sempre havia uma avó, um pai, mãe ou tia a fazer, através da oralidade, o primeiro contato da criança com esse maravilhoso e encantado mundo da leitura.À hora de dormir, o sono infantil era sempre embalado por alguém de voz delicada e/ou marcante que dedicava tempo a contação de histórias e esta contava, contava e recontava mil e uma aventuras diferentes, parecidas, estranhas e conhecidas, abrindo assim as portas para o mundo da imaginação, da ficção e da fantasia.E era essa fantasia que possibilitava às crianças, sem sair do lugar, a inesquecível descoberta de outros lugares e outros tempos, numa vivência das mais diferentes emoções (o riso, a amizade, o choro, o susto, a tranqüilidade), descobrindo soluções para os próprios conflitos, vivendo outros papéis, identificando-se com personagens, enfim, abrindo os olhos para a vida, para o mundo da imaginação e do pensamento, e vendo a vida com outros olhos, realizando assim a sua leitura de mundo.

Entretanto, o que vemos atualmente são muitas crianças que jamais ouviram alguma história contada por seus familiares. Por que isso? Talvez pelo fato de os meios de comunicação de massa terem assumido o papel da conversa dentro da família, mas não vamos entrar nesse mérito.

No momento, o que nos preocupa e nos faz refletir é o fato de quantos contos já não se perderam por falta de alguém para contá-los. Quem ainda se lembra de Joãozinho-acaba-mundo, de Pele de Asno, de O macaco e o canavial, de A festa no céu, e das façanhas de O bicho folharal? Esses e tantos outros contos estão à espera de momentos de conversa e descontração para serem servidos como brincadeira às crianças sedentas de aventuras, peripécias, emoções e novas descobertas.

Vale lembrar que em alguns recantos desse nosso Brasil há pessoas que ainda usam o tempo vago, as reuniões de família para a contação de histórias, não podemos aqui generalizar, porém precisamos salientar que muito já se perdeu, conforme já dito, no entanto, a falta de criatividade de nossas crianças se deve necessariamente a essa ausência do despertar da fantasia e da ficção.

Esse fato tranqüiliza nossa preocupação, visto que, pelo menos, esses contos e histórias continuam sendo repassados às novas gerações.

1.3. A escola: protagonista

A educação nem sempre consegue desfazer os males oriundos da pobreza sócio-econômica... Todavia, cremos que a função insubstituível da educação é de ordem política, como condição à participação, como incubadora da cidadania, como processo formativo. (Demo, 2001, p. 52).

Pleno de razão está Pedro Demo, pois a escola deve ser o ambiente onde a cidadania plena acontece, desde o respeito aos direitos e deveres à inserção no mundo do (re) conhecimento da leitura, do pensamento e da escrita. Porque, enquanto escola precisamos nos instruir com a trilogia da aprendizagem reconstrutiva: saber questionar, argumentar com propriedade e manusear dados com capacidade interpretativa (são situações que refletiremos mais adiante).

Para tanto cabe à escola envolver os alunos no mundo da leitura e, consequentemente, da escrita, pois é lendo que chegamos ao conhecimento de outros ramos do saber. A leitura é fonte inesgotável de idéias que irão nos auxiliar na tarefa do ato de escrever.

Ler é fundamental para escrever. No entanto é preciso entender o que se lê para que haja a possibilidade de escrever, mas não é uma escrita qualquer é o ato de escrever e escrever bem. A escola nos possibilita um escrutínio crítico da realidade, contudo é desejável que qualquer proposta de leitura seja precedida de um diálogo texto/leitor, leitor/leitores, ou seja, é necessário que o trabalho pedagógico com o texto não seja encarado apenas como pretexto para fazer coisas, diz Lajolo (l982). Conduzindo assim nosso raciocínio para o fato de que a escola, enquanto mediadora dos saberes, deve conduzir seu corpo técnico – pedagógico à elaboração de propostas plausíveis relativas à aquisição verídica da capacidade leitora e da capacidade escritora.

A escola enquanto personagem principal de uma história de transformação e evolução da realidade faz, ou deveria fazer da leitura um processo de desenvolvimento humano, de formação de pensamento e de liberdade de expressão. Quando a instituição educacional consegue conduzir seus passos pelo processo expresso aqui, certamente, consegue os melhores resultados para a vida dos estudantes.

A afirmação de Silveira Marques (2002) vem fortalecer nossa reflexão, quando diz que...

[...] o simples ler e escrever já não atende as exigências... da vida em sociedade... é imprescindível que a escola brasileira assuma sua função básica que épreparar as novas gerações com conhecimentos que possibilitem entender e interpretar toda gama de valorese informações que fazem de seu cotidiano uma apreensão de novos e variados conhecimentos. (SILVEIRA MARQUES, 2002, p. 26).

1.4. Sociedade: letrada ou iletrada?

A idéia de que o cotidiano social constrói-se e transforma-se como prática, visando à transformação da realidade e fato que visa o melhoramento de todo ser humano.

A sociedade como um todo deve propiciar ambientes e momentos de compartilhamento de cultura, dessa forma devem apresentar e envolver, principalmente as crianças, em atividades que elucidem a importância da leitura e da escrita. Seja ela, a sociedade, envolvente e envolvida nas mais variadas formas culturais, música, canto, teatro, mímica, poesia, conto, dança, etc.

Num processo de democratização de sua história, suas memórias, a produção cultural do ser humano através do tempo, as instituições culturais, públicas e privadas, vêm abrindo seus espaços, organizando visitas guiadas, onde alunos e professores podem participar e se sentir mais próximos dos fatos, dinamizando seus conhecimentos através de acontecimentos, histórias e objetos da história do nosso país. Também os professores engajados e comprometidos com a educação transformadora organizam projetos, e através desses conduzem seus alunos a locais que fazem parte da história, da cultura e da tradição da humanidade.

Nos locais onde não há esse tipo de instituição cultural, os setores da administração pública deveriam investir mais em centros culturais, bibliotecas, museus e em grupos que desenvolvem atividades culturais e tantas outras atitudes que valorizem a possibilidade de aproximação entre as pessoas e as ações relacionadas à aquisição das habilidades leitora e escritora.

A leitura é um meio para entrar em contato com a realidade cultural que nos rodeia e com a memória de toda a humanidade; o livro é um dos objetos concretos que realiza essa memória... Se quisermos ser eficazes nessa introdução, teremos que conhecer... o trabalho da biblioteca ... (NOGUEROL, 1999, p.86-87)

Quando temos a possibilidade de visitar museus, bibliotecas, teatros, ou quaisquer outros lugares onde se produzam cultura, além de sermos envolvidos pela magia e encantamento desses espaços, exercitamos nossas habilidades de argúcia e imaginação indispensáveis à leitura de mundo e à ampliação do nosso repertório de referências.

Esse tipo de atividade - visitar pessoalmente ambientes culturais - possibilita ascendente aproximação à produção humana, às nossas memórias, ao movimento da cultura humana no Mundo, à própria História do homem. Os museus, por exemplo, conservam a "memória", guardam o tempo. Guardam lembranças de lugares, de pessoas, de objetos antigos. Os objetos nos dizem sobre as histórias do passado e do presente, dos fatos reais e do folclore.

Afinando nosso olhar sobre o folclore como uma leitura específica do mundo, é possível encontrarmos heranças folclóricas por toda a parte, nos desenhos animados, nos filmes, na vida. Os exemplos são intermináveis.

Enquanto sociedade precisamos modificar a realidade, evoluindo e transformando, herança de peso morto em força de reflexão e ação, cultura de arquivo mumificado em cultura de ideais dinâmicos e ao invés de perpetuar entre os jovens a ilusão de que tudo nasceu agora, propagar a leitura de mundo voltada para o dinamismo histórico que acontece continuamente, sempre lembrando que folclore é leitura, cultura, memória viva.

Caso não existisse o folclore que chegou até nós, como registro de civilizações já suprimidas ou em vias de apagamento, seriamos uma civilização sem memória. Memória dissipada, aniquilada, suprimida no tempo. Toda uma leitura sem registro de palavra escrita, gravada, filmada, contada.

2. Escrever a vida

Escrever cotidianamente é coisa que começa muito cedo, com atividades como recortar, desenhar, segurar um lápis, contornar, pintar... Todas essas atividades preparam as crianças para aprender a escrever. Dada a oportunidade de fazer isso em casa, e também contando com adultos que lêem para ela, essa criança já tem boa parte do caminho andado para se alfabetizar bem.

No incentivo de uma vida cheia de conhecimentos, propiciando momentos de reflexão e de direcionamento da liberdade para a leitura e a escrita, observamos que quando escrevemos, conseguimos nos dar conta de maneira organizada do que nos acontece, do que nos rodeia, do que já aconteceu e resulta em fatos cotidianos.

As histórias só acontecem porque pessoas propiciaram acontecimentos, pessoas descruzaram os braços e deram a sua contribuição.

Tudo pode inspirar a leitura e a escrita, porém os livros é que podem fazer rir, chorar, espantar, comover, saltar o coração, envolver em verdadeiros sonhos. E quem dança com as idéias descobre que pensar é alegria. Se pensar lhe da tristeza é porque você só sabe marchar, como soldados em ordem unida. Saltar sobre o vazio, pular de pico em pico. Não ter medo da queda. Foi assim que se construiu a ciência: não pela prudência dos que marcham, mas pela ousadia dos que sonham. Todo conhecimento começa com o sonho. O conhecimento nada mais é que a aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que não se ensina. Brota das profundezas do corpo, como a água brota das profundezas da terra.

Por isso precisamos contar nossos sonhos uns aos outros através das histórias reais e inventadas para que sonhemos juntos, mesmo sabendo que os pensamentos voam e as palavras andam a pé, todavia precisamos nos encher de coragem, enfrentando o papel em branco e nele desempenhar nosso direito de escrever, de tal modo garantiremos a permanência das palavras, sempre de olho no mundo.

Capítulo II

1.Experiências

Escrever a vida é observar tudo que está a nossa volta e transformá-la em música, teatro, poesia, dança, folclore.

E por citar essas manifestações é importante lembrar que o teatro é uma das manifestações mais antigas que a humanidade conhece. Sob a forma lúdica do "faz de conta" é a primeira entrada da criança no mundo da representação. A vida é encenada a todo o momento, tenhamos ou não consciência disso, como atores ou leitores. O teatro tem outra riqueza: é uma linguagem que necessita do trabalho coletivo para se pôr de pé. Não existe teatro sem atores, figurinos, cenário, sem público. Ao mesmo tempo, o teatro é sempre artesanal e renovável. Precisa ser feito e refeito todos os dias, a cada espetáculo. No palco ou na escola cada representação é única.

Para escolas que desenvolvem um programa de leitura é fundamental o trabalho com a linguagem do teatro e da arte.

Neste mesmo espaço, cabe ressaltar também a arte como parte do saber pensar e cuidar, não tanto para equipar as pessoas de habilidades clássicas ou nobres, mas principalmente para abrir o horizonte da estética da vida... é mister recuperar a idéia de que a vida é, em seu centro, arte. (DEMO, 2002, p. 62).

De acordo com o PCN de Língua Portuguesa (1996, p.65-73) pode-se trabalhar com textos teatrais, mas não como se eles fossem um exemplo de fala espontânea; é possível cotejar textos orais e escritos produzidos pela mesma pessoa, mas não apenas para destacar exemplos de gírias ou algo semelhante; também é interessante verificar como se estrutura um trecho de conversação espontânea, mas não para identificar desvios da norma culta. É ilusão pensar que com essas atividades se está trabalhando a oralidade.O ensino de língua portuguesa deve valorizar todas as possibilidades de produção textual, enfatizando os efeitos de sentido e as estruturas lingüísticas usadas. No caso da oralidade, sem desprestigiar os textos elaborados. As aulas de português, se firmadas no tripé língua/leitura/produção, considerando oralidade e escrita e sem priorizar apenas os conceitos - tão questionáveis - de certo/errado, têm muito a ganhar.

São muitas as representações humanas sobre o mundo. Desde o início dos tempos, tão longe que não sabemos até hoje o marco, o Homem se debruça sobre o que vive e extrai do olhar e da vivência inúmeras manifestações artísticas e culturais. O folclore é a forma primeira de leitura que a comunidade humana, de todas as épocas e lugares, usou e usapara representar na cultura seu contato com outras comunidades e com a natureza. Definharia o homem sem cultura, sem comunicação de suas vivências.

O folclore não é uma coisa desvinculada do dia a dia do aluno, desde que o professor esteja atento para o fato de que o folclore é origem de tudo que a cultura humana vem construindo e sofisticando através dos séculos. Os contos estudados e recolhidos pelos irmãos Grimm, por exemplo, que são chamados de contos de fadas, nos chegaram do folclore medieval europeu, na mesma medida que os contos indígenas e escravos possibilitaram a pesquisa, no Brasil, de Câmara Cascudo e a arte de Carlos Gomes, Castro Alves, Gonçalves Dias, Monteiro Lobato, Villa Lobos, Mario de Andrade e tantos outros.

1.1. A vida cotidiana

Analisando a realidade que nos cerca, relembrando tudo que foi dito até esse momento e pensando na convivência ideal que deveria existir fica fácil chegar a um acordo: todos nós podemos melhorar nossos hábitos para assim podermos provocar o surgimento de novos leitores. Talvez não seja algo impossível.

Se cada um criar um ritual de leitura na rotina da família, reservando um tempo e um lugar especiais para desfrutar histórias sem interrupção, no aconchego do lar acontecerá o reforço da sensação de segurança e acontecerá a eliminação do stress, para captar a atenção os efeitos sonoros são excelentes.

Precisamos urgentemente modificar a rotina fazendo conexões entre palavra falada e palavra escrita, pois o exercício de audição dos sons das palavras é uma habilidade básica essencial para a leitura.

Ao pedirem que a história seja contada novamente, os futuros leitores fazem despontar sua curiosidade, e o contador deve atender esse pedido lendo de novo, porquanto a repetição ajuda a reconhecer e a lembrar das palavras, e também a construir o pensamento seqüencial. Tudo isso respeitando o ritmo dos filhos, sem forçá-los a ler mais que podem, para não esfriar o entusiasmo.

1.2. Pensamento concreto

Nosso pensamento consiste em expressar nossas palavras, que são registradas na escrita, que por sua vez ficam interpretadas pela leitura. Como essas situações estão intimamente ligadas, podemos concluir que quem pensa mal escreve mal e quem não lê ou não gosta de ler, geralmente, escreve mal.

É possível garantirmos que a linguagem, verbal ou não verbal, está intimamente ligada às palavras e a leitura não só aproxima as pessoas dos mecanismos da língua escrita, como também é fonte inexaurível de idéias que nos auxiliam no fazer da escrita.

Torna-se premente assumir a idéia de que as palavras são instrumentos importantíssimos para a vida humana, observamos assim que a comunicação é em sua totalidade o melhor meio para expressar nossos anseios, para demonstrar nossas ações e reações, para comprovar nossas idéias, enfim, para usarmos as palavras, logicamente, precisamos pensar.

E se a escola consegue fazer pensar, evidentemente, conseguirá despertar o ato de saber questionar, de argumentar com propriedade e manusear dados com capacidade interpretativa. Tornando, assim, o aluno muito melhor preparado para o mundo globalizado, tecnológico e avançado em que vivemos.

Dialogicidade: palavra de ordem

Frente à realidade os Professores, conforme dito anteriormente, devem ser contadores de histórias, contadores que transformam ou fazem transformar a realidade. Para que a contação flua é necessário suscitar momentos de diálogo. E um fato importante é que o diálogo em sala de aula seja transformado em expediente de informação e de troca de experiências onde o professor é o mediador das várias histórias surgidas.

Enquanto verdadeiro agente da ação educativa, acreditamos que, o professor deve tomar para si a função de instigar a imaginação dos alunos através da contação de histórias de maneira mais natural possível, e deve fazê-lo sempre. Vários são os momentos propícios para isso: um fato é melhor entendido se acompanhado de sua história: a história das grandes descobertas e invenções, as lendas folclóricas, a história dos vencidos, a história da língua portuguesa, a história da matemática, da mitologia greco-romana, das grandes revoluções, por exemplo, podem servir como elementos instigadores da imaginação dos alunos, levando-os a questionar, a refletir, a formular hipóteses, a inventar outras histórias.

Esse fazer pedagógico deve acontecer naturalmente de forma a afirmar que a leitura deve ser uma atividade que ativa as mentes e os corações... com o intuito de propagar, disseminar e ampliar o pacto de contar, ouvir e ler,historiando fatos e invenções, sem receitas prontas, evidentemente.

Logicamente que levamos em consideração o fato de que o educador é um profissional reflexivo, crítico, um verdadeiro realizador de atividades de investigação e de participação como membro de uma sociedade comprometida com a evolução da realidade. Sendo assim, este faz da leitura um ato indispensável à sua prática pedagógica e essa dedicação ao ato de ler se reflete em seus atos e 'contamina' aqueles que o cercam.

O professor estabelece com o aluno um clima de cumplicidade, ao contar histórias, que os remete à época dos antigos contadores que, num grande círculo em volta do fogo, contavam a uma platéia atenta às histórias de seu povo, suas batalhas, seus costumes, as origens das coisas, etc. É necessário que o patrimônio cultural que a humanidade acumulou durante séculos seja conhecido pelas novas gerações, para que não precisemos buscar ideologias absurdas. Para fazer reviver o que existe na memória coletiva, nada melhor do que contar histórias, pois ao narrar um conto da memória coletiva, o professor/contador reativa uma gama de contadores de histórias que vem do início do desenvolvimento do ser humano até os nossos dias.

É complexo imaginar, por exemplo, por quantas rodas de contação de histórias passou o conto "Festa no Céu" (cujos registros em cerâmica e tapeçaria datam do século IV a.C.), contando um fato tão recente como a das artimanhas de alguém que quer adentrar numa festa como "penetra", por não ter sido chamado. São exatamente as vozes dos contadores de história que fazem perpetuar esse e tantos outros contos da tradição oral.Sabemos, por exemplo, que nas sociedades primitivas africanas, ainda não abrangidas pela grafia sistematizada, os contadores de histórias, são considerados verdadeiras bibliotecas vivas, e, devido a esse fato, são poupados até das guerras "para que continuem descrevendo as façanhas dos povos africanos". Então, os professores que assumem o comprometimento com a cultura que contém a realidade, sim esses professores, os professores contadores de histórias são necessários a todo o momento. São eles a ligação entre a criança e o livro.

Logo, enquanto ouvem as histórias, os alunos transformam-se em produtores de textos, em co-autores das histórias que lhes são contadas, pois através da voz do contador são oferecidas pistas, e, dessa maneira, estes desenham na cabeça épocas, ambientes, personagens. Atento à reação da platéia, o vozear do contador, para, alteia, sussurra, treme, modifica-se numa mágica ocasião de cumplicidade. Completada a história, o ouvinte quer prolongar o momento da contação. É a hora em que o professor - contador deve gerar o encontro entre o aluno e o livro onde está a história contada; é a hora de ler o assentamento escrito e a ilustração, é a hora da aprovação/negação das hipóteses levantadas enquanto a história era ouvida. É a hora de continuar cotejando, transformando, a partir de seu olhar pessoal sobre a obra.

Realmente, o que temos comprovado na prática é que, depois de ouvir uma história bem narrada, a reação contígua do estudante é pedir o livro para ler. O professor que se preocupa com a promoção da capacidade leitora, e, sucessivamente, com a capacidade escritora de seus alunos, esse professor deve disponibilizar livros dos mais variados gêneros e autores, sejam gibis, jornais, revistas, de forma a possibilitar o acrescentamento do repertório enquanto leitores. Dessa forma, a atividade de contar histórias pode se transformar num formidável recurso de desenvolvimento do leitor para toda a vida e não apenas para a escola.

 

Nesse contexto, o profissional da educação, comprometido com a evolução educacional torna-se capaz de (re) construir uma nova prática na escola, buscando sempre, a partir e além do livro, enriquecer o olhar sobre outras linguagens. Neste sentido, abre-se não só para a contação de histórias, mas para as várias mediações com a leitura: a música, o vídeo, as artes plásticas, exposições, poesia, teatro.

Melhor entendido se acompanhado de sua história: a história das grandes descobertas e invenções, as lendas folclóricas, a história dos vencidos, a história da língua portuguesa, a história da matemática, da mitologia greco-romana, das grandes revoluções, por exemplo, podem servir como elementos instigadores da imaginação dos alunos, levando-os a questionar, a refletir, a formular hipóteses, a inventar outras histórias.

Esse fazer pedagógico deve acontecer naturalmente de forma a afirmar que a leitura deve ser uma atividade que ativa as mentes e os corações... com o intuito de propagar, disseminar e ampliar o pacto de contar, ouvir e ler,historiando fatos e invenções, sem receitas prontas, evidentemente.

Logicamente que levamos em consideração o fato de que o educador é um profissional reflexivo, crítico, um verdadeiro realizador de atividades de investigação e de participação como membro de uma sociedade comprometida com a evolução da realidade. Sendo assim, este faz da leitura um ato indispensável à sua prática pedagógica e essa dedicação ao ato de ler se reflete em seus atos e 'contamina' aqueles que o cercam.

O professor estabelece com o aluno um clima de cumplicidade, ao contar histórias, que os remete à época dos antigos contadores que, num grande círculo em volta do fogo, contavam a uma platéia atenta as histórias de seu povo, suas batalhas, seus costumes, as origens das coisas, etc. É necessário que o patrimônio cultural que a humanidade acumulou durante séculos seja conhecido pelas novas gerações,para que não precisemos buscar ideologias absurdas. Para fazer reviver o que existe na memória coletiva, nada melhor do que contar histórias, pois ao narrar um conto da memória coletiva, o professor/contador reativa uma gama de contadores de histórias que vem do início do desenvolvimento do ser humano até os nossos dias.

É complexo imaginar, por exemplo, por quantas rodas de contação de histórias passou o conto "Festa no Céu" (cujos registros em cerâmica e tapeçaria datam do século IV a.C.), contando um fato tão recente como a das artimanhas de alguém que quer adentrar numa festa como "penetra", por não ter sido chamado. São exatamente as vozes dos contadores de história que fazem perpetuar esse e tantos outros contos da tradição oral.Sabemos, por exemplo, que nas sociedades primitivas africanas, ainda não abrangidas pela grafia sistematizada, os contadores de histórias, são considerados verdadeiras bibliotecas vivas, e, devido a esse fato, são poupados até das guerras "para que continuem descrevendo as façanhas dos povos africanos". Então, os professores que assumem o comprometimento com a cultura que contém a realidade, sim esses professores, os professores contadores de histórias são necessários a todo o momento. São eles a ligação entre a criança e o livro.

Logo, enquanto ouvem as histórias, os alunos transformam-se em produtores de textos, em co-autores das histórias que lhes são contadas, pois através da voz do contador são oferecidas pistas, e, dessa maneira, estes desenham na cabeça épocas, ambientes, personagens. Atento à reação da platéia, o vozear do contador, para, alteia, sussurra, treme, modifica-se numa mágica ocasião de cumplicidade. Completada a história, o ouvinte quer prolongar o momento da contação. É a hora em que o professor - contador deve gerar o encontro entre o aluno e o livro onde está a história contada; é a hora de ler o assentamento escrito e a ilustração, é a hora da aprovação/negação das hipóteses levantadas enquanto a história era ouvida. É a hora de continuar cotejando, transformando, a partir de seu olhar pessoal sobre a obra.

Realmente, o que temos comprovado na prática é que, depois de ouvir uma história bem narrada, a reação contígua do estudante é pedir o livro para ler. O professor que se preocupa com a promoção da capacidade leitora, e, sucessivamente, com a capacidade escritora de seus alunos, esse professor deve disponibilizar livros dos mais variados gêneros e autores, sejam gibis, jornais, revistas, de forma a possibilitar o acrescentamento do repertório enquanto leitores. Dessa forma, a atividade de contar histórias pode se transformar num formidável recurso de desenvolvimento do leitor para toda a vida e não apenas para a escola.

Nessa linha de pensamento, Chiappini (2002, p.11-12) salienta que a escola deveria encarar a literatura como atividade produtiva no sentido mais amplo, pois do encontro do leitor com o texto faz brotar uma outra voz que se junta às já articuladas no discurso literário, ademais esse encontro possibilita não só o simplório ato de assimilar conhecimento, mas a transformação e adequação a vida pessoal e comunitária. Reforçando a idéia de Freire (1981) que mostra a interação entre indivíduo, leitura e escrita numa compreensão não só da palavra, mas como atitude de leitura de mundo.

Nesse contexto, o profissional da educação, comprometido com a evolução educacional torna-se capaz de (re) construir uma nova prática na escola, buscando sempre, a partir e além do livro, enriquecer o olhar sobre outras linguagens. Neste sentido, abre-se não só para a contação de histórias, mas para as várias mediações com a leitura: a música, o vídeo, as artes plásticas, exposições, poesia, teatro.

Dinamicidade: questões práticas

Tudo o que fazemos na vida deve ser planejado, analisado para que a possibilidade de obtenção de sucesso seja maior, diante desse fato e enquanto mediadores da construção do conhecimento, nós, professores somos motivadores do interesse dos educandos.

É evidente que quando professores desenvolvem um projeto de contação de histórias a fim de suscitar leitores e escritores, pontos positivos e negativos se mostrarão evidentes, dúvidas surgirão, debates acirrados serão travados, no entanto se tudo o que acontecer conduzir à formação de novos leitores terá sido alcançado o objetivo primordial.

Em primeiro lugar é preciso que a educação dê carne e espírito ao modelo do ser humano virtuoso que, então, instaurará uma sociedade justa e bela. Nada poderá ser feito antes que uma geração inteira de gente boa e justa assuma a tarefa de criar a sociedade ideal. (FREIRE, 2003, p.28)

Toda área de conhecimento exige professores preparados para fazer acontecer o conhecimento e a ressignificação deste na partilha desse mesmo conhecimento, por isso observamos que a união em torno de um mesmo objetivo é o primeiro passo para alcançarmos o êxito, é fácil observarmos que antes da referida união cada um possuí sua verdade absoluta, tendo o 'eu' como mais importante e o 'outro' como desvalorizado ou algo semelhante, e após essa ação haverá, certamente, incentivo à partilha de conhecimentos, maior dedicação aos trabalhos em equipe, maior valorização do outro e, sobretudo, o ato de saber ouvir e respeitar as idéias e decisões alheias.

Diante do exposto fica fácil observar que, realmente, a prática pedagógica é sempre um ato intencional movido por atitudes de diálogo e cooperação, que para a obtenção de resultados a partir da observação-análise-informação e necessário que os profissionais da educação se desvencilhem das práticas antiquadas e retrogradas que não conseguem fazer pensar.

Para tanto, mediar a aquisição, construção e reconstrução do conhecimento e articular diálogos com valorização e respeito ao ponto de vista de cada um, reconhecendo o educando como protagonista de seu processo ensino-aprendizagem, e que todo professor, enquanto mediadores, são incentivadores desse ato de descobrir que todos são capazes e cada um é capaz . Nesse pensar concordamos com Vasco Moretto ao enfatizar que aprender é construir significados e ensinar é oportunizar essa construção.

2.Demonstração de interesse

Um fato é certo apontar falhas, expor problemas é muito fácil, mas indicar possíveis soluções é mais complexo, porém, mesmo assim, há que se acreditar que esse texto contribuiu para a reflexão da complexidade do tema leitura e escrita (será mesmo complexo?).

O distanciamento que a família, a escola e a sociedade assumem frente à capacidade de formar cidadãos com habilidade leitora e habilidade escritora são causas do insucesso e/ou do desinteresse dos educandos diante de fatos como a falta de respostas para questionamentos relacionados com o que não se encaixa com a realidade de um mundo voltado, preocupado e ocupado com os acontecimentos envoltos em sua história.

No entanto, demonstrar preocupação com o assunto já e um passo dado em direção ao ato de amenizar a situação, já que resolvê-la por completo levara muito, muito tempo.

2.1. Práticas implicações

O distanciamento do 'professor-intelectual' acaba fortalecendo essa idéia de que despertar a consciência leitora e escritora é mais difícil que tudo, acaba se unindo as dificuldades pré-existentes à falta de criatividade dos professores.

Esta criada, ou pelo menos fortalecida, a barreira para o alcance do objetivo final que é a concretude da relação ensino-aprendizagem no ato de provocar o aparecimento de leitores envolvidos com atitudes de ver, analisar e agir coerentemente.

Ao depara com a complexidade do tema a tendência é desanimar, porém cabe aos professores contagiarem esses alunos com pensamentos positivos.

Muitas vezes se culpa os alunos e o meio onde vivem, porém, vale lembrar que essa deficiência dá-se somente em parte ao meio ocupado pelos alunos, a maior parcela dessa culpa é do próprio tradicionalismo com que a maior parte dos professores coloca o ensino. 'O professor sabe tudo e o aluno não sabe nada'. Entretanto, a realidade já se encarregou de mostrar que não é bem assim.

Portanto, cada um de nós é verdadeiramente responsável pela inserção das crianças e jovens no inesgotável, inestimável, enfim, maravilhoso mundo da leitura e da escrita. Todos somos responsáveis!

Considerações finais

Para que se alcance o crescimento das habilidades leitora e escritora será preciso que "eclodam" a capa vítrea e fosca que encobre muita gente, deixando de lado a função de controladores-detentores do saber e todos possam partir para a relação de coordenadores de idéias, indicadores de caminhos, condutores de descobertas.

Na verdade a preocupação com o raciocínio lógico parece estar fora de cogitação, pois, na maioria das vezes, transmite-se um turbilhão de definições prontas sem se preocupar com a confusão que será ou poderá ser causada.

Torna-se saudável e necessária a revisão de nossas atitudes frente ao modo de difundir a leitura, de forma que a dúvida possa ser cultivada de maneira que possamos conduzir aos caminhos do saber observar, refletir e agir, levando em consideração o que cada um sabe, sem partir da estaca zero e sem impor receitas prontas, sempre deixando a criatividade fluir.

É justamente aqui, revendo conceitos que vale refletir que só poderemos alcançar o objetivo maior, ora proposto, se os pontos de aprendizagem forem colocados de forma a contribuir plenamente para a construção da escrita, indicando, conduzindo e fazendo surgir a necessidade de usar o raciocínio e nunca impondo a melhor forma.

Não podemos fechar os olhos aos pontos passiveis de crítica, pois assim, e só assim, haverá a chance de conduzir os alunos à consciência crítica construtiva dos acontecimentos. Este é o ponto culminante: conduzir à formação de cidadãos críticos.

Essa crítica deve constituir 'tijolos' para a construção do conhecimento e da formação de uma sociedade voltada para as questões que envolvem leitura e escrita, a melhoria e até a reformulação dos conceitos.

Enfim, para que tudo que refletimos juntos se transforme em realidade verídica será preciso dissipar o nevoeiro que encobre os caminhos do conhecimento com o aquecer da idéia de que todos somos detentores de algum conhecimento e que 'as histórias que o povo conta' têm relevância inexaurível. Só assim a vastidão se tornará próxima!

 

Referências Bibliográficas:

.ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil, gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1989.

.BAGNO, Marcos. Língua Materna: letramento, variação e ensino. São Paulo: Parábola, 2002.

.BRAGATO, Paulo Filho. Pela leitura literária na escola 1°grau. São Paulo: Ática, 1995.

.CASTILHO, Ataliba T. de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 1998.

.CHIAPPINI, Ligia. Aprender e ensinar com texto. 4ª edição. São Paulo: Cortez, 2002.

.COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

.DEMO, Pedro. Saber pensar. 3ª ed. São Paulo:Instituto Paulo Freire, 2002.

. ________.Participação é conquista-5. ed. – São Paulo: Cortez, 2001.

.FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

.________.A importância do ato de ler: Três artigos que se completam- 23ª ed. São Paulo: Autores Associados – Cortez. 1992.

.GONÇALVES F°, Antenor Antonio. Educação e leitura. Rio de Janeiro: DP& A, 2000.

.KHALIL, Marisa Martins Gama & CRUVINEL, M. Fátima. Histórias e estórias: os fios vários no reconto de Chapeuzinho vermelho. Araraquara: FCL/ Laboratório Editorial/UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica Editora, 2000. (Coleção de Letras).

.LAJOLO, Marisa. Leitura em crise na escola. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1982.

.________. Do mundo da leitura para leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1994.

.NOGUEROL, Artur. Aprender na escola: técnicas de estudos e aprendizagem; trad. Jussara Haubert Rodrigues. – Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1999.

.Ofício do Professor – Aprender mais para ensinar melhor: Ética e Cidadania. São Paulo: Editora Victor Civita, 2004.

.PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais deLíngua Portuguesa -2°Seg. E.F. - MEC. Brasília, 1998.

.PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio – Artes; L. Portuguesa. MEC. Brasília, l998.

.PERROTTI, Edmir. Confinamento cultural, infância e leitura. São Paulo: Summus, 1990.

.Proposta Curricular – 2° Segmento do Ensino Fundamental. Brasília: 2002.

.SOARES, Magda B. Aprender a escrever, ensinar a escrever. In: ZACCUR, Edwiges (org.) A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP& A. 2001.

.ZILBERMAN, R. Leitura em crise na escola, as alternativas do professor. Porto Alegre: 1993.